Dois dias depois. Era de madrugada, indo para o terceiro dia da chegada do casal em Amegakure. Rin foi o primeiro a acordar e em silêncio se sentou na cama ao mesmo tempo que cruzava suas pernas e coçou os olhos entreabertos, não dando a mínima para o cabelo róseo bagunçado. Olhou para o lado esquerdo assim que terminou de coçar os olhos esverdeados como esmeraldas, desta maneira prestando atenção na Yamanaka que continuou dormindo e tinha o polegar esquerdo muito próximo dos lábios e usava uma camisola num vermelho tão suave que suas roupas íntimas eram visíveis. Ele sorriu enquanto a admirava no silêncio daquele quarto e levou sua mão para o rosto dela e acariciou uma única vez, parando somente quando ela pareceu ligeiramente emburrada, mas aquilo sem dúvida o divertiu. "É a mulher mais linda que já conheci em toda minha vida…" pensou e não demorou para mudar sua atenção para a porta quando escutou um barulho no lado de fora, ou seja, no corredor, por isso que saiu da cama — certificando-se de deixar a Yamanaka coberta — e seguiu para a porta onde a abriu e botou seu rosto para fora.

Era madrugada, sem dúvida alguma, mas as luminárias no corredor fizeram-se úteis pela excelente visibilidade. Ele pode enxergar todo o extenso corredor em ambas as direções, assim como notou a incomum presença do líder da Mangetsu parado numa das janelas. Tsuyu vestia unicamente uma calça moletom escura e mantinha o antebraço na beirada da janela enquanto seus olhos amarelos se concentravam no ambiente externo da grande construção. Ele estava apreciando o avanço da madrugada… a lua que aos poucos caia para eventualmente dar surgimento ao sol. O rosado olhou para dentro do quarto novamente e sentiu-se tentado a retornar para a cama, abraçar a Yamanaka e dormir até o meio dia, mas voltou seu olhar para o amigo silencioso e não demorou para pôr o resto do corpo para fora do quarto e fechar cuidadosamente a porta. Ele se aproximou do moreno e não fez questão de esconder sua presença, por isso não se incomodou quando o mesmo lhe encarou por um breve momento.

— Milagre você acordado tão cedo. — Tsuyu sussurrou com um ligeiro divertimento. Ele levou a mão para a bochecha e a coçou por um breve instante antes de retornar sua atenção para o exterior. — Não está se sentindo confortável? —

— Acredite ou não, mas aqui me sinto quase em casa, então não sei porque acordei tão cedo. — Rin respondeu e não demorou para ficar do lado direito do amigo e pôr o antebraço na beirada da janela, assim dando continuidade. — Porque você acordou cedo? —

— As vezes acordo cedo e venho aqui para apreciar a calmaria que conquistamos naquele dia. — Tsuyu respondeu e sorriu pelo canto direito dos lábios, assim como não demorou em dar continuidade. — E raramente me pego imaginando quando isso vai acabar. Que não é nada mais do que um Genjutsu muito louco de Ashram e que retornaremos para aquele prédio e perderemos a batalha. —

— Isso é bem real. — Rin sussurrou ao mesmo tempo que sua expressão parecia mais suave. Ele sussurrou ainda mais baixo assim que fechou sua mão em punho enquanto se lembrava das histórias da Besta de Cauda. — Só há um Genjutsu desse nível tão duradouro e não seria um membro do clã Chinoike que o usaria. — Ele abriu sua mão e olhou para o amigo ao lado e novamente continuou. — É muito real, acredite em mim. Em poucos meses agiremos como idiotas que em cima de uma recém nascida. —

— Você está animado com isso. — Tsuyu sussurrou ao mesmo tempo que sua expressão parecia mais suave conforme conversava com o rosado.

— Claro que estou. Não conte para a Doro, mas eu amo ela… — Rin sussurrou e ajustou seu antebraço na beirada, assim deixando o cotovelo encostado e o braço levantado com o punho fechado e encostado no queixo antes de continuar. — …por isso que vê-la contente me deixa tão aliviado, pois sei que agi corretamente quando concordei com a ideia dela ficando por aqui… que aquele meu único erro em deixar o apartamento naquele dia, na verdade, foi um acerto. —

— Um acerto? Explique-se. — Tsuyu sussurrou enquanto mantinha seus olhos concentrados no colega.

Tsuyu não sentia-se enciumado pela declaração de amor, afinal sabia que o amor sentido de Rin para Doro era diferente do amor sentido para Misa.

— Teríamos ido embora, quem sabe viajado para Kirigakure ou Kumogakure, mas com certeza não ficaríamos aqui no aguardo. Se isso tivesse acontecido… — Rin sussurrou e não demorou para agitar seus ombros. Ele imaginou parcialmente as possíveis consequências.

— …compreendo. — Tsuyu sussurrou e semicerrou suas sobrancelhas por um momento, mas não demorou em suspirar e dar continuidade. — Mas você está certo. Doro está contente pelas boas coisas que vem acontecendo. E se ela está contente… eu estou contente. —

— É assim que se fala. — Rin sussurrou.

— E quanto a vocês? Algo em mente sobre crianças? — Tsuyu sussurrou aquela pergunta e levantou as sobrancelhas por uma tosse um pouco exagerada do colega, assim não demorando em continuar. — Você está bem? —

— Você tá maluco me fazendo esse tipo de pergunta!? — Rin sussurrou com um ligeiro espanto e sentiu as bochechas ficarem mais quentes, mas então suspirou e deu continuidade quando olhou de relance para a porta do quarto. — Já tivemos essa conversa e foi decidido que deveríamos aguardar. Misa tem as aulas na Academia e eu a Rokujūshi, por isso é necessário viajar por um longo período para ter o apoio. —

"Mas admito que a ideia parece boa… o apoio das nações com a Rokujūshi seria lento porque teríamos inúmeros cuidados com uma criança, mas valeria a pena ver o desenvolvimento… eu não me imagino como não estando presente em todos os momentos…" pensou o rosado que lentamente desviou sua atenção, assim parando de prestar atenção na porta do quarto e retornando a olhar para o amigo.

— E porque está aqui? Poderia gastar esse tempo com uma viagem para Kirigakure, então retornar para o Natal e Ano Novo. Você tem o apoio de três nações, então suponho que o Daimyo do País das Águas o escutaria. — Tsuyu sussurrou.

— Está me mandando embora tão cedo? — Rin perguntou com uma ligeira agressividade aos sussurros, assim não demorou em continuar. — Seu pedaço de lixo ingrato. —

— Escuta aqui, cerejeira fedorenta… juro que vou bater tanto na sua cara que terão de ensiná-lo como se mija. — Tsuyu sussurrou na mesma agressividade e mirou seus olhos amarelos no rapaz.

— Eu gostaria de vê-lo tentar. — Rin sussurrou com agressividade e um sorriso provocativo. Ele concentrou seus olhos esverdeados no rapaz.

— Antes que eu esfregue sua cara no chão… tire um pouco dessa merda que há no seu rosto, ah… desculpe… deve ser seu rosto podre… — Tsuyu sussurrou ao mesmo tempo que as veias em volta dos olhos surgiam. Ele não demorou em continuar. — …me conte porque não está gastando esse tempo com uma viagem para Kirigakure? —

— Ah, vou responder isso. E depois vou atirá-lo dessa janela e torcer para que vire um pedaço de bosta lá embaixo, porque aqui você já se parece e cheira como um grande pedaço de bosta. — Rin sussurrou e não demorou para fechar sua mão em punho, assim como não tardou para continuar. — Estou aqui para cuidar da Doro, assim como quero me concentrar no treinamento de novos membros. —

— Os novos membros… — Tsuyu sussurrou e levou a mão para o queixo e não demorou para continuar. — …desde aquele dia no Coliseu quantos já se juntaram a Rokujūshi? —

Qualquer um sabia o aprofundamento daquela pergunta. Desde o dia em que houve a pequena exibição muitas pessoas tentaram se aliar a Rokujūshi… muitas pessoas mesmo.

— Pelo teste rápido? Na primeira etapa, que é um teste escrito, dos cento e cinquenta participantes apenas cento e quinze passaram, da segunda etapa apenas cento e dois passaram, da segunda etapa apenas quarenta e cinco passaram… e na terceira etapa apenas cinco. — Rin respondeu e levou a mão direita ao cabelo e suspirou profundamente antes de dar continuidade. — Hoje estou propenso a mostrar tudo que terão de aprender se quiserem ser aliados. E dar as opções das áreas que podem seguir. Então, quem não desistir até o fim do dia… será parte da Rokujūshi. —

— Você não acha que é pesado esse treinamento? — Tsuyu perguntou.

— Passei por um treinamento muito pior, então pode acreditar que estou pegando leve com essas pessoas… tive de decorar sintomas de todos os tipos de doenças, além de saber quando são vírus, fungos, protozoários ou bactérias… e tantas outras coisas que só de lembrar me causam calafrios. Então as técnicas básicas do Iryō Ninjutsu que são o Shōsen Jutsu e o Bisturi d' Chakra… — Rin murmurou com uma óbvia expressão de desgosto, quase enjoativa, assim não demorando em continuar. — E então tive que reanimar um peixe… depois um maldito polvo… depois uma pessoa. E aí Sakura-sama propôs um treinamento único, me ganhando numa história sobre a precisão de chakra… que então ocasionou nessa força bruta. —

— Você nunca pensou em desistir se foi tão rigoroso esse treinamento? — Tsuyu perguntou.

— Não. — Rin respondeu com uma expressão séria e concentrada. Ele prestou atenção no céu e sorriu antes de dar continuidade. — Sempre me senti interessado no Iryō Ninjutsu. Por isso, quanto mais aprendia mais me sentia motivado em continuar. —

Tsuyu ficou em silêncio. Ele apreciou aquela expressão do amigo e sorriu um pouco mais, afinal os dois compartilhavam algo. Eles nunca desistiram de suas ambições. Rin nunca desistiu do Iryō Ninjutsu por mais que fosse difícil, e ele nunca desistiu de Amegakure. O moreno voltou a olhar para o céu e suavizou sua expressão ao máximo.

— Que cheiro você sente na Doro? — Rin perguntou após um breve momento de silêncio.

— Cheiro? — Tsuyu perguntou.

— Eu tenho que repetir ou explicar o que são cheiros? Sua mente é tão vazia ao ponto de não saber essas coisas? — Rin perguntou com óbvio desgosto e provocação, mas não demorou em continuar. — Sinto o cheiro de jasmim em Misa… desde o momento que a conheci que sinto esse cheiro. E só recentemente soube do significado dessa planta. —

— Um dia de sol é o cheiro dela. — Tsuyu respondeu ao mesmo tempo que baixava um pouco sua cabeça e sentia as bochechas queimarem. Ele não demorou em continuar. — No passado houveram poucos dias ensolarados por aqui quando era pequeno. Meu pai sempre contou que esses dias deveriam ser tratados como sendo especiais e únicos. Desde quando a conheci que sinto o cheiro de dia ensolarado. —

— Eu só queria saber do cheiro. Não tenho interesse na história por trás disso, idiota. — Rin murmurou e semicerrou suas sobrancelhas quando reparou num olhar de desgosto do moreno, por isso deu continuidade. — Que foi? Tá querendo apanhar? —

O moreno sentiu interesse em responder a altura, porém olhou para o lado direito do corredor, assim encarando outra pessoa que se aproximava da dupla. Era o próprio usuário de machados que aparentemente escutou a última parte do comentário do rosado, por isso que balançava a cabeça de um lado a outro num desapontamento quase cômico. Musashi tinha os braços cruzados em seu abdômen desnudo

— Vocês dois são idiotas como muitos vem acreditando recentemente. Acordam cedo só para terem certeza de que haverá uma boa discussão no dia? — O usuário de machados perguntou com um ligeiro divertimento.

— Vá para o inferno. — Rin disse ao mesmo tempo que semicerrava mais suas sobrancelhas.

— Vou. Pode deixar que tenho um lugar reservado, mas vou levá-lo comigo. — Musashi disse com um sorriso provocativo.

— Aproveitando que está aqui… — Tsuyu disse enquanto tentava ignorar os rosnados do rosado quanto ao último comentário do usuário de machados, assim não demorando em continuar. — …sente algum cheiro quando está perto de Ryūsei? —

— Porque ele senti-... não! — Rin disse e sua expressão se tornou de surpresa e confusão, assim não demorando em continuar com um toque de divertimento apesar da surpresa e confusão. — Não, não! Você!? Desde quando o cachorro louco tem sentimentos? —

— Vou fazer questão de cortar sua cabeça. — Musashi sussurrou com tranquilidade enquanto prestava atenção na reação até exagerada do rosado, porém retornou sua atenção para o líder e balançou a cabeça em confirmação antes de dar continuidade. — Um cheiro bem agradável de Damasco, mas quando me concentro um pouco, ou quando está bem próxima, sinto um pouco de maçã. —

— Cacete. Você gosta de alguém? O que mais perdi na minha ausência? — Rin perguntou enquanto prestava atenção em Tsuyu e não parecia incomodado pelo olhar fuzilante do usuário de machados.

— Só conto com uma condição… — Tsuyu disse e levou a mão para o cabelo e o alisou para trás, assim dando continuidade quando retornou a olhar o céu. — …o que conversou com Taiyo no dia que chegou? O que espera conseguir daquele deficiente? —

— Ah, isso? Bom… — Rin disse. E não demorou para começar a contar a história daquela rápida visita.

[ ۝ ]

Dias antes, na chegada em Amegakure. O rosado terminava sua caminhada pela clínica e alcançava facilmente uma porta que estava pouco habituado a ver, mas sabia exatamente quem estava do outro lado. Ele não demorou em abrir a porta do cômodo e assumir uma expressão mais séria enquanto caminhava para dentro e reparava nos poucos instrumentos médicos, contudo sua atenção se voltou para a cama que era ocupada por um indivíduo que não parecia amigável mesmo com a situação indesejada. Taiyo emagreceu consideravelmente em pouco tempo — isso sendo bem visível por causa do rosto e braços a mostra — e suas unhas ficaram mais compridas… seu cabelo cresceu e o tom amarelo ficou mais fraco e mais seboso, assim evidenciando que não recebiam o mesmo cuidado de antes da queda da Shi no Hana, contudo seus olhos carmesins pareciam atentos em cada movimento executado pelo visitante inesperado. Havia um típico orgulho naqueles olhos.

— Querida, cheg-... — Rin tentou dizer, mas acabou sendo interrompido.

— Vá para a merda. — Taiyo disse ríspido.

— Bom saber que se mantém o mesmo, assim não me sinto culpado por estragar a sua coluna. — Rin disse com um pouco de ânimo e não demorou para se sentar numa cadeira.

— Um dia vou melhorar. E vou morder a sua garganta por ter feito isso comigo. — Taiyo disse e semicerrou seus olhos.

— Duvido. Sua C4 foi bem danificada… posso dizer que foi meu melhor serviço naquela época, então não há chance de um concerto, bom… há uma chance, mas não é qualquer pessoa que fará isso. Enfim… eu até poderia colocar minha garganta bem perto do seu rosto, mas você não conseguiria levantar sua cabeça nem um centímetro. — Rin disse e não demorou para pôr os pés em cima da cama, ou melhor, em cima da mão direita do loiro, então continuou. — Está sentindo? —

— Você sabe que não, mas se quiser cortar sua garganta… pode ser que eu sinta um pouco de alegria. — Taiyo disse ríspido e ligeiramente irônico, mas não demorou em continuar. — O que está querendo? —

— Direto ao assunto… — Rin murmurou e levou a mão para o cabelo e o coçou, então não demorou em continuar. — …os parceiros da Shi no Hana. Eu quero nomes e localidades. Vocês estiveram num mercado de escravos por tantos anos que… —

— Estamos no mercado ainda. Eu darei continuidade aos ideais dele quando me livrar dessa prisão. — Taiyo disse.

— Claro… — Rin disse e revirou seus olhos esverdeados, mas continuou em seguida. — …eu quero nomes e locais. —

— Eu me lembro desses seus olhos e do poder que há neles. Porque não invade minhas memórias como fez daquela vez? Assim terá as respostas para o que está procurando. — Taiyo disse e não demorou para levantar as sobrancelhas quando percebeu o puro desgosto no olhar do rosado, por isso alargou um sorriso viperino, assim continuando com malícia e divertimento. — Você pode, mas não quer. Você não quer rever Ashram-sama. Não quer vê-lo cheio de glória. Parece que tenho uma excelente moeda de troca. —

— Qual seu preço? — Rin perguntou.

— Não é qualquer pessoa que pode consertar minha coluna, suponho que aquele que a danificou seja o mesmo que pode consertá-la. Um preço justo… não acha? — Taiyo perguntou com um ligeiro tom malicioso e acabou mostrando sua língua antes de dar continuidade. — Ou posso engolir minha língua e morrer, assim tantas informações serão perdidas. —

— Um preço justo mesmo, mas como posso ter certeza de que está falando a verdade? De que a informação será verdadeira? — Rin perguntou.

— Uma das últimas vendas de Ashram-sama foi para o País dos Demônios. Foi uma encomenda bem difícil de ser encontrada. A pessoa estava interessada em alguém com uma quantidade boa de chakra. Lembro-me de ter me encontrado com esse indivíduo e visto alguns equipamentos com ele e escutado algumas conversas, mas isso é tudo que posso oferecer. — Taiyo disse.

— Que tipo de equipamento? — Rin perguntou.

— Não me entendeu? "É tudo que posso oferecer". — Taiyo disse. Sua voz naturalmente sendo carregada de divertimento e malícia… ele gostava de ter algum tipo de vantagem. Contudo, não demorou em continuar. — Imagino que outros parceiros tenham desaparecido, parado com as negociações, quando a notícia da morte de Ashram-sama os alcançou. —

— E aliados em Amegakure? — Rin perguntou e sorriu pelo canto dos lábios quando percebeu um ligeiro receio no acamado, assim continuando. — Tem aliados então. —

— Só uma pessoa. Uma maldita prostituta para falar a verdade… espero que a essa altura já esteja morta em alguma sarjeta… — Taiyo disse com um tom mais áspero. Ele não demorou em continuar. — …Yokubo como era conhecida. Ela possuía um bordel fedorento, treinou suas mulheres para serem matadoras de homens. Ela nunca permitiu que Ashram-sama sequer pisasse em seu maldito prostíbulo. Faça-me o favor de matá-la caso ainda esteja viva. —

— Hm… obrigado. — Rin disse.

O rosado não demorou para retirar seus pés da mão do loiro e sair da cadeira que o acomodava a poucos minutos. Ele nem mesmo sorriu para Taiyo e seguiu em direção a porta do cômodo.

— E quanto a minha coluna? — Taiyo perguntou ríspido.

— Eu nunca disse que daria um jeito de imediato na sua coluna, nem mesmo que concordava com a ideia de retirá-lo da cama. — Rin disse e levou sua mão para a maçaneta da porta e deu continuidade. — Até outro momento. —

— MALDITO! — Taiyo gritou.

[ ۝ ]

— E foi isso que aconteceu. — Rin disse enquanto prestava atenção em Tsuyu e não demorou para coçar o cabelo.

— Yokubo geralmente está ligada com essas sujeiras mesmo. — Tsuyu sussurrou ao mesmo tempo que semicerrou seus olhos e não demorou em continuar. — O que fará quanto ao assunto do País dos Demônios? —

— Ainda não sei. — Rin respondeu e agitou seus ombros e sentiu as bochechas esquentarem antes de continuar. — Se eu for para um bordel… acho que Misa me mata. —

— Se você voltar vivo. — Tsuyu disse com um ligeiro divertimento. Ele olhou para Musashi e não levou muito tempo para dar continuidade. — O que me diz de… — E acabou sendo interrompido.

— Quer me matar? Já sobrevivi a Ashram, mas não ouviu o que ele disse? Matadoras de homens. Eu me recuso a participar disso. — Musashi disse e rapidamente cruzou os braços.

— Não me interrompa. — Tsuyu disse um pouco áspero. Ele não demorou em olhar em volta e sentindo-se aliviado por estarem a sós ainda. E depois voltou sua atenção para os dois e sorriu mesmo com as bochechas coradas. — Chame por Lich, nós quatro iremos para o bordel de Yokubo atrás de algumas respostas. —

— Você não me ouviu dizendo que Misa me mataria se eu fosse para… — O rosado não concluiu seu comentário.

— Misa e Doro não precisam saber de tudo que fazemos. — O moreno disse após interrompê-lo e levou sua mão para o queixo enquanto pensava um pouco. — Misa tem que ir para Konohagakure hoje, não tem? —

O rosado ficou em silêncio. Tsuyu só sabia daquele detalhe porque foi divulgado após o confronto na arena como seria o dia a dia deles. O rosado não tinha apenas que levar a Yamanaka para Konohagakure, mas também precisava se encontrar com seu pai para descobrir a possível funcionalidade do objeto chamado Karasuki. Ele suspirou e balançou a cabeça em confirmação da pergunta.

— E Doro provavelmente dará uma volta com Fushin, assim nós dois estaremos livres de nossas futuras esposas por algum tempo. — Tsuyu disse.

— Você não está um pouquinho empolgado com isso? — Rin perguntou e levantou uma das sobrancelhas, mas não demorou em continuar. — Eu tenho que resolver um assunto em Konoha, mas deve ser rápido. —

— Será que Lich concorda com essa ideia? E quanto a Ryūsei? — Musashi perguntou.

— Ele não tem que concordar. Ele só tem que ir conosco… a pseudo imortalidade e aquela habilidade estranha dele serão úteis caso alguma coisa comece. — Tsuyu disse.

— E quanto a Ryūsei? — Musashi perguntou.

— E ao treinamento na Rokujūshi? — Rin perguntou.

— Ela estará a tarde inteira ocupada com o treinamento no esquadrão de Kenjutsu. — Tsuyu respondeu o usuário de machados, mas não demorou para voltar sua atenção ao rosado e dar continuidade. — Deixe a droga de um Kage Bunshin instruindo eles. —

— Você está empolgado com isso… — Rin sussurrou e engoliu em seco. Ele odiava a ideia de passar seu tempo num lugar bem desconfortável. Ele suspirou e não demorou em continuar enquanto o rubor era mantido em suas bochechas. — Eu concordo. —

— Ótimo… — Tsuyu disse e retornou sua atenção para o usuário de machados e levantou uma das sobrancelhas enquanto suas bochechas e orelhas ficavam mais quentes. — …e você? —

— Eu espero que alguém tente me matar por lá… — Musashi suspirou e balançou a cabeça em confirmação ao tópico daquela pergunta. Suas bochechas estavam igualmente avermelhadas.

— Ótimo! — Tsuyu disse. Ele olhou para o exterior da Mangetsu, prestando atenção no nascer do sol e sorrindo pelo canto dos lábios por conta da pequena aventura que aguardava por eles naquele dia.