Capítulo 6 Uma manhã nada legal

Segunda-feira.

Hanna acordou sentindo seu corpo pesado e sua cabeça doía muito. Estava sentindo frio. Levou a mão na testa e confirmou o que não queria:

_ Estou com febre... – e colocou a mão nos olhos. _ Estão doendo e ardendo... – tentou se levantar mais não tinha forças. – Vamos lá Hanna... – com muito custo conseguiu se levantar.

_ Disse que tinha ficado doente. – disse Byakuya a assustando, parado a porta.

Hanna o olhou com um pouco de raiva, mais logo sorri:

_ Acho que sim... – disse com voz baixa e rouca. _ Ai... Agora é a garganta. Tudo por causa de uma chuva. – e ficou de pé um pouco cambaleante. Usou a parede como apoio. Olhou para o relógio e apavorou-se. _ Ai meu Deus! Meu capitão vai me punir! – e sentiu uma tontura.

_ Está tudo bem? – preocupo-se ele dando um passo a frente.

_ Sim... Eu só fiquei um pouco tonta. Mais já estou bem. – e sorriu forçado.

_ Tem certeza? – não estava acreditando muito.

_ Sim. Não precisa... Se preocupar. – respirou fundo. _ Vamos?

_ T-tudo bem. – a ajudou a chegar até a porta do quarto e depois a sair de casa.

No caminho, Hana não estava nada bem e Byakuya notara. Mas não falou nada e a acompanhou até a porta da sala de seu esquadrão. A deixou lá e foi para o seu esquadrão, ainda preocupado.

Hanna sentou-se em sua mesa. Estava tremendo muito. De repente escutou o barulho da porta e a olhou. A pessoa que entrava era Ichimaru e parecia estar nervoso.

Ichimaru parou na frente de Hanna e abriu os olhos. Aproximou-se dela e notou o cansaço em que ela estava. Colocou a mão na testa dela e assustou-se ao sentir o quão quente ela estava. Antes que ela caísse para o lado ele a segurou. Logo trata de levá-la ao centro médico do quarto esquadrão.

Chegando lá a coloca na cama e pede para Hanatarou cuidar dela e sai.

Byakuya não deixava nada no que se dizia a ela passar. Trata logo de ir ao centro médico. Ao olhar atentamente para a sala a vê deitada numa cama perto da janela coberta dos pés a cabeça. Aproximou-se dela e viu que respirava com dificuldade. Passou a mão pelo cabelo dela e a olhou terno e triste:

_ Hanna... – murmurou baixo. Ao ver Hanatarou entrar se assusta um pouco.

_ Capitão Byakuya? O que o senhor faz aqui? – pergunta Hanatarou estranhando.

Byakuya ignora completamente as perguntas de lança outra:

_ Como ela está? – preocupou-se.

_ Bem... O Capitão Ichimaru a trouxe agora a pouco. Ela estava com quarenta graus de febre e está muito gripada. Eu já a mediquei. Logo ela deve acordar. Capitão Byakuya pode ficar um pouco com ela? Eu tenho que ir ao Sétimo Esquadrão. – perguntou já saindo.

_ Tudo bem. – e voltou o olhar a Hanna. Passou a mão pelo cabelo dela novamente e deslizou a mão para o rosto.

Inconscientemente ela chamava por ele desesperada.

Byakuya ficou um pouco assustado mais logo se a acalma:

_ Tá tudo bem. Eu estou aqui. – e sorriu.

Ichimaru chega e vê os dois juntos:

_ Bonito! Agora sei por que ela chegava atrasada. Eu disse para ela ficar longe de você. – irritou-se e andou até ela para tocá-la.

Byakuya entrou na frente o impedindo de vê-la e de tocá-la:

_ Nem pense em encostar um dedo nela. – disse sério.

_ Nossa, você esquece as pessoas mesmo... Rapidamente. Acho que você nunca amou Hisana. – e assustou-se quando Byakuya o segurou pelo pescoço e o levantou:

_ Cala a boca Gin. – irritou-se de verdade.

_ Você acha que amará Hanna um dia? – perguntou irônico e com um sorriso falso.

Byakuya o apertou mais deixando seu poder espiritual visível. Estava assustadora e cheia de ódio.

Hanna sentiu mais não se abalou tanto, só quando sentiu a primeira vez. Sabia de quem era e que não era para ela.

_ Saia daqui! – ordenou Byakuya sério o soltando.

_ Seu “amor” - e fez com os dedos as aspas. _ Por ela não passa de carência. – disse Gin o irritando mais.

Byakuya coloca a mão na sua zanpakutou e a desembainhou:

_ Não quero sujar a Senbonzakura com seu sangue sujo. – e levantou a zanpakutou contra ele. _ E muito menos vê-lo perto de Hanna.

_ Impossível. Ela é minha Fukutaichou. – e sorriu falsamente.

_ Nos seus sonhos pode até ser. Mas aqui não. Agora vá embora antes que eu acabe fazendo uma loucura na frente de Hanna. – mandou nervoso.

Gin fechou a cara e saiu furioso.

Byakuya guardou sua zanpakutou e voltou-se para Hanna que ainda estava inconsciente mais não parava de chamá-lo. Ele sentou-se no banquinho que tinha perto da cama e ficou com ela, esperando que acordasse.

A tarde cai e Hanna começa a abrir os olhos, mas ainda não estava acordada. Em menos de dez segundos fechou os olhos novamente. Ele a observava com um peso no coração. Sentia-se culpado por tudo que ela veio passando e que ainda passava. Fechou os olhos e logo cochilou.

“_ Ela precisa de você... Ame-a Byakuya-sama.”

Byakuya acorda assustado. Ouviu claramente a voz de Hisana em seu ouvido:

_ Hisana... – diz ofegante e baixo. Ao se acalmar, olha para janela e vê que a noite já estava presente. _ Anoiteceu rápido... – e olhou Hanna novamente.

_ Capitão Byakuya? – disse abrindo os olhos e tirando a máscara de oxigênio.

_ Sente-se melhor? – preocupou-se.

_ Sim. – e colocou a mão na testa. _ Acho que a febre abaixou.

_ Deixe-me ver. – tirou a mão e pôs a sua.

Neste momento seus olhos se encontraram e dançaram nos do outro. Ficaram assim um bom tempo. Byakuya deslizou sua mão até o rosto da jovem. Tinha se decidido. Era ela que ele queria:

_ Vamos para casa. – disse terno e com um sorriso.

_ Para casa? – espantou-se.

_ Sim. Vamos logo, está tarde. – e a pegou no colo.

_ Vai me levar no colo? – perguntou achando graça e soltando uma risada.

_ Sim. Ainda não está cem por cento. – e sorriu enquanto saía do centro medico e ia para casa.

Chegando a casa dele, ele foi direto para o quarto que agora era dela e a colocou cuidadosamente na cama e a cobriu. Estava com um sorriso bonito nos lábios: _ Boa noite. – disse ele baixo.

_ Boa... Noite. – dormiu.

Ele a olhou mais uma vez e foi dormir. Deitou-se na cama e olhou o teto:

_ Obrigado... Hisana. – virou-se para o canto e dormiu feliz.