Capítulo 4 A razão do meu sofrimento

Byakuya abre a porta devagar e revela o que tinha lá dentro. Algumas flores e um retrato bonito com uma mulher de cabelos pretos dando um sorriso tímido.

Hanna observava tudo com atenção, mas não estava entendendo os motivos dele de mostrar isso a ela:

_ Quem é? – perguntou curiosa.

_ Era minha esposa, Hisana. – confessou.

_ Sua... Esposa? – arregalou os olhos e abaixou a cabeça. Sentia que tinha interferido na vida dele. Queria sair dali, mas não conseguia. Ficou tão chocada que começou a tremer. _ Eu... Por quê? Por que está mostrando-me uma coisa tão íntima? – não sabia onde tinha arrumado forças para perguntar aquilo, se ainda estava chocada.

_ Quero que saiba. – respondeu sério, mas calmo.

_ Capitão Byakuya eu sinto que interferi na sua vida. – e deixou as lágrimas escorrerem pelo nervosismo._ Meu Deus! – apavorou-se.

_ Não sinta isso. Eu quero compartilhar meus sentimentos com você. – explicou fechando a porta e parou na frente dela, que estava tapando o rosto com as mãos. Aproximou-se dela e tirou as mãos que tapavam seu rosto fazendo-a olhar para ele. Olhou dentro dos olhos castanho-escuros que estavam vermelhos por causa do choro. Sentiu uma tristeza profunda nos olhos dela. A trouxe para perto de si a prendendo novamente num abraço reconfortante. Podia sentir os soluços e o corpo dela tremer. Sentiu depois de algum tempo os braços dela o enlaçarem e as mãos dela segurar sua blusa atrás com força.

Ela o trouxe para si o apertando mais.

Byakuya passou a mão pelo cabelo dela e deslizou esta mesma mão até as costas da jovem.

Hanna se solta do abraço e o olha, agora um pouco mais calma.

_ Vamos para o quarto. Quero conversar com você. – segurou a mão esquerda dela e a guiou até o quarto dele. Abriu a porta e entrou com ela no quarto e fechando a porta atrás de si. A levou até a cama e pediu para que ela se sentasse. Ela o obedeceu.

_ Ela morreu há quatro anos. – explicou.

Hanna não tinha o que falar apenas o escutou:

_ Antes de ela morrer, me pediu para ser feliz com outra pessoa. Mas... Eu não sei se meu coração se abrirá para outra pessoa. – explicou um pouco triste. _ Eu tenho medo de não fazer outra pessoa feliz. – dizia com os olhos fixos em Hanna.

_ Capitão Byakuya... Se ela disse isso é porque sabe que você será capaz de amar outro alguém. Não tenha medo. – foi à única coisa que ela disse antes de sair do quarto e ir ao jardim.

Sentou-se embaixo de uma árvore de cerejeira e encostou-se nela. Deixou lágrimas chegarem a seus olhos e escorrerem por seu rosto. Abraçou os joelhos e escondeu a cabeça.

Já era noite e Hanna ainda não tinha voltado. Byakuya se preocupou e foi buscá-la. A encontrou ainda sentada embaixo da árvore com a cabeça escondida entre os joelhos.

_ Hanna, por favor, vamos voltar. – pediu.

Ela lentamente sobe o olhar e o fixa nele, o encarando sem hesitações.

_ Venha. – e estendeu a mão a ela. Ela receou em tocá-la mais logo muda de idéia. Ele a puxa a fazendo desequilibrar caindo sobre ele ficando bem perto do rosto dele. Logo um sorriso surgiu nos lábios de ambos achando graça da situação.

Ela se levanta e sai de cima dele, estendendo a mão a ele:

_ Agora é a minha vez de ajudá-lo a se levantar.

Ainda com o sorriso nos lábios, Byakuya aceita a ajuda e segura a mão dela, se levantando:

_ Vamos entrar está tarde e começando a ficar frio. – propôs.

_ Vamos. – e entraram de mãos dadas.

Na frente da porta do quarto dela, Byakuya pede:

_ Por favor, não me odeie.

_ Não se preocupe. Como posso te odiar? – e passou a mão pelo rosto dele.

Ele deixa um sorriso chegar de novo aos lábios e segura a mão dela:

_ Boa noite. – desejou a ela.

_ Igualmente Capitão Byakuya. – sorriu e entrou para o quarto.

Byakuya entra no seu quarto e deita na cama com os braços atrás da cabeça olhando o teto, pensava:

“_ Hisana... É com ela que quer que eu seja feliz? É ela que devo amar?” – ainda não conseguia se decidir.

Hanna em seu quarto murmurava:

_ Capitão Byakuya...