Take My Heart Break

Capítulo 2 Ameaças


Na manhã seguinte Hanna se arrumou e estava pronta para sair, mais se lembra do casaco do Byakuya e voltou para buscá-lo. Depois seguiu para a Seireitei.

Enquanto andava pelo caminho levando o casaco de Byakuya com extremo cuidado, se depara com Ichimaru:

_ Capitão Ichimaru... - assustou-se dando um passo para trás.

_ Onde está indo? - perguntou ele aproximando-se dela.

_ Preciso entregar algo para o Capitão Byakuya. - explicou.

_ Não demore. Precisarei da sua ajuda. – e saiu andando.

Hanna soltou a respiração devagar. Aliviada e continuou o caminho para onde tinha que ir. Parou em frente à porta da sala dele e bateu, abrindo:

_ Posso entrar? – perguntou timidamente.

Byakuya a olha sério mais estava feliz em vê-la:

_ Pode. – e levantou-se de sua cadeira dando alguns passos a frente.

Hanna entrou e parou na frente dele:

_ Vim devolver o casaco. – e estendeu a ele.

Byakuya o pega e sem querer encosta na mão dela, ficando sem graça e a deixando sem graça também. Hanna abaixou o olhar e passa a fitar o chão. Ele segura o queixo dela carinhosamente e o levanta a fazendo olhar para ele. Byakuya aproximou-se dela, estavam no maior clima, que é quebrado com batidas insistentes na porta e uma voz a chamando:

_ Hanna-san!

Hanna despertou na hora e se afastou de Byakuya indo até a porta. Antes de sair olha para ele de diz:

_ Obrigada! – sorri e sai da sala rapidamente.

_ Disse para não demorar! – irritou-se Ichimaru a segurando fortemente pelo braço. _ Vamos logo!

Hanna não demonstrou que estava sentindo dor. Se demonstrasse dor seria pior. Seguiu com ele para sua sala deixando Byakuya preocupado em sua sala.

Na sala de Ichimaru, Hanna estava concentrada em sua mesa preenchendo os relatórios quando Ichimaru pára a sua frente e a encara. Hanna percebeu e levanta o olhar.

_ Não quero mais que chegue perto do capitão Byakuya. – falou sério.

_ Por quê? – assustou-se e estranhou.

_ Porque eu quero assim!

Hanna ia abrir a boca para protestar, mas Ichimaru a fez notar sua energia espiritual e a calou:

_ Muito bom. Estamos combinados? – e sorriu falsamente.

_ Sim... Capitão. – ela tremia enquanto respondia.

_ Ótimo, agora volte ao trabalho. – ordenou.

_ Sim. – abaixou a cabeça e continuou o que estava fazendo.

O relógio marcava 13h. Hora do almoço. Hanna estava saindo para almoçar. Ao quase sair sente seu braço sendo puxado para dentro. Ao se virar era seu capitão:

_ Não quero vê-la com Byakuya. Lembre-se disto. – e a soltou saindo da sala na sua frente.

_ Meu Deus... – suspirou e saiu da sala.

Pegou uma bandeja, colocou a quantidade que comia. Sentou-se numa das mesas e começou a almoçar tranquilamente. Depois de um tempo, sua atenção foi desviada para a pessoa que entrava no refeitório. Era ele. Rapidamente desviou o rosto, virando-o em outra direção.

Byakuya percebeu, mas deixou pra lá, arrumou sua comida e a levou para seu escritório.

Hanna o seguiu com os olhos:

_ Ainda bem. – suspirou aos olhares de seu capitão que estava com um sorriso satisfeito nos lábios.

Terminou de almoçar e foi ao banheiro. Ao sair se depara com Ichimaru:

_ Muito bom... – disse e foi para sua sala.

Hanna ainda não entendia nada daquilo, mas era melhor não contrariar. Mas... E se ele fizesse algo com Byakuya? Preferiu nem pensar naquilo e foi para seu esquadrão.

No caminho sente alguém segurá-la pelo braço e a puxar. Quando viu quem era gelou.

_ Você virou a cara pra mim hoje. Por quê? – perguntou Byakuya confuso.

_ Talvez... Seja melhor eu me afastar do senhor. – e tirou as mãos dele de seu braço. Enquanto se afastava pediu. _ Perdoe-me... – e voltou rápido para seu esquadrão antes que eu capitão a visse.

Byakuya tinha suas conclusões e retorna para sua sala.

Ainda na sala de Ichimaru, Hanna se sentia uma boneca, uma marionete que estava recebendo ordens. Sentia-se sufocada, queria sair, mas só iria para casa às 21h. Olhou para o relógio e viu que este marcava 18h e 34min.Respirou fundo e tomou coragem para terminar o serviço. Quem sabe se acabasse mais cedo seu capitão a liberaria? Correu e adiantou o máximo que pôde. Aproveitando que seu capitão não estava na sala.

Passaram alguns minutos e o relógio marcava 19h. Olhou para ele mais uma vez antes de voltar seu olhar à porta que se abria. Era Ichimaru:

_ Já terminou? – e sentou-se na frente dela em sua mesa e ficou observando seus movimentos.

_ Não ainda n-não. – gaguejou. Sentia-se desconfortável diante da presença dele ali, na sua frente.

_ Pode relaxar. – e abriu os olhos.

Hanna ao encará-lo pôde sentir a enorme força espiritual dele. Soltou a caneta que estava na mão direita deixando-a cair no chão. Tentou se levantar, mas não tinha forças. Começou a tremer e a suar. Juntou forças mesmo nestas condições e conseguiu ficar de pé, mas sem dar nenhum passo. Apoiou-se na mesa e começou a sentir falta de ar. Todo dia era aquela tortura. Todo dia às 19h ele começava.

_ T-tai... chou... – murmurou baixo, enquanto tentava sair de perto dele. Para sua alegria conseguiu dar alguns passos e sair da frente dele e encostou-se na parede.

Ichimaru a encurralou na parede com os braços. Estava se sentindo bem fazendo aquilo, adorava brincar com as pessoas fracas.

Hanna segurou os pulsos dele e tentou tirar seus braços de perto dela, mas foi inútil.

Ichimaru a cada segundo aumentava mais sua força a deixando cada segundo mais fraca.

A tortura continuou até dar a hora de ela ir embora. Afastou-se dela e saiu da indo para sai casa. Fazia aquilo por prazer.

Hanna saiu da sala, andando pela Seireitei fraca e escorando na parede. Parava de vez em quando para respirar. Andou mais três passos e caiu desmaiada.