Capítulo 10 A volta de Ichimaru

O dia estava bonito. O céu limpo, pássaros cantando...

Hanna já estava em sua sala. Teve vontade de rir ao pensar em sua cabeça “sua sala”. Sentou-se em sua mesa e logo se lembrou que ainda não tinha entregado os relatórios ao senhor Yamamoto. Pegou as duas pilhas de papéis e saiu porta afora.

No caminho encontrava algumas pessoas que a cumprimentava. Ela por sua vez falava em voz alta e nem sabia com quem falava. Os papéis a tapavam.

Finalmente chegou a sala do Yamamoto. Pediu novamente para alguém abrir a porta, já que suas mãos estavam ocupadas. Assim que a porta se abriu entrou e empurrou com o pé para que fechasse:

_ Com – licença senhor. Desculpe-me a demora. – e um homem a ajudou com os relatórios. _ Obrigada. Não deu para trazer ontem então... – e assustou-se ao ver todos os capitães ali. _ Desculpe-me eu não sabia... – colocou os papéis em cima da mesa e já estava de saindo quando o senhor Yamamoto a chamou:

_ Espere! Queríamos mesmo falar com você. – falou sério.

Hanna fecha a porta novamente e volta à atenção a ele.

_ Aproxime-se. – pediu o velho.

Ela aproximou-se tímida e passou a encarar o velho e todos da sala.

_ Eu sei que você disse-me ontem que não sabe nada sobre seu capitão. – pausou e respirou fundo. _ Mas, eu não acredito muito.

_ Senhor, eu disse tudo que eu sabia ontem. Não sou de falar mentiras. – e o encarou sério. _ Perdoe-me... – e deu-lhe as costas e saiu. Voltou para sua sala.

Assim que entrou deu de cara com Ichimaru sentado na cadeira de sua mesa:

_ Olá... Hanna-san. – e sorriu falsamente.

_ Capitão Ichimaru? – assustou-se. Deu-lhe as costas para sair dali, mas ele foi mais rápido e a segurou pelo braço.

_ Não vai não. – e sacou sua zanpakutou. _ Se contar para alguém, eu mato a pessoa mais importante de sua vida. – ameaçou.

_ Por que isso? Por que fugiu? – queria entender os motivos de seu capitão.

_ Acha mesmo que eu ia ficar olhando você e o Byakuya juntos? – ironizou. _ Ele não a ama Hanna-san. Não a merece. - e apertou o braço dela. A puxou para mais perto de si.

_ Você acha mesmo que eu vou deixar você chegar perto do Byakuya-sama? – irritou-se. _ Nem sonhe! – e soltou-se dele e se afastou. Virou de frente e o encarou.

_ Cega... – e abriu os olhos.

Hanna sentiu a força espiritual dele, mas não demonstrou fraqueza. Tinha que ser forte:

_ Mesmo que seja meu capitão eu não tenho escolha... Vou dizer que o senhor está aqui. – disse determinada e virando-se para abrir a porta.

_ Não teme o que eu posso fazer a seu amado Byakuya? – estranhou.

_ Não se preocupe. O senhor não encostará um dedo nele. – sorriu e saiu da sala. Estava andando o mais rápido que podia, mas a sala do senhor Yamamoto era distante. Ia demorar para chegar lá.

Ichimaru foi atrás dela com sua zanpakutou na mão. Quando a avistou não hesitou. Ordena a zanpakutou que a acerte e a mesma obedece.

Hanna sentiu algo se aproximar e se vira. Por sorte a zanpakutou dele a atingiu no braço direito. Ela tirou a espada de seu braço e continua seu caminho, estancando o sangue.

Ichimaru se aproxima dela e lhe dá um forte soco. Ela com o impacto acaba sendo arremessada e entrando com tudo na sala do velho. Cai no chão mais logo se levanta:

_ Já chega! – desembainhou a sua zanpakutou e a chamou. _ desperte Tsuhime Utau. – e a zanpakutou assumiu a forma de um raio. Partiu pra cima de Ichimaru sem se importar com nada. Todos ficaram espantados, inclusive Byakuya.

Hanna o atacava de todos os lados. Às vezes o atingindo às vezes levando golpes. Ichimaru usou o shunpo e ficou atrás dela e enfiou a zanpakutou nas costas dela. Ela com isso não se abalou. Empurrou a zanpakutou dele para fora de seu corpo e levantou a sua zanpakutou apontando-a para o céu:

_ Mostre-se Tsuhime Utau. – e a zanpakutou obedece e faz o céu ficar escuro, coberto de nuvens negras e raios sendo vistos. _ Ban... Kai! – liberou.

Ichimaru também invocou sua bankai.

A verdadeira batalha começava agora.