Take My Hand And Never Be Afraid Again.

Pedido de desculpas e outras coisinhas.


Cheguei em casa mal, chorando, molhado, e me tranquei no quarto. O que mais doía não era saber a reação de Gerard ao me ver, e sim o que ele estava fazendo à si mesmo. Partiu o meu coração em dois ver ele lá, naquele estado. Aquele não era o Gerard Way que eu conhecia, não era o menino doce e inocente que sempre exibia um lindo sorriso nos lábios e estavam sempre com os olhos brilhando. Sua inocente havia dado lugar à... aquilo! Eu realmente não sei quem é aquela coisa, mas não é o meu Gee.

– Frank, posso entrar? – Minha mãe perguntou baixinho, do outro lado da porta.

– O que você quer? Eu não to me sentindo bem. – Respondi tentando controlar minha voz de choro.

– Mas, querido, você tem visitas.

– Quem? – Fui levantando-me da cama lentamente, sem forças.

– Gerard está aqui em casa e quer falar com você. Devo dizer para ele subir ou você vai lá?

– O quê?! Não, não diz pra ele entrar. – Eu realmente não estava preparado para olhar para a cara do Gerard de novo – Apenas... diga que não estou bem, sim?

– Claro, querido. Mas aconteceu algo? Talvez eu possa...

– Mãe! – Interrompi – Apenas diga para ele ir embora, sim? Preciso dormir. Amanhã é sábado, não tenho aula e quero dormir até tarde.

Ela não respondeu mais, apenas saiu. Pude ouvir a voz de Gerard pronunciando algumas palavras que não consegui entender, mas mesmo assim, sua voz me fazia mal. Não acredito que tudo passou de uma simples atração física à paixão tão rapidamente. Submerso nesses pensamentos na e minha própria dor, acabei dormindo. Passei o sábado todo em casa, assistindo alguns programas idiotas na TV, jogando vídeo-game e coisas assim. Consegui me distrair o dia todo, foram poucas as vezes em que pensei em Gerard. Já a tarde de domingo foi pior, pois minha mãe decidiu chamar “certa amiga” para visitar-nos. Já era de tarde, desci para pegar uma latinha de coca cola, estava preparado para mais algumas rodadas contra o próprio vídeo-game, quando me deparo com a cena: Donna Way sentada em uma das poltronas da minha casa e minha mãe estava à sua frente, elas pareciam realmente distraídas com um assunto sobre cabelos e essas besteiras todas de mulher. Mas não foi isso que chamou a minha atenção, foi certo garotinho com uma cara emburrada, sentado perto de sua mãe. Gerard parecia mal, como se estivesse arrependido de algo. “Ressaca”, pensei.

– Frank! Olá, querido. – Disse Donna, docemente ao me ver. Ela era realmente muito simpática, mas não precisava ter feito todos olharem para mim quando eu estava conseguindo passar pela sala sem ser notado. Maldito seja quem teve a idéia de colocar aquela sala no meio do caminho!

– Ah... Olá, Donna, bom ver você. – Ela sorriu – Olá, mãe. – Nesse momento, Gerard fitou-me como quem espera algo. Bom, esperaria para sempre. Apenas fuzilei-o com o olhar e passei direto para a cozinha. Peguei minha coca cola, um saquinho de batatas fritas e saí.

– Frank, pra quê tanta comida? Você acabou de passar com um refrigerante e agora já vai com outro? E não saiu do quarto o dia todo! Começo a pensar que não está sozinho lá... – Disse minha mãe, pensativa.

– Claro que estou sozinho! Quem estaria comigo? Você sabe que eu não tenho amigos. – Dei uma ênfase exagerada na palavra “não”, e lancei mais um olhar seco à Gerard, que só abaixou a cabeça e corou. Subi para o meu quarto, levando meu estoque de comida junto. Cheguei lá, joguei tudo em cima da cama e peguei os controles do vídeo-game. Não acredito que só a presença de Gerard Way já havia me tirado o apetite e me feito ficar mal. Após perder vergonhosamente para a maquina algumas vezes, ouvi uma batida na porta.

– Frank, posso entrar? – Gerard estava do outro lado da porta e sua voz falhava, ele parecia prestes a chorar. Apenas não respondi. Pausei meu jogo e esperei que ele fosse embora para recomeçar a jogar. – Frank, eu sei que está aí e sei que está acordado. Consigo ouvir o barulho do pacote de batatas e a música do joguinho.

– Ta bom, o que você quer?

– Quero que abra. Preciso conversar com você. – Parecia uma facada no meu coração a cada palavra pronunciada por aquela linda voz, que agora estava bastante chorosa.

Ao abrir a porta, me deparei com um Gerard abatido. Ele parecia realmente mal e prestes a chorar, aliás, seu lápis de olho já parecia um pouco borrado. Meu coração acelerou e eu realmente quase o puxei por um braço, jogando-o na cama e beijando. Mas eu não podia, não depois de tudo. Ele entrou, devagar, e dirigiu-se à cama. Sentou-se e uma lágrima solitária percorreu seu rosto.

– E agora, o que você quer? Mas seja rápido, eu estou quase chegando à fase do chefão e preciso salvar a princesa. – Disse, apontando para o vídeo-game onde eu jogava Mário.

– Frank... – Ele pegou da minha mão, me fazendo sentar-se ao seu lado. – Me desculpa? Eu realmente não queria ter feito aquilo. Eu me sinto tão mal... – Mais algumas lágrimas escorreram pelo seu rosto.

– Então por que fez? Você já não é mais nenhuma criança, Gerard. Se você sabia que se arrependeria, não deveria ter feito.

– Eu sei, eu sou um idiota. – Agora lágrimas escorriam pelo meu rosto também, e ele apertava fortemente a minha mão – Eu só fiz aquilo porque eu não queria me entregar. Não queria aceitar o fato de que... – Sua voz falhou – Estou apaixonado por você, Frank Iero. É isso. Eu estava tentando fugir disso por medo de me machucar mais uma vez. Eu gosto de você desde antes de eu sair da escola, e sempre partiu o meu coração o fato de que você não era meu, então eu resolvi me afastar de você pra não me fazer tão mal. Ter te ignorado aquele dia foi um erro. Talvez um dos maiores da minha vida. Eu só estava lá naquele lugar, fazendo coisas que eu jamais faria, pra tentar me refugiar de meus sentimentos e pensamentos. E você estava certo, Frank. Eu sou sozinho. Ninguém gosta de mim. E eu achei que tivesse encontrado alguém que finalmente gostasse, e não sabia o que fazer. Eu estava assustado, OK? – Nós dois já chorávamos incontrolavelmente quando ele me abraçou. Um abraço quente e reconfortante, exatamente o que eu precisava.

– Gerard, eu... Te amo. – Apenas sussurrei em seu ouvido, em resposta.

Puxei-o para perto de mim e nos beijamos, lenta e apaixonadamente. Gerard me completava, ele era tudo que eu sempre sonhei. O beijo foi esquentando, foi ficando mais rápido, ele agora passa as mãos pelo meu corpo rapidamente. Fui obrigado a parar o beijo para respirarmos e para jogar todas as coisas que estavam na minha cama no chão, enquanto isso ele aproveitou para tirar seu casaco e começar a tirar a camiseta, enquanto eu tirava a minha. Fizemos tudo isso rapidamente.

– Gerard, - Comecei a falar, entre ofegos, quando o via abrindo o zíper da calça - tem certeza que está... Ohhh, Gee... – Fui interrompido por um beijo inesperado e por uma mão acariciando o meu membro, já duro. Para alguém que parecia tão... virgem, Gerard não era tão ruim assim. Aliás, era ótimo! Ele tirou suas calças e, em questão de segundos, tirei as minhas também. Pude sentir seu membro roçando no meu, e aquilo me deixava louco. Gerard colocou a mão dentro da minha cueca e começou a masturbar-me, enquanto mantinha a outra mão dentro da sua própria.

– Oh, Gee, isso... Eu vou, oh.... – O orgasmo chegou, e nessa hora eu soltei enorme gemido de prazer, pouco me importando com as nossas mães que com certeza estavam ouvindo.

Levantei-me um pouco, indo em direção à sua cueca. Tirei-a e comecei a acariciar seu membro, já arrancando-lhe um gemido, alguns segundos depois comecei a usar minha boca como auxílio. Gerard gemia incontrolávelmente enquanto eu o chupava, e já parecia perto do orgasmo.

– Frank, acho que está chegando... Eu... – E aconteceu. O líquido branco espalhou-se por toda a minha boca e pelos lençóis. Engoli o que pude, é claro. Depois, deitei-me ao seu lado. Estávamos exaustos.

– Oh, Gee, isso foi... Incrível. – Falei, com a respiração pesada.

– Sim, Frank... Foi incrível. Deveríamos fazer isso mais vezes, não acha? – Respondeu ele, com um sorriso malicioso.

– Gerard Way falando isso? Não creio! – Rimos – É claro que deveríamos fazer mais vezes. Aliás, sempre que quiser estarei aqui – Respondi com um sorriso mais malicioso ainda, depois beijei-o. Estava realmente frio lá, e só percebi isso agora.

Nós estavamos exaustos e lambuzados, mas acabamos dormindo ali mesmo, naquela cama.