Sálvame

Tudo tem um começo.


10 anos de idade:

Meu coração disparava enquanto o homem ranzinza avaliava a garota loira dos olhos azuis. Ela tinha mais chance de conseguir esse trabalho que eu, eu sabia disso. Além de ter a idade que eles estão procurando (de sete a nove anos), ela tem as medidas pequenas, miudas, aprendi que as pessoas gostam de ver garotinhas loiras nos comercias.

Terminando o teste ela sorriu para o homem, com seus dentes branquinhos meio tortos, e saiu com as mãos na cintura balançando seus cabelos lisos pra lá e pra cá, indo de encontro a mãe.

Era minha vez, apesar de eu ter dez anos incisti a mamãe que me levasse, eu queria aparecer além de folhas de reveistas, eu queria tar na TV.

Papai normalmente me levava para os testes, ele é quem me ajudava. Mas ele preferiu levar Roy em vez de mim.

- Amélia Charlote Chevalier. - Chamou o homem errando a pronuncia.

- Chavalier. - Corrigi com meu frances sem sutaque.

- 10 anos? - Ele fez uma careta olhando minha ficha. - Especificamos bem a idade.

- Deixa-me mostrar - Falei andando até o "palco" - que idade não importa.

Ele sorriu, como se achase graça, iguinorei-o e falei minha fala com emoção, o que uma crinça de sete anos não faria.

Ele sorriu denovo, ajoelhou-se em minha frente tondo meus cabelos, foi até minha camiseta e levantou-a olhando minha barriga.

- Você tem a mais do que precisamos. - Ele falou zombando. - Talvez depois de perder essa barriga você consiga algo.

Foi a primeira vez que eu perdera um trabalho.

Quando chegamos em casa fiz minha mãe me medir, eu não estava gorda, mas não estava magra o suficiente.

Mamãe disse que era loucura que eu era perfeita assim e que aquele homem não quiz dizer aquilo.

Dias se passaram e eu evitava comer e mamãe acabou me levando ao piscicoloco. Segundo ele, eu pulei a fase "infancia" e fui direto a pre-adolecencia, assumi "responsabilidades" cedo demais e eu acabava me precionando.

Eu não importava com nada disso, eu precisava emagrecer.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.