A tarde passou normal, as vezes eu implicava com a Nat e o Clint apenas para faze-los brincar como crianças. Tenho certeza que por causa do trabalho eles não podem fazer isso, então já que estavam aqui eu deveria faze-los aproveitar. Quando deu umas cinco e meia da tarde, fui a cozinha prepara o jantar. Optei por algo simples, um espaguete ao Pesto com file mignon. Quando terminei de preparar, arrumei a mesa as vezes sendo observada pelos meus visitantes.

– Bem que você podiam me ajudar, não acham? - perguntei sem olha-los

– Estou bem aqui, obrigada - Natasha fala sem desviar o olhar da TV

Eles continuaram ali e eu terminei de arrumar a mesa, fui até um porta dentro da cozinha que vivia trancada e com as chaves escondidas quando tinha treze anos, peguei a chave em cima da geladeira e abri a porta

– O que vai fazer? - Natasha pergunta me olhando

– Pegar um negocio - digo entrando no quartinho frio, peguei uma garrafa de Chardonnay - Aqui está

– Excelente escolha - Clint elogia se encostando no balcão e vendo a garrafa, dou de ombros e pego três tarsas

A campainha tocou despertando a atenção de todos na casa deixando-nos em sinal de alerta, olhei para Clint

– Eu atendo - falou serio olhando em direção a porta, Natasha ficou pronta para qualquer eventualidade, voltei a termina de fazer as coisas enquanto Clint olhava pelo olho magico e pareceu aliviado - Visita para você Natasha

– Para mim? - ele perguntou estranhando a afirmação de Clint e ele abriu a porta

– Oi Barton - a pessoa disse educadamente, mas essa voz não me era estranha - Nat, você está bem?

– Estou, foi apenas uma torção, nada de mais - ela respondeu e parecia está feliz

– Fiquei preocupado com você - a pessoa falou e eles continuaram a conversa, percebi Clint se aproximar

– Não precisava, sabe que sei me cuidar - ela disse e pelo modo que as palavras saíram ela estava sorrindo

– Precisa de ajuda em alguma coisa? - ele pergunto parando ao meu lado

– Está doente Barton? - pergunto brincando - Está oferecendo ajuda

– Ajudar é melhor do que ficar vendo o casalzinho na sala - Clint fala revirando os olhos

– Termina a louça aqui enquanto eu chamo os pombinhos - digo olhando-o e ele sorri

– Se você conseguir faze-los prestar atenção em você - ele disse como se aquela não fosse a primeira vez que isso acontecia

– Quer apostar que eu consigo de primeira? - pergunta desafiando-o

– Aposto cem dólares que você não consegue - ele disse me olhando

– Feito - digo olhando-o e vou em direção a sala, parei no batente da porta da cozinha sendo acompanhada do Clint

A cena da sala era a seguinte, a Natasha e um homem loiro que me parecia muito familiar estavam aos beijos no sofá. Olhei para Clint e ele indicou para interromper casal. Mas fui por outro caminho, me direcionei ao fundo da sala procurei na estante um dicionario que traduzia do inglês para o italiano e vise versa. Quando o encontrei andei sem fazer barulho, parando atrás do casal que sequer notaram a minha presença, Clint segurava o riso prevendo o que eu iria fazer e falou sem emitir som, enquanto me olhava "Isso é trapaça", apenas dei ombros.

Levantei o dicionario, respirei fundo e bati com força na mesinha, fazendo o casal se separar com o susto e disse em seguida

– Esse é um lar de família, então nada de pouco vergonha na minha casa - falei e eles me olharam, então reconheci o loiro - Rogers?

– Susan? - ele perguntou se levantando, deixando a Natasha e o Clint surpresos

– Como esse mundo é pequeno - digo me aproximando e dou um abraço nele - Tudo bem?

– Está sim - ele respondeu desfazendo o abraço - E com você?

– Estou otina - respondo olhando-o

– Esperem ai, vocês se conhecem? - Natasha perguntou nos olhando e assenti - Desde quando?

– Nos conhecemos há, mais ou menos um mês em Nova Iorque - digo olhando-a - Eu teria sido atropelada se não fosse por ele

– E aproposito como está a sua anemia? - ele perguntou preocupado

– Está controlada, não se preocupe - respondo olhando-o

– Isso é mentira - Clint falou se aproximando - Ela desmaiou hoje pela manhã

– Foi porque esqueci de tomar os remédios ontem e hoje - digo normalmente

– Tratamento é coisa seria - Steve fala me olhando

– Eu sei, mas muitas coisas aconteceram - explico olhando-o novamente - Tipo um quinjet abatido e dois agente da SHIELD feridos na minha casa, são apenas um exemplo

– Como assim? - Steve perguntou surpreso, tentando desconversar, sem muito sucesso
– Não se preocupe Steve - Natasha falou se levantando - Ela sabe

– Como ela descobriu? - Steve perguntou me olhando

– Eles me contaram - digo dando de ombros então mudo de assunto - Já jantou Rogers?

– Ainda não - ele respondeu

– Então você janta com a gente - digo indo em direção a cozinha - Andem logo antes que esfrie

Fui até a cozinha sendo seguida por eles, peguei mais uma tarsa e um prato. Coloquei a travessa com o espaguete na mesa e logo em seguida a travessa com o file mignon.

– O cheiro está ótimo - Clint falou e Steve concordou respirando fundo

– Quem preparou? - Steve perguntou

– Eu - respondo como se fosse obvio abrindo o vinho.

De acordo com as regras, primeiro serve-se as mulheres das mais velhas para as mais nova, em seguida os homens agindo da mesma forma. Então servi a Natasha, o Steve, o Clint, depois me servir e tomei um gole de vinho.

– Você não tem idade para beber - Steve falou me olhando

– Ela não tem idade para um monte de coisas, mas mesmo assim as faz - Clint falou dando de ombros, enquanto eu servia os meus convidados, quando terminei

– Podem experimentar - digo me sentando, eles provaram e em seguida arregalaram os olhos - Está tão ruim assim?

– Ruim? - Natasha pergunta limpando a boca com o guarda napo - Se isso estiver ruim não sei o que é maravilhoso

– Onde aprendeu a cozinha assim? - Steve perguntou me olhando

– Minha tia é dona de Buffet, praticamente cresci dentro de uma cozinha - expliquei olhando-o

– E acabou cursando robótica na faculdade - Natasha disse com ironia

– Pois é a vida as vezes prega algumas peças - digo olhando-a, fazendo-a rir

O jantar seguiu normalmente, conversávamos como se nos conhecêssemos a anos, quando o jantar terminou eles por algum milagre me ajudaram a arrumar a cozinha, Clint estava quase saindo da cozinha

– Nem pense que saindo de fininho, vai escapar de pagar o que me deve - digo guardando os pratos no armário

– O que ele te deve? - Natasha perguntou

– Cem dólares - respondo me aproximando do Clint e estendo a mão - Pode pagar

– Me lembre de nunca mais apostar com você - ele reclamou me pagando

– E perder a chance de dinheiro fácil? - digo olhando e guardo o dinheiro - Não mesmo

– Acho melhor nós irmos, antes que fique mais tarde ainda - Steve falou indo até a sala

– Está bem - Natasha concordou - Vou pegar as minhas coisas

Ela deu um rápido selinho no namorado e subiu as escadas sendo acompanhada pelo Clint

– Eu não desconfiava que essa fosse a Natasha que você havia dito em Nova Iorque - digo pegando um copo de suco

– Porque você diz isso? - perguntou me olhando

– Sei lá - digo dando de ombros - Já entregou o presente a ela?

– Ainda não - ele respondeu olhando desconfortavelmente em direção a escada

– Ciumes, Rogers? - perguntei me sentando no sofá

– O que? Não - ele tentou desconversar, mas sem sucesso

– Você é um péssimo mentiroso - digo olhando e ele ri

– Mentir nunca foi comigo - ela admiti sorrindo, mas soltou um suspiro frustrado - Eu não sei, as vezes me incomoda essa aproximação deles

– Nesse tempo que eles estavam aqui notei que eles se amam como irmãos - digo olhando-o - Na forma de falar, conversar, brincar, não passa de amizade de irmãos

– Você realmente acredita nisso? - ele perguntou incerto

– Olha ali - indiquei um porta retratos grande, com varias fotos dos meus seis aos quinze anos, todas eu estava acompanhada do Jhon - O que você vê?

– Fotos suas e... seu irmão? - ele perguntou me olhando

– Quase isso - digo pegando o porta retrato - Ele é meu melhor amigo desde os seis anos, crescemos como se fossemos irmãos e somos assim até hoje

– Olhando as fotos parecem realmente irmãos - ele disse olhando o porta retrato - Com detalhes físicos diferente, mas mesmo assim parecidos

– Verdade, por isso não esquenta com eles - digo colocando o porta retrato no lugar - A Natasha e o Clint são como eu e o Jhon

– Já estão falando de mim? - Jhon disse abrindo ao abrir a porta

– Temos coisas mais interessantes para falar do que sobre você Jhon - rebato e ele me olha

– Sua delicadeza me surpreende a cada dia Su - ele disse serio e o Steve ri baixo - E quem é esse?

– Steve - respondo me encostando no sofá

– O cara que te salvou do atropelamento em Nova Iorque? - Jhon perguntou me olhando

– Ele mesmo - respondo olhando-o, se levantou e nesse momento tive a impressão de que eles não poderia ir embora sabendo sobre mim, por um motivo de segurança

– Prazer - Steve disse estendendo a mão para cumprimenta-lo - Steve Rogers

– Jhonata Schuster - Jhon cumprimentou de volta e me olhou - Desde quando você passou a dar o seu endereço a todos que conhece?

– Primeiramente não dou o meu endereço a todos que conheço - falei olhando-o nos olhos - Segundo, foram Natasha e o Clint que ligaram e o Steve veio busca-los, a final o que veio fazer aqui?

– Não tem nada para fazer na minha casa - ele diz se sentando na poltrona e logo em seguida ouvimos passos em direção da escada

– Podemos ir - Natasha diz terminando de por a mochila nas costas, desceu a escada e falou me olhando - Obrigada Su

– Não precisa me agradecer - digo sorrindo - Foi um prazer tê-los aqui

– Até que foi divertido - Clint disse e Natasha concordou em uma aceno de cabeça

– Que bom, mas... pena que não se lembrarão do que aconteceu aqui - digo e eles me olham confusos

– O que? - Clint falou me olhando confuso

– Vocês não lembrarão do que descobriram sobre mim, nem mesmo que eu sei sobre vocês e a SHIELD, as memorias serão convertidas fazendo-os acreditar na versão que deram para a SHIELD - digo começando a me concentrar na nevoa - Não se preocupe, que as memórias originais ficarão bloqueadas até que nos encontremos novamente

– Do que está falando, Su? Eu não estou enten... - estralei os dedos, manipulando a nevoa e ela se interrompeu

Nos primeiros momentos as expressões deles demonstravam confusão, mas logo se tornaram frias, exceto a do Rogers, mas todos assumiram uma postura rígida. Com o Steve mantive as memorias do dia em que nos conhecemos, já que ali não contei nada sobre mim. Quando o trabalho da nevoa havia sido concluído, Natasha começou a interpretar a secretaria simpática e Clint o homem de negócios, se aproximaram de mim

– Obrigado por tudo Susan - Clint falou me olhando simpaticamente

– Obrigada pela hospitalidade - Natasha falou sorrindo

– Não precisa agradecer, foi um prazer tê-los aqui - respondo sinceramente - Ainda bem que foi apenas um inchaço no seu pé

– Verdade - disse ainda sorrindo

– Natasha precisamos ir - Clint falou após olhar o relogio - O nosso voo sai daqui e quarenta minutos

– Está bem! Tchau Susan - ela disse e se virou em direção a porta

– Tchau! - respondo acompanhando-os até a porta e abrindo-a em seguida, Natasha e Clint passaram por ela e Steve foi o ultimo

– Foi bom vê-la novamente - ele disse sorrindo - Espero que continue se cuidado

– Sim senhor! - disse batendo continência e ele sorriu

– Acho bom soldado - ele disse me fazendo ri - Tchau Susan

– Tchau Steve - digo e ele vai em direção ao carro, entrou e foram embora
Quando o carro dobrou a esquina, entrei fechando a porta

– Porque manipulou a memoria deles? - Jhon perguntou ainda sentado na poltrona

– Foi apenas uma sensação de perigo - digo me sentando no sofá - Então não quis arriscar

– Acha que eles poderiam voltar e tentar algo contra você? - Jhon perguntou me olhando

– Não acho que seja esse tipo de perigo - digo me encostando no sofá - É como se fosse perigoso para mim, eles saberem quem realmente sou e o que sei fazer

– Entendi - Jhon falou voltando a olhar a televisão

Depois de quase duas horas, a dona Marta chegou e o Jhon foi para casa. Fui para o meu quarto e tomei um logo banho relaxante. Desde que fui para o acampamento é como se eu além de senti quando a morte das pessoas estão próximas consigo senti quando algo é realmente perigoso para mim. Terminei meu banho, coloquei uma camisola confortável, me deitei e logo adormeci.