Surprise - Megavi

Conexão Inexplicável


Alguns dias depois…

Davi estava na Plugar, sentado em frente à um computador velho, tentando a todo custo concertar o mesmo. Frustrado por não obter sucesso, largou o bicho e saiu para respirar um ar puro. Não conseguia se concentrar em quase nada. Havia dias que a única coisa que povoava sua mente era uma certa “Bad Girl”.. Depois do dia em que a conheceu de verdade, ele ia para a ONG animado, com a esperança de vê-la aparecer a qualquer momento.. Em vão!
Já havia se passado quase uma semana e nada dela aparecer..
Ele como o hacker que era já tinha conseguido seu número de telefone, hackeando suas contas de e-mail, mas nunca teve coragem de ligar. Todas as noites antes de dormir, ele pegava o papel onde o mesmo se encontra anotado e ficava olhando, por vezes discava a metade dos dígitos, mas lhe faltava coragem e não terminava. O que diria à ela caso ela atendesse? Não tinha a mínima ideia..

Porque ela não vem? As crianças ainda perguntam por ela.. Ela prometeu.. Pensava ele.
se sentia um bobo, como pode uma pessoa que só viu duas vezes na vida, fazer todo esse estrago? Causar todo todo esse sofrimento, sim pois ele sofria a cada dia que levantava com esperança e deitava com angústia.

– Tio Davi, quando é que aquela sua amiga bonita, a tia Megan, vem aqui de novo? - Gabriel lhe perguntava -
– Olha só Gabriel, a tia Megan tá um pouco ocupada agora, mas assim que ela tiver um tempinho, vai vir tá bom? - ele balançava a pequena cabeça -
– Ela é engraçada né, contou que lá na Califórnia tem lugares secretos igual nos filmes..
– É sim, muito engraçada.. Agora vai lá brincar vai..

Lembrando que seu tutor era amigo da mãe de Megan, ele resolveu ir como quem não quer nada perguntar sobre o patrocínio, quem sabe assim não descobria algo sobre a filha dela. Seguiu em passos largos até a sala do amigo.

– Herval.. - bateu na porta de leve -
– Entre - disse o homem, ele estava sentado revisando alguns papéis - O que foi, algum problema?
– Não, é que eu queria saber como anda o patrocínio lá da Pâmela, você tem falado com ela?
– Falei, falei sim, ela quer vir acertar tudo, mas não está com tempo..
– E porque não manda a Megan vir, ela acerta tudo e ainda fica com as crianças, eles perguntam por ela todos os dias, principalmente o Gabriel..
– Pâmela me disse que Jonas está levando Megan para a empresa, quer que ela esteja a par de tudo sobre o tal concurso..

Davi até já tinha se esquecido disso, apesar de que não se falava de outra coisa nas redes sociais, programas de TV, enfim todos os lugares..

– Ah é verdade.. Na internet só se fala disso.
– Poise, vamos ter que esperar um pouco..
– Hum.. Tá bom. Eu vou indo então as crianças me esperam.. - ele somente assentiu a cabeça e voltou sua atenção para os seus papeis -

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Megan despertou-se com um sentimento diferente, não queria ir para a Marra pois lá era chato demais para ela, que ficava o dia todo jogada em um sofá na sala do pai enquanto ele e sua mãe discutiam sobre os últimos ajustes do concurso. Queria ir cumprir uma promessa que fez a umas certas coisinhas. Já estava louca de saudades daquele monte de olhinhos brilhantes lhe chamando de “tia Megan”, só de lembrar ela já sorria..
Jonas entrou no quarto de mansinho, afim de lhe dar um beijo, sempre acordava a filha de manhã, mas ela já se encontrava com seus imensos olhos abertos olhando para o nada.

– Dad, eu já sei que está aqui.. - ela sentiu seu perfume -
– O que faz acordada Peanuts? Não sabe que sou eu quem acorda você?! - disse ele indo em direção a sua cama - Estragou a surpresa!
– Que surpresa Dad? Sei que você me da um beijinho everyday.. - ela sorriu -
– Ahh, pensei que era um segredo! - deu um beijo em suas bochechas -
– Dad, promete que vai me acordar assim always?

Jonas olhou para a filha com tanto amor, lembrou-se de quando ela era aquela menininha que sempre pedia pra ele lhe contar histórias antes de dormir, que gostava de ir ao parque aos domingos andar de bicicleta ou fazer aquelas enormes bolhas de sabão, que amava filmes de princesas mas sempre dormia na metade deles, sim era seu pequeno amendoim que estava ali, como antes, antes da adolescência, antes das festas, antes da rebeldia, era só o seu amendoinzinho, frágil e carente, precisando de carinho.
Ele sabia que muitas vezes deixou sua esposa e filha sozinhas para cuidar da empresa, que a maioria das encrencas que ela se metia era apenas pra chamar sua atenção, mas o que podia fazer? Deu sua vida por aquela empresa, não podia largá-la, mas haviam coisas pequenas das quais ele não abria mão de jeito nenhum, e uma dessas coisas era acordar seu amendoim com um beijinho todas as manhãs..

– Eu prometo, sempre!! - abraçou a filha - Vamos agora levante-se, vamos para a Marra..
– Sorry Dad, but today eu não vou, tenho que fazer other thing..
– Que coisa Megan? Por favor..
– Have Calm Dad.. Não vou aprontar nada de ruim.. Please!! I promise que de tarde vou pra Marra right? - disse Ela beijando os dedos em sinal de cruz -
– Não posso fazer nada para você mudar de idéia não é?
– No! - ela disse entre risos -
– Tudo bem.. Mas a tarde te quero na Marra ouviu mocinha?
– Yeah.. Estarei lá!

Ele deu mais outro beijo e saiu dos aposentos da filha..
Algumas horas depois Megan desceu e foi tomar café, já eram quase dez horas da manhã, ela havia perdido tempo demais para se arrumar, comeu algumas frutas, tomou o iogurte com cereais, em seguida pegou seu carro e saiu cidade a fora.
Após mais alguns minutos já estava em frente à Plugar. De longe avistou os pequenos correndo no campinho.. Desceu do carro e foi andando devagar até lá, eles estavam distraídos não a viram chegar, foi avançando mais e mais e quando estava lá gritou..

– Hi kids.. - quando eles a viram ficaram enlouquecidos, fizeram um grande círculo em volta dela -
– Tia Megan, tia Megan, você voltou..
– Yeah.. Eu estava com saudades de vocês..
– Então por que você não veio antes ué?
– Porque a tia Megan tava muito ocupada, mas eu tô aqui agora, não tô?
– Então vamos brincar tia Megan?
– Yes..

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Era hora do lanche e Davi estava em sua sala trabalhando no computador, mas de repente o barulho lá fora aumentou..
Curioso como é, foi ver o que era. Ao colocar os pés fora do prédio, seu coração deu um salto, sentiu o corpo pegar fogo e as mãos soarem, como quando era apenas um adolescente e estava interessado em alguma garota.. Era ela, a pessoa que ele tanto esperava ver, a primeira coisa em que ele pensava todo dia ao acordar, finalmente ..
Não hesitou em ir lá, afinal, esperou ansioso por esse momento, quem sabe não a convidaria para almoçar..
Ela estava tão leve, corria de um lado para o outro atrás dos pequenos que gritavam e sorriam assim como ela.

– Voltou mesmo hein..

Ela se virou para ele de supetão, ao vê-lo sorriu e colocou a mão na barriga afim de recuperar o fôlego.

– Hey, no meu país - Deu uma pausa, estava ofegante - promessa é dívida, you know? - disse e piscou -
– Aqui também.. Mas tenho que te dizer que aqui, nós cumprimos mais rápido - provocou ele -
– Whatever.. I’m here, e é o que importa!!
– Tem razão..

Megan virou as costas para ele e voltou-se para as crianças, que haviam parado de correr e estavam observando os dois..

– Kids, vamos descansar um pouquinho right?
– Você cansa muito rápido tia Megan..
– Of course.. Vocês são crianças, tem muito mais energia do que eu, vou dar uma paradinha..
– Que tal tomar um suco? - ofereceu Davi -
– Yeah, pode ser..

Os dois saíram em direção ao trailer do caolho, Megan sentou-se em um dos sofás enquanto Davi foi buscar os sucos…

– Tem suco e sorvete, o que vai querer?
– Com todo esse calor, ice cream.. Disse ela jogando os enormes fios dourados para trás -
– Certo.. E de que você quer? Cê tem cara de que gosta de morango.. - especulou ele -
– Ha ha ha.. I Like.. - ela sorriu, ele estremeceu por dentro - And you Like orange? Acertei?
– É isso mesmo, acertou.. E ai, peço de morango pra você?
– Hum.. No! Peça um que só tenha here in Brasil right?! Gosto de experimentar coisas novas!
– Hum.. Sendo assim então vou pedir de açaí..
– asha.. What?
– Não esquenta, cê vai gostar.. - ele achou engraçado ela não conseguir pronunciar a palavra -

Minutos depois ele voltou com seu suco de laranja e o sorvete de açaí para Megan.. Ao entregar a tigela para a americana, ele ficou olhando-a com expectativa, ela meio desconfiada pega e põe uma pequena quantidade na boca, afim de provar o sabor do tal açaí.

– E então, você gostou?

Ela fez um suspense, baixou a cabeça, depois levantou em uma expressão de descontentamento, ele estava aflito e começava a achar que tinha feito a pior escolha que poderia ter feito, porém ela olhou em seus olhos, curvou os lábios em um sorriso maroto e falou..

– Adorei.. É tão gostoso - disse colocando mais açaí na boca -
– Te disse que ia gostar.. - disse ele aliviado -
– Hey minha língua está roxa? - diz ela mostrando sua língua para ele -
– Tá sim, bem roxa - Ele ri -
– Yeah.. Como é o nome mesmo? É ashai right?
– Não, não é ashai.. É açaí.. Mas esquece, cê não vai conseguir dizer..
– You está duvidando da minha capacidade de aprender? - Ela lhe lançou um olhar bravinho -
– Não, mas sei que você não vai conseguir, só isso..
– Stupid!!
– Grossa!

Eles se olharam e lembraram do dia em que se conheceram, ficaram se encarando como aquela noite, e depois de algum tempo assim, enfeitiçados um pelo outro, como se não pudessem ou não conseguissem desviar o olhar, como se uma força maior os fizesse ficar ali, observando cada linha de expressão um do outro, cada traço, tudo era novidade e eles queriam conhecê-las...
Após esse momento de conexão, Megan piscou rapidamente e sorriu e então voltou sua atenção para a tigela de açaí em sua mão.
Os dois comeram em silêncio até que Davi ouviu barulhos familiares.. Virou sua cabeça e viu que seu melhor amigo finalmente havia chegado..

– Daviii.. - Vander grita -

Ao chegar perto de Vander, Davi se agacha e passa a mão em Linus, seu cachorro que foi passar alguns dia na casa de Vander, pra fazer companhia para ele mosca enquanto sua mãe viajava.

– Oi amigão tava com tantas saudades de você - diz Davi acariciando o cão -
– Oi pra pro Vander também né Davi!
– E ai Vander, tudo bem?
– Tá sim.. Eu trouxe ele porque minha mãe já chegou, e também achei ele meio triste, acho que também tava com saudades de você!
– Eu também tava com saudade..
– Então eu já vou.. A gente se vê..
– Falou..

Davi voltou para onde Megan estava tomando seu sorvete. Ao vê-la Linus avançou em cima dela e começou a lhe lamber inteira. Ela começou a rir..

– Stop, stop.. - ela ria acariciando a cabeça do animal -
– Linus! - Davi repreende - Desculpa, ele é assim mesmo, acho que gostou se você!
– Você acha? Eu tenho certeza! - ela brinca com o cachorro - Como é o nome dele?
– Linus..
– Eu sempre quis ter um dog, but meus pais nunca me deixaram ter um..
– E porque? Os cães são os melhores amigos dos humanos!
– I Know.. But eles achavam que era apenas um capricho, que depois eu ia deixar ele largado..
– É uma pena, Linus é o meu melhor amigo.. Ele ficou alguns dias fora mas já tá aqui né amigão?! - passou a mão no cachorro que latiu -
– Yeah.. Ele entendeu..

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Depois que terminou seu sorvete, Megan voltou a brincar com suas coisinhas de olhos curiosos. Assistiu Davi dar uma aula de programação à eles e depois ajudou eles a pintarem uns cartazes para colar na parede. O dia estava sendo maravilhoso para ela, que havia se divertido muito com as pulguinhas como Davi chama os pequeninos e com Linus, o cachorro super fofo dele. Jamais poderia pensar que ali, naquele lugar simples, poderia ser tão feliz, se sentir tão leve.. Mas o tempo estava acabando.. Ela olhou seu Marraphone e viu que era tarde e precisava ir embora..

– Davi - ela chamou o nerd -
– O que foi Megan?
– Eu preciso ir.. Pode chamar as crianças?
– Mais agora? Cê ainda nem almoçou, porque já tem que ir?
– Tenho que estar na Marra daqui a pouco.. Sorry.. Now, Chame as coisinhas please.. Quero me despedir!

E assim ele foi, meio triste, meio contrariado, pois queria passar mais tempo com ela, não conseguia dizer o porque mas cada vez que ele a via partir, tinha medo que não a visse nunca mais.
Trouxe suas pulguinhas que ficaram tristes assim como ele. Ela beijou todos assim como da última vez, prometeu que voltaria. Então assim ele teve esperança, o ruim era que ficaria esperando ansioso novamente..

– Bye Davi - ela se aproximou e deu um pequeno abraço nele - Foi um dia muito divertido - se agachou e passou as mãos em Linus - bye Linus, adorei te conhecer - ele latiu - Acho que isso foi um “eu também” right?!
– É sim, ele te adorou - disse ele meio dengoso - Tchau, e aparece, as portas sempre estarão abertas pra você!
– Eu vou voltar sim.. Mas não sei quando..

Então Megan girou nos calcanhares e foi até seu carro, entrou, baixou os vidros, acenou para Davi e para as crianças e deu partida.
Estava tão feliz.. Engraçado como são as coisas, foi por um mero acaso que foi com sua mãe conhecer a ONG, daí meio que sem querer, ao ver simples crianças, que poderiam ser comuns aos olhos dos outros, mas aos delas, despertava algo profundo, encantador. Apesar de nunca ter lhe faltado nada, nunca teve uma infância normal, com os pais famosos e conhecidos, que tudo o que faziam o mundo inteiro sabia.

– Mommy.. Está aí? - disse ao entrar na mansão -
– Hi Megan estou here.. Onde estava sweetie?
– Não vai acreditar mom.. Fui a Plugar, vistar as crianças, lembra que elas me adoraram?
– Really Megan? E aí como foi? me conte!!
– Oh mommy.. Foi muito bom, aquelas pulguinhas são incríveis, me sinto tão bem perto deles.. E o Linus? Muito fofo! Estou in love com ele…
– Linus? É algum rapaz que conheceu?
– No, no! - Ela caiu na gargalhada - Linus é o cachorro de Davi!

Os olhos de Pâmela brilharam ao ouvir o nome de Davi, como gostaria que ele e Megan se entendessem, seria tão bom, quem sabe Davi com aquele seu jeito não conseguia colocar algum juízo na cabeça atrapalhada de sua bad girl.

– Davi, aquele garoto de quem você me contou?
– Yeah mom.. Ele mesmo, o cachorro dele é so cute..
– E como foi com Davi, vocês conversaram, se entenderam?
– Yes.. Deixamos aquela noite no passado! Ele é uma boa companhia, mom ele me deu ice cream de ashai..
– Ashai? O que é isso?
– É uma fruta que só tem here in Brazil.. É muito gostoso, e tem mais deixa a língua like roxa.. - ela mostrou a língua para a mãe que sorri -
– Gosto de sua aproximação com este garoto, Davi.. Ele me parece ser um bom moço quem sabe ele não..
– Mom stop! Nem adianta, eu não vou me envolver com ele.. Apesar de nos darmos bem now. And ele não faz meu tipo..
– Megan, Megan.. A gente costuma pagar pela línguas as vezes..
– what? O que isso quer dizer?
– Você vai entender quando chegar a hora.. - disse e seguiu para as escadas - Vou me arrumar para ir para a Marra.. Você vem comigo?
– Yeah.. Vamos almoçar lá, com Nacho?
– Yeah..
– Oh God.. Adoro a comida dele.. - bateu palminhas em forma de aceitação -
– Me too sweetie.. Now, vá se arrumar..

Ao entrar na sede da Marra, Megan foi direto para o refeitório falar com Nacho. Adorava aquele mexicano, ele era sempre bem humorado e lhe fazia sentir muito bem, além é claro de ser um amigo da família. Trabalhava na Marra da Califórnia e a pedido da Bad Girl Jonas o trouxe para trabalhar no Brasil.

– Holá mi amor.. - disse ele ao vê-la - Comó estás cariño?
– I’m fine.. and you?
– Bién mucho Bién, el pais es muy Bueno, me gusta estar acá!
– Sorte a sua. Ainda não me acostumei aqui.. Miss you Califórnia… - disse ela choramingando -
– Calma mi dulcito. Logo você conhece as pessoas, faz novos amigos e vai ver como vai gostar daqui.
– Eu já tenho muito Friends.. Não quero outros..
– Sus amigos estan en em otro lado del mundo. Tendrás que aceptar esto!
– I know! But não consigo acreditar que my home is here, now!

Nacho assentiu com a cabeça e deu um pequeno abraço na loira, entendia o que ela estava sentindo. Lá ela era o Centro das atenções, Sempre cercada de famosos, pessoas que diziam ser fãs enlouquecidos, todos vinham até ela, nunca precisou se esforçar para fazer amigos. Mas agora, aqui, neste país onde ainda é conhecida e muito perseguida, ela não tinha amigos, não conhecia nada e nem ninguém. Então teria que ir atrás deles, mas ao contrário do que todos achavam, ela era uma menina insegura como outra qualquer, que tinha medo de ser rejeitada, que era tímida as vezes.. Enfim, por baixo de toda aquela beleza, aquela autoconfiança e aquela personalidade difícil, existia uma garota tão frágil quanto uma flor, mas que quando machucada lançava seus espinhos aos que queriam lhe tocar.

Depois de algum tempo com Nacho, Megan decidiu ir para a sala do pai.

– Vou falar com Dad, depois venho aqui, right?
– No te preocupes.. vaya.

E assim ela seguiu para a sala. Ao adentrar o espaço seu pai estava sentado em sua cadeira, mexendo compulsivamente em seu Marrabook enquanto sua mãe estava sentada em uma poltrona mexendo em outro computador.

– Hi.. como está indo os preparativos para o concurso? Já está tudo pronto?
– Yeah.. Só falta alguns detalhes, mas já estou cuidando disso! - Disse sua mãe toda empolgada -
– Isso mesmo Pam assim que gosto de ver você. - deu um selinho nela - E você Peanuts, não marque nada para amanhã!
– Why?
– Porque amanhã seram abertas as inscrições do reality e quero você aqui, junto com sua mãe me apoiando, a Marra vai estar cheia de repórteres, fotógrafos, enfim toda a imprensa, vai estar uma loucura! - ele dizia meio nervoso -
– Fazer o que né? Não tenho nada para fazer mesmo!

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Já era noite e Davi estava sentado em frente ao computador, estava lendo uma nota que anunciava a que a abertura das inscrições do concurso GERAÇÃO BRASIL seriam no dia seguinte. Ele encarava a tela pensativo. Antes tinha apenas o desejo de desafiar Jonas, de mostrar que ele não era o único que sabia sobre tecnologia no mundo, mas agora, via que esse concurso podia ser a chance perfeita dele ficar perto de Megan. Não pode deixar de sorrir com esse pensamento. Tirou da página onde estava e abriu uma pasta de arquivo de imagem, clicou em umas das miniaturas que apareceram, era uma foto de Megan toda sorridente fazendo pose frente á Marra Brasil. Ele olhava para a imagem hipnotizado.

– Meu Deus garota, o que você fez comigo? - perguntou a si mesmo -

Ficou observando a foto por alguns minutos, aqueles olhos, lindos, eram o que mais lhe chamavam atenção, não que o restante do corpo não fosse digno de ser admirado, mas os olhos dela eram profundos, misteriosos e encantadores, ele não cansava de observá-los.
Depois de tanto babar na foto, ele finalmente desligou o computador.Levantou-se e se dirigiu até sua cama. Jogou-se e pediu para que a noite passasse depressa pois o dia seguinte prometia.