Supernatural World

A sensação de respostas parte 2


Max

- Eu sou um ser sobrenatural, assim como você. - O garoto disse isso com um tom de desdém enquanto segurava Alan pendurado contra a árvore.

Alan

- Do que você esta falando? Eu não sou um ser sobrenatural. - responde ele com um certo medo do que Max possa fazer.

Então Max solta Alan, deixando-o cair no chão.

Max

- Pelo visto você não se olha muito no espelho, não?

Alan

- Olha quem fala hahahaha. -por mais que estivesse se recuperando do ataque de Max ele ainda faz uma piadinha com a voz fraca e sarcástica.

Sem que Alan percebesse aquela insana vontade de matança tinha desaparecido.

-Eu perguntei o que você é?! Alan aumentou seu tom de voz.

Max

-Eu já te respondi sou uma criatura sobrenatural assim como você - disse Max, já se irritando com o garoto.

Alan

- Eu não sou um ser sobrenatural eu sou um dem...

Então Alan se interrompe com medo de dizer o que realmente era.

Max

- Ah claro. Você é um demônio, eu sou um lobisomem e,adivinha amigo! Nós dois somos seres sobrenaturais.

Max se inclina ficando na altura de Alan que ainda está no chão.

Alan

( Naquele momento senti que todas as minha perguntas e dúvidas poderiam ser respondidas por aquele garoto) - Como assim você e eu somos seres sobrenaturais?

Max

- Ah para. Você sabe muito bem do que eu estou falando. Então, você é um demônio de quantos anos? O mais velho que conheci tinha 500 anos mas era um babaca então,a caçadora matou ele.

Alan

- Eu so tenho 16 anos, e que caçadora?

Alan fala isso com uma cara de desentendido.

Max

- Espera, quer dizer que você é humano?

Alan

- De uma forma nada convencional, sim.

Alan se levanta do chão dizendo isso com um uma voz sarcástica. Então Max olha com uma cara de surpreso para Alan.

Max

- Impressionante.

Antes que os dois garotos possam continuar a conversa, Max sente um cheiro vindo de não muito longe da floresta onde estão.

- Ela está aqui. Temos que correr.

Alan

- Ela quem?

Max

- A caçadora. Você não consegue senti-la?

Alan

-Não.

Max

- Concentre-se.

Alan

( Sem perceber eu estava de olhos fechados me concentrando. Não sei porque fiz o que ele mandou mas deu certo.) – Agora eu estou escutando.

Max

- Seus passos?

Alan

- Não, seus batimentos cardíacos.

Max

- Estranho mas conta.

Alan pôde perceber que aqueles batimentos eram os mesmos da pessoa que tinha seguido ele da última vez, da mesma pessoa que o deixava nervoso.

Alan

- Não... não pode ser esses batimentos...

Max

- O que foi?

Alan

-Eu já tinha escutado esses batimentos,eles não são coisa boa (Não pude acreditar que meus instintos estavam realmente certos, que eu devia mesmo temer o dono daqueles batimentos, seja ele quem for.)

Max

- Temos que sair o mais rápido possível daqui. Sabe algum lugar para onde podemos ir?

Alan

- Sim, para a minha casa.

Max

- Ótimo, vamos. O que você ta esperando besta?

Alan

- Tem que prometer que quando chegarmos lá você me dirá tudo o que sabe.

De repente uma faca de caça acerta a árvore bem ao lado da cabeça de Alan.

Max

- Eu dou a minha palavra, mas primeiro temos que sair vivos dessa floresta.

Alan balançou a cabeça num sinal de positivo. Logo após os dois jovens ferozmente correm em direção a casa de Alan, que não fica muito longe da floresta. Em poucos minutos eles chegam.

Alan

( Eu acho que nunca tinha corrido tão rápido antes, meu coração disparava mas eu podia escutar o coração de Max, calmo e tranquilo). – Seu coração, mesmo depois dessa corrida, está calmo. Você nem parece tão cansado.

Max

- Esse é o lado bom de ser sobrenatural, nós não nos cansamos facilmente.

Alan

- Diga isso por você.

Alan estava com sua respiração extremamente rápida.

Max

-Você está cansado?

Alan

- Não, eu gosto de arfar. - revirei os olhos. - Sim, eu estou cansado.

Max

- Isso é bom. Porque quer dizer que você ainda é humano. Não sei como mas é.

Alan

- Agora começa a explicar tudo. O que nós somos, o que eu sou e por que aquela maluca jogou uma faca em mim.

Max

- Nossa, isso é jeito de receber alguém em casa? Não vai me oferecer alguma coisa para beber?

Alan

Alan o responde um tom irônico – Aceita alguma coisa?

Max

- Já que perguntou, tem whisky?

Alan com uma cara de raiva entrou no jogo de Max, então foi ate a adega na sala e pegou uma garrafa.

Alan

- Será que agora você poderia falar?

Max

Ele se sentou na cadeira em frente a de Alan. Bebeu um gole de whisky direto no gargalo e começou seu discurso.

– Bom Alan, esse mundo esconde vários segredos mas o maior dele somos nós, os seres sobrenaturais, aquelas criaturas que vivem nas sombras... como quiser chamar.

Alan

- Que tipo de criaturas?

Max

- Todo tipo. Demônios, lobisomens, vampiros, bruxos e alguns dizem existir outras coisas, so que eu nunca vi.

Alan

- E aquela caçadora? O que ela é? Um demônio, vampiro ou lobisomem?

Max

- Nada. Ela e só uma pessoa com grandes habilidades.

Alan

- Como você sabia quem ela era?

Max

- Porque a pouco menos de um ano ela matou um grande amigo meu, aquele demônio de 500 anos que eu tinha falado. Ele era como um irmão para mim, foi ele que me ensinou como viver nesse mundo após a minha transformação .

Alan

- Eu ainda não consigo entender.

Max

- Sei que é muita coisa para entender. Mas Alan, como foi que você virou um demônio?

Alan

- Há alguns meses, quando eu andava de volta pra casa, fui atingido por uma nuvem negra e fiquei um mês em coma.

Max

- Nuvem negra... certo foi um espírito de um demônio. Isso não explica uma coisa. Não entendo como você ainda é humano.

Alan

- Como assim?

Max

- Quando um espírito de um demônio entra no corpo de um pessoa, o espírito dessa pessoa é destruído e o demônio vive no seu corpo. Ele não rouba apenas o corpo assim como também suas lembranças, sua vida.

Alan

- Pare... espere, espere... (Max tinha começado a me assustar com esse assunto dos demônios. Nesse instante eu já não sabia mais se queria saber o que eu era) - Eu não sei se quero saber o resto.

Max

- Eu sei que pode ser difícil de entender.

Alan

- Como você sabe?!

Max

- Acha que eu nasci assim?! Há 3 anos eu fui transformado contra minha vontade, assim como você, e se não fosse por aquele meu amigo demônio eu sei que não teria me adaptado ao meu novo modo de vida. Sua vida vai ser diferente agora, tem que aprender a se controlar. Eu aposto que você já deve ter perdido o controle algumas vezes .

Alan

- Sim mas eu nem tinha me acostumado ao meu antigo modo de vida...

Max

- Eu entendo mas você tem que saber que você não estará sozinho. Te ajudarei, como meu amigo me ajudou.

Alan

- Quer saber? As coisas não foram tão ruins até agora. Posso viver sem a sua ajuda, saia da minha casa agora.

Logo Alan se descontrola e sua aparência muda novamente. Agora não por raiva e sim por frustração, medo de descobrir a verdade.

Max

- Ok, já estou indo. Mas lembre-se, não há vergonha alguma em pedir ajuda. Se quiser ajuda, eu estarei na porta da escola te esperando.

Max virou-se e saiu pela porta da frente da casa de Alan, deixando ele ali, sem saber o que fazer. Naquele momento Alan não tinha nenhuma reação, ele apenas abaixou a cabeça subiu as escadas. Tirou suas roupas e as largou espalhadas numa trilha até o banheiro, ligou o chuveiro e se sentou no chão do box. Naquela hora ele não conseguia pensar em mais nada, só ficou com a cabeça baixa e deixou que as lágrimas se misturassem a água.