Superfreddie

Lutando contra Darkseid


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Freddie abriu seus olhos, após ser ofuscado pelo Tubo de Explosão. Aquela sensação de teletransporte já era conhecida dele, experimentou-a quando foi transportado à revelia para o universo da Carl-El, a Carly de Krypton.

O cheiro da atmosfera era repugnante, uma mistura de carne putrefata, fumaça e componentes químicos cáusticos, como o rapaz nunca presenciara. O ambiente era úmido e degradante. O céu acima dos dois heróis era coberto por grossas camadas de fumaça.

“Piedosa Gaia, que lugar horrível!”, exclamou Diana, estupefata com o lugar onde foram transportados.

Freddie flutuou alguns metros do solo.

“Fica pior quando você olha mais atentamente.”

Quando ele fita o que estava procurando, voa como um míssil, atravessando o meio de centenas de parademônios. Ele então agarrou Desaad pelo pescoço, que ficava se debatendo como se fosse uma presa apanhada pelo seu predador.

“Uuuurghhh... Como...?”

“Onde está Darkseid?” perguntou sem rodeios Superman.

“E-eu... nunca vou dizer! Ele tirará minha vida se assim eu o fizer!”

“Kal, espere. Eu tenho uma forma de fazer esse verme falar...”

Diana havia derrubado os outros parademônios que restavam, juntando-se ao seu amigo. Ela desacoplou o laço de sua cintura e enrolou o servo de Darkseid nele.

“Diga onde se encontra Darkseid, sua criatura patética.”

Desaad chiou, debateu-se, implorou, mas, por fim, era incapaz de resistir ao poder mágico do laço de Diana, falando contra a sua vontade.

“Darkseid vive em uma fortaleza a noroeste deste local, em cima do monte mais alto de Apokolips. Ali está o local.” o servo apontou para o monte.

Superman deu um leve peteleco no queixo de Desaad, deixando-o desacordado. Largou-o sem cuidado no chão e colocou a mão sobre o ombro de Diana.

“Está preparada?”

A princesa amazona guardou o laço mágico na cintura e pôs a mão sobre o cabo de sua fiel espada, assentindo para o kryptoniano com firmeza.

“Toda amazona já nasce preparada, Kal-El.”

Os dois acenaram um para o outro, respiraram fundo e alçaram voo em direção à Fortaleza de Darkseid.

“Você é a guerreira. Tem algum plano?”

“Normalmente, eu teria, mas dadas as circunstâncias... tratando-se de nós dois, modéstia à parte, eu opinaria por entrarmos de surpresa, de frente, derrubando tudo o que há no caminho.”

“Bom plano...”

Superman e Diana entram sem qualquer cerimônia na fortaleza de Darkseid, destruindo uma parede. Uma vez lá dentro, um enxame de inimigos os atacou. Lutando bravamente, o kryptoniano e a amazona foram abatendo um a um todos os que apareceram, até que, de repente, o ataque cessou, quando adentraram um enorme e escuro salão.

“Por que o ataque cessou?” questionou a guerreira, pondo-se em posição de guarda.

“Meus sentidos não me trazem nada... isso é muito estranho. Algo vai acontecer...”

Um clique se ouviu, e, dentro de um facho de luz que apareceu no fundo do salão, saiu uma criatura de forma humanoide, mas muito maior do que um ser humano normal (media, aproximadamente, 2.50 de altura), olhos penetrantes e reluzentes na cor vermelha, pele cinzenta e rochosa, trajando um uniforme azul.

“Então, vocês são os vermes que ousaram invadir os domínios de Darkseid. Interessante. Uma junção do último kryptoniano com uma guerreira amazona com poderes místicos.” a voz da criatura era profunda, calma e aterrorizante “Uma dupla poderosa, sem dúvidas. Mas nada em comparação ao poder de Darkseid, o governante de Apokolips, destruidor de Nova Gênese, conquistador de planetas.”

“Nada modesto você, hein?” afirmou jocosamente Freddie. Seus olhos estavam vermelhos.

“Criatura insignificante... teria prazer em pulverizá-los pessoalmente, mas Darkseid não sujará suas mãos com alguém que não seja de valia. Antes, vocês terão de passar por um teste final.”

No instante seguinte, Superman era arremessado fortemente contra a parede que estava atrás dele; depois de abrir um buraco no meio do material que parecia feito de aço, o herói observou que fora atingido por um martelo, que rapidamente voltou para alguém escondido no meio da escuridão.

“Vejamos se você é tão poderoso quanto penso que seja, kryptoniano... apreciarei seu combate com este ser que arrebatei de um mundo pretensamente mágico outrora chamado ‘Asgard’... ele se auto-intitulava ‘Deus do Trovão’, Thor. E também temos para sua parceira a principal guerreira daquele lugar, atualmente minha principal concubina, Lady Sif. Lugar, aliás, que será ocupado por você, minha futura esposa amazona.”

Enquanto Diana auxiliava Superman a se levantar, os dois vislumbraram dois seres saindo do meio das sombras: um forte homem de cabelos longos loiros trajando uma espécie de armadura, portando em sua mão direita um martelo feito aparentemente de algum tipo de metal rústico, e uma igualmente forte mulher morena, também portando uma armadura, com uma espada em sua mão direita.

Um dia, os dois se chamaram, respectivamente, Thor e Lady Sif.

Ambos eram o orgulhoso e poderoso filho de Odin e a guerreira mais poderosa de Asgard; até o fatídico dia em que Darkseid e suas tropas do mal invadiram o mítico reino, em busca de artefatos poderosos. Toda a população asgardiana pereceu, incluindo seu governante, Odin. Apenas Thor e Lady Sif sobreviveram, ambos passando por um desprezível controle mental que os obrigava a obedecer Darkseid. Ele fora capturado por ser um formidável guerreiro, dotado de extraordinário poder; ela, por ser a mais bela e habilidosa asgardiana.

Divertindo-se com a cena à sua frente, Darkseid sentou em seu trono, juntando suas mãos, com um sorriso de satisfação em sua boca. Uma parede transparente separou-o dos quatro superseres.

“Que comecem os jogos. Assim ordena o Todo-Poderoso Darkseid.”

Com um olhar vazio, Thor levantou seu martelo, que brilhava em um tom azulado. Sif corria ao mesmo tempo em direção à Diana, preparando seu ataque. Thor mergulhou em direção a Superman com o martelo à frente, atravessando a parede com o Homem de Aço.

“Lady Sif. Eu sou a Princesa Diana, de Themyscira, e estou honrada em lutar contra você...”

Lady Sif, que, notava-se, não tinha expressão nenhuma em seus olhos, simplesmente empunhou sua espada e atacou Diana, que se defendeu com maestria.

As duas morenas trocavam golpes, sendo que a asgardiana sempre tinha a vantagem. De repente, ela deu um chute no estômago de Diana e, com um golpe lateral da espada, fez um corte superficial na barriga da amazona.

“Arrrhhh!” Diana exclamou, afastando-se alguns centímetros.

Sif então deu um forte golpe lateral na espada de Diana, que caiu metros longe dela.

A espada da guerreira de Asgard zunia no ar, e faíscas voavam conforme Diana se defendia com seus braceletes. Logo após desviar um golpe com seu punho direito, a amazona aproveitou para desferir um poderoso murro no lado direito de Sif, fazendo-a cambalear.

A princesa amazona escorregou e entrelaçou suas pernas nos pés de Sif, rolando de forma brusca e consequentemente derrubando a adversária. Com um movimento rápido, Diana pôs-se agachada, atingindo Sif em pontos vitais com seus dedos indicador e médio da mão direita em riste. A asgardiana estava imobilizada.

A amazona apanhou seu laço e o enrolou no braço de Sif.

“Diga-me, irmã, como faço para libertá-la desse feitiço?”

Com muito esforço, obrigada pela mágica do laço dourado, a guerreira asgardiana balbucia.

“N-Não... há... como... vós deveis... nos matar... a mim... e a… Thor...”

Diana por um instante desvia seu olhar, mas rapidamente olhou com compaixão para a asgardiana.

“Foi uma grande luta, irmã. Você é honrada, espero que sua transição seja em paz. Adeus.”

Diana então torceu o pescoço de Lady Sif, ceifando sua vida de forma rápida e indolor. Ela se manteve ajoelhada ao lado do corpo da outra guerreira, fazendo uma rápida prece por sua alma.

Após ser praticamente utilizado como ferramenta para atravessar a parede, o herói Superman, com um movimento rápido conjunto de mãos e pernas, joga para trás o deus do trovão, que, embalado com a própria força empregada contra o kryptoniano, colide com outra parede, rachando-a.

“Thor! Eu sei que você está lutando para reassumir o controle, eu vou ajudá-lo a se livrar desse... ARRRGHHH!” Freddie é interrompido por um golpe do místico martelo Mjolnir.

Seu adversário abriu sua mão direita, recebendo em seguida seu martelo. Girando-o em alta velocidade, ele novamente o atirou contra o Superman, que, desta feita, desviou dele em supervelocidade.

Os olhos do herói irradiaram a maciça energia da visão de calor, que atingiu em cheio o peito do asgardiano, obrigando-o a dar dois passos para trás, abalado pelo golpe.

Freddie entrou em combate direto com Thor, e os dois trocaram poderosos murros, que ecoaram por toda a fortaleza de Darkseid, que, aliás, deleitava-se com o combate dos poderosos seres.

O kryptoniano teve a vantagem depois de aplicar um chute frontal no peito de Thor, que caiu para trás. O herói de azul pulou para cima do adversário e, depois de aplicar alguns golpes diretamente no rosto dele, segurou seus braços no chão, impossibilitando-o de se mover.

“Lute, Thor, lute contra o controle de Darkseid... eu sei que você consegue...”

Com um esforço digno de um deus, o homem loiro consegue balbuciar.

“N-não... há como... mata-me, guerreiro... eu... não consigo resistir p-por muito tempo...”

Não resistindo mais, Thor bateu com o cabo do Mjolnir no chão, invocando assim um poderoso raio, que atingiu em cheio Superman. O herói caiu atordoado no chão, e o deus asgardiano levantou-se, preparando-se para golpear novamente seu adversário.

“Unhhh!”

Antes que pudesse atingir Superman, Thor gemeu, e o kryptoniano, caído, vislumbrou com horror quando a lâmina de uma espada saiu ensanguentada através do peito do asgardiano.

Thor caiu ao chão sem forças, mas, antes que atingisse o solo, Superman já o amparava. O herói olhou para o alto, e viu Diana, recolhendo sua espada ensanguentada.

“O que você fez?!?”

“Poupei um bravo guerreiro da humilhação de ser controlado por uma criatura vil.”

Thor, com suas últimas forças, falou com os dois heróis.

“... irmãos... obrigado... vós libertastes a mim e a Sif... peço... apenas... que vós... vingueis... nosso po...*”

Sem conseguir terminar, o asgardiano pereceu. Superman o deitou no chão. Ele cerrou seus punhos, a visão de calor emanando de seus olhos.

“Darkseid...”

Um estrondo jogou para trás Diana, e tudo o que ela pôde ver foi uma faixa azul e vermelha, que atravessou a parede transparente atrás da qual Darkseid se protegia, despedaçando-a. O tirano, por mais assustadora que fosse a imagem, simplesmente levantou-se e, com um tapa, refletiu o ataque do Superman, que bateu fortemente na parede.

A poderosa criatura gargalhava, calmamente se dirigindo ao combalido herói, agarrando-o em seguida pelo pescoço. Superman tentava se livrar, mas não conseguia.

“Kryptoniano... parabéns, derrotou meu mascote de Asgard. Deveria eu substitui-lo? Quem sabe você não seria um guarda-costas mais adequado? Além de um item para minha coleção de mundos extintos.”

“Aaaahhh!!! Caia, criatura do mal! Vou enviá-lo para Hades!”

Diana deu um golpe lateral no corpo de Darkseid com sua espada. Entretanto, para espanto da amazona, tal golpe em nada o afetou, chamando apenas sua atenção. Darkseid largou Superman e olhou em direção à mulher, caminhando calmamente em sua direção.

“Belo golpe, amazona... Mostra que Darkseid estava correto ao escolher sua bela ilha para coletar espécimes fêmeas para sua diversão.”

Diana se afastava, sem saber o que fazer para detê-lo. Contudo, um forte arremate dado pelo Superman fez o vilão cair para a frente, pela primeira vez o surpreendendo. Com um joelho no chão e usando sua mão esquerda para se apoiar, Darkseid se levantou, deu um soco em Diana, que caiu para trás, e se voltou para Superman, sorridente.

“Que ousadia, kryptoniano... por causa dela, você perdeu a chance que tinha de continuar vivendo, com a honra de servir ao Deus Darkseid. Experimente meu Efeito Ômega...”

Os olhos já vermelhos de Darkseid começaram a brilhar e um som como de energia sendo liberada foi ouvido. Em questão de milésimos, de seus olhos saíram dois feixes simétricos, que perfizeram caminhos retos e atingiram em cheio Superman, ainda que este tivesse tentado desviar deles.

Naquele momento, Fredward Clark Benson experimentava uma dor como nunca sentira na vida; a sensação era como se sua carne estivesse sendo arrancada de seus ossos, a agonia parecia não ter fim. O herói caiu no chão e tremia com o poder sem igual liberado por Darkseid, e seu único pensamento era que queria rever ao menos uma última vez o rosto angelical de Samantha Puckett, sua esposa.

Darkseid ria enquanto liberava os devastadores feixes do Efeito Ômega. Mas, de repente, perdeu o equilíbrio, pois fora atingido por uma potente voadora de Diana, que atingiu o peito do tirano.

“Você será uma aquisição muito melhor do que a asgardiana... já me diverti um pouco com suas compatriotas, mas você será minha aquisição máxima. A companheira perfeita para Darkseid...”

Darkseid pegou Diana pelo pescoço. A amazona se debatia, mas era inútil.

“Só precisarei implantar um verme de Optérix em seu cérebro, minha amada... e aí você será para sempre minha!”

A degradante imagem de Darkseid começava a ficar embaçada para os olhos da amazona, conforme a consciência teimava em abandoná-la.

Sem entender direito, de repente Diana viu-se caída ao chão, solta do aperto de Darkseid. Isto ocorrera porque o vilão fora atingido por uma rajada da visão de calor de seu aliado.

Freddie fazia força para manter seu poder com o maior nível possível, fazendo o maior esforço que já empregara na vida. Jamais alguém havia lhe infligido tanto dano: seu rosto estava machucado e chamuscado em diversos pontos, contando com falhas inclusive no cabelo; a parte de cima do seu uniforme fora incinerada, nada sobrando ali. O herói não contava mais com seu disfarce facial, pois o dispositivo havia sido destruído.

Darkseid se protegia da visão de calor com os antebraços.

“Como?!? Nenhuma criatura havia sobrevivido a um ataque direto do Efeito Ômega!”

“Precisa ser melhor para me botar num caixão, seu viadinho... E não vai ser um rochoso de saiote como você que vai fazer isso!”

“Como ousa, ser desprezível?!?”

Freddie voou para cima de Darkseid, dando uma joelhada em seu queixo. O tirano, atordoado, deu alguns passos para trás, mas o herói não deu folga, lançando soco atrás de soco no rosto rochoso de Darkseid.

“Argh! Meu Efeito Ômega vai...”

Contudo, antes que Darkseid pudesse lançar mão de seu poder, Freddie lançou uma rajada de visão de calor precisamente dentro dos olhos de Darkseid. Uma explosão ocorreu, lançando os dois oponentes longe.

Mas Darkseid havia levado a pior. Seus olhos estavam danificados, e o tirano berrava de dor, enquanto suas mãos tentavam coçar a região comprometida. Freddie não esmoreceu: voou em encontro do adversário e continuou a castigá-lo com toda a sorte de golpes. Um líquido parecido com sangue havia começado a jorrar da pele de Darkseid.

“Pare, clemência, pare...”, implorava a criatura.

“Engraçado, quando bilhões de seres pediram por isso, você continuou... agora você deve estar vendo quem é desprezível aqui...”

Os milhares de golpes em supervelocidade continuaram a castigar Darkseid.

Freddie parou e juntou toda a sua força no punho direito.

“Acabou, Darkseid... seu reinado de vilania acabou.”

E, quando o punho do poderoso kryptoniano atingiu o rosto de Darkseid, uma onda de choque varreu a sala, causando rachaduras no chão e paredes, além de derrubar móveis espalhados. Darkseid, com a força do golpe, saiu voando através das paredes de sua fortaleza, sendo arremessado a três quilômetros de distância.

Freddie tomou fôlego e, após conferir com seus supersentidos que Darkseid fora incapacitado, correu a acudir sua amiga Diana.

“Freddie Kal-El?” - ela indagou com surpresa na voz, enquanto o herói a ajudava a se levantar - “O que houve com o seu rosto, ele está diferente...”

“Como eu te disse, eu tenho dois nomes, duas identidades. Minha identidade kryptoniana foi batizada como Kal-El. Mas fui criado na Terra como Freddie Clark Benson, e este é o meu rosto verdadeiro, eu utilizo um aparelho que muda minhas feições pra que ninguém consiga me reconhecer, pois assim eu consigo proteger minha família e amigos.”

“Achava o outro rosto mais bonito.” brincou Diana, com um sorriso nos lábios. Freddie sorriu com a afirmação. “Bem, vamos voltar para Themyscira, com o Darkseid, que irá pagar por seus crimes, e minhas irmãs que estão presas aqui...”

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As amazonas estavam preocupadas com o sumiço de sua princesa Diana, mas, embora haja tristeza pela partida provavelmente sem volta dela, bem como pela perda de centenas de guerreiras, as amazonas faziam o possível para reparar seu lar.

No palácio de Themyscira, onde habitava a Rainha Hipólita, um brilho de cor amarela, seguido por um estrondo, abriu passagem de Apokolips, recém-liberta de seu ditador Darkseid, para Themyscira, o paraíso das guerreiras amazonas.

De dentro do vórtice, saíram triunfantes as amazonas libertas do jugo de Darkseid, seguidas por Diana e Superman, que carregavam Darkseid, que estava algemado e amordaçado. Superman também carregava, em um tablado, os corpos de Lady Sif e Thor.

Diana deixou Darkseid ajoelhado, e puxou o braço do amigo junto com o seu, bradando suas vitórias contra as forças malignas de Darkseid. Todas as amazonas repetiram o gesto, gritando em honra ao seu poder.

Freddie teve a honra de ter sido o único homem a ser condecorado pessoalmente por Hipólita. Mas sua mente estava 100% ligada em sua esposa. No meio de uma comemoração, o rapaz puxou Diana para um lado.

“Diana, eu preciso ir, quero encontrar minha esposa...”

“Claro, Freddie. Quer que eu o acompanhe ao portal?”

“Não precisa, eu me lembro de onde fica. Só gostaria que você providenciasse os ritos fúnebres de Thor e Lady Sif, eles merecem uma despedida à altura, foram grandes heróis.”

“Claro, Freddie. Não tenho nem como agradecer a sua inestimável ajuda.”

Diana aproximou-se de Freddie e depositou um beijo em sua bochecha esquerda.

“Isso já basta, irmã. Gostaria que fosse nos visitar algum dia, o que acha?”

“É claro, o Patriarcado ainda me fascina.”

“Até mais, Diana...”

“Até mais, Freddie.”

O Homem de Aço alçou voo pela Ilha Paraíso, em direção ao portal mágico que o levaria para o seu lar.

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Samantha Lang Puckett mal conseguira dormir desde que seu marido sumira, havia sete dias. A única coisa que ele havia deixado para ela era uma mensagem em vídeo. Em princípio, a loira ficou furiosa, mas essa fúria foi sendo substituída por preocupação, na medida em que os dias passavam sem notícias do seu amado.

A TV estava ligada, e Sam apenas olhava para o nada, imaginando o que poderia ter acontecido a Freddie.

Toc, Toc

O simples som a fez suspirar. Era o velho chamado de Freddie para ela, leves batidas no vidro da janela. Ela pulou do sofá, indo correndo até a janela da sua sala, e sua alegria quase transbordou quando viu que Freddie estava lá, flutuando.

Sam abriu a janela e Freddie entrou, sendo abraçado quase instantaneamente.

“Seu... seu... eu não consigo nem encontrar um xingamento grande o bastante pra te ofender, Freddie! Como você me some assim? Eu estava começando a pensar que você não fosse mais voltar!”

“Eu... tive de deter um tirano.”

Quando Sam se afastou, pôde reparar no estrago em Freddie. Mesmo contando com cura mais rápida do que um humano, Freddie estava com partes do cabelo faltando e ferimentos no rosto, além do peito e costas.

“Quem fez isso em você, amor?”

“Um tal de Darkseid. Mas eu dei um jeito nele. E de quebra, descobri como eu conheci a Super-Carly.”

Sam finalmente colou seus lábios aos dele, deleitando-se em um demorado e apaixonado beijo.

“Você tem todo o tempo do mundo pra me contar.” ela o abraçou novamente, encostando sua cabeça ao peito dele, “Mas Mamãe está com muita saudade do seu nerd. Ah, e você também tem de dar alguma satisfação à sua mãe, ela está preocupada.”

Freddie olhou docemente para a sua esposa, uma agradável sensação, depois de todo o horror de ter participado de uma guerra com tantas perdas.

Mas havia valido a pena. Livrara o universo de um ser maligno.

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Epílogo

Lara Croft já estava cheia de tanto procurar o artefato cujas lendas eram tão dispersas entre as antigas aldeias indígenas da região leste norte-americana. Sua busca já durava anos, e as pistas sempre davam em nada.

A arqueóloga já estava ficando cansada, faria mais aquela procura e voltaria para sua mansão na Inglaterra para recuperar suas forças.

Lara estava em uma densa floresta, à procura de uma caverna, conforme lhe informara um ancião cujos antepassados foram indígenas daquela região. Depois de cortar muito mato, a morena finalmente chegou a uma formação rochosa gigantesca.

Olhou um pouco em volta e viu um grande buraco, indicando a entrada de uma caverna.

“Achei a tal caverna. Agora é ver se há algo aqui...”

A exploradora abriu um bastão de luz, iluminando a parede da caverna. Lá, haviam inscrições indígenas muito antigas, que Lara conhecia parcamente.

AFASTE-SE / MALDIÇÃO DOS DEUSES

Eram as palavras que a bela inglesa conseguiu distinguir. Aprofundando-se na caverna, Lara logo percebeu que, 500 metros adiante, havia uma câmara feita de um metal de liga desconhecida. Mexendo com sua mão direita, ela tirou um pouco dos sedimentos depositados pelo tempo, e logo viu inscrições que ela não reconhecia como sendo de nenhum povo do planeta, além de um painel de controle com tecnologia avançadíssima, mesmo tal aparato sendo de provavelmente centenas de milhares de anos atrás.

“Eu achei! Eu achei! Finalmente!”

A inglesa mal acreditava. Bastava àquele momento contatar Papperman para que as providências quanto à exploração fossem tomadas.

Lara Croft acabara de inscrever seu nome na História.