"Uma história nunca tem um fim, nada termina, apenas continua, mas em outro lugar"

Nossa história começa em um aeroporto, sim um aeroporto e pode ser visto um avião de uma empresa japonesa pousando delicadamente na pista. No desembarque sai desse mesmo avião várias pessoas vindas de diversos lugares do Japão, mas uma dessas pessoas é especial, pois iremos acompanhar ele em tudo até agora. Seu nome é Kazumí Ferreria Aoi nome estranho não? Ele acaba de desembarcar do voo, Kazumí é um jovem de 16 anos, tem a pele meio morena, possui cabelos lisos e marrons, seus olhos são verdes claros e seu olhar é de uma pessoa calma, no momento estava trajando roupas casuais, uma camisa vermelha com um casaco marrom claro e calças da mesma cor, ele estava mexendo no celular olhando o G.P.S

—Finalmente cheguei no meu verdadeiro lar......nem acredito que estou aqui..

Disse Kazumí desligando o aparelho e andando pelo aeroporto olhando tudo em sua volta, ele estava bastante curioso com o que via, placas em português, pessoas diferentes do que ele havia acostumado, mas mesmo assim ele não perde a confiança e se dirige até a porta da saída principal abrindo a mesma. Logo um raio de sol cobre o rosto do jovem que ficaria maravilhado com a vista.

—Nossa, aqui é mais quente do que no Japão, tomara que eu não demore muito para me acostumar...

O momento é cortado quando a buzina de um carro toca da rua, o vidro do carro é abaixado e no banco de motorista estava um homem adulto, ele era um pouco parecido com Kazumí, seu nome é Kazumí Yosuka, ele então pede para que seu filho entre no carro. Sem pensar 2 vezes, o garoto desce correndo as escadas da entrada do aeroporto indo em encontro ao seu pai, assim abrindo a porta do banco de trás e se sentando rapidamente fechando a porta.

—Você demorou Aoi

Disse o seu pai enquanto ele dá a partida e começa a dirigir com o carro pela estrada, Kazumí estava distraído com a vista de fora, pois nunca tinha visto nada parecido no Japão, enquanto o carro continua dirigindo pela estrada ele passa do lado do que parecia ser um campo de futebol de areia, onde podia ser visto várias crianças brincando no local descalças e algumas sem camisa. Kazumí praticamente se maravilhou com aquilo,

—Pai olha, as pessoas daqui realmente gostam do futebol! Isso é incrível.

O pai de Kazumí no entanto não prestou atenção no que o filho disse, ele estava muito distraído enquanto dirigia ele é um homem bastante ocupado que passa praticamente o dia na sua empresa, mas Kazumí não queria ficar parado, ele queria mas do que tudo naquele momento pisar naquele campo. Alguns metros a frente o carro de seu pai então para na frente de uma casa de tamanho médio.

—É aqui, eu comprei ontem essa casa então por isso falta arrumar algumas coisas, vai demorar um pouco consegue esperar?

Kazumí percebeu uma grande oportunidade ao ouvir aquilo, pois ele pensava apenas em ir naquele campo que havia visto antes e nada mais, ele se virou para uma de suas malas a abrindo e pegando sua bola de futebol de dentro dela

—Tive uma ideia pai, o que acha de eu ir jogar futebol naquele campo de areia que vi antes? Eu volto assim que o senhor terminar!

Kazumí parecia bem confiante, sentia que poderia fazer o seu pai lhe deixar ir naquele campo de areia que tanto mexeu com ele. A resposta do seu pai foi:

—Você gostou mesmo dali não foi? Tudo bem pode ir, mas volte antes do por do sol, nenhum minuto a mais porque você precisa se preparar para seu primeiro dia amanhã!

Após Kazumí ouvir aquilo ele fica muito feliz e animado

—Tudo bem pai, eu volto logo!!!

Então Kazumí finalmente conseguiu o que queria, ele foi correndo pelo caminho que ele viu quando o carro passou pelo local, ele observava praticamente tudo ao redor da cidade brasileira encantado com tudo, ele realmente se sentia em casa naquele momento mas lhe faltava algo que mais tarde será explicado.

Após tanta correria para lá e para cá, Kazumí finalmente chega no campo de areia indo até a entrada observando os outros jovens que estavam parados dessa vez.

—Mas que porcaria, a bola tinha que furar agora?

Ouvindo o que um dos garotos havia falado, Kazumí se aproxima discretamente do grupo segurando a sua bola de futebol dizendo:

—Eu posso emprestar a minha?

Os meninos na mesma hora pensaram, "quem é ele? Ele é novo por aqui? Ele não parece ser daqui, mas como eles queriam jogar futebol, eles aceitaram o pedido de Kazumí de um jeito simples, chutaram a bola da mão dele e começaram a correr com ela falando "Vamos nessa"

Kazumí vendo isso se animou e começou a correr junto com os garotos jogando bola, era cada chute, drible e defesa que podia ser visto, os meninos se impressionaram com tamanha habilidade que Kazumí tinha com o futebol, até que um deles chegou perto de Kazumí e perguntou:

—Você é muito bom, é profissional?

Kazumí rapidamente responde

—Digamos que......sim...

Dito isso Kazumí continuou jogando futebol com as pessoas dali, assim chamando mais a atenção de outras crianças e logo todos elas começaram a jogar com ele, o campo ficou cheio e Kazumí se mantinha alegre

—Mal cheguei, e toda essa gente veio, esse lugar é mesmo incrível irei me acostumar logo logo como Brasil (Kidou Gouenji e Endou iriam adorar ver isso).

Kazumí começa a correr em disparada pelo campo driblado os garotos pelo caminho e chegando perto do gol, ao chegar perto Kazumí prepara um chute na lateral direita do gol. Chutando com a perna esquerda com bastante força, o goleiro se joga para a direita tentando agarrar a bola, ele consegue mas o chute acaba escorregando de sua mão e batendo na trave indo para fora do campo.

A bola que saiu do campo chega a um jovem meio crescido com roupas escuras tomando um suco em um copo descartável, a bola o atinge em cheio no peito derrubando o seu suco em cima dele, alguns garotos vendo a cena começaram a rir com a situação, Mas o jovem rapaz não ficou nada contente.

Com ira nos olhos o jovem rebelde pega a bola do chão e segue com olhar ameaçador para dentro do campo perguntanto:

—QUEM FOI O SEM NOÇÃO QUE CHUTOU ISSO?!

Enquanto o jovem rebelde fala outra pessoa aparentemente da mesma idade de Kazumí estava andando pelo lado de fora com o rosto neutro e logo percebe a cena, ao ver ela ele anda calmamente até dentro do campo. No momento em que o jovem rebelde gritou nenhum dos garotos havia falado nada, mas para a surpresa de alguns um deles aponta o dedo para Kazumí.

—Foi você então!

Disse ele enquanto se dirige até Kazumí com a bola em mãos, Kazumí estava visivelmente assustado com aquilo, estava paralisado sem esboçar nenhuma reação.

—Essa bola é sua?

Disse o jovem rebelde levantando a mesma para Kazumí com uma expressão de raiva pura

—S-sim, mas não precisa ficar assim foi apenas um acidente...

O jovem rebelde cortou a fala de Kazumí soltando a bola e dando uma joelhada bem no estômago de Kazumí, o fazendo cair de joelhos no chão enquanto coloca suas mãos no local do golpe sentindo bastante dor.

—Você fala engraçado, não parece ser daqui, gringos sempre fazem confusões aqui!

Kazumí queria falar algo, mas não conseguia pois estava sem ar devido a joelhada, o jovem rebelde o pega pela gola da camisa e começa a reclamar com ele por causa da bolada. A bola que o jovem rebelde havia deixado cair rolou devagar para os pés daquela pessoa que havia entrado antes, seu nome? Seu nome é Andrew Souza, ele tem 15 anos, pele branca cabelo cortado nas laterais e todo seu cabelo de cima é liso como uma franja, ele possui as pontas do cabelo loiras que ia até o meio dos fios, e resto de seu cabelo é preto, no momento ele estava trajando roupas colegiais brancas e azuis, e além disso ele sempre anda com um rosto sério. Ao ver a bola tocando em seus pés, ele coloca o pé direito em cima dela e vai andando com ela até o jovem rebelde.

—Acho que por hoje já chega, tem gente querendo brincar aqui.

Após ouvir a fala de Andrew, o jovem rebelde solta Kazumí o fazendo cair no chão, com o jovem rebelde olhando enfurecido para Andrew.

—Eu não falei contigo! Não se mete aonde não foi....

A fala do jovem rebelde é interrompida por uma ação rápida e forte de Andrew, que foi chutar a bola com toda força usando o pé direito bem no rosto do jovem rebelde.

—Você é chato demais......

Após isso o jovem rebelde cai no chão colocando a mão no seu nariz que foi gravemente machucado, assim se levantando e indo até Andrew. Ele levantou o braço e fechou o punho para Andrew, mas ele não se intimidava com aquilo e quando o jovem rebelde foi tentar o soco em Andrew, ele simplesmente desvia com a cabeça pegando o braço do jovem rebelde dando um giro e o jogando para o outro lado o fazendo cair no chão.

—Nossa....

Kazumí disse isso após ver a cena, então Andrew pega mais uma vez a bola entre os pés olhando com um olhar ameaçador para o jovem rebelde, que por sua vez se assusta com aquilo e sai correndo do local com a mão no nariz.

Os garotos do local e Kazumí se impressionaram com a cena, Kazumí se levantou e foi até Andrew dizendo a ele:

—Estou muito agradecido, você foi incrível.

Andrew não disse nada ao ouvir isso apenas pegou a bola e entregou ela com força no peito de Kazumí

—Você não é daqui não é? Uma dica, nem tudo aqui é só flores, não seja tão ingênuo....

Andrew não disse mais nada e se virou para Kazumí andando calmamente com as mãos no bolso com os garotos saindo da frente dele, ele vira a esquina e some da vista de todos. Kazumí não esperava por aquilo, com isso ele decidiu escutar a dica de Andrew, assim ele pegou sua bola e se despediu do pessoal do local, se arrumando e saindo do campo indo com dor na barriga em direção a sua casa

—Ele tem muita força no chute....talvez ele seja atacante de um time, eu só queria ter conhecido ele melhor.

Após um tempo andando, Kazumí chega na sua casa e discretamente abre a porta dela encontrando seu pai na mesa jantando, ele lhe disse que estava atrasado, mas Kazumí não ligou para isso e foi até o banheiro se lavando e indo até a mesa jantando. Após a janta ele ficou algumas horas assistindo T.V, mas percebeu que já estava ficando tarde, então resolveu ir logo se deitar pois ele iria ver sua nova escola amanhã.

Acordando no dia seguinte, ele se levanta animado indo escovar os dentes, eu pai o estranhou porque ele estava indo muito rápido, o pai de Kazumí pegou os uniformes do colégio e os entregou a Kazumí pois havia os comprado com antecedentes.

—"Golden Arc", um nome em inglês para um colégio brasileiro?

Ele dizia isso se vestindo percebendo o nome bordado na sua camisa do colégio

—Dizem que umas das escolas públicas de São Paulo mais diversificada da região.....é o que dizem.

Kazumí abriu um sorriso pequeno ao ouvir aquilo, seu pai não pode lhe levar hoje porque tinha que trabalhar, Kazumí então teve que ser obrigado a seguir o caminho do colégio a pé, a sorte dele é de que não ficava tão longe assim da casa dele.

Andando um pouco ele chega na entrada principal do colégio, onde ele podia ver vários jovens da sua idade a entrada era bem animada ssim como seus alunos, Kazumí adentrou o local reparando em cada detalhe, mas em querer ele tropeça em um dos alunos.

—Tu é cego? Olha pra frente!

Disse o Garoto em que Kazumí tropeçou. Ele ignora isso começando a andar pelo local, até que ele avista um campo de futebol bem feito na escola, seus olhos brilharam ao ver aquilo, e já estava pensando se sua escola tinha um time.

Kazumí ficou um tempo olhando aquilo, ele lembrou automaticamente do temo em que ele jogava no Japão, das partidas, dos treinamentos e de seus antigos amigos e uma pessoa especial que ele se sente triste ao lembrar dela,, mas feliz e ansioso pois ele com certeza iria visitar esse campo após suas aulas, ele estava curioso em descobri as técnicas especiais do time local. Kazumí então se vira percebendo que o sinal de sua aula já havia soado há algum tempo.

Não querendo ficar atrasado ele correu em disparada até a entrada dos corredores, correndo pelos corredores ele se distrai e acaba mais uma vez tropeçando em um aluno e caindo no chão.

—Ai, mas o que foi.....

Ao se levantar ele olha o garoto em que ele tropeçou e percebe que era o mesmo garoto que havia o ajudado no dia anterior, Andrew, que estava com um olhar sério para Kazumí, os 2 ficavam se encarando sem dizer nada um ao outro, até que Kazumí fala:

—Você.....

Andrew fica calado, mas surpreso com aquilo.......

Continua ...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.