— Chegamos! – disse Emma desligando a pick-up vermelha. O veículo era novo, mas a cor continuava a mesma, vermelho, para a felicidade da loira.

— Boston! Quanto tempo que não viemos aqui? – perguntou Regina sorrindo assim que desceu da pick-up, respirou profundamente e aproveitando para se espreguiçar Uns bons meses!

— Não sei, alguns meses... – respondeu Emma acionando o alarme do veículo De certo modo estava com saudades daqui!— Vamos? – indicou a entrada do prédio. Regina assentiu e as duas mulheres caminharam para dentro.

— Eita... Olha só que beldades. – comentou o enfermeiro assim que viu as duas mulheres se aproximando do balcão da recepção.

— Fácil que eu iria na loira. – disse o outro enfermeiro. Eles estavam no pequeno espaço perto do balcão.

— Eu iria na duas sem o maior problema. – comentou o primeiro enfermeiro.

A recepcionista apenas olhou feio para os dois, pois havia escutado os comentários e então sorriu – Bom dia, em que posso ajuda-las? – questionou educadamente.

— Bom dia. – respondeu Regina Hormônios masculinos! — Estamos procurando a doutora Swan-Mills.

— Só um momento... – falou pegando o telefone e discando o ramal da cardiologia – Quem anuncio?

— As mães dela. – respondeu Regina e sorriu. Aquela informação caiu como uma bomba nos ouvidos dos dois enfermeiros, que nitidamente perderam as esperanças. A recepcionista apenas deu aquela olhadinha rapidamente e sorriu de lado ao ver a tristeza na cara dos dois – Doutora Swan-Mills... Suas mães estão aqui na recepção. – fez questão enfatizar para o dois rapazes escutarem novamente – Tudo bem. – desligou – Em dois minutos ela estará aqui... Posso ajuda-las em mais algo? – se prontificou.

— Não, apenas vamos espera-la, obrigada. – agradeceu Regina Isso mesmo, fiquem triste e acalmem esses hormônios de adolescentes!

— Se quiserem café ou água, por favor, fiquem a vontade. – indicou a máquina de café expresso e o bebedor.

— Estamos bem, obrigada. – foi a vez de Emma responder.

Não demorou muito – Mães! – disse Júlia sorrindo assim que apareceu na recepção e correu na direção das duas, que imediatamente fora envolvida em um abraço carinhoso – Que bom que estão aqui. – murmurou.

— Ah Jú, você chamou e nós viemos. – falou Emma sorrindo para a filha Mas estamos preocupadas por esse repentino chamado sem uma explicação plausível!

— Agradeço demais por isso... – disse a médica, então pegou a mão de cada mulher – Venham comigo, que eu vou mostrar um pouco do hospital para vocês. – não deu tempo de suas mães responderem e já estavam sendo arrastadas por onde Júlia havia surgido, passaram por alguns locais e por fim chegaram ao destino – E aqui é a minha sala. – abriu uma porta, não era uma sala muito grande ou pomposa, mas Júlia não fazia questão disso, pois ela conseguia atender seus pacientes ali sem menor problema.

— Aconchegante. – comentou Emma sentando-se na cadeira que sua filha indicou A cara de Jú, sem muita ostentação!

Regina sorriu e sentou na cadeira ao lado de sua esposa Simples, gostei! — Mas creio que você não nos chamou aqui para mostrar o hospital e nem sua sala.

Júlia se encostou a sua mesa, frente a suas mães – Não... Eu preciso de ajuda... – soltou por fim.

— É alguma coisa entre Meggie e você? – Emma quis saber Seria conselhos amorosos?

A médica negou com a cabeça – Não, ela está viajando, foi fazer um curso... Já tem uns dias, e ela ficará fora até o final da semana que vem ainda. – soltou um suspiro – Ah na realidade tem um pouco sim a ver com ela...

— Doutora Swan-Mills... – uma enfermeira bateu a porta e colocou a cabeça para dentro da sala assim que a abriu – Ah perdão, eu não sabia que estava em consulta.

— Tudo bem, senhorita Austin, em que posso ajudar? – questionou assim que se desencostou da mesa.

— É a paciente do quarto quinhentos e dois, está reclamando de incômodo no peito. – respondeu – Eu não sabia mais o que fazer a não ser chama-la, desculpe.

— Sem problemas... – olhou para suas mães – Vocês podem esperar aqui...

— Melhor não, Jú. – disse Emma ao se levantar Não queremos atrapalhar! — Você veio como para cá hoje?

— Acabei pegando uma carona com uma colega. – respondeu Júlia para sua mãe loira.

Regina sorriu Problema resolvido! — Te esperamos lá no estacionamento de visitantes. Você falou que não falta muito para acabar seu turno, não?

Júlia sorriu – Não... Assim que terminar de ver a paciente, eu encontro com vocês, lá. – beijou a bochecha de cada mulher e saiu com a enfermeira para o quarto da paciente.

— Bom, vamos? – Emma perguntou assim que se aproximou da porta aberta. Saíram e fecharam a porta, caminharam até a recepção e uma vez do lado de fora do hospital foram para a pick-up estacionada.

— Será que está tudo bem com a Jú e Meggie? – perguntou Regina assim que entrou no veículo A pouca conversa que tivemos me deixou preocupada!

Emma soltou um suspiro assim que acomodou no banco do motorista Também fiquei preocupada! — Eu espero que sim, talvez seja apenas saudade de Meggie já que ela viajou.

— Espero que seja isso também... – comentou Regina olhando para o estacionamento através da janela, deixando o silêncio pairar ali dentro.

—SQ-

— Então senhora Williamson, não há nada de errado com o eletrocardiograma, os batimentos no monitor estão dentro da normalidade... – checou tudo que podia de todos os exames – Talvez... – então escutou um barulho abafado seguido de um cheiro muito diferente que cortou Júlia. Imediatamente a senhora ficou vermelha, a médica apenas sorriu educadamente.

— Desculpe... – murmurou sem graça, então seus olhos se arregalaram.

— O que foi senhora Williamson? – perguntou Júlia preocupada.

— O incômodo no peito passou. – murmurou sem jeito.

Júlia sorriu feliz – Bom, então vejo que não sou mais necessária aqui... – preencheu o prontuário – Mas deixarei uma enfermeira para vir vê-la de tempos em tempos e qualquer coisa ela me chama que venho o mais depressa possível.

— Tudo bem doutora, obrigada. – agradeceu a senhora e acomodando na cama novamente.

Júlia sorriu e deixou o prontuário pendurado no pé da cama, falou com a enfermeira que estava junto, deixando as instruções necessárias – Até amanhã. – se despediu e saiu. Passou na sua sala para pegar sua bolsa e deixar seu jaleco – Meninas, estou saindo... Qualquer coisa me ligue que venho o mais rápido que puder. – falou Júlia assim que parou na recepção para assinar alguns papeis.

— Doutora, se eu soubesse que suas mães fossem tão bonitas assim, eu já teria pedido para me apresenta-las mais cedo. – falou um dos enfermeiros que estavam quando as duas mulheres apareceram.

Júlia sorriu de lado – Primeiro Charles, não sei se você percebeu, minhas mães são um casal... – começou – Segundo, esse amor até tiro sobreviveu... E por fim, você pode se achar o galã máximo que for que elas vão te olhar como uma pessoa normal, afinal elas só tem olhos uma para outra.

— Mas eu posso tentar? – ele disse não muito convencido, mas não dando o braço a torcer.

Agora a médica não aguentou e soltou um gargalhada – Tentar você até pode, mas não aconselho... Porque se você cantar a minha a mãe morena, você acabará no mínimo com um olho roxo e um processo de assédio... – fez uma pausa e olhou para o enfermeiro – O olho roxo será um presente da minha mãe loira, e o processo é um mimo da minha mãe morena. – soltou um suspiro – E se você cantar minha mãe loira, também sairá com um olho roxo no mínimo e um processo de assédio. Resumindo, fica na sua que será melhor para você. – piscou, enquanto o homem ficou com cara de espanto – Meninas até mais. – saiu sem deixar o enfermeiro dizer mais alguma coisa.

— Você poderia dormir sem essa hoje Charles. – disse a recepcionista – Hospital Geral de Massachusetts, boa tarde. – atendeu o telefone, ignorando o olhar do homem, que sem mais o que fazer ali voltou para dentro do hospital.

— Cheguei. – disse Júlia entrando na parte de trás da cabine – Antes de qualquer coisa, será que poderíamos almoçar? Estou faminta.

— Você que manda, é só indicar o caminho. – falou Emma sorrindo Eu também estou com bastante fome! já ligando o veículo para colocá-lo em movimento.

— Ótimo. Conheço um lugar não muito longe daqui que é muito bom. – disse Júlia sorrindo e indicando o caminho para sua mãe loira.

— Bom, agora que estamos todos satisfeitos... – começou Regina depois de beber um gole de seu vinho branco Vamos esclarecer o motivo que nos fez vir para cá! — Você quer falar o motivo que nos trouxe aqui ou quer ir para um lugar mais reservado?

Júlia abriu um sorriso de lado – Desculpem! – terminou seu suco.

— Não precisa se desculpar, Jú... – interrompeu Emma – Estamos apenas preocupadas com todo esse mistério e suspense. – tomou um gole de sua água.

A médica soltou um suspiro – Depois do casamento do Hen, eu fiquei pensando por um tempo...

— Você e Meggie estão bem mesmo? – questionou Regina olhando seriamente para sua filha Apenas para ter certeza!

— Sim, mãe, estamos. – afirmou Júlia – Ela foi fazer um curso de duas semanas... – foi interrompida por seu celular tocando. Abriu um sorriso e mostrou no visor o nome de quem estava tocando – Oi Meggie. – atendeu carinhosamente – Não, já saí tem um tempinho, acabei de almoçar na realidade... Sei que é quase hora do café da tarde. – riu – Minhas mães estão aqui comigo... Elas vieram comprar algumas coisas para a fazenda e aproveitaram para me fazer uma visita. – tirou o celular do ouvido – Ela mandou um beijo para vocês.

— Mandamos outro. – disse Regina sorrindo.

— Elas mandaram outro. – disse ao colocar o celular no ouvido novamente – Sim, também estou com saudades... Hoje foi sossegado... E o curso?... Chato? – riu novamente – Essa é novidade Meghan achando um curso de sua área chato. O assunto é interessante, porém o professor que está administrando o curso que é ruim. – fez uma pausa – Tudo bem, bom curso para você. Mais anoite eu te ligo. – sorriu – Também te amo. – desligou – Isso afirma que estamos bem, não? – brincou guardando o celular dentro da bolsa.

A advogada apenas elevou uma sobrancelha Não fale assim! — Não é que duvidamos da sua palavra minha filha, mas concorda que você disse que Meghan é e não é o motivo que você nos chamou?

Júlia soltou um suspiro – Tudo bem... Sei que fui um pouco confusa, mas como estava falando... – fez uma pausa – Depois do casamento do Hen, eu fiquei pensando... Conversei sobre casamento com a Meggie também, e meio que estamos na mesma sintonia de pensamento...

— Que vocês querem se casar? – perguntou Emma sorrindo Agora faz um pouco mais de sentido toda essa confusão!

— Na realidade, a gente pensa em um futuro oficializar nossa relação... – explicou Júlia – Mas acho que de certo modo, o casamento do Hen, meio que acelerou as coisas em mim... – fez uma pausa – Estou deixando vocês confusas novamente, não? – as duas mulheres negaram com um gesto.

— Claro que não Jú, mas continue, fale tudo que você precisa falar, estamos aqui para escuta-la. – falou Emma olhando para a filha Continue falando que logo seus pensamentos estarão claros!

— Nós andamos conversando muito sobre casamento... Sei que já moramos juntas, e somos praticamente casadas, que era a mesma situação do Hen... – continuou Júlia – E eu gostaria de poder dizer meus votos e ver o sorriso no rosto de Meggie... – soltou um suspiro emocionado – Mas como apenas conversamos sobre casamento, nenhuma das duas deu um passo a diante sobre esse assunto...

— E o passo adiante é noivar? – questionou Regina entendo a conversa Agora tudo faz sentido!

— Exato! – concordou Júlia – E para isso tem que ter o pedido...

— Que você acha que Meghan não irá aceitar ou que partirá dela? – agora Emma estava levemente confusa, porque não via muito dificuldade naquilo que Júlia estava falando Se elas querem se casar no futuro, não sei qual é o problema?

— Que para fazer o pedido de casamento, eu preciso ter um anel. – soltou Júlia – E foi por isso que chamei vocês aqui.

— Você quer que nós paguemos o anel? – brincou Emma fingindo surpresa Vamos alegrar o clima da conversa!

Imediatamente os olhos de Júlia se arregalaram – Não, mãe. Não é nada disso. – ela rapidamente disse – Eu quero que vocês me ajudem a escolher um anel para que posso pedir a mão de Meggie em casamento. – soltou em um fôlego só.

No segundo seguinte dois sorrisos surgiram nos lábios das duas mulheres mais velhas – Viu morena, eu disse que nesse assunto a Jú é igual a mim. – piscou Minha filha mesmo! — Vocês sempre falaram que eu era devagar, mas fui a primeira a propor casamento. E Jú está seguindo pelo mesmo caminho. – disse orgulhosa.

— Mas foi só para isso, porque quando os monstrinhos estavam nascendo que você achou que tivesse sido uma bolsa qualquer que a mamãe havia estourado, você foi bem devagar. – brincou Júlia.

Os olhos de Emma se estreitaram e olharam fulminantes para sua filha, enquanto Regina cai na gargalhada Bem lembrado Jú! — Acho que você não quer a nossa ajuda. – murmurou a loira.

— Ah mãe, foi brincadeira. – disse Júlia fazendo cara de triste – Eu preciso da ajuda de vocês. Por favor.

Um sorriso se abriu nos lábios da loira – Claro que vamos te ajudar, minha pequena morena. – disse por fim Quero mais um casamento naquela fazenda!

— Será que a Amanda sabe desse episódio da nossa família? – questionou Regina brincalhona Se não sabe, com certeza ela irá adorar!

Júlia sorriu de lado – Não sei, mas na próxima festa que ela for, farei questão de contar. – respondeu e piscou para sua mãe morena.

— Bom, você sabe em qual joalheria ou iremos caçar uma pela cidade? – Emma mudou o assunto, mas tinha um sorriso brincalhão nos lábios Ah essa minha pequena morena!

— Eu vi uma duas ou três semanas atrás, não vou lembrar o nome, mas sei onde fica. – respondeu Júlia tirando o dinheiro para pagar por seu almoço, mas Regina já havia pago por tudo.

— Vamos! – disse a advogada empolgada para ajudar a sua filha a achar um anel de noivado Temos um anel de noivado para comprar! Júlia sorriu e passou o braço no braço de cada mãe e caminharam na direção da pick-up.

—SQ-

— Aqui, nessa rua. – falou Júlia indicando para virar a esquerda – Aquela loja no meio do quarteirão. – Emma e Regina sorriram – Qual foi a piada que contei? – brincou a médica ao ver suas mães rindo.

— Nenhuma, apenas o “destino”... – respondeu Emma estacionando na vaga livre Como são as coisas!

— Ainda não entendi. – comentou Júlia assim que desceu o veículo, enquanto Regina pagava o parquímetro.

A loira olhou para sua filha – Foi aqui que eu comprei minhas alianças de noivado e casamento. – explicou – Sua tia Ruby também.

— E eu de certo modo, sou cliente assídua aqui, depois que fiz sua mãe vir buscar o par da aliança de noivado dela. – Regina completou ao entrelaçar seus dedos com os de sua esposa Só Emma para comprar uma aliança e não o par! — Comprei alguns anéis aqui ao longo dos anos. – terminou enquanto andavam na direção da loja.

— Ah entendi. – Júlia abriu um sorriso iluminado – Então vamos! Será que começarei uma tradição? – brincou.

— Na realidade Henry já começou. – falou Emma abrindo a porta para sua esposa e filha entrarem primeiro. Júlia apenas a olhou curiosa – Eu vim com Henry para que ele pudesse comprar as alianças de casamento. – piscou Dessa vez você está atrasada, Jú!

— E vocês nem para me contarem? – perguntou fingindo estar indignada.

Emma sorriu de lado – Mas você não quis nos contar nada quando nos ligou. – rebateu de volta.

Júlia soltou um suspiro derrotado – Tudo bem, assumo metade da culpa.

— Boa tarde, sejam bem-vindas. – falou a atendente sorrindo – Que bom tê-las de volta. O que estão procurando?

— Boa tarde. – respondeu Regina sorrindo educadamente Temos uma missão muito importante aqui! — Minha filha, está procurando alianças de noivado. – apontou para a médica.

— A senhorita tem alguma ideia de como quer as alianças? – perguntou já olhando diretamente para Júlia.

— Eu havia visto alguns modelos que já não estão mais na vitrine, mas que me chamaram a atenção umas duas semanas atrás. – respondeu.

— Entendo. – comentou – Por favor, sentem-se que vou pegar o mostruário que saiu da vitrine, as vezes ainda tem alguns dos modelos que você gostou. Só um segundo. – se ausentou para dentro da loja, enquanto Júlia e Regina se sentaram e Emma ficou atrás delas, em pé – Aqui estão. – disse a atendente assim que apareceu com três mostruários – Mas se nenhum modelo lhe interessar, temos alguns novos modelos que chegaram semana passada.

— Vou dar uma olhada nesses, qualquer coisa eu olho esses também. – Júlia sorriu e no segundo seguinte começou a inspecionar os modelos de alianças.

— E as senhoras, gostariam de ver algo também? – ofereceu para o casal.

— Eu estou bem, obrigada. – agradeceu Emma Sinto que deixarei uma pequena fortuna aqui!— Morena, quer ver algo?

Regina fez uma cara pensativa Concentra Regina! O objetivo é a aliança da sua filha! — Quem sabe depois, agora estou aqui para ajudar Jú a escolher uma aliança. – abriu um sorriso Boa garota! — Achou alguma que gostou?

— Essas duas. – apontou uma em cada mostruário.

A atendente se atentou aos modelos – Só um segundo que acho que tenho mais modelos parecidos com esses que você está mostrando. – foi buscar mais, voltando depois de dois minutos com mais dois mostruários – Aqui.

Os olhos de Júlia se iluminaram porque aqueles eram mais parecidos com o que ela estava procurando e que havia visto na vitrine. Ela viu aliança por aliança dos mostruários que a atendente trouxe mais recente, praticamente ignorando os outros três anteriores, enquanto suas mães apenas davam opiniões quando Júlia perguntava alguma coisa, no mais deram tempo para a filha escolher a aliança que mais lhe agradava.

— Temos três opções. – brincou Júlia depois de uns dez, quase quinze minutos examinando as alianças.

— Tudo bem... Duas são bem parecidas, e uma completamente destoante. – comentou Regina quando Júlia deixou separada as três alianças Escolhas bem interessantes!

Júlia analisou o que sua mãe morena havia dito – Você tem razão. – então colocou a aliança destoante de volta ao mostruário e ficou apenas com as duas bem parecidas.

— Diferenças técnicas entre as alianças... – começou a atendente – Esse tem dois pequenos diamantes a mais, porém os metais são diferentes. É de aço, com um pequeno detalhe em ouro. Durável, resistente a arranhões e antialérgico. O único ponto ruim é que não podem ser ajustados depois de prontos. – fez uma pausa – Essa aqui além dos dois pequenos diamantes a menos, é feita de paládio, que é um membro mais acessível da família da platina. Pode ser definido como um metal prateado macio com características semelhantes a ela, como cor, durabilidade e raridade, sendo somente menos denso. É naturalmente hipoalergênico e durável. – explicou.

As três mulheres ficaram surpresas – Quanta diferença da minha “época” para cá. – brincou Emma Não lembro da atendente da época me explicar essas coisas.

— Nossa, quinze anos mais ou menos. – Júlia brincou também.

A atendente sorriu – Mas sua mãe tem razão, em quinze anos houveram muitas mudanças. – comentou – Muitos metais passaram a compor alianças, mesmo que as mais procuradas ainda sejam prata e ouro.

— Viu. – brincou Emma sorrindo vitoriosa Mas gostaria que na minha época tivesse mais opções!

— Jú, e essa aqui. – Regina apontou uma terceira aliança no mostruário bem parecida com as duas que a filha havia separado.

— Essa é de platina. – orientou a atendente – É mais durável que o ouro e a prata, e também mais pesada, por ser extremamente densa. Não desgasta ou mancha como outros materiais, assim como não é suscetível à corrosão.

— É linda, porém o preço também é lindo. – brincou Júlia.

— A platina é o mais precioso dos metais, é mais raro na natureza e, portanto, mais caro. – explicou – Esse material requer limpeza regular para que sua aparência não mude. Caso o contrário, as impurezas irão a formar uma película na superfície que deixará a peça opaca. – fez uma pausa – Embora a platina seja resistente aos arranhões, ela não é à prova deles, mesmo que ainda que se consiga removê-los. – fez outra pausa – Geralmente é misturada com outros metais afins, como o irídio, ósmio, paládio, ródio e rutênio.

— Geralmente as peças metálicas usadas em pacientes são de platina. – comentou Júlia – Acho que vou por um caminho diferente. Se não sempre vou achar que estou no hospital. – brincou.

— Mas Jú, qualquer que seja o metal irá te lembrar do hospital. – comentou Emma Se for esse o motivo, você não tem um motivo! — Então creio que você deva escolher uma que te agrade.

— Nisso você tem razão mãe. – comentou e voltou a analisar as duas alianças – Vou ficar com essa de paládio. – então olhou para sua mãe loira – A oferta para pagar as alianças ainda está de pé? – brincou depois que viu o preço.

— Mas que menina danadinha. – Emma fingiu espanto Porque eu fui falar! — Eu não sei se tenho tanto dinheiro assim, principalmente porque peguei uns olhares de sua mãe em alguns anéis. – as duas olharam para Regina.

— O que? Não posso apenas olhar? – se defendeu Tentei não olhar, mas foi mais forte que eu!

— Se eu não te conhecesse morena, poderia até acreditar que você quer apenas olhar. – disse Emma sorrindo Porque não teve uma vez que você apenas olhou e não saiu com um anel!

Júlia riu, essa interação entre suas duas mães, era uma das muitas coisas que ela sentia falta da época que morava na fazenda – Brincadeira... Vocês dividem em quantas vezes? – perguntou para a atendente.

— Essa podemos dividir em até cinco vezes. – respondeu a atendente.

— Tudo bem, vou levar. – confirmou.

Emma olhou para sua filha – Eu estava brincando Jú, se quiser nós pagaremos ou ajudaremos a pagar as alianças.

— Eu também estava brincando mães. – disse a médica – Mas agradeço. – sorriu.

— Precisará que elas sejam ajustadas? – perguntou.

Júlia olhou para a numeração das alianças, experimentou a sua que encaixou perfeitamente – Essa está perfeita. – disse – A da Meggie creio que também ficará perfeita. – experimentou em um dedo que geralmente os anéis da veterinária ficavam certos.

— Bom, essa ainda dá para ajustar caso fique pequena ou grande. – explicou – E a senhora, quer ver algo.

Regina apenas observou sua esposa. A loira apenas soltou um suspiro – Não sou eu que vou impedir, morena, vá. – sorriu assim que sua esposa se levantou, salpicou um beijo em sua bochecha e foi até um mostruário no outro balcão para inspecionar os anéis.

A médica sorriu – Ainda bem que quem irá pagar é a mamãe, senão você iria a falência.

Emma riu – Ah Jú, eu vou a falência com outro tipo de compra. – piscou travessamente E quem disse que é ela que irá pagar pelo anel?

— Oh por meus... – ergueu a mão impedindo sua mãe de falar – Não quero saber. – fingiu cara de nojo.

— Apenas calcinhas, Jú. – Emma não se aguentou e riu, enquanto sua filha fazia uma cara que era a mistura de alívio e não quero saber. Anel e alianças pagas, as três estavam de volta na pick-up – E agora?

— Vamos para a minha casa. – pediu Júlia – Estou morta de canseira, preciso de um banho. Ali podemos pedir algo para comer ou então eu cozinho algo para vocês.

— Acho que pedir algo é bem válido, já que estamos todas cansadas. – Regina aceitou a sugestão – Pena que não podemos chamar o Tom.

— Sim, pois ele está viajando com o time ficará essa semana e a outra fora, já que vão jogar em Atlanta, e na outra semana seguem para Arizona, e então voltam para Boston. – respondeu Emma tomando o rumo da casa de Júlia, enquanto uma leve conversa sobre coisas aleatórias se instaurou dentro do veículo.

—SQ-

— Pizza! – Júlia entrou com duas caixas em mãos e as colocou sobre a mesa. As três mulheres estavam de banho tomado e preferiram pedir algo em casa, do que sair, até mesmo para o restaurante de Ângela – E uma com bastante queijo e bacon. – abriu a tampa das duas caixas.

— Ah que cheiro bom. – falou Emma sentindo o aroma que vinha da pizza de queijo e bacon.

— E claro, uma pizza cheia de coisa verde. – brincou a médica assim que se sentou.

— Pelo menos para haver um equilíbrio, já que vocês gostam tanto assim de coisas gordas assim. – falou Regina pegando um pedaço da sua pizza cheia de coisas verdes, segundo sua filha Porque se eu for na onda dessas duas, saio uma bola daqui!

— Não sei porque tudo isso? – comentou Emma pegando um pedaço da pizza com queijo e bacon – Você sempre acaba roubando alguns bacons do meu prato mesmo. – sorriu travessamente Nem adianta negar que eu sei que você faz!

— Ai que ultraje isso! Nunca que peguei bacon em seu prato. – falou Regina comendo um pedaço de pizza Oi Dona Regina? Eu escutei isso mesmo? Ah mente, estou apenas brincando!

— Tudo bem, fingirei que esses “roubos” nunca aconteceram. – falou Emma dando uma abocanhada em seu pedaço Como pizza é tão bom! Júlia estava igual sua mãe loira.

— Será que vocês poderiam, ao menos, usar talheres? – pediu Regina apenas para brincar com sua esposa e filha Pare de importunar as duas! Mente, estou apenas brincando!

— Pra que morena? Comer pizza usando as mãos é muito mais gostoso e saboroso. – falou Emma enquanto alguns pedaços de bacon caíam em seu prato Daqui a pouco minha morena rouba esses pedaços!

Brincalhona, uma sorrateira mão se esgueirou pela mesa na direção do prato da loira, e sem cerimônia pegou um pedaço e retornou para seu lugar de origem. Os olhos verdes de Emma, e os castanhos de Júlia apenas observavam aquele momento, até finalmente o pedaço de bacon acabar dentro da boca da advogada, que piscou travessamente e começou a mastiga-lo. Emma e Júlia acabaram rindo enquanto voltavam a comer seus pedaços de pizza.

— Quando você pretende fazer o pedido, Jú? – Emma quis saber se servindo de outro pedaço de pizza com queijo e bacon Fiquei curiosa agora para saber se ela tem alguma ideia de como irá fazer!

— Ainda não sei. – respondeu Júlia se servindo de um pedaço de pizza cheia de coisas verdes – Eu preciso pensar em um momento especial para fazer o pedido. – deu uma mordida na sua fatia.

A loira soltou um suspiro depois de tomar um gole de cerveja Ok! Conselho de mãe! — Jú, o que eu posso te aconselhar é que não existe um momento especial em específico, vamos dizer assim... Afinal todo momento é especial, é só você achar as palavras que quer dizer a ela e fazer o pedido. Nada muito complicado.

Júlia riu – Fácil falar.

— Sim, fácil falar. – Emma sorriu abertamente Ou talvez não, me ajude morena!

Regina sorriu Deixa eu ajudar minha loira!— Júlia, minha querida, é o que sua mãe disse, todo momento é especial, e quando for fazer o pedido, deixe seu coração escolher as palavras, que eu tenho certeza de que elas serão as mais certas.

A médica soltou um suspiro e deu um gole em seu vinho – Acho que vocês nunca me contaram como foi o pedido de casamento de vocês. – deu uma mordida em sua fatia.

— Tem certeza de que quer saber mesmo? – brincou a loira terminando seu segundo pedaço de pizza Vai que traumatizo ela!

— Só me poupem... – limpou a boca com um guardanapo de papel – Dos momentos sórdidos, porque por mais que eu seja adulta o suficiente, eu ainda não quero ouvir esses tipos de detalhes vindo de vocês.

Emma soltou uma gargalhada – Essa seria a melhor parte. – brincou Tudo bem, vamos ser adultas aqui!

— Minha loira, não vamos traumatizar nossa filha. – Regina entrou na brincadeira Também não precisa dar tantos detalhes assim!

A loira fez uma cara fingida de tristeza Seria divertido ver a cara dela! — Traumatizar não deu certo com Hen, então imagina com Jú e Meggie que uma não pode engravidar a outra. Oh tristeza. – brincou.

— Ok! Chega desses detalhes... Me contem como foi o pedido. – pediu Júlia pegando mais um pedaço de pizza com queijo e bacon.

As duas mulheres sorriram com as memórias voltando tantos anos até aquele momento específico – Bom... Foi um final de semana que teríamos a fazenda apenas para nós duas... – começou a loira.

— Eu disse que não queria escutar esses tipos de detalhes. – murmurou Júlia tomando um gole de vinho.

— Mas eu não vou contar os melhores detalhes, apenas estou contextualizando, para que você possa entender quando digo que não há momento específico, ou melhor momento, para se fazer o pedido. – explicou Emma pegando mais um pedaço de pizza com queijo e bacon – Bom, voltando... Naquela época, havíamos não muito tempo começado a namorar... E tínhamos poucos tempos apenas para nós duas. – voltou a contar depois de morder um pedaço da sua fatia – Então nossos pais, seus avós, falaram que iriam viajar e Henry iria brincar na casa da Violet, porém ele já havia armado um plano para ficar por lá mesmo...

— Hen e seus planos. – brincou Júlia sorrindo com a lembranças de quantas vezes participou dos planos malucos do seu irmão.

— Nem me fale... – sorriu e continuou Saudades da época em que eles eram crianças!— Estávamos deitadas... – a loira fez sinal de não falaria nada demais.

Sorrisos fáceis e conversas leves enchiam o ambiente. A mão esquerda de Emma passeava sem segundas intenções pelo ventre da morena – O que minha loira tanto pensa que seu olhar está tão longe? – perguntou Regina percebendo que Emma olhava para seu ventre e seu pensamento não estava ali.

Emma abriu um sorriso – Eu estava pensando que foi daqui que veio a criança mais incrível que eu conheço, e também sinto como se fosse minha, mesmo ela não tendo nem um fio de cabelo meu. – respondeu a loira sem parar de passar a mão no ventre da morena.

Regina abriu um iluminado sorriso – Eu também tenho essa sensação. – comentou a morena, então um silêncio acolhedor pairou no ambiente.

— Sabe... – veio a voz de Emma quebrando aquela calma depois de alguns minutos, seus olhos se ergueram para encarar as orbes castanhas de Regina, que estava esperando que sua loira continuasse – Você pensa em ter mais filhos?

Regina soltou um suspiro feliz – Você sabe que sim, que eu quero mais filhos.

— Não digo... – Emma tentou se explicar – Digo você gerando mais filhos. – passou a mão amorosamente pelo ventre da morena.

Aquilo pegou Regina de surpresa – Confesso que já tinha pensando sobre ter mais filhos, mas não como eles entrariam na minha vida? – sorriu, fazendo Emma sorrir também – E você? Já pensou em gerar um filho? – perguntou passando a mão pelo cabelo loiro.

— Ah Regina, não me vejo com um barrigão. – comentou Emma travessamente – Mas você eu já vejo, e adianto que você ficará mais linda ainda... – fez uma pausa, Regina percebeu que sua loira tinha mais coisas para dizer – Eu já imagino tanto uma menininha igualzinha a você, correndo por essa fazenda... – seu sorriso alargou.

— E se eu disser que já imagino outro menino, mas igualzinho a você correndo por essa fazenda? – Regina comentou sorrindo.

— Eu seria a pessoa mais feliz desse mundo. – disse a loira, que subitamente se levantou e foi na direção de sua mochila. Regina apenas ergueu a sobrancelha em curiosidade. Ao achar o que procurava, Emma voltou para a cama e sentou-se ao lado dos quadris de Regina. A loira respirou profundamente algumas vezes para tomar coragem – Sabe Regina, em uma das nossas muitas conversas falamos sobre tempo e tudo o mais o que envolve sentimentos, medos, tudo... – começou a loira e a morena apenas escutava – Inimizades, brigas, depois conversar amigáveis e um rápido desenvolver de sentimentos... – fez uma pausa – Eu não mudaria nada de como nos conhecemos. – riu, fazendo a morena rir também – Mas com você junto a mim, sinto que encontrei a pessoa certa que eu quero envelhecer ao lado, viver todos os momentos que a vida ainda me reserva... – fez outra pausa, Regina a olhava mais seriamente, mas não menos amorosa – Se você me der a oportunidade, quero ver Henry crescer, se tornar um homem maravilhoso como seu avô foi, quero ver seus filhos nascerem, e eles me chamarem de vovó, assim como você também... – fez uma pausa e um imenso sorriso alargou em seu rosto, Regina já tinha os olhos marejados pela emoção, em seus lábios também tinha um sorriso – Se você me der uma chance eu quero encher essa casa com muitos filhos, biológicos ou não, quero ver você grávida, pois tenho certeza que ficará mais linda ainda e quero te paparicar muito mais... – sorriu juntamente com Regina – Se você me der uma chance, minha morena, eu quero dividir tudo que eu tenho de mais valioso com você, que é meu coração! – fez mais uma pausa, tomou fôlego novo – Quero que você faça parte da minha vida... Você quer dividir uma vida comigo, Regina Mills? – abriu sua mão mostrando a caixinha, a abriu e a colocou sobre o ventre da morena, mostrando o anel que estava ali dentro – Você quer casar comigo, minha morena? – finalmente a pergunta fora feita. Emma a olhava ansiosamente para saber a resposta.

Aquele segundo que veio depois da pergunta de Emma, mais pareceu uma eternidade para a loira, que ainda olhava para uma Regina sem reação, pois ela estava surpresa com tudo que aconteceu ali – Morena, você aceita? – veio a pergunta de Emma novamente.

Uma solitária lágrima desceu pela bochecha de Regina, que instantaneamente saiu de seu estado catatônico, sorrindo abertamente para sua loira, que a qualquer momento iria explodir em ansiedade esperando pela resposta dela. Regina não tinha palavras para descrever o que estava sentindo, então resolveu abrir seu coração – Emma... – começou – Tudo que eu mais quero é guardar carinhosamente seu coração dentro do meu, onde é o meu lugar mais seguro. – fez uma pausa para limpar a lágrima que havia escorrido por seu rosto – Eu quero ter muitos filhos, mas só se for com e somente você... – fez outra pausa – Quero você ao meu lado ajudando a ver o incrível homem que Henry se tornará, ver meus netos com você, contando muitas histórias para eles... – mais uma pausa para tomar fôlego – Sim, Emma, eu quero dividir uma vida com você. Quero você ao meu lado, isso me faria a mulher mais feliz desse mundo. – outra pausa – Sim, eu aceito me casar com você, Emma Swan.— terminou a loira.

— Ah mães, que coisa mais linda esse pedido. – comentou Júlia emocionada – E realmente vocês encheram a casa de filhos. – sorriu.

— Isso fazia parte do pacote das promessas. – brincou Regina terminando seu vinho, assim como seu jantar Estava bom esse jantar!

A loira sorriu – E que cumprimos com muito sucesso e orgulho. – piscou para sua esposa, depois olhou para sua filha, mas não sem antes de pegar o último pedaço de pizza com queijo e bacon – Entendeu Jú? Não há o melhor momento, aquele que você escolher fazer o pedido, será o melhor momento.

— Mas se te conforta, tem aqueles momentos mais clichês. – disse Regina Afinal eles também são uma boa opção! — Jantares. Passeios. Aquela atmosfera romântica, que para muita gente ajuda na hora do nervosismo.

— Você estava nervosa mãe? – quis saber.

— Era o nervosismo em pessoa. – respondeu assim que terminou seu pedaço de pizza e alcançou por sua cerveja – Mas depois que eu comecei a falar, todo o nervosismo desapareceu como um passe de mágica, porém, voltou na mesma intensidade quando minha morena demorou para me responder, pois ali milhões de pensamentos e possibilidades passaram na minha cabeça... – fez uma pausa – Mas não deixe o nervosismo vencer a sua vontade.

— Pense com calma, e quando você achar que é o momento, se declare abrindo seu coração. – Regina também aconselhou Nada melhor do que deixar o coração falar nesse momento!

— Faça pensado ou no melhor estilo... – falou Emma rindo, e Júlia apenas a olhou confusa Claro que eu não poderia perder a oportunidade! — No estilo Emma Swan-Mills. – abriu um sorriso e fez com que Júlia e Regina rissem também.

— Obrigada mães, vocês me ajudaram muito. Verei se farei no estilo tradicional ou usarei o estilo Emma Swan. – disse Júlia ao terminar sua taça de vinho – Apesar de estar cansada, não estou com sono, que tal se assistirmos algo na tv? – pediu – Faz tempo que não vejo tv com vocês.

— Eu acho uma excelente ideia. – concordou Emma juntando o pouca louça suja e a levando para a pia, para poder lavar.

— Mãe, deixe a louça aí, amanhã eu lavo. – disse Júlia a meio caminho da sala.

A loira sorriu – Jú, vá com sua mãe morena para a sala e vão escolhendo um filme, que eu vou lavando a louça. – sugeriu – Não tem muita, em questão de dois ou três minutos estarei com vocês.

A médica sorriu – Já que você insiste, vem mamãe. – estendeu a mão para a sua mãe morena, que aceitou e as duas caminharam para a sala enquanto Emma fez o caminho para a cozinha.

Foi como Emma disse, três minutos depois ela estava junto a sua esposa e filha na sala. Júlia havia armado o grande sofá, era aqueles que aumentavam de tamanho e assim poderiam deitar sem maiores problemas – Acharam um filme? – perguntou assim que deitou no lugar vago Acho que vou investir em um desses lá para casa, gostei!

— Entramos em um consenso. – Regina riu Depois eu preciso conversar com a minha loira sobre comprar um sofá assim lá para casa!

— Vou ficar no meio mesmo. – falou Júlia assim que se deitou melhor – Estou com saudades de ficar deitada assim com vocês, igual quando eu era criança.

As duas mulheres sorriram – Julinha, você e seus irmãos não importa a idade vocês, sempre serão nossas crianças. – falou Regina se aconchegando melhor em seu lugar Saudades deles todos pequenos!

— Como faz tempo que não ficamos assim, dessa vez eu deixo passar filmes românticos. – brincou a loira também se aconchegando No momento para mim não importa qual o filme, apenas esse tempo passando com a minha filha mais velha!

— Ah mãe, você fala isso, mas sei que lá escondidinho você ama filmes românticos. – falou Júlia dando play no filme.

— Nunca disse que não gostava, mas é um gênero que eu não sou fã de assistir a todo momento, igual eu gosto de ver filme de ação. – se explicou a loira.

— Sei. – disse Júlia rindo, mas então a conversa cessou quando o filme começou a passar na tv, prendendo a atenção das três mulheres.

Emma acordou desnorteada, olhando ao seu redor na sala que não estava acostumada Onde estou? então sentiu alguém dormindo agarrada na lateral do seu corpo Mas o que? quando olhou viu que era sua filha Ah Jú! Então a calma se apossou de corpo e pensamento novamente ao se lembrar onde estava. Depositou um beijo nos cabelos de sua filha, que se acomodou melhor contra ela, Emma sorriu e viu sua esposa grudada em sua filha Minhas morenas, mãe e filha! Se acomodou novamente e deixou o sono voltar a dominar.

—SQ-

— Meggie! – exclamou Júlia feliz ao ver sua namorada descer do carro assim que estacionou dentro da garagem.

— Cheguei Jú! – falou a veterinária assim que saiu do veículo e no segundo seguinte fora envolvida por um carinhoso e forte abraço.

— Bem-vinda de volta. – murmurou Júlia recebendo de volta o abraço – Estava com saudades de você.

— Eu também. – disse Meghan se soltando um pouquinho para logo em seguida grudar seus lábios nos de sua namorada em um beijo cheio de saudade. Júlia não perdeu tempo e retribuiu o beijo.

— Vamos entrar que o jantar está quase pronto. – falou a medica assim que o beijo terminou.

— Que maravilha, porque estou faminta. – disse enquanto entravam na casa.

Não demorou muito e a mesa estava posta, as duas mulheres jantando calmamente enquanto Meghan contava do curso que havia feito – Aconteceu alguma coisa? – perguntou Meghan comendo uma colherada da sobremesa que Júlia havia comprado no restaurante de Ângela.

— Não, porque? – perguntou Júlia curiosa também saboreando sua sobremesa.

Meghan analisou melhor sua namorada – Não sei, algo em você está diferente... Você está com um brilho a mais... – respondeu.

Júlia sorriu – São seus olhos, somada a saudade que você estava de mim. – piscou travessamente e depositou um beijo na bochecha de sua namorada.

A veterinária sorriu e ficou em silêncio por alguns segundos – É, você pode ter razão. – comentou e voltaram a saborear a sobremesa envolta de conversas leves e aleatórias.