Storybrooke

Capítulo 17 - Já Vai Tarde


Emma caminhava devagar em direção a porta principal da casa, tomando todo cuidado para não acordar Henry, que vinha agarrado em seu corpo como um coala. Ela o segurava com todo carinho, mas forte o suficiente para não deixá-lo cair. Sentada na cadeira de balanço estava Regina esperando angustiada, e em seu rosto podia-se ver a agonia que estava sentindo. Cada minuto sem notícia parecia uma eternidade, seu coração apertado na angustiante espera. No instante que avistou a loira com seu filho ela imediatamente se levantou e foi ao encontro dos dois. Aquela visão fez seu coração bater leve e acalmado, um calor gostoso tomou conta no momento seguinte, um enorme sorriso de agradecimento surgiu em seus lábios enquanto se aproximava das duas pessoas que vinham em sua direção.

— Emma... – não percebeu quando chamou a loira pelo primeiro nome assim que se aproximou praticamente colando os três corpos, assim como a dona do nome também não percebeu – Como ele está? – perguntou passando a mão pelas costas do menino, que abraçou mais forte a loira se aconchegando melhor no abraço da mulher. Emma instintivamente abriu um sorriso carinhoso para a reação do menino.

— Ele chorou bastante, mas agora está dormindo... – comentou ela baixinho para não acordar o menino – Posso colocá-lo no quarto?

Os olhos de Regina marejaram – Claro, por favor, me acompanhe. – disse ela seguindo para a casa e consequentemente para o quarto do menino. Emma olhou ao redor e sorriu ao se lembrar de que ele queria que ela conhecesse seu quarto, mas logo esse sorriso desapareceu, pois não era em uma situação como essa que ela queria conhecer o quarto de Henry. Calmamente ela se abaixou para colocá-lo sobre a cama, mas o abraço em seu pescoço estava muito forte, e se ela fosse se soltar, com certeza acordaria Henry. Emma acabou se deitando junto ao menino, e carinhosamente começou a passar a mão pelas costas do menino em um claro gesto de ninar.

Regina apenas olhava a loira carinhosamente cuidando de seu filho, aquela cena enchia seu coração de alegria É disso que estou falando, ela nunca iria machucar seu filho, agora aquele troglodita do Robin nem olha direito para ele sua mente gritava. Os minutos foram passando e aos poucos ela viu Emma se soltando do forte abraço do seu filho que foi relaxando, puxou uma coberta sobre o mesmo, se levantou não sem antes de dar um beijo na cabeleira castanha. A loira saiu do quarto acompanhada pela morena.

— Senhorita Swan, vamos para o escritório? – sugeriu a mulher mais baixa – Lá poderemos conversar melhor.

— Claro. – foi apenas o que a loira respondeu e seguiu a morena para o escritório.

— Onde ele estava? – perguntou Regina ao se sentar no sofá.

Emma soltou uma longa respiração ao se sentar na poltrona a frente de Regina – Ele acabou achando a casinha na árvore que eu costumava brincar quando criança, no meio do jardim entre os portões principais da fazenda, e se escondeu lá... – fez uma pausa – É um lugar pouco movimentado.

— Ainda bem que ele foi parar em um local sem movimentação. – comentou Regina e Emma apenas acenou com a cabeça – O que aconteceu exatamente?

— Exatamente eu não sei, pois estava na cozinha com Bah, tomando uma xícara de café quando escutamos uma gritaria vindo da varanda da frente... – começou Emma – Quando cheguei Henry estava chorando pedindo o livro de volta, enquanto aquele... – ela não sabia como se referir a Robin, pois sua raiva era tanta – Homem... – fez uma pausa e Regina apenas a deixou terminar de explicar o acontecido – Não devolvia o livro, Henry tentou pegar o livro de volta, mas ele não deixava... Ficou perguntando toda hora onde você estava e Henry respondia que não sabia, apenas falava que você tinha saído... – fez uma pausa – Aquele homem...

— Robin. – disse Regina e Emma a olhou, mas não comentou nada.

— Aquele homem, Robin continuou falando que Henry era um mentiroso, pois sabia onde você estava, mas não queria falar onde você estava. – fez uma pausa – Então o garoto veio para meu lado, com o rosto banhado em lágrimas, eu comecei a discutir com Robin... – falou a loira como se o nome do homem tivesse um gosto ruim na boca – Perguntei se ele não tinha vergonha de brigar com uma criança, ele me respondeu desdenhando... Pedi o livro de volta e ele me afrontou perguntando se ele não devolvesse o que eu faria, apenas respondi que ele não gostaria de descobrir, no momento seguinte ele rasgou o livro de Henry e o jogou na direção do garoto. – disse a loira tirando as duas partes do livro de dentro de sua camisa xadrez e mostrando para a morena - Uma imensa raiva percorreu meu corpo, eu o prensei contra a parede falando que ele não precisava ter rasgado o livro, então você chegou e viu o resto. – terminou a loira com um longo suspiro, passando as mãos pelos cabelos os colocando para trás.

A morena pegou os dois pedaços do livro – É o livro preferido de Henry... – disse ela com pesar, seu coração pesado em tristeza E você ainda quer ficar com aquele troglodita? Olha o que ele fez a seu filho. Você precisa dar um basta nesta situação Regina, haja como uma mulher dona de si, como você sempre foi! Sua mente gritava – Foi isso mesmo o que aconteceu?

Emma arregalou os olhos surpresa – Não tem porque eu mentir, você viu como Henry ficou... – fez uma pausa – Eu nunca faria nada para machucar o menino... O que aquele boçal falou?

— Que você o atacou quando ele foi pegar o livro que caiu no chão e acabou rasgando. – comentou ela e então viu mais raiva naquele olhar verde.

— Além de covarde é mentiroso. – exclamou Emma furiosa – Regina, você sabe que eu não faria nada desse tipo, principalmente se isso machucar Henry. Eu gosto tanto do garoto que é mais fácil eu me machucar que do que deixar alguma coisa acontecer a ele. – terminou com uma cara apreensiva. Ambas as mulheres não perceberam novamente que Emma havia chamado a morena pelo primeiro nome também.

— Eu sei, senhorita Swan, não precisa se preocupar. Você já provou mais de uma vez que não faria nada para machucar meu filho. – tranquilizou a morena, aquelas palavras proferidas pela loira encheram o coração de Regina de alegria. A morena soltou uma respiração Está vendo! Eu disse que a loira tentação não faria nada para machucar seu filho, já o boçal como ela mesma o chamou, que caiu como uma luva, não teria problema como acabou de acontecer.

Emma olhou para Regina aliviada – Por um segundo, achei que você acreditaria nele e falaria que eu tivesse causado toda a briga, pois quando você chegou eu estava prensando aquele sujeito contra a parede e voltaria a nossas eternas brigas...

A morena de um sorriso sincero – Senhorita Swan, nós concordamos em escutar todos os lados de uma discussão antes de sair julgando pelo que me lembro... – fez uma pausa, mas continuou antes da loira comentar algo – E o jeito que Henry veio grudado em você, para mim foi um claro indicativo que de você não havia feito nada contra ele... – fez outra pausa e seu sorriso passou para maroto – Mas se quiser podemos começar a trocar “elogios” novamente. – riu com a cara que a loira fez.

Emma abriu um sorriso – Por mais que sinta falta das nossas trocas de “elogios”, ainda prefiro nossas conversas mais tranquilas. – confidenciou.

— Bom, quando Henry acordar, eu conversarei com ele para saber como está... E assim como também conversarei com Robin, pois tenho algumas coisas para dizer... – fez uma longa pausa, uma raiva consumia seu ser ao se lembrar do que o homem havia feito, soltou outra respiração para se acalmar e mudou o foco da conversa – Senhorita Swan, será que poderíamos deixar esse assunto de lado no momento, e aproveitar que você está aqui para conversarmos sobre aqueles contratos que me pediu para dar uma olhada? – se levantou e foi se sentar a mesa onde estavam os papéis dos contratos.

— Claro! – respondeu a loira também se levantando e indo sentar-se a cadeira frente a mesa – Então qual o seu veredicto? – perguntou curiosa e tentando deixar o clima mais leve depois do acontecido.

—SQ-

— Droga! Perdi mais um par de sapatos caros. Maldita lama. – disse Robin ao chegar a casa e ir tomar um banho para se limpar. Assim que terminou foi a procura de Regina, quando escutou vozes vinda de uma sala que ele ainda não havia entrado e como a porta estava aberta, ele foi entrando sem ser convidado e escutando a conversa das duas mulheres alheias a presença dele na sala.

— Bom, esses contratos aqui... – disse Regina colocando a mão sobre os papéis – Não apresentam nenhuma irregularidade, e em comparação aos antecedentes, acho que está de acordo com o que você está interessada no negócio, então acho que você pode dar prosseguimento... – fez uma pausa e entregou os papéis a loira que pegou e olhou para os contratos em suas mãos.

— Ótimo. – comentou ela feliz – Segunda mesmo já entro em contato com os fornecedores e fecharemos o negócio. – então olhou para morena na expectativa.

— Agora esse, me pareceu agir de má fé, principalmente em duas clausulas... – disse mostrando o papel a loira e explicando – Eles habilmente camuflaram essas duas imposições, onde você estaria adquirindo material barato por preço de material de primeira, sem falar que seria um contrato exclusivo com eles.

— Esse material não pode ser de má qualidade, pois eles vão estar diretamente em contato com os cavalos... – explicou Emma – Pois querendo ou não precisamos de material de boa qualidade... Então como eles agiram de má fé por assim dizer, não fecharei negócio com eles... Sairemos perdendo tempo, e principalmente dinheiro, pois precisarei correr atrás o mais rápido possível de outro fornecedor.

— Se o problema é tempo, feche o negócio com esse mesmo. – sugeriu Robin se fazendo presente e se intrometendo na conversa.

— Quem te chamou na conversa? – perguntou Emma grosseiramente, fechando o cenho e a raiva estampada em sua cara.

— Robin, saia. – pediu grosseiramente Regina que também não conteve a raiva - A minha conversa com você será outra.

— Você não pode desfazer o negócio se vai sair mais caro do que continuar o negócio. – disse ele adentrando mais ainda na sala, ignorando o que as duas mulheres haviam dito.

— Qual a parte de que você não fora chamado na conversa que você não entendeu? – disse Emma se levantando irritada – Não era nem para você estar aqui escutando essa conversa.

— Eu tenho todo direito de estar aqui. – falou ele confiante – Você que não deveria estar aqui. – terminou presunçoso.

— Ah é, por quê? – perguntou a loira cruzando os braços na altura do peito.

Robin sorriu malicioso – Porque eu sou o noivo de Regina.

Emma ficou estática, aquela informação caiu como uma bomba em sua mente Noivo? Eu sabia que ela não gostava de mulheres! — Isso não te faz ter o direito de estar aqui interferindo nas decisões que eu tomo na fazenda. – ela retrucou dando ênfase a palavra eu - E tire a minha dúvida, porque eu não deveria estar aqui? – continuou ela tentando não transparecer que aquela notícia do noivado não a havia afetado.

— Quem é você para falar o que se pode ou não fazer negócios? – retrucou ele com outra pergunta.

— Apenas a administradora da fazenda. – respondeu ela desdenhando dele pela primeira vez.

Então o sorriso do homem se alargou – Então você é a tal Emma Swan que quer ficar com a fazenda que não lhe pertence.

A loira soltou uma risada irônica – Muito pelo contrário, eu não quero nada com relação a fazenda. Quero apenas fazer meu serviço, que você em sua total ignorância não sabe o que está falando.

— Robin, por favor, quero que você saia da sala. – pediu Regina novamente se levantando, a raiva faiscando em seus olhos castanhos.

— Eu que sou ignorante? Eu pelo menos tenho uma graduação, coisa que você não tem. – aquilo pegou a loira de surpresa que não conseguiu disfarçar – Ah sim... – disse ele sorrindo diabolicamente – Eu fiz uma pequena pesquisa sobre você, pequena órfã...

— Cale sua boca... Você não sabe o que está falando... – murmurou ela entre os dentes, se segurando para não partir para cima dele, e dessa vez nem Regina conseguiria acalmá-la.

— Ah sei sim... Sei que você é uma órfã, que fora adotada por um casal aqui da fazenda que não tem onde cair morto, e se aproveitou da bondade do pai de minha noiva... – continuou ele maldoso – O que mais que eu pesquisei... Ah sim, que você só teria condições de fazer faculdade se tivesse dinheiro, mas infelizmente vindo de uma família pobre como a sua você mal teve chances de terminar o colegial.

— Já falei para você calar sua boca – murmurou entre os dentes - Sua fonte de pesquisa está completamente errada... – gritou ela ensandecida – Você não tem o direito de investigar as pessoas, e muito menos fazer falsas acusações...

— Ah tenho sim, ainda mais quando se trata de tentar roubar o que é por direito da minha noiva. – respondeu ele orgulhoso – Aí viu a oportunidade de enriquecer facilmente quando o pai de minha noiva faleceu. Ou você acha que eu não sei do testamento que o senhor Henry deixou? Eu sei as condições que ele colocou no documento. Você quer fazer de tudo para Regina não ficar aqui na fazenda para você herdar a fazenda toda sozinha, por isso arrumou briga com o Henry hoje de manhã. – ele jogou verde para saber o que já havia acontecido depois de sua saída.

— Mentira! Você não sabe o que está falando. – Emma rosnou entre os dentes – Eu não quero a fazenda... E com muita certeza não fui eu que comecei uma briga com o pequeno Henry hoje de manhã.

— Robin, pare com suas mentiras! – cortou Regina furiosa - Saia imediatamente! – gritou Regina inconformada com o que estava acontecendo.

— Ah meu amor, não está vendo que essa selvagem está mentindo... Ela está tentando fazer com que você não fique aqui na fazenda, pois ela só quer seu dinheiro e que fará de tudo para se livrar de você? – comentou ele com a maior cara de preocupado, fingindo que a briga com Henry não havia acontecido – Mas eu estou aqui para defendê-la, seja de quem for.

— Saia agora! – gritou a morena ameaçadoramente – Não me obrigue a tomar atitudes mais drásticas contra você.

— Você não sabe da minha vida... – comentou Emma ao limpar uma única lágrima que escorreu por sua bochecha com o dorso da mão, ato que não passou despercebido por Regina – E muito menos tem o direito de dizer essas coisas que você não sabe... – soltou uma longa respiração tentando se acalmar, pois ela sabia que estava prestes a pular naquele pescoço de frango e quebrá-lo – Senhorita Mills, outra hora conversamos direito sobre esses contratos e de preferência sem sermos interrompidas por pessoas de fora da fazenda... – olhou para o homem, e se aproximou ameaçadoramente, Robin teve quase certeza que iria molhar as calças – Chegue mais uma vez perto de Henry ou faça alguma coisa para ele que eu juro que acabo com a sua raça e nem a senhorita Mills conseguirá me segurar. – rosnou entre os dentes – Eu vou atrás de você até o inferno se for preciso. – continuou caminhando sem esperar uma resposta do homem que estava com cara de espanto e prestes a enfartar.

— Robin, o que você ainda está fazendo aqui, eu mandei você sair. – disse a morena rispidamente, mas internamente sorria pela forma que a loira falou com ele.

— Não se incomode senhorita Mills, eu que estou de saída... Assim vocês aproveitam e conversam! – comentou a loira maldosamente se encaminhando para a porta Isso seu babaca de marca maior, segura a bomba nuclear chamada Regina Mills. Ah verdade, você não aguenta nem um peido, imagina uma mãe ensandecida.

— Isso, saia! – disse Robin valente como que se ele tivesse ganhado a briga.

Emma apenas o olhou enfurecida, e ele retrocedeu dois passos para trás – Pelo menos eu não sou covarde ao ponto de ficar brigando com criança e ainda rasgar o livro. – comentou passando pela mesa de centro e pegando as duas partes do livro e saiu sem dizer mais nada.

— Senhorita Swan. – chamou mais uma vez Regina, mas Emma já estava longe.

— Meu amor... – começou Robin assim que restaram apenas os dois na sala.

— Arrume suas coisas! – ordenou Regina interrompendo o homem sem se virar para o mesmo – Você irá voltar para Boston agora!

— Mas querida...

— Você é surdo ou o que? – perguntou ela brava o olhando pela primeira vez agora estando somente os dois na sala – Eu disse para você arrumar suas coisas que você irá voltar para Boston.

— Mas...

Regina soltou um longo suspiro – Não tem mas, Robin... – fez uma pausa – O pior erro que você pode cometer a uma mãe é mexer com o filho dela, e isso meu caro, você fez... – se aproximou lentamente dele e ameaçadoramente o olhou – Você poderia ter feito qualquer coisa comigo, que eu ainda dependendo até relevaria, mas a partir do momento que você mexeu com meu filho, a situação mudou de figura...

— Eu não fiz nada... – ele tentou engambelar a morena.

Regina ergueu a mão o calando imediatamente – Economize saliva, pois nada do que você dirá me convencerá do contrário. Eu fiquei sabendo o que você fez ao meu filho, e isso eu não admito... – rosnou entre os dentes - Você irá arrumar suas coisas e irá embora para Boston imediatamente... – sua raiva era palpável, seus olhos faiscavam fúria – Ah sim... Quanto ao nosso noivado, esquece. Acabou. – comentou ela sorrindo feliz para ele – Quanto a sociedade no escritório, entrarei em contato com Kathryn e os outros associados e iremos discutir seu caso.

— Você não pode estar falando sério? – perguntou ele incrédulo, em questão de segundo ele estava vendo sua vida indo pelo ralo Maldita loira estúpida! Mas não irei desistir assim facilmente! Irei brigar até o último momento. Isso vai ter voltar loira imbecil.

— Nunca estive falando tão seriamente em toda minha vida. – comentou ela – Você não tinha o direito de falar com Emma daquele jeito, ela é a administradora da fazenda, e ela sabe quais os contratos e negócios a serem feitos... E o principal, você mexeu com meu filho que é a minha vida.

— Você acreditou nas palavras daquela desconhecida? – ele tentou jogar – Você mal a conhece e irá acreditar nas palavras dela?

— Eu acredito no que meu filho me diz tanto em palavras quanto em gestos... – ela contra-argumentou – Em nenhum momento desde que eles se conheceram ela fez uma pequena coisa para machucá-lo, ou ele tenha reclamado dela, muito pelo contrário, ele só me mostra que eu posso confiar nela de olhos fechados.

- Eu estava apenas te protegendo dela. – ele tentou retrucar.

— Não quero saber, e eu com certeza não preciso de proteção, principalmente a sua... Você irá arrumar suas coisas e irá embora agora. – disse firmemente interrompendo o homem.

— Regina, você está nervosa, e não sabe o que está dizendo...

— Não sei o que estou dizendo? Sei muito bem o que estou dizendo. - fez uma pausa - Você irá por conta própria ou terei que chamar os seguranças da fazenda para te colocarem para fora? – ameaçou ela pegando o telefone, mesmo que a comunicação interna ainda não estava funcionando, Robin não precisava saber disso.

— Tudo bem, eu vou embora... – por fim cedeu – Eu te darei esse tempo para você pensar melhor, mas eu ainda não aceito o término do nosso noivado. Quando você estiver mais calma, conversaremos novamente. – disse por fim e saiu em direção ao seu quarto arrumar suas coisas.

Regina se jogou no sofá pesadamente e soltou uma grande respiração tentando se acalmar. Seu coração batia aceleradamente Isso!! Primeiro passo você deu, que é ter acabado com o noivado mais sem sentido da história... Agora a segunda parte é você se jogar na Loirão! Aliás, estou orgulhoso de você, que pela primeira vez defendeu Emma e não julgou ou insinuou que ela era responsável pela briga daquele boçal com seu filho. Mente sua chata quer parar. Não, pois você sabe que eu só falo verdades! Então vamos ficar um pouco em silêncio, pois quero escutar quando aquele idiota descer as escadas, porque quero fazer questão de vê-lo ir embora. É assim que se fala.

—SQ-

— Argh droga! Quem aquele insuportável boçal acha que é para ficar vasculhando o passado das pessoas e ficar fazendo falsas acusações? – ela gritou tirando sua camisa xadrez e a jogando em qualquer lugar, juntamente com os pedaços do livro de Henry. Seu chapéu esquecido na cozinha quando a confusão toda começou. Descontou todo sua raiva, fúria e tristeza em uma pilha de feno compacto dando vários socos e chutes.

— Estúpido troglodita. – murmurou e socou mais ainda a pila de feno – Arrogantezinho... – mais chutes desferidos contra a pila – Eu não quero nada, eu não quero a fazenda... – socos e chutes novamente desferidos contra a pila.

Emma parou por um minuto para respirar – Noivo... – murmurou frustrada e voltou a usar a pila de feno como saco de pancada – Argh que ódio! – desferiu mais golpes com toda a força que restava em seu corpo. Então parou bruscamente deixando seus braços caírem ao longo do corpo e ela encostar a testa na pila de feno e deixar as lágrimas caírem livremente.

— Loirão? – chamou Ruby ao entrar no celeiro e viu sua amiga apoiada na pilha de feno – Minha vó falou que você esqueceu o chapéu lá na cozinha e vim te trazer. – terminou de explicar segurando o chapéu da loira – E também vim te contar a cena que eu vi agora a pouco...

Emma suspirou profundamente e limpou os traços de lágrimas do rosto para então se virar para a amiga – Que cena?

Os olhos de Ruby se arregalaram e ela se aproximou o mais rápido que pode e envolveu a amiga em um abraço apertado – O que aconteceu? – Emma nada respondeu só retribuiu o abraço. Minutos depois se separarem e se sentaram encostadas na pilha de feno que agora a pouco havia servido de saco de pancada.

— Regina tem um noivo... – começou Emma quebrando o silêncio – E ele investigou o meu passado e me acusou de querer roubar a fazenda dela.

— Mas que cara mais otário. – disse Ruby com ódio mortal dele – Me conta essa história direito.

Emma soltou uma longa respiração e então começou a contar tudo que havia acontecido com Henry, e depois quando estava Regina e ela no escritório conversando sobre os contratos e ele se intrometendo na conversa e então falando os desaforos.

— Eu espero que seja o mesmo idiota que ela escorraçou daqui agora a pouco... – comentou Ruby ainda espumando de ódio.

— Eu juro Ruby que não quero a fazenda se eu quisesse teria aceitado a oferta do senhor Henry quando conversamos sobre isso. – comentou a loira.

— Que oferta? – perguntou curiosa.

Alguns dias depois que Henry havia conversado com seus amigos sobre seu plano para juntar Emma e sua filha, ele iria colocar em prática a primeira parte do plano. Ele havia pedido para chamar Emma e então conversar com ela sobre o testamento.

— Você me chamou, Henry? – perguntou Emma ao colocar a cabeça para dentro da porta do escritório.

— Sim, por favor, entre. – ele disse indo se sentar no sofá e pedindo com a mão que a loira se aproximasse e senta-se junto a ele.

— Emma, serei direto, pois tempo é o que me falta ultimamente. – começou ele brincando na última parte e Emma apenas acenou positivo com a cabeça, mesmo assim não gostava quando ele brincava desse jeito – Você sabe que estou doente e logo não estarei mais aqui... – outro aceno de cabeça por parte da loira – E por conta disso, estou redigindo meu testamento, irei chamar um amigo advogado para reconhecer e tudo o mais que for preciso, pois mesmo eu sendo advogado, preciso de outro para atestar a veracidade do documento... E quero colocá-la juntamente com a minha filha com as duas únicas beneficiárias da fazenda. Meio a meio para vocês duas.

Emma se levantou repentinamente – Senhor Henry, com todo respeito, mas agora o senhor está completamente maluco... – comentou a loira andando de um lado a outro.

O senhor riu – Por quê?

— Por me incluir no seu testamento. – explicou a loira ainda andando de um lado a outro – Eu nem tenho o seu sangue para você me incluir no testamento. Sem falar que não tenho esse direito.

— Claro que você tem esse direito, independentemente do sangue, o testamento é meu e eu coloco quem eu quero nele, e como disse você tem mais que direito em ser dona de pelo menos metade da fazenda, pois você trabalhou duramente para ela crescer, e eu acho mais que certo.

— Mas tem a sua filha, tem o seu neto... – comentou ela – Eu não quero causar nenhuma chateação ou qualquer tipo de briga com eles por causa da fazenda...

— Minha filha tem o escritório de advocacia dela, acho que ela não se importará em dividir a fazenda que muito provavelmente ela nem sabe como funciona. – comentou ele sorrindo, pois percebeu Emma com o cenho franzido em concentração.

— Mesmo assim não é o correto. – comentou ela resoluta finalmente parando no lugar e olhando para o homem ainda sentado no sofá com toda a calma do mundo.

— Então o que você quer? – perguntou ele interessado, pois ele percebeu que ela pensava em algo.

— Apenas continuar fazendo meu trabalho. – comentou ela – Até o último dia da minha vida, administrar a fazenda é minha vida e é só isso que eu quero.

Um enorme sorriso se abriu nos lábios do senhor – Isso eu posso garantir, mas apenas por um curto período apenas.

Emma o olhou confusa – Como assim? – então se sentou perto dele novamente.

— No testamento posso colocar uma condição em que você será a administradora da fazenda, já que você não quer ser uma das beneficiárias. – comentou ele sem deixar de sorrir – Mas como eu disse, apenas por um período essa condição será válida. – ele jogou verde.

— Quanto tempo? – perguntou curiosa.

— Quanto tempo você acha que consegue convencer a minha filha a te deixar como administradora da fazenda sem a vigência de um testamento? – perguntou ele a Emma.

A loira fez uma cara pensativa, analisando as opções contra e a favor – Um ano! – respondeu firmemente.

— Tem certeza? – perguntou ele fingindo estar em dúvida quanto ao tempo.

— Senhor Henry, em um ano faço sua filha se convencer que sou a melhor pessoa para administrar essa fazenda que ela nunca mais irá querer outra pessoa no meu lugar. – respondeu Emma confiante e sorrindo de lado.

— Você sabe que minha filha é cabeça dura e um pouco teimosa, pois puxou a mãe nessa parte. – brincou ele.

— Então estamos quites, pois eu também sei ser teimosa e cabeça dura... – comentou Emma sorrindo de lado – E eu sei como amansar feras. – brincou por fim a loira.

— Disso eu não tenho dúvida. – riram os dois. - Então temos um acordo? Eu te coloco no testamento como condição em ser a administradora da fazenda por um ano, e nesse tempo você convence minha filha de que não há ninguém certo para o cargo do que você?

— O senhor tem a minha palavra. – confirmou Emma.

— Ótimo, então deixa eu aproveitar que você está aqui e vamos conversar sobre os contratos que você me entregou. – ele disse se levantado e indo em direção a sua mesa.

— Foi isso que conversamos, e eu nunca falei com ninguém sobre isso, nem mesmo meu pai. – comentou Emma.

— Realmente aquele energúmeno não tem direito de sair acusando as pessoas sobre o que ele não sabe. – comentou Ruby surpresa com a confissão de Emma.

— Mas me conta qual a cena que você viu agora a pouco? – pediu Emma mudando o foco da conversa.

— Eu vi a dona onça colocando para fora um tal de Robin praticamente a ponta pé da fazenda. – riu Ruby – Foi um belo de um espetáculo. Se ele for o tal noivo, acho que o noivado acabou ali.

—SQ-

Robin colocava suas coisas dentro da mala com raiva – Aquela loira asquerosa irá me pagar. Isso eu juro. – socou as roupas dentro da mala e a fechou de qualquer jeito. Pegou seu celular e digitou uma mensagem Estou voltando agora para Boston e quando chegar passarei na sua casa e quero uma recepção calorosa... guardou o celular no bolso da calça – Achei que seria mais agradável minha estadia aqui esse fim de semana, mas não tem problema, não irei desistir assim tão facilmente. – pegou sua mala e começou a descer as escadas e ir em direção a porta da sala.

— Achei que teria que te tirar a força do quarto. – veio a voz de trás das escadas, Regina vinha pelo corredor, havia acabado de sair da cozinha onde havia conversado com Eugenia, e esclarecido mais uns pontos quanto ao acontecido da manhã, e a senhora havia tomado a liberdade que dizer o que o pequeno Henry havia confidencia do a ela naquela outrora manhã de domingo. Aquilo acabou aumentou mais ainda a confiança em sua resolução no término do noivado, que não teria mais volta e estava ameaçando e muito a posição dele no escritório.

— Não sabia que você gostava de uma violência gratuita. – ironizou ele ao terminar de descer as escadas – Acho que anda passando tempo demais com aquela selvagem.

— Com quem eu passo ou deixo de passar, não te interessa mais, aliás, nunca interessou. – veio curta e grossa a resposta.

— Eu só queria saber como sua mãe reagirá assim que souber dessa sua sandice em terminar nosso noivado. – jogou ele.

— Não me importo, ela não manda em minha vida! – comentou Regina estreitando os olhos – Esse noivado só funcionava da sua parte e da dela.

— Vamos ver se você não se importa mesmo, pois pode ter certeza que eu irei comentar com ela sobre isso. – ameaçou ele.

Os olhos de Regina se estreitaram mais ainda – Isso é uma ameaça? – rosnou entre os dentes.

— Entenda como quiser, querida. – ironizou na resposta.

Enraivecida, Regina se aproximou a passos largos, pegou a mala do homem e saiu pela porta e a jogou perto do carro do mesmo, por pouco não acertando o para-brisa – Agora você tem o que dizer a minha mãe. – proferir em voz baixa e por entre dentes a morena.

— Minha mala! – exclamou Robin saindo em disparada na direção do objeto lançado – Ficou louca? – ele perguntou perplexo – Você quase acertou meu carro.

– Ai droga! Errei por tão pouco. – Regina fingiu estar chateada – Sim, fiquei louca a partir do momento que eu soube o que você fez ao meu filho. – bradou furiosa – Ouse pensar em fazer qualquer coisa com meu filho novamente e dessa vez eu não irei segurar a senhorita Swan.

— Eu não fiz nada, é tudo invenção daquela mulherzinha que quer me jogar contra você... – ele disse abrindo o porta-malas e colocando a mala lá dentro – E você está cega que não está vendo nada disso... Mas tudo bem, eu sou um bom homem e te aceitarei de volta que você ver quem ela é realmente e me pedirá desculpar por tudo que está fazendo hoje... Eu te perdoarei.

Uma sonora gargalhada foi ouvida – Céus! Você não se cansa de ser tão hipócrita? Eu estou terminando nosso tão amado noivado e ainda digo mais... Não terá volta! Nem hoje, nem amanhã e muito menos depois. Entenda: ACABOU! Nem que você seja a última pessoa da face da terra, prefiro ficar sozinha. – Regina soltou outra gargalhada.

— Você irá se arrepender e eu te terei de volta, pode anotar. – ele disse bravo, pois não gostou do que acabou de escutar.

— Ah calma aí que vou anotar isso que você falou... – Robin a olhou confuso – No cubo de gelo, assim que derreter eu não terei um resquício se quer das sandices que você acabou de dizer.

Aquilo deixou Robin enraivecido – Você ainda voltará para mim.

— Hã? Desculpe, acho que estou com um pequeno problema de audição e não entendi o que você disse. – ironizou.

— Você ainda voltará para mim! – repetiu ele bravo.

— Ah não era problema de audição não, pois foi essa sandice mesmo que escutei. – continuou ironizando e tirando sarro da cara do Robin, fez uma pausa - O que você está fazendo aqui ainda não entrou no carro e partiu em direção de Boston? – ela perguntou cansada daquela confusão toda.

— Estou tentando colocar um pouco de juízo em sua cabeça dura. – rosnou ele bravo com a forma irônica que ela usou contra ele. Ela nunca nesses anos de relacionamento havia sido assim com ele.

Regina desceu as escadas e se abaixou e pegou um pouco de lama – Aqui está o juízo que você quer colocar em minha cabeça, toma ele de volta. - e jogou no para-brisa do carro.

— Sua doida! – exclamou ele surpreso. Mais uma bola de lama voou para cima do carro, mas agora na porta entreaberta – Quer parar com isso? Está pior que criança.

Mais uma gargalhada, mas em tom malicioso – Oras, não era você que brigou com uma criança agora de manhã? – jogou outra bola de lama acertando em cheio o homem – Bingo! Qual o meu prêmio? Ah já sei, que você suma da minha vista!

— Isso terá volta, Regina. – disse ele se sentindo muito ofendido, e tentou limpar um pouco da lama quando viu outra bola cair perto dele.

— Droga! Essa passou perto, mas a próxima eu acerto. – ela jogou outra bola novamente e acertou a porta outra vez – Estarei esperando pela volta, sentada... Para não me cansar.

Enfurecido e com medo de receber outra bola de lama, Robin entrou no carro e deu partida, saindo em direção a estrada e consequentemente para Boston, mas não sem antes Regina acertar outra bola de lama no vidro traseiro do carro. Naquele momento Regina se sentia a pessoa mais livre da face da terra, sem peso nos ombros. Assim que seu filho acordasse eles teriam um conversa, e a partir daquele momento ela colocaria a frente como prioridade mais ainda as necessidades de seu filho, sempre levando em conta sua opinião. Ela não deixaria mais coisas como aquela acontecer a ele.

—SQ-

Emma gargalhava abertamente assim que Ruby terminou de contar o que vira da cena entre Regina e Robin – Como eu queria ter visto... – terminou tomando fôlego, pois sua barriga doía de tanto rir.

— Juro que se eu não estivesse lá, acharia que era mentira... – falou Ruby se recuperando também do ataque de riso.

Emma tomou novo fôlego para acabar com o que restou do ataque de riso – É acho que não foi dessa vez que você me verá casada. – brincou com a amiga.

— Quem disse que não? – perguntou Ruby incrédula – Já está jogando a toalha em uma luta que nem começou direito, Loirão?

— Ah Ruby... Ela está, estava noiva... Provavelmente ela nunca irá se interessar pela minha pessoa...

— Para tudo! Quem é você e o que fez com a minha amiga? – perguntou Ruby – Pois a minha amiga não falaria umas coisas assim, e principalmente não desistiria de alguém que está gostando muito.

— Opa, vamos parar por ai. – disse a loira – Desde quando eu estou gostando de alguém?

Ruby olhou para sua amiga e agora ela faria a loira encarar os próprios sentimentos – Me responde, Loirão... O que você sentiu quando aquele carinha estava se aproximando de Regina quando ela estava dançando no pub?

— Vontade de esganar o cara até ele ficar completamente roxo.

— Muito bom... – continuou a morena sorrindo – O que você sentiu quando ela dançou te provocando?

Emma sorriu de lado – Que morri e fui para o céu.

Ruby riu com a resposta – O que você sentiu quando vocês duas dançaram juntas daquele jeito?

— Resposta imprópria para o horário. – respondeu a loira brincalhona.

Ruby riu novamente – Irei considerar isso com uma resposta positiva... E por último como você reagiu ao saber que ela tem/tinha um noivo?

Emma soltou mais um suspiro – Que meu mundo havia se partido e perdido a cor...

— Loirão, se isso não for gostar dela, minha amiga, eu não sei mais o significado. – Ruby terminou sua linha de raciocínio.

— Ah Ruby, independente se eu gosto dela ou não, ela não irá gostar de mim dessa maneira. – comentou a loira com o ar pesado e tentando sempre achar uma desculpa.

— Então você admite que gosta de Regina? – perguntou Ruby.

A loira olhou para cima antes de dar sua resposta – Eu gosto e muito dela. – por fim se rendeu ao que estava sentindo.

— Então conquiste-a! Faça-a gostar de você desse modo também. – incentivou Ruby sorrindo Preciso contar para Katy, precisamos fazer essas duas cabeças duras se juntarem— Pois eu sei que você gosta de um bom desafio.

— Ah Ruby...

— Não vai me dizer que vai fugir sem antes brigar... – comentou Ruby incrédula – Pois a Emma que eu conheço com certeza só desistiria quando realmente não tivesse mais condições, e eu nos meus trinta anos de vida nunca vi tal fato acontecer. – jogou gasolina na pequena fagulha do ego da loira, para vê-lo explodir em altas chamas – E acho que agora não seria a primeira vez.

— Vamos ver Ruby. – Emma se levantou e foi em busca de um forcado – Bom, agora chega de papo, tenho serviço para fazer, e depois preciso terminar de conversar com Regina sobre os contratos.

— Tudo bem... – concordou Ruby também se levantando – Aproveita para pensar no que eu te disse... Até mais Loirão.

— Até. – respondeu Emma de volta, trazendo um forcado e amarrando seu cabelo em um rabo de cavalo alto e começou a empilhar os fardos de feno compactados que estavam espalhados pelo celeiro, pois ontem eles haviam sido compactados e deixados de lado bagunçados.

Metade dos fardos já estavam arrumados quando Emma resolveu parar por um minuto para tomar fôlego, e foi até o bebedor. Ali lavou as mãos, bebeu um pouco de água, molhou o rosto e passou uma mão molhada pelo pescoço na parte de trás, para aliviar um pouco o calor do exercício. Tomou mais um pouco de água e voltou para terminar seu trabalho.

A loira gostava de fazer serviços braçais para esvaziar a cabeça e poder pensar melhor, e ali não fora diferente, agora que não faltava muito para terminar o serviço se permitiu pensar sobre o que ela e Ruby conversaram Ruby tem razão, eu não sou de correr de um bom desafio... empilhou mais um fardo Sempre corro atrás do que eu quero! Mas o que você quer? Sua mente perguntou. Eu quero Regina! outro fardo de feno empilhado Mas você quer apenas um caso ou um relacionamento sério com ela? mais um fardo para terminar a pilha e começar outra Você vê um futuro com ela e o filho? Questionou sua mente novamente. Sim eu vejo, um futuro com ela e o filho... Aliás, vejo mais uns três ou quatro filhos com ela... Eu vejo uma família grande com ela... Então o que você está esperando para conquistá-la? Mostrar que você não quer apenas um caso passageiro, mas construir uma família com ela? Medo que ela queira o mesmo só que com outra pessoa... Mas se ela quiser isso com você? Eu serei a pessoa mais feliz no mundo. Então o que você pretende fazer? Emma terminou de empilhar todos os fardos de feno e tomou um fôlego novo e se pendurou em uma viga fina o suficiente para segurar com segurança, começou a se exercitar, elevando seu corpo e depois descendo usando apenas a força dos braços. Então o que você irá fazer? sua mente perguntou novamente. Irei lutar pelo aquilo que quero. E o que você quer? Regina e o filho como minha família. Sim! Mas você sabe que não será muito fácil dobrar a dona onça, não é? Sim, mas eu também tenho meus truques e como todo mundo diz, eu sei amansar feras. Emma riu enquanto fazia as repetições do exercício sem perceber que estava sendo observada.

Regina havia acabado de chegar ao celeiro, pois estava atrás da loira. Queria conversar com ela depois de tudo que havia acontecido no escritório algumas horas atrás. Assim que chegou sua respiração parou na garganta e seus olhos turvaram em luxúria ao ver a loira se exercitando Ai merda! Com tantas horas para aparecer, você tinha que aparecer justamente quando ela está se exercitando? Por todos os botões de Eugenia, acho que volto mais tarde. Não! gritou exasperada a mente da morena Ficou louca? Você que não se atreva a dar um passo para fora desse celeiro que eu causo o maior barraco aqui dentro da sua cabeça. Também não é para tanto. É para tanto e muito mais. É a hora perfeita para vocês conversarem sem interrupções! Regina suspirou profundamente tomando coragem – Senhorita Swan? – chamou alto suficiente para a loira ouvi-la.

Emma parou sua série de exercícios ao escutar seu nome. Soltou a viga e caiu em pé, ao se virar seu olhar caiu na mulher que estava mexendo com sua cabeça Então o que você irá fazer? perguntou sua mente marotamente. Simples, eu irei conquistá-la! Quando irá começar? quis saber sua mente travessa Agora! respondeu decidida— Sim senhorita Mills... – respondeu a loira caminhando lentamente na direção da morena com um olhar predador.