Storybrooke

Capítulo 130 - Tomar Chocolate Quente com Você Sempre Me Deixa Melhor


Era a segunda noite que passavam já em casa, desde que os bebes haviam nascido. O quarto de Regina e Emma estava silencioso, até que o monitor dos bebês começou a fazer barulho. Era o choro dos gêmeos indicando que estavam com fome Lá vamos nós!

Emma, que estava deitada de barriga para baixa, apenas ergueu a cabeça para olhar o monitor que agora ocupava o lugar do relógio digital Nem posso reclamar da fome desse povo, afinal são meus filhos! A loira sentiu o lado esquerdo da cama se mexer, e imediatamente ela se levantou – Pode deixar que eu vou morena, dorme mais um pouco. Agora é a minha vez. – disse sonolenta. Regina mal assentiu com a cabeça voltando a se deitar e ao seu sono.

— Qualquer coisa é só chamar pelo monitor. – murmurou enfiando o rosto contra o travesseiro de sua esposa. Emma sorriu e foi para o quarto dos bebês Sem problema, eu dou conta dos gêmeos!

A loira entrou no quarto dos gêmeos, poucos minutos depois de esquentar duas mamadeiras, que Regina já havia deixado prontas. A médica havia explicado que mesmo dando mamar no peito, os gêmeos iriam precisar de um “reforço” no lanche Vendo essas duas mamadeiras, e essa fome toda não negam serem meus filhos! Então toda noite, a advogada preparava duas mamadeiras com leite do peito e duas mamadeiras com leite fórmula, que era um leite específico feito para bebês. Assim Emma também poderia ajudar a amamentar os gêmeos, dando um breve descanso para sua esposa Afinal, como meus filhos eu também tenho que cuida deles! Acho muito justo, Emma! — Hey, meus garotos. – chamou baixo ao iluminar, não muito forte, o quarto – Quem está com mais fome? – perguntou ao se aproximar dos dois berços Aposto que é o Ben, pois ele é bem mais esfomeado que o George!

O quarto dos meninos tinha dois berços postados logo a esquerda, com as cabeceiras encostadas a parede, e um espaço entre eles, para as mães se locomoverem entre eles. Havia um tapete em forma de ovelha no chão. A parede estava pintada em um tom bege claro, e tinha o desenho de duas árvores, uma em cada direção do berço. Na árvore do Benjamin, tinha o contorno de um menino pendurado em um galho, com as pernas e uma das mãos segurando o mesmo. Na árvore do berço de George, tinha o contorno de um menino brincando em um balanço. Na parede ao lado, pintada de branco, havia uma imensa estante embutida na parede toda, ali cada quadrado era preenchido por brinquedos, pelúcias e livros infantis de história. A outra parede vinha a janela com a vista para a parte de treinamento da equipe. Havia uma poltrona em cada lado da janela. A parede era de uma leve cor verde, com desenhos de árvores redondas e montanhas, as cortinas brancas. E na última parede, de cor bege claro, tinha a dupla cômoda, com o trocador dos bebês. O teto estava pintado como o céu, todo azul claro com nuvens brancas.

Ela viu que era Benjamin que chorava mais forte – Então você é o meu esfomeado mesmo, meu saquinho sem fundo maior. – brincou sorrindo. Primeiramente ela pegou George e o colocou no carrinho e o deixou perto da poltrona que iria se sentar, então pegou Benjamin e foi para a poltrona. Enquanto amamentava Benjamin, com o pé balançava o carrinho em que George estava, seu resmungo havia diminuído. Ela ia amamentando e conversando com os meninos Ah meus meninos, estou tão feliz que vocês estão aqui em casa com a gente! Com certeza a casa ficou mais alegre ainda!

Regina lá do seu quarto até tentou voltar a dormir, mas ao escutar sua esposa falando com os meninos encheu seu coração de amor Ah essa minha loira é uma babona incondicional! não resistiu e foi se juntar aos três – Hey! – disse assim que apareceu a porta, portando um imenso sorriso Numa próxima trago o celular para tirar uma foto dessa cena!

— Ah morena, eu falei que era a minha vez. – disse em um murmuro, ainda amamentando Benjamin com a mamadeira.

— Eu sei, mas eu não resisti assim que escutei você conversando com os gêmeos. – se aproximou e pegou George e a outra mamadeira e se sentou na outra poltrona Meus meninos que são uma cópia de sua mãe loira!

— Oi! – disse Júlia esfregando os olhos assim que apareceu a porta do quarto dos gêmeos Será que os gêmeos a acordaram?

— Aconteceu algo Jú? – disse Emma ao se levantar ao ver que Benjamin havia terminado de mamar, e o colocar sobre seu ombro para fazê-lo arrotar, antes de niná-lo para dormir novamente.

— Nada. – sorriu ao ver George mamando quando se aproximou da poltrona da sua mãe morena – Eu escutei vocês vindo para cá. – se sentou no braço da poltrona e ficou olhando para seu irmão – Eu não estou conseguindo dormir.

Emma apenas olhou para sua filha e percebeu algo estranho, mas preferiu não comentar nada Hum preciso conversar com ela! — Esse garotão aqui já dormiu. – colocou o menino de volta no berço, vendo que a fralda estava limpa até o momento – Esse aí já terminou? – perguntou assim que se ajoelhou a frente de sua esposa Não me canso de ver a minha morena amamentando os gêmeos!

— Ele é todo seu. – brincou ao entregar o filho para a loira Aposto que Emma quer conversar com Jú para descobrir o que aconteceu, na próxima eu me junto a elas! — Eu vou voltar para a cama... – comentou Regina bocejando. Ela realmente estava com sono, mas percebeu que Emma gostaria de conversar com a filha Depois eu converso com a minha loira e descubro o que aconteceu! — Vejo você na cama. – deu um beijo em sua filha e depois em sua esposa, que ninava o menino.

— Eu vou voltar para a minha cama também. – falou Júlia se levantando do lugar.

— Jú, você não fica mais um pouquinho aqui comigo? – pediu Emma olhando para a filha Modo mãe preocupada: on! — Ele está quase dormindo. – a menina assentiu com a cabeça e se sentou no lugar que foi ocupado por sua mãe morena – Pronto! Dormindo feito um bebê. – brincou colocando o menino no berço, também depois de conferir que a fralda estava limpa. Estendeu a mão para sua filha Nosso momento Jú! — Vem, que eu estou com vontade de chocolate quente, você quer um? – perguntou em tom baixo para não acordar os meninos.

— Quero! – a menina assentiu junto com um aceno de cabeça, ao mesmo tempo em que pegou a mão oferecida Sabia, é a minha filha mesmo! Sem fazer barulho saíram do quarto e caminharam na direção da cozinha.

Júlia se sentou a mesa, enquanto Emma foi para o fogão preparar o chocolate quente Receita de família! Ah Emma, claro que não! Claro que sim, mente, pois eu aprendi com o meu pai essa receita, que aprendeu com Eugenia! Então é receita de família! Tudo bem, aceito que é receita de família! — Aqui. – colocou uma generosa caneca em frente a sua filha, então se sentou ao seu lado com outra generosa caneca para si, salpicou canela por cima dos dois chocolates quentes – O que aconteceu, Jú? – perguntou depois de alguns segundos vendo sua filha fitar a caneca com o quente líquido marrom Vai Jú, me fale o que te incomoda!

— Não aconteceu nada. – disse em tom baixo envolvendo suas mãos na caneca Ah minha pequena morena, vamos me conte o que aconteceu!

— Ah minha filha, eu sinto que aconteceu algo. – comentou Emma depois de um pequeno gole na bebida, e fez um carinho nos cabelos castanhos – Vamos me conte, quem sabe eu posso te ajudar.

— Foi coisa boba. – disse tomando um pequeno gole da bebida Para você ter ficado assim, com certeza não é nada bobo!

— Se fosse coisa boba, você não estaria assim. – disse se virando para sua filha, depois de tomar mais um gole de seu chocolate É quente, mas prefiro morno! Que contradição! Muito mente! A menina soltou um suspiro – Você vai me contar?

— Umas meninas na escola disseram algumas coisas que me deixaram chateada. – comentou Júlia olhando para seu chocolate.

— O que elas falaram? – perguntou Emma tentando fazer sua filha continuar falando.

— Elas estavam falando de mim e da Meggie dentro do banheiro, mas elas não sabiam que estávamos lá também. – respondeu e olhou para sua mãe, seus olhos levemente úmidos pelas lágrimas Ah minha menina! — Elas estavam falando de nós sermos adotadas, e que éramos chatas na sala de aula por ficar perguntando as coisas e respondendo o que a professora ficava perguntando também... – soltou – E que por sermos chatas, ninguém quer ser nossas amigas. – uma lágrima desceu por sua bochecha A história se repete! Infelizmente mente!

No instante seguinte Emma pegou a menina da cadeira a colocou em seu colo Vem aqui minha filha! Imediatamente Júlia envolveu seus braços e pernas ao redor do corpo de sua mãe – Ah minha menina, não fique assim. – disse Emma triste com a situação, pois vivenciou muito quando criança, e sabe que por mais que queira proteger seus filhos desse tipo de situação, sabe que é impossível Bem, que minha mãe falava sobre isso, e agora eu estou vivenciando! Mas o que importa é que você fará de tudo para ajudar e protegê-la! Pode ter certeza disso mente, enquanto eu estiver viva sempre estarei pronta para ajudar meus filhos no que precisarem! — O que vocês fizeram?

— A gente ficou esperando elas irem embora para sair. – respondeu contra o pescoço de sua mãe – Mas Meggie...

— O que tem? – perguntou afagando os cabelos de sua filha com a mão esquerda, enquanto a direita a abraçava fortemente Aposto que queria descer o braço nessas meninas idiotas! Aposto que sim mente!

— Ela queria bater nelas, mas eu não deixei. – disse Bingo!

— Você fez muito bem. – comentou Emma, soltando uma longa respiração Apesar de achar que elas mereciam uns sopapos! Mas você sabe que não se resolve nada com brigas! Mas que elas te deixam melhor, isso pode ter certeza! Emma! Ah mente! Tudo bem, concordo com você! — Você sabe quem eram essas meninas?

— São da minha sala. – respondeu.

— Você quer que vá até a escola e converse com a sua professora quanto a esse assunto? – quis saber Emma tentando olhar para sua filha. A menina negou com a cabeça – Por que?

— Porque elas não fizeram nada com a gente. – respondeu se soltando do abraço – Elas nem sabiam que estávamos no banheiro, e se contar para a senhora Arnold, então elas podem querer fazer algo contra nós.

— Entendo. – a loira soltou um suspiro Tem lógica o que ela disse! Sim mente, mas ainda assim quero ir na escola conversar coma professora!— Eu sei o quanto essas palavras machucam, Jú... – comentou dando um beijo na testa da filha Mas irei deixar Jú resolver essa situação do jeito dela, se não der certo, então eu entro na dança junto com uma morena Dona Onça! Aí essas meninas idiotas irão se arrepender de ter mexido com a Júlia! Com toda a certeza do mundo mente! — Mas eu quero que você me conte toda vez que isso acontecer, tudo bem? – a menina assentiu com a cabeça Ótimo! — Principalmente se elas começarem a fazer algo contra vocês. Me promete? – pediu olhando nos olhos da filha.

— Prometo! – Júlia soltou por fim Isso mesmo, minha menina!

— E quanto ao que elas disseram, não é verdade. – continuou Emma – Você e Meggie são meninas super legais, elas que não enxergam isso e ficam falando esse tipo de coisa. – fez uma pausa e fez a menina a olhar – Independentemente do modo que você, Tom e Meggie se juntaram a nossa família, vocês são nossos filhos verdadeiros, pois o que os torna nossos filhos é o amor que sentimos por vocês, e isso nunca irá mudar. O que une essa imensa família não é o sangue e sim o amor incondicional que um sente pelo outro. – fez uma pausa – Então eu sei que essa palavra: adotada, machuca bastante, e como disse outra vez, vai machucar ainda, até o dia em que você não se deixar mais machucar por isso.

— Eu sei... – comentou a menina em um murmuro Eu sei que você sabe, mas é sempre bom relembrar, principalmente que estaremos ao seu lado sempre! — E como eu faço para doer menos?

— Eu abraçava meus pais quando chegava da escola quando esse episódio acontecia, principalmente na escola. – respondeu Emma – Você precisa achar o seu jeito para que você se sinta melhor. – beijou novamente a testa da menina Só espero que você não demore para achar o seu jeito! Ficaram um tempo em silêncio, apenas aproveitando o conforto do abraço – Acho que nosso chocolate quente esfriou.

— Não tem problema, eu gosto dele mais frio, pois dá para sentir mais o sabor do chocolate junto com a canela. – disse Júlia sorrindo ternamente – Obrigada mãe. – agradeceu olhando para Emma.

— Você não precisa agradecer, minha pequena morena. – sorriu depositando outro beijo na testa da menina – Eu e sua outra mãe sempre estaremos aqui para você e seus irmãos, sempre. – disse. A menina assentiu com a cabeça e se virou ficando de frente para a mesa, mas permanecendo no colo de sua mãe. Alcançou por sua caneca e deu um grande gole na bebida morna – Melhor? – perguntou Emma passando a mão esquerda nos cabelos de sua filha.

— Sim. – respondeu Júlia soltando um suspiro de satisfação, e se encostou em sua mãe – Estou melhor.

Emma sorriu e pegou sua caneca com a mão livre, enquanto a outra não parava de fazer carinho nos cabelos – Que bom. – murmurou e tomou um gole de seu chocolate, agora, morno – Eu também gosto do chocolate não tão quente. – disse por fim, sorrindo.

— Sabe, acho que achei o meu jeito. – soltou Júlia, depois de alguns minutos em silêncio.

— É? Qual é? – Emma quis saber Um abraço supre protetor de Emma Swan-Mills?

— Tomar chocolate quente com você. – disse Júlia terminando a sua caneca – Pois isso me deixa melhor sempre.

Emma sorriu abertamente – Então declaro oficialmente, que toda vez que estiver triste por causa desse tipo de situação, iremos tomar chocolate quente.

— Sim. – concordou a menina olhando para cima e deu um beijo na bochecha de sua mãe – Mas agora eu preciso dormir, que amanhã tenho aula. – se levantou e colocou a sua caneca dentro da pia Jú voltando a ser a menina de sempre! Sim Emma, esse chocolate quente é um santo remédio! Como é mente, como é!

— Sim, vamos. – Emma imitou o ato de sua filha colocando a caneca dentro da pia Agora cama! — E quanto a ficar perguntando e respondendo em sala de aula, não se importe com o que os outros falem sobre isso, pois aposto que a senhora Arnold gosta bastante de alunos como você e Meggie. – sorriu. A menina sorriu também enquanto entraram no quarto – Pronta para dormir novamente. – falou a loira cobrindo a filha, que já estava deitada na cama – Boa noite Jú! Durma e bons sonhos. Não se esqueça de que te amamos muitos. – depositou um beijo na testa da filha.

— Boa noite mãe, eu também amo muito vocês. – abraçou o pescoço de Emma e depositou um beijo na bochecha da loira. Sorrindo Emma caminhou até a porta e apagou a luz depois de ficar alguns segundos olhando sua filha deixando o sono tomar conta. Fechou a porta e caminhou para seu quarto, pois seu corpo estava precisando de descanso também Alguns minutos de folga antes que os gêmeos despertem novamente!

Mal deitou e se aconchegou atrás de sua esposa Lar doce lar! — Qual era o problema? – murmurou Regina, sonolenta, se deixando envolver por sua esposa.

— Umas meninas andaram falando sobre ela e Meggie serem adotadas, isso a deixou chateada. – respondeu Emma, enfiando seu rosto nos cabelos de sua esposa, aspirando o cheiro do xampu lhe trazendo conforto.

— Teremos que conversar com a professora dela? – perguntou entrelaçando seus dedos com os de sua esposa Quem essas meninas pensam que são para falarem alguma coisa das nossas meninas?

— Por enquanto não. – respondeu Emma com a voz sonolenta – Só iremos quando Júlia pedir. Pois deixei Jú resolver do jeito dela, se continuar então entramos no jogo.

Regina sorriu Muito bem minha loira! — Mas iremos ficar de olho, certo?

— Com certeza. – o tom de voz de Emma estava bem baixo Ficaremos de olho em todos os meninos!

A advogada trouxe a mão de sua esposa até seus lábios e deu um beijo – Vamos dormir que temos uma hora até os gêmeos acordarem novamente. – comentou e apenas escutou um grunhido de sua esposa.

—SQ-

— Cheguei, meu pequeno esfomeado. – comentou Ruby acendendo o abajur do quarto do menino – Sei que você está com fome. – abriu a porta e logo ao lado direito tinha o berço do filho, na parede toda desenhada com prédios coloridos, imitando uma cidade. Seu berço estava encostado de lado. Nessa mesma parede ao canto uma janela estreita, mas que ia do teto ao chão. Na parede ao lado, alguns desenhos de carros coloridos, e uma janela mais larga, mas ocupando o meio da parede. Nesse canto, a poltrona com apoio para os pés. Na outra parte da parede tinha a cômoda e ma parede ao lado, tinha o trocador, e o restante da parede era composta por estantes, cheias de brinquedos e livros. A porta pelo lado de dentro tinha o desenho de uma porta de carro. No chão um grande tapete retangular com vários desenhos de modelos de carros coloridos – Vem com a mãe. – pegou o menino e se ajeitou na poltrona para amamentá-lo.

— Oi... – murmurou Meghan a porta do quarto do irmão.

— Oi Meggie. – respondeu a veterinária ao ver sua filha – O Sam te acordou, minha filhotinha?

A menina entrou no quarto negando com a cabeça – Não. – respondeu ao se sentar no apoio para os pés, ficando de frente para sua mãe e irmão – Apenas estava sem sono.

Ruby franziu o cenho – Aconteceu alguma coisa? – perguntou preocupada. Meghan apenas soltou um suspiro – O que aconteceu Meggie?

— Ai mãe, apenas uma coisa muito chata na escola hoje. – comentou olhando para seu irmão mamando com vontade.

— Você quer falar sobre o que aconteceu? – pediu a veterinária olhando para sua filha.

— Jú e eu estávamos no banheiro, já tínhamos almoçado... – começou a menina – Então escutamos algumas meninas nos chamando de adotadinhas... – fez uma pausa – Sabe, eu já escutei isso quando foi adotada da outra vez, então eu não liguei... – soltou um suspiro – Então eu vi a Jú ficar triste com a situação... Sei que ela entende, mas ela ficou triste mesmo assim... Elas também começaram a falar que somos chatas por ficar perguntando na sala de aula e respondendo tudo que a senhora Arnold perguntava. – fez uma pausa – Não tenho culpa se elas não sabem e nem estudam nada. – bufou com raiva.

— Mas que meninas bobas. – reclamou Ruby brava, então seu cenho franziu, confusa ainda – Tem mais coisa?

Meghan assentiu com a cabeça – Elas também falaram que por sermos chatas, não entendiam como fomos adotadas, que não deveríamos ter amigas.

— O que vocês fizeram? – quis saber Ruby, mas já pensando em conversar com sua esposa para ver que atitudes iriam tomar.

— Não íamos fazer nada, mas eu vi a Jú quase chorando por causa disso, e aquilo me encheu de raiva que eu quis bater nelas. – respondeu Meghan se enchendo de raiva novamente ao se lembrar – Quem elas pensam que são para ficar falando isso da gente? Elas nem nos conhecem direito, não sabe nada da gente! – estava indignada.

— Você chegou a bater em alguém? – perguntou.

Meghan negou com a cabeça – Só não bati porque Jú me segurou. – resmungou indignada – Porque se não teria batido bastante nelas.

— Ela fez muito bem, afinal não se resolve as coisas brigando ou batendo... – comentou Ruby – Se bem que eu não posso falar muito não, era bem briguenta na escola. – riu travessamente, fazendo sua filha rir também, diminuindo a raiva da menina – A vó ia bastante na escola por causa disso.

— E a tia Emma, brigava bastante? – quis saber Meghan.

— No começo não, mas quando ficou mais velha não deixávamos nenhum idiota mexer com a gente. – riu das lembranças – Mas não é esse o assunto aqui no momento. – olhou e viu que seu filho havia terminado de mamar, se levantou para fazê-lo arrotar, e então niná-lo novamente – E como vocês resolveram essa situação?

— Não fizemos nada, esperamos elas saírem do banheiro, elas não sabiam que estávamos lá também, e depois fomos para a sala de aula. – respondeu se virando no apoio dos pés para ver sua mãe ninando seu irmão.

— Você quer que eu vá até a escola e converse com a senhora Arnold? – perguntou Ruby ainda ninando o filho, mas seu tom de voz era baixo.

Meghan apenas negou com a cabeça – Acho que ainda não precisa ir. – respondeu por fim.

— Tudo bem, não irei, mas me prometa que se acontecer algo ruim você me conta? – pediu, percebendo que seu filho havia dormido novamente e foi colocá-lo no berço, depois de conferir se a fralda estava limpa.

— Prometo. – respondeu Meghan – Eu queria saber com Jú está, pois quando a vi a última vez, ela estava triste mesmo eu dizendo para ela não ficar.

Ruby estendeu a mão para sua filha que aceitou – Aposto que Emma conversou com ela, e está tudo bem agora. – comentou andando na direção do quarto da menina.

Meghan assentiu com a cabeça enquanto se deitava na cama. Então olhou toda a decoração que seus avós, pais e tia Emma haviam feito. Sua cama ficava a esquerda quando se entrava no quarto, debaixo da janela. A parede em frente a sua cama, tinha uma grande árvore desenhada, e cada galho tinha um pequeno quadrado, nesses quadrados havia fotos de todos de quem gostava, havia um quadrado em branco esperando a foto de seu irmão. Ao meio tinha o escrito família. No chão ao pé da árvore tinha uma casinha de madeira, com adesivos de Luna e todos os cachorros da fazenda. Tudo isso no fundo branco da pintura. Na parede que tinha a porta, de um lado quatro cachorrinhos em diferentes posições com um osso e algumas pegadas pintadas em preto no fundo branco também. A parede do outro lado da porta tinha vários cachorros de raças diferentes, coloridos no fundo branco. Na parede contrária da porta tinha seu guarda-roupa e uma escrivaninha, com duas prateleiras uma de cada lado da mesa, com três partes cada uma. Ali tinha alguns livros de história, os cachorrinhos que o Péppe havia feito em madeira e algumas decorações. As suas pelúcias ficavam em uma poltrona, que havia no canto com a parede da janela, em formato de cabeça de cachorro. No chão ao centro um tapete quadrado todo preto com o desenho do Snoop dormindo em contorno branco. A porta do lado de dentro tinha o desenho da porta de uma casinha de cachorro. O teto era todo pintado como se fosse o céu, com algumas nuvens em formatos de cachorros, na ideia de que os cachorros vão para o céu quando morrem.

— Ficou muito bonito o seu quarto. – disse Ruby sorrindo vendo sua filha voltar seu olhar para ela.

— Sim. Obrigada. Eu adorei. – disse deixando sua mãe lhe cobrir. Seus lábios era decorado com um sorriso.

— Fico muito feliz que adorou o seu quarto. – beijou os cabelos de sua filha – Meggie, quero que saiba que se que acontecer alguma situação como a que ocorreu na escola hoje, quero que você me conte. Tudo bem? – pediu e a menina assentiu – Muito bem... – fez um carinho nos cabelos da filha sobre o travesseiro – Eu e sua mãe amamos muito você. – sorriu – Você é tanto nossa filha quanto Samuel é, pois para nós o que importa é o amor que sentimos um pelo outro.

— Eu sei, e sou muito feliz por vocês terem me adotado. – sorriu antes de soltar um bocejo.

Ruby sorriu novamente – Nós também somos muito felizes por você ser a nossa filha. Durma, que amanhã você tem aula. – deu outro beijo – Boa noite! – se levantou quando a menina assentiu já fechando os olhos. Saiu do quarto assim que apagou a luz do abajur e encostou a porta.

—SQ-

— Juro que parece que quanto mais viajamos para cá, mais longe parece. – disse Jane assim que desceu de seu carro, colocou as duas mãos na parte lombar de suas costas e inclinou a parte de cima de seu corpo para trás.

— Impossível a distância ter aumentado Jane. – disse Maura também descendo do lado do carona – Pois não tem como nem aumentar ou diminuir a distância entre as cidades. – abriu a porta para TJ descer.

— Sabe o que é isso, Maura? – perguntou Ângela assim que do lado de trás de Jane. A loira apenas negou com a cabeça – Isso se chama idade avançada. – brincou. Jane apenas grunhiu e Maura sorriu.

— Ângela! Jane! Maura! – exclamou Emma surgindo da porta principal da casa, com Rapaz ao seu lado – Sejam bem-vindas! – disse assim que se aproximou Ainda bem que vocês chegaram, e na hora certa! Sim, principalmente porque Eugenia está preparando o café da tarde! — Vamos que tem duas coisinhas fofas esperando para conhecerem vocês. Corrigindo, três coisinhas fofas esperando para conhecerem vocês. – sorriu acompanhando as três mulheres, uma vez que TJ já havia saído correndo na direção da casa, atrás dos amigos – Cadê o resto do pessoal?

— Frankie está de plantão esse fim de semana, e Nina acabou ficando para fazer-lhe companhia. – respondeu Jane entrelaçando seus dedos com o de sua noiva, depois de um abraço em Emma, enquanto caminhavam na direção da casa.

— Tommy e Lídia ficaram com Ava, que nasceu também. – disse Ângela sorrindo – Eles até pensaram em vir também, porém Lídia ainda não está totalmente refeita do parto. E eles acharam que uma viagem de quatro horas seria muito cansativo para a menina. – explicou – E Leonard está em viagem de negócios.

— Entendo. – comentou Emma sorrindo – Parabéns pela netinha Ângela, assim que der prometo que iremos todos a Boston fazer uma visita para vocês. Eles tem razão, uma viagem longa assim logo de cara não convém. – disse assim que entraram na cozinha.

— Ah não se preocupem, eu sei que assim que der vocês irão para Boston. – respondeu Ângela sorrindo - Oi pessoal! – cumprimentou assim que entrou na cozinha e viu todos reunidos ali.

Depois de muitos abraços e beijos, estavam todos sentados a mesa – Nós com certeza iremos para Boston. – anunciou Cora feliz Praticamente será uma excursão toda viagem dessa família que só cresce! Pode apostar nisso Regina!

— Combinaremos a ida de vocês para lá. – disse Ângela – Mas agora eu quero conhecer cada uma dessas coisinhas fofas que estou vendo. – olhou dentro dos carrinhos dos bebês.

Ruby pegou Samuel do carrinho – Eu sou o Samuel, vó Angie. – disse a veterinária como se fosse o menino – Mas pode me chamar de Sam.

Os olhos de Ângela arregalaram para o menino – Que coisa fofa! – exclamou assim que pegou o menino – Você é muito parecido com a sua mãe loira. – disse ninando o menino, que abriu um pequeno sorriso – O óvulo foi o seu Katy?

— Sim. – respondeu a advogada – E usamos um doador loiro também.

— Entendi. – comentou a matriarca Rizzoli – Você quer segurar Janie? – ofereceu.

A detetive sorriu abrindo os braços para receber o menino – Hey, coisinha gostosa. – disse sorrindo para a criança – Realmente você é bem parecido com a sua mãe loira.

— Eu que carrego a criança por nove meses e ele sai a cara da outra mãe. – resmungou a veterinária em tom de brincadeira A minha morena também pode reclamar sobre isso! Ah Emma, Regina com certeza não irá reclamar sobre isso!

— Ah minha morena, aceita que eu sou mais bonita. – piscou Kathryn.

Ruby apenas estreitou os olhos – Continue assim Kathryn Midas, que hoje dormirá no sofá.

— Não continuarei. – depositou um beijo na bochecha de sua esposa, seu sorriso estampado em seus lábios – E só para constar, é Kathryn Lucas-Midas para você. – mais um beijo. Ruby abriu um sorriso também.

Maura pegou o menino assim que Jane ofereceu – Ah Jane, pensou quando formos nós com um bebê em casa? – comentou olhando carinhosamente para o menino.

— Será uma criança muito, mas muito paparicada, principalmente pela avó Rizzoli. – brincou Jane, mas já havia se imaginado naquela situação – Mas antes que dona Ângela fale algo, vamos com calma, que é um passo de cada, vez... Primeiro tem que sair o casamento. Depois poderemos pensar em filhos. – brincou vendo Maura entregar o menino para Kathryn.

— Hey, lindão da mamãe. – beijo o topo da cabeça com uma fina camada de cabelos loirinhos. Começou a niná-lo.

— Que por falar em casamento, vocês já tem uma data? – perguntou Cora curiosa.

— Estamos ainda em conversação sobre isso. – brincou Jane. Maura apenas a olhou como que dizendo que ainda nem se sentaram para conversar sobre esse assunto, Jane sorriu e deu um leve selinho nos lábios de sua noiva.

Ângela apenas negou, mas tinha um sorriso nos lábios, com a cabeça e se virou para o carrinho duplo – E vocês? Quem é quem? – juntou as mãos a frente de seu peito e olhando amorosamente para os dois meninos – Como vocês são lindos também.

Regina sorriu abertamente pegando um dos meninos – Vó Angie, eu sou o George. – falou entregando o menino para Ângela.

— Oi George. – disse a mulher assim que pegou a criança no colo – Ele também é loirinho. – comentou ao ver a leve camada de cabelinhos loiros.

— Sim, eu usei os óvulos de Emma com o mesmo doador que usei para ficar grávida de Henry. – explicou Regina sorrindo.

— Então seus dois meninos serão loirinhos? – quis saber Jane já imaginando uma menina loirinha feito Maura, mas com todo o seu jeito moleque de ser, correndo pela casa. E também imaginou um menino fisicamente igual a ela, mas todo inteligente feito Maura assim como comportado também.

— Sim. – respondeu Regina sorrindo.

— Aqui Janie, pegue o George. – falou Ângela passando o menino para a filha – Que agora eu quero conhecer o irmão gêmeo.

— Ele lembra bastante você, Emma, até o seu queixo ele tem. – Jane sorriu comparando a criança com a mãe loira.

Emma sorriu orgulhosa Sim, eles são bem parecidos comigo! Principalmente na fome, não? Isso só prova que são meus filhos mente! — George nem se parece tanto assim comigo. – brincou. Jane a olhou, confusa – Você entenderá quando conhecer o outro. – piscou.

— Mas eles não são gêmeos? – Jane perguntou curiosa, Emma apenas assentiu com a cabeça – Então como pode não serem iguais?

— Há dois tipos de gestação múltipla. – começou Maura a responder a pergunta de sua noiva – Você tem a gestação univitelina e a gestação bivitelina. A univitelina é o resultado da fecundação de um óvulo por um espermatozoide, que posteriormente acaba sofrendo uma divisão. Como a divisão é de um ovo, o material genético é idêntico. Já a gestação bivitelina acontece em decorrência da fecundação de dois óvulos por dois espermatozoides que carregam material genético diferente um do outro, assim como o material genético de um óvulo é diferente do outro. – fez uma breve pausa – Já a fertilização in vitro ou inseminação artificial a possibilidade de gestação múltipla é grande. Estudos mostram que aproximadamente 25% dos procedimentos realizados no país resultam em gêmeos, trigêmeos e até quadrigêmeos. – então parou – Eu falei mais do que devia, não? – perguntou um pouco envergonhada. Jane apenas beijou a bochecha da noiva.

— De modo algum. – disse Regina sorrindo – Foi exatamente isso que a obstetra nos explicou. Por nossos meninos serem bivitelinos, são gêmeos e bem parecidos, porém não são idênticos.

— Entendi. – comentou a detetive com uma expressão de surpresa – Obrigada Maura. – agradeceu, deu outro beijo na bochecha de sua noiva, entregou George para a médica, que depois de um tempo o devolveu para Regina.

— E você, quem é? – perguntou Ângela olhando para o outro menino, que sorriu travessamente – Que sorriso banguela mais lindo. Você pelo visto é mais brincalhão que o seu irmão.

— Sim, George, é um pouco mais sério que o irmão, pelo menos por enquanto. – comentou Regina tirando o outro menino do carrinho Se bem que eu acho que talvez não mude tanto assim! George continuará sendo o sério, enquanto Ben será o engraçado! — E eu sou o Benjamin, mas provavelmente você irá me chamar de Bem, para o desgosto da minha mãe morena. – brincou no fim, entregando o menino para Ângela.

— Olha como você também é lindo, Ben. – disse a mulher encantada com o bebê. Ficou mais um pouco com ele no colo e depois o entregou para Jane.

— Por meu distintivo, você tem razão, Emma! – exclamou Jane surpresa – Ele é bem mais parecido com você que o irmão. Até o seu queixo ele tem. Ben, eu tenho dó de você ser tão parecido com a sua mãe loira. – brincou – Ow! – exclamou quando sentiu Maura lhe dar um tapa leve em seu braço – É apenas brincadeira Maura. – entregou o menino para sua noiva.

Maura apenas sorriu segurando o menino depois de sua noiva – Jane tem razão, Benjamin é praticamente uma cópia sua, Emma. – comentou sorrindo para o menino em seus braços – É esperar para ver quem terá os olhos verdes, pois o DNA que o bebê recebe dos pais determina se os seus olhos serão azuis, castanhos, verdes. – começou a explicar - O bebê pode nascer com olhos azuis, porque os olhos quase que não produzem melanina dentro do ventre. Após o nascimento, a luz estimula a produção de melanina, o que pode alterar a cor inicial dos olhos que ou escurecem ou mudam mesmo de tom. – fez uma pausa – À medida que o tempo passa, a cor tende a definir-se de acordo com o grau de pigmentação da íris. Após o nascimento, a exposição à luz solar ativa a produção de melanina na íris e esta muda de cor até se tornar definitiva por volta dos seis ao nove meses de vida. Nessa altura, a íris já ganhou pigmentação suficiente para se conseguir determinar qual será a cor final. Pelos 12 meses, a maioria dos bebês já tem a cor definitiva estabelecida apesar de algumas crianças apresentarem alterações sutis até aos cinco, seis anos. – parou assim que viu novamente vários olhares sobre si – Eu tento controlar, mas não consigo. – comentou a loira.

— Tudo bem, Maura. – comentou Emma sorrindo – Conhecimento nunca é demais.

— Quem nasceu primeiro? – perguntou Jane olhando para o menino ainda, enquanto o sorriso não saia de seus lábios. Mudando um pouco o foco da conversa.

— George é mais velho por apenas quatro minutos e meio. – respondeu Regina colocando George no carrinho. Segundos depois Maura entregou Benjamin para a morena, que o colocou no carrinho também. Claro não sem antes de verificar se as fraldas estavam limpas.

— Pronto! Mesa cheia para o café da tarde. – comentou Eugenia colocando duas garrafas de café sobre a mesa – Quem irá chamar as crianças na sala de tv?

— Ah então é para lá que TJ foi, assim que saiu correndo quando chegou. – comentou Jane já se levantando – Ele entrou feito um raio. – brincou – Pode deixar que eu vou chamá-los. – se voluntariou.

Emma sorriu e acompanhou a amiga – Eu vou chamar todos os cachorros para comerem também.

— Cadê o restante do pessoal? – quis saber Ângela.

— John está no escritório. George for pedir uma encomenda para Péppe. – respondeu Cora já cortando uma fatia de pão caseiro – Mas logo eles estarão aqui.

Dois segundos depois uma barulheira de crianças e cachorros correndo foi ouvida – Vó Angie! – exclamaram as crianças dando um abraço apertado na mulher, e depois um em Maura também. Em Jane já haviam feito quando a detetive apareceu na sala para chamá-los.

— Oi meus lindos. – disse a mulher feliz – Estava com saudades de todos vocês.

— Nós também. – comentou Henry feliz – Você conheceu nossos irmãos?

Ângela assentiu com a cabeça – Sim, conheci, são lindos como vocês.

— Eles são bem pequenininhos, mas a mamãe falou que eles vão crescer e assim vão poder brincar com a gente também. – comentou Thomaz apontando que queria bolo de chocolate para sua mãe morena Esse meu menino Tom é muito fofo!

— Sua mamãe tem razão, todos nós já fomos pequeninos desse jeito e todos cresceram, e vocês também irão crescer. – concordou Ângela tomando um gole de seu café.

— Pronto, cachorros com ração nova e água trocada. – disse Emma sorrindo – Obrigada Meggie pela ajuda com os cachorros. – sorriu para a menina Você realmente tem tudo para ser uma ótima veterinária!

Regina estava tomando um gole de seu suco de maçã quando Benjamin começou a chorar – Acho que ele também quer tomar café da tarde. – brincou a morena pegando o menino no colo Hora da fome!

— Ben é mais fominha que George mesmo. – constatou Emma sorrindo assim que o menino se agarrou ao peito de Regina Daqui a pouco será George a chorar, eles funcionam como um relógio!

— E não é só aparência que ele é igual a você, Emma. – brincou Jane com a amiga.

— Nem preciso de exame de DNA para provar que são meus filhos. – respondeu a brincadeira, pois no segundo seguinte George que começou a chorar, reclamando de fome Não disse? Preciso como um relógio! Ela se levantou e foi pegar a mamadeira pronta, a esquentando no micro-ondas – Vem aqui comigo, George. – disse pegando o menino e dando a mamadeira – Daqui a pouco eu troco com o seu irmão.

— Cinco... – Ruby começou a contar, e Kathryn a olhou, curiosa. A morena apenas ergueu a mão indicando para ela esperar – Quatro... Três... Dois... Um... – então Samuel começou a chorar, também reclamando de fome – Vem meu garoto fominha, que não pode ver os primos comendo que também quer. – brincou pegando o menino no colo para amamentá-lo.

— Samuel pode até ser parecido comigo, mas tem a fome de Ruby. – disse Kathryn sorrindo ao ver o filho mamar.

— Uma coisa pode ser dita, essa família tem a fome na genética. – brincou Jane se servindo de um pedaço generoso de pão caseiro.

— Com certeza, porque vocês fazem parte desta família também. – disse Emma olhando para a amiga, que mastigava o pão com vontade Essa família é unida por amor e fome! Com certeza Emma!

— Opa que chegamos na hora. – disse George vovô aparecendo na porta, logo atrás John – E olha quem eu encontrei assim que estacionei a pick-up.

— Oi pessoal. – cumprimentou todo mundo – Oi meus netinhos! – abraçou uma criança de cada vez, e então passou para os gêmeos e depois para o último bebê – Oi Sam! – disse fazendo um carinho na cabeça do menino enquanto estava mamando – Café maravilhoso da Eugenia. Que saudade! – se serviu com uma caneca, ele também havia abandonado a xícara – Disso eu sinto falta morando na cidade. – tomou um gole, para depois soltar um suspiro de satisfação – Delicioso como sempre.

— Que bom que vocês estão aqui! – disse George ao se sentar ao lado de Cora, então continuaram conversando até todos terminarem.

— Mãe? Podemos brincar na casinha da árvore? – pediu Júlia com Meghan ao seu lado, toda ansiosa assim como as outras crianças Tomar um pouco de ar fresco fará bem aos bebês e as crianças! Assim como para você também!

— Acho que seria uma boa. – concordou Emma sorrindo Momentos descontraídos são sempre bem-vindos! — Vocês também vão?

— Já estou lá! – disse Jane ao se levantar. Todos também se levantaram e começaram a caminhar para fora da casa, na direção da casinha na árvore. A cachorrada sempre junto ao pessoal.

—SQ-

— Jane chegou, estão lá na fazenda, mas disse que vem jantar aqui conosco hoje a noite. – comentou Vincent assim que viu a mensagem de sua amiga.

— Maravilha! – disse Kiki animada – Vamos terminar de arrumar o que ainda falta, depois vamos ao mercado para que eu possa comprar as coisas para fazer o jantar para eles. – explicou – Quantos seremos no total?

— Jane disse que veio apenas, ela, Maura, Ângela e TJ. O restante ficou preso no trabalho e não virá dessa vez. – leu a outra parte da mensagem.

— Tudo bem. – disse terminando a fileira de livros na estante.

— Ai que essa arrumação da casa não termina mais. – resmungou Vincent – E eu que pensei que não tinha muita coisa em casa. – murmurou colocando as decorações na última fileira da estante – Quando você começa a colocar nas caixa que percebe que tem muito mais quinquilharia do que imaginava. – riu.

— Eu sei como uma casa pode se encher e você não perceber, afinal quando mudei para Boston eu me surpreendi com o tanto de coisas que tinha na minha casa. – disse Kiki arrumando a fileira abaixo da última com porta-retratos.

— Mas enfim, ainda bem que não falta muito. – se animou o homem desenrolando o tapete no chão da sala. Kiki apenas sorriu e continuou a arrumação.

—SQ-

Emma e Jane estavam brincando com as crianças na casinha da árvore. A cachorrada sempre junto, entrando na festa da brincadeira. O pessoal todo sentado na mesa, alguns haviam levado cadeira, uma vez que os bancos não dariam para todos.

— Eu também queria estar brincando. – resmungou Ruby vendo a diversão das crianças e suas duas amigas.

— Eu sei minha morena rebelde, mas você ainda está convalescente. – confortou Kathryn, passando a mão nas costas de sua esposa, com muito carinho – Quando você estiver liberada pelo médico, chamamos todo mundo e você brinca também. O que você acha?

— Já estou contando os dias. – Ruby sorriu abertamente, fazendo o pessoal rir do seu comentário.

— Regina! – chamou Ângela – Eu sei que viemos para visitar e conhecer os bebês, mas como vocês sabem, Vince se mudou para cá, e combinamos de jantarmos com ele e a esposa. Vocês gostariam de vir conosco? – convidou.

— Agradeço o convite Ângela, é muito amável de sua parte, mas teremos que recusar, principalmente assim como Ruby eu ainda estou convalescente. – explicou – Mas combinaremos quando a médica nos liberar.

— Tudo bem. – comentou Ângela – Vocês se importariam de irmos ao jantar então?

— De modo algum. – respondeu Regina pegando Benjamin no colo ao perceber que o menino estava inquieto no carrinho, enquanto seu irmão dormia tranquilamente – Entendemos, podem ir sem problema. Os quartos que vocês ficarão estarão prontos quando chegarem. Além de que convidamos Vincent e Kiki para o jantar amanhã também, e eles aceitaram.

Ângela sorriu e assentiu em agradecimento – Com certeza não faltará oportunidade para reunirmos todo mundo para fazermos um churrasco novamente.

— Por falar nisso, amanhã teremos um jantar com quase todo mundo. – comentou Regina anunciando assim que terminou de ler a mensagem, que havia acabado de chegar e seu celular – Para não ser injusta com todos, não faremos o churrasco como de costume e sim um jantar. Deixaremos o churrasco para quando todos puderem vir.

— Perfeito! – disse Maura sorrindo.

— Essa criançada não é mole não. – brincou a loira ao se sentar, sem fôlego – A bateria delas não acaba. – riu ao ver Rapaz sentando e se encostando em sua perna, também com a língua de fora – Até o Rapaz pediu arrego. Lola coitada, já está morta perto do carrinho dos gêmeos faz um tempão. – riu novamente.

— Então pode achar um jeito de trocar a sua bateria, pois quando esses dois crescerem um pouco mais, você terá mais brincadeira ainda. – comentou Cora sorrindo.

— Eu irei providenciar isso o mais rápido possível. – Emma respondeu em tom de brincadeira – Afinal, esses dois tem cara de que serão mais arteiros que essa criançada junto. – comentou e olhou para sua esposa com um menino no colo e o outro no carrinho dormindo tranquilamente Ah que eu não vejo a hora de vocês crescerem e poder se juntar a bagunça com seus irmãos!

— Emma, acabei de falar para Ângela e o pessoal que amanhã faremos um jantar. – informou Regina com seu filho ainda nos braços, já bem mais calmo – E acabei de receber mensagens do pessoal da construtora, apenas Aurora, Daniel e Killian poderão vir. Kristin teve um imprevisto e está viajando, e Rose está em investigação de um caso. Zelena e família vêm toda. – olhou para sua esposa – Agora é ver com David e Mary.

— Isso eu faço amanhã cedo. – informou a loira fazendo carinho em Rapaz – Mas já havia comentado com ele sobre o jantar, e a princípio ele disse que não tinha nenhum compromisso e que provavelmente poderiam vir também. Mas depois eu confirmo com ele.

— Vai minha morena. – disse Kathryn ao ver a agonia de sua esposa sentada ao seu lado – Sobe a escada e desça pelo escorregador, assim você melhora. – terminou e imediatamente Ruby abriu um sorriso infantil – Pode deixar que olho o Samuel. – completou ao ver sua esposa ameaçar dizer algo.

— Eu te amo. – disse Ruby dando um beijo em sua esposa, levantou rapidamente e foi para a escada da casinha da árvore e em segundos depois estava descendo pelo escorregador – Posso mais uma vez? – pediu com cara de cachorro sem dono.

— Só mais essa. – brincou Kathryn, mas sabia que se Ruby pedisse mais uma vez cederia. Ruby mal subiu na escadinha e já estava descendo pelo escorregador. E foi exatamente o que aconteceu, Ruby pediu mais uma vez e a loira cedeu.

— Satisfeita? – Kathryn quis saber ao ver sua esposa se aproximar.

— Em partes, mas no momento me contento com isso. – brincou Ruby se sentando a mesa. Continuaram conversando mais um pouco, enquanto as crianças brincavam animadas. Até finalmente começar a anoitecer, e por mais que Emma tenha instalado luzes ali no local, resolveram entrar e começar os preparativos para o jantar. As crianças como era óbvio, reclamaram de entrar e TJ mais ainda de ir a casa de Vincent, uma vez que só teria ele de criança lá.

— Vamos jantar todos juntos? – sugeriu Regina caminhando ao lado de Emma, que ia empurrando o carrinho duplo.

— Vó, falta muito para o jantar ficar pronto lá em casa? – quis saber.

A cozinheira pensou – Uma meia hora ainda.

Ruby olhou para Regina – Nos encontramos em casa em meia hora?

— Perfeito, assim dá tempo de todos tomarem banho. – concordou Regina.

— Quero todos lá em casa dessa vez. – anunciou Kathryn olhando para seu pai, que apenas assentiu sorrindo abertamente, então olhou para Cora e George, que sorriram concordando – Vejo todos em meia hora. – assentiram e cada um tomou o rumo de sua casa, para dentro de meia hora se encontrarem na casa de Kathryn e Ruby.

Cena extra de presente para vocês!!

Devaneios de uma mente doida: em um futuro talvez não muito distante... (uma cena que surgiu na minha mente enquanto escrevia a cena de Júlia e Emma tomando chocolate quente... Só não sei se fará parte dos capítulos futuros que virão)

O Valente havia acabado de estacionar na porta da casa da fazenda. Júlia ainda tinha as mãos trêmulas. Os olhos vermelhos pelo choro. Nem se importou de pegar suas coisas dentro do veículo. Assim que fechou a porta saiu em disparada para dentro da casa, a procura de suas mães.

No momento que entrou, o cheiro da casa lhe trouxe conforto imediato, mas não parou a sua procura por suas mães – Jú? – chamou Regina saindo escritório. Os anos havia feito bem a morena, que estava bem mais parecida com sua mãe. Mas sua beleza continuava impecável, seu cabelo agora mais curto, estilo Chanel, todo batido.

— Mamãe! – murmurou Júlia sorrindo entre as lágrimas, e igualmente quando era criança saiu correndo na direção da advogada, a envolvendo em um abraço apertado. Regina apenas envolveu sua filha mais velha em um carinhoso e forte abraço, sentindo Júlia tremer indicando que estava chorando. Júlia agora tinha a altura de sua mãe morena, seus cabelos castanhos até o meio das costas, estavam soltos. Ela ainda estava usando a roupa do hospital. Ela havia se tornado uma linda mulher.

Ficaram assim abraçadas e em silêncio, sendo quebrado apenas pelo choro da médica – O que aconteceu, Jú? – quis saber, mas não teve tempo de ser respondida, pois no momento seguinte Emma, acompanhada de um velho Rapaz surgiu na sala.

— Jú! Está tudo bem? – perguntou entrando esbaforida jogando seu chapéu surrado no sofá e indo na direção de sua filha e esposa. Seu cabelo loiro já não tão grande como outrora, agora estava na altura dos ombros. – Meggie me ligou dizendo que você estava vindo para cá, o que houve? – se aproximou, e no momento seguinte, a mulher soltou a mãe morena e se agarrou na mãe loira, escondendo seu rosto no peito da mulher mais velha. Uma vez que Emma ainda era um pouco mais alta que sua filha – Shh... Está tudo bem. – murmurou contra o cabelo castanho, tentando confortar o tremulo corpo de sua filha – O que aconteceu, Jú? – quis saber, sua voz suave.

— Eu perdi meu primeiro paciente na mesa de operação. – murmurou ao se soltar do abraço de sua mãe, e limpar as lágrimas de seu rosto.

— Ah minha menina grande. – disse Emma passando a mão nos cabelos, de forma carinhosa. Regina passava a mão nas costas da filha, também de forma carinhosa – Isso infelizmente é uma coisa que você irá passar na sua vida profissional.

— Eu sei que você deve ter feito de tudo para que seu paciente não morresse, mas há algumas situações que não está ao seu alcance. – comentou Regina, compadecida também.

Júlia soltou uma longa fungada – Eu sei que essa parte do meu trabalho é inevitável, mas eu achava que estava preparada para isso, e quando aconteceu, descobri que não estava nem um pouco. – comentou puxando seus cabelos, para fazer um coque, os amarrando com um elástico próprio – Tanto que eu mal falei com a família e estava tão atordoada com tudo aquilo que sai do jeito que estava. – olhou para sua roupa do centro cirúrgico – Meu chefe viu a minha situação e me deu dois dias para me recuperar. – explicou.

— Como Meggie ficou sabendo? – perguntou Emma – Pois foi ela me ligou dizendo que você estava vindo para cá.

— Em um lapso de sensatez, eu liguei para ela e avisei que estava vindo para cá e desliguei. – respondeu desanimada ao se lembrar que não falou maia nada – Preciso ligar para ela e esclarecer a situação, pois ela deve estar muito preocupada.

— Vamos fazer o seguinte... – disse Emma, segurando a mão de sua filha mais velha – Vamos para a cozinha, eu faço um chocolate quente para nós, como nos velhos tempos. – sorriu carinhosamente para a menina.

— Como nos velhos tempos. – Júlia suspirou, cheia de saudade daquela época, e assentiu com a cabeça. Deixando-se ser levada por suas mães para a cozinha.

— Então mais calma, você liga para Meggie e explica tudo. – continuou Emma assim que entraram na cozinha.

— Cadê o pessoal? – perguntou Júlia ao perceber que a casa estava silenciosa.

— Os meninos ainda estão na escola. – respondeu Regina ao se sentar ao lado de sua filha, enquanto Emma preparava o chocolate quente.

— Como estão as coisas em Boston? – quis saber Regina, tentando iniciar uma conversa leve enquanto esperavam pelo chocolate quente.

— Estão bem, apesar de corridas. – respondeu Júlia se inclinando para deitar a cabeça no ombro de sua mãe morena – Meggie conseguiu o cargo de gerente da clinica veterinária, ela está toda feliz. Disse que isso irá ajudá-la e muito para quando abrir a própria clínica.

— Com certeza ajudará e muito. – concordou Emma colocando duas canecas a mesa, uma em frente a sua esposa e outra a frente de sua filha. Na caneca de Júlia tinha canela salpicada com canela, assim como a sua. Já a de Regina não tinha canela.

— E você, está se dando bem no trabalho? – quis saber Emma se sentado a frente das duas mulheres – No sentindo de se adaptar as lonas horas de plantão e tudo o mais.

Júlia tomou um gole de seu chocolate quente, soltando um suspiro de contentamento – Não adianta que o chocolate que a Meggie faz é bom, mas não é igual ao seu. – comentou e suspirou mais uma vez – Sim, estou me adaptando, o trabalho é bem diferente quando você passa de residente para funcionário mesmo.

Continuaram conversando tranquilamente – Está melhor? – quis saber Emma, algum tempo depois de estarem conversando e as canecas vazias.

— Sim. Tomar chocolate quente com vocês, sempre me deixa melhor. – respondeu Júlia visivelmente mais calma – Desculpa pelo jeito que cheguei aqui. – começou a se desculpar.

— Não tem problema, só ficamos preocupadas. Mas é coisa de mãe. – comentou Emma sorrindo.

— Por falar em preocupação, acho melhor você ligar para a Meggie. – sugeriu Regina – Ela deve estar muito preocupada com você.

Júlia soltou um suspiro – É o que vou fazer. – procurou por seu celular nos bolsos, então foi que percebeu deixou tudo dentro do carro – Esqueci o celular no carro, já volto. – se levantou e foi a busca do aparelho, dois minutos depois estava de volta e falando no mesmo – Sim, agora está tudo bem Meggie. Estou na fazenda... – fez uma pausa – Não, o meu chefe me deu hoje e amanhã de folga... – um pequeno intervalo – Vou ficar por aqui, tudo bem?... Amanhã estarei de volta... Não, pode deixar, qualquer coisa eu ligo... – fez uma pausa – Eu também. Beijo e até amanhã. – desligou.

— Então? – quis saber Regina olhando para sua filha.

— Tudo explicado. – respondeu a mulher mais nova – Meu quarto ainda existe? – brincou, pois sabia que seu quarto ainda era o mesmo de quando era criança.

— Do mesmo jeito que você deixou da última vez que esteve aqui. – brincou Regina.

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— Eu vou tomar um banho e deitar um pouco, tudo bem para vocês? – quis saber Júlia.

— Sem nenhum problema. – concordou Emma, então olhou para o relógio – Daqui a pouco seus irmãos estarão aqui, melhor você descansar antes que eles cheguem. – comentou, pois sabia a bagunça que seria assim que os mais novos encontrassem Júlia Ah só faltam o Henwy e o Tom!! Mas eles estão na faculdade Emma! Eu sei mente, mas sinto falta deles também!

— Sim, descanse que assim que o jantar estiver pronto te chamamos. – informou Regina fazendo um leve carinho nos cabelos de sua filha.

Júlia apenas assentiu com a cabeça, com um sorriso nos lábios, deu um beijo em cada mãe – Amo vocês. – disse e caminhou na direção do seu quarto.