Stonehenge
Capítulo 4 - Laços
Lucas se sente estranhamente, ele a viu, sorrindo. Ele, todo estranho e complicado, e ela não ligava, simplesmente sorria, sorria... Apesar de vê-la apenas uma vez na vida, ele pôde ver o quanto ela fazia bem pra ele, ele se sentia inabalável, como se cada palavra que saísse da boca dela tivesse um feitiço que o faria sorrir, ele tinha certeza que sempre ia lembrar daquela noite, e assim foi aquela noite, por mais ou menos meia hora, até que Tavares resolveu ir fumar lá fora:
- Gente, eu sei que a conversa ta boa aqui mas eu vou lá fora.
- Vai fazer o que? – disse Kátia
- Ah, vou fumar, alguém quer vir comigo?
- Não – disseram em coro
- Ta bem, eu vou só então.
E ele foi, a uns dois metros ele pôde perceber que tinha uma pessoa parada, olhando para o céu. Tavares simpatizou com esse garoto, pois era incomum encontrar pessoas que no meio de todas aquelas luzes, alguém apreciar a noite e as estrelas, Tavares as vezes tinha a mesma mania. Ele chegou ao rapaz e disse:
- Noite bonita, não?
- Olhe o céu...
- Como você se chama?
- Gustavo, mas sempre me chamam de Vavo, e você?
- Tavares, prazer- e apertaram as mãos, ambos sentiram uma sensação estranha.
- Eu não te conheço de algum lugar?
- Também tive a mesma impressão.
- Hum, eu to ali dentro com meus amigos, quer vir?
- Ah, não, eu não quero ser intrometido.
- Vamos! Eu só conheço uma pessoa direito lá, as outras eu conheci hoje, vamos!
- Eu não quero incomodar
- Não é incomodo, eu quero ser seu amigo, vamos!
- Ta bom, eu vou
E saíram rumo á entrada do stonehenge, até Tavares topar de cara com umcara e derramar o café que ele vinha trazendo, distraído.
- Ô, cara, vê se presta atenção! Tem olhos não?
- Desculpa aê
- Agora eu to todo molhado de café!
- Tu deveria olhar mais por onde anda, sabia?
- Sério, é melhor tu sair daqui senão eu te parto em dois.
- Vem então, tosco. – após dizer isso Tavares sentiu seu corpo impulsionado para trás e, por mais incrível que pareça, foi só um empurrão. Foi tudo muito rápido que Tavares não conseguiu processar a informação, ele tinha pego um soco na cara e caiu no chão, desajeitado. Tavares levantou e partiu pra cima da pessoa que o tinha socado, Vavo segurou ele e depois Lucas chegou.
- Tavares, que foi isso?
- Foi esse idiota aí, me socou sem mais ou menos.
- Ele derramou café em mim e ficou me provocando – Respondeu o estranho.
- Socar ele não vai fazer você ficar seco - disse Lucas em tom de desdém.
- Então vai ter que brigar comigo também, é melhor ir embora, já causou problemas demais. – disse Vavo.
- Eu vou porque eu estou apressado e todo molhado, só quero que saibam que eu vou topar com vocês mais cedo ou mais tarde, aí você vão ver. – E saiu bruscamente
- Droga, você sempre consegue se meter nessas confusões Tavares – disse Lucas.
- E eu tenho culpa?
- Não se preocupem, ele pode ser forte, mas não era três – disse Vavo.
- Quem é você? – disse Lucas
- Ele é um amigo meu – disse Tavares
- Então vem com agente
- Ta bom
Chegando a mesa, as meninas reparam no olho do Tavares, e Vavo foi apresentado e em seguida Lucas explicou o que havia acontecido.
- É melhor eu ir embora, já chega por hoje – disse Tavares
- Então, que tal irmos á praia fazer um bom bundalelê? – Disse Mariana
- Nossa, você é incrível Mari – disse Kátia
- É, pode ser vocês nos ligam – disse Lucas em pelos outros dois. E os três saíram, rumo á casa do Lucas, Tavares com um olho roxo, Lucas preocupado com que o cara disse e Vavo, olhando o céu, Lucas achou interessante essa mania, e decidiu não tentar entender.
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