P.o.v Natasha

Tínhamos acabado de ser atacados, alguns se levantavam do chão machucados, outros consertavam os danos da aeronave.

Olhei pros lados, estava suada e cansada de lutar, me sentei no chão enquanto tentava amarar os cabelos num coque.

—Você está bem?- ouvi uma voz familiar dizer e uma mão grande e forte ser estendida na minha direção, levantei levemente o rosto e era ele, o capitão América.

—Obrigada- agradeci segurando sua mão e senti minhas pernas bambearem, as mãos daquele homem eram tão másculas e seguras, que sensação estranha de se sentir, nunca tinha sentido isso com ninguém depois do Steven, eu até tentei gostar de alguém mas ninguém nunca foi capaz de fazer eu me apaixonar, o Steven ainda era dona do meu coração de todas as formas.

—Vou ver se mais alguém precisa de ajuda- ele disse e se virou andando entre os corredores e me deixando pensativa e confusa, quem era ele? E porque depois de 70 e poucos anos alguém me fez sentir borboletas no estômago outra vez apenas segurando minha mão?

Sacudi a cabeça afastando aqueles pensamentos malucos e também fui atrás de ver se alguém precisava de ajuda.

P.o.v Steven

Tínhamos terminado de colocar novamente a nave em ordem, todos estavam a salvo e nós estávamos numa sala de reuniões para uma reunião que o fury tinha acabado que convocar, eu estava sentado na cadeira com a cabeça baixa e braços cruzados aguardando chegar o resto da equipe quando a porta se abriu, levantei a cabeça e a primeira pessoa que eu vi foi ela,, Natália, a viúva negra.

A reunião começou e eu revezava entre prestar atenção na reunião e prestar atenção na Natália, como ela era linda, como lembrava a minha Natasha.

Sacudi a cabeça e tentei focar apenas na reunião, até porque a Natália era alguém que eu jamais teria coragem de me envolver, pela aparência ela com certeza era algum tipo de descendente da Natasha e eu jamais poderia querer alguém que seja filha ou neta da pessoa que eu mais amei na vida, pra mim seria algo até nojento de se pensar, nós meus sonhos eu queria que a Natália fosse minha neta e não minha namorada.

—Amanhã começaremos os treinamentos aqui na base, por hoje vocês estão dispensados- Fury falou e me levantei da cadeira pra sair porém fui parado pela voz da Natália me chamando.

—Capitão- olhei pra trás. -Você teria alguns minutos? Gostaria de conversar com você- ela perguntou e eu só acenei que sim com a cabeça. -Me acompanha- ela pediu e saiu pela porta e eu a segui, ela nos levou para a zona de pouso e se escorou no batente.

—Olha, não me leva a mal mas até agora eu não tô engolindo essa história que você ficou congelado a 70 anos- ela falou cruzando os braços. -Vai, fala, qual a sua verdadeira história?-

—Vai dizer que nunca ouviu falar de mim? Do capitão América?- falei tentando ser engraçado.

—Na verdade não- ela respondeu seria, -Onde fui criada nos não ouvíamos muitas histórias de pessoas que lutaram na guerra, eu vim conhecer coisas além daquelas paredes ah pouco menos de 10 anos-, ela falou me deixando confuso.

—10 anos? Então você foi criada nesse lugar até quantos anos? 13? 15?- , perguntei divertido e ela continuou me fitando sem soltar um mísero sorriso.

—A pessoa interrogada aqui é voce-

—Tudo bem, me desculpa-, falei e ela respirou fundo, parecia estar impaciente.

—Então você lutou mesmo na segunda guerra?-

—Sim-

—Você conheceu muitas pessoas no exército?- ela perguntou agora com um ar de interessada.

—Conheci, muitas- , respondi e ela se aproximou bem perto de mim, ela era menor e me olhava fixamente nos olhos, eu estremeci como não acontecia há muitos anos.

—Posso te perguntar se conheceu alguém em especial?- ela perguntou ainda me olhando.

—Claro-

—Você conheceu Bucky Barnes?- ela perguntou e minhas pernas perderam a força, será que eles da SHIELD sabiam do Bucky, será que ele ainda estava vivo?

—Sim, eu o conheci muito bem, porque? Perguntei curioso e ela me olhou ainda mais fixo e percebi seus olhos marejarem um pouco antes que ela me fizesse uma segunda pergunta.

—E o soldado Rogers, você conheceu algum Steven Rogers?- ela perguntou e senti o chão sumir embaixo dos meus pés, ali eu tive a certeza de que ela certamente era filha ou neta da Natasha e que a Natasha já tinha falado de mim pra ela.

—Conheci, eu conheci o Steven, era um loiro magrelo?- perguntei e ela finalmente deu um sorriso, olhou pra baixo e quando levantou o olhar eles estavam cheios de água. -Quem te contou sobre Steven e Bucky?- perguntei e ela respirou fundo.

—Ninguém-, ela respondeu secando os olhos. -Eu os conhe…-, ela terminava de falar quando o Clint a chamou.

—Oh viuva negra-, ele chamou num tom de piada. -O helicóptero aqui vai descer agora, quer uma carona logo?-

—Eu vou descer também, tenho algumas coisas pra resolver em casa-, ela respondeu. -Outra hora terminamos de conversar- , ela disse caminhando em direção ao helicóptero.

—Sempre que quiser Natalia-, respondi com um sorriso quando o Clint se virou pra mim, rindo.

—Não é Natália, capitão, o nome dela é Natasha, Natasha Romanoff- ele falou divertido entrando no helicóptero e eu simplesmente congelei enquanto eles decolavam.

—Como assim, Natasha? O nome dela é Natasha? Mas como? Não, isso deve ser algum tipo de brincadeira-, eu falava comigo mesmo enquanto tentava processar tudo aquilo.

Sai dali e fui correndo até a única pessoa que podia me dar notícias verdadeiras.

—Fury, preciso falar com você-, entrei na sala agitado e pra minha sorte ele estava sozinho.

—Claro, qual o problema?

—Qual o nome da viúva negra?- perguntei direto.

—Natasha, Natasha Romanoff-, ele me respondeu como se não fosse nada demais e eu simplesmente cai sentando em uma cadeira, incrédulo, era impossível, alguma coisa não batia.

—Isso é impossível- , falei incrédulo e ele puxou uma cadeira e se sentou de frente pra mim.

—Deixa eu adivinhar, você por acaso conheceu em Nova York uma Natasha Romanoff nos anos 30 que se parecia muito com essa de agora?-, ele perguntou me deixando mais confuso ainda.

—Era igual a ela, só que quando eu a conheci nós tínhamos 15 anos, foi a última vez que a vi, com 15 anos-

—Esculta-, ele respirou fundo e aproximou mais sua cadeira da minha. -Você me acharia louco se eu dissesse que as chances são altas de ser a mesma Natasha-, ele perguntou e eu meu mundo desmoronou, eu nunca me senti tão confuso, foi um misto de esperança e incredulidade, o destino não seria tão bom pra mim a esse ponto, eu não mereceria tanto.

—Diz pra mim que isso tudo é uma pegadinha, vocês estão querendo me pregar uma peça né?- , eu já estava ficando bastante nervoso.

—A Natasha nasceu em Nova York nos anos 30, mas foi mandada a força pelo pai pra um internato na Rússia, onde ela sofreu, apanhou, sofreu abusos psicológicos e físicos pra ser transformada em uma assassina-, ele falava e eu ouvi sem mover um mísero músculo.

—Então como ela tá viva até hoje?-

—Pelo mesmo motivo que você esta-, ele continuou. -Depois dos resultados no soro em você, outras pessoas foram injetas, alguns com bons resultados, assim como você, porém outros não resistiram, so que no meio disso tudo eles desenvolveram uma fórmula especial para mulheres, aumentando sua resistência e longevidade sem afetar sua forma fisica-, ele respirou fundo antes de concluir. -A Natasha foi cobaia dessa fórmula, forçada por sua tutora, é isso a manteve viva e jovem por todos esses anos-

Ele concluiu e eu mal podia acreditar no que meus ouvidos tinham acabado de ouvir, então era ela mesmo? Natasha, a minha Natasha estava ali, viva, perto de mim, será que eu realmente era o cara mais sortudo do mundo?.

—Eu queria ter poupado ela te todo esse sofrimento-, falei triste e o Fury colocou sua mão no meu ombro.

—Ela sofreu muito, conseguiu fugir ah cerca de 10 anos, trabalhou pra pessoas ruins mas agora está com a gente ah 3 anos, fazendo a coisa certa-, ele se levantou, caminhou até a porta se virando pra mim novamente. -Você entendeu o que eu quis dizer com isso capitão?, nós não temos a chance de mudar o passado mas sempre temos a oportunidade de mudar o nosso futuro-

Ele terminou de falar, abriu a porta e saiu, me deixando sozinho com a melhor e mais assustadora notícia que já recebi na minha vida, o destino tinha me dado a chance de mais uma vez encontrar a mulher da minha vida.

—Essa oportunidade eu não vou desperdiçar-

Falei comigo mesmo, me levantei e fui correndo até a zona de pouso e subi no primeiro helicóptero disponível.

—Preciso que me diga onde encontrar a Natasha?- , liguei pro Fury perguntando assim que aterrizei.

Ele me passou o endereço que não era muito longe dali, corri o máximo que pude, era muita adrenalina correndo nas minhas veias, uma sensação que eu nunca tinha sentido antes, parece que minha vida tinha voltado a valer a pena, eu estava eufórico e ao mesmo tempo assustado, mas também estava decidido a não deixar a felicidade escapar de mim dessa vez.

—Tô indo-, escutei ela responder quando parei na frente da porta do apartamento dela e toquei a campainha.

Cada segundo que ela demorava pra abrir era uma eternidade.

—Oi?- , ela abriu e pareceu assustado ao me ver ali. -Capitão? O que você tá fazen..?-, não deixei ela terminar a pergunta é simplesmente a beijei, eu estava louco, provavelmente, louco por ela.

—O que é isso? Você tá maluco?- ela perguntou aos gritos depois de me empurrar, ela estava furiosa e tentou fechar a porta na minha cara.

—Espera, vamos conversar-

—Não tenho nada pra conversar com você não, seu louco, vaza daqui- ela gritava

—Espera, pelo menos me escuta- , eu insistia

—Eu não tenho interesse em nada que você tem pra me falar, vai embora- , ela empurrava a porta e eu impedia que ela fechasse.

—Só dois minutos, eu juro, só dois minutos Naty- , falei e ela soltou a porta com expressão de fúria e susto ao mesmo tempo.

—Quem te disse que meu apelido é Naty? E pior, quem te autorizou a me chamar assim?- , ela cruzou os braços me fitando.

—Ninguém me disse, eu já sabia, e quem me autorizou foi você mesma, você disse que adora ser chamada assim-

—Não por voce-, ela falou grossa me interrompendo.

—Tá bom, então eu já vou, eu só vim aqui mesmo pra me apresentar, porque na base você me perguntou meu verdadeiro nome e não deu tempo de responder-

—Aí você achou mesmo que eu estava tão interessada pra saber seu nome que o certo seria você vir aqui pra me falar? Você sabe que já são 20 horas ne? Eu tô assistindo um filme-, ela falava sem paciência alguma.

—Tá bem, eu já vou entao- , me virei saindo do apartamento dela.

—Otimo-, ela falou debochada fechando a porta com força na minha cara.

—A propósito meu nome é Steven, Steven Rhodes-, falei mesmo com a porta fechada e sorri com o silêncio ensurdecedor que veio do outro lado da porta até que depois de longos segundos a porta abriu dando espaço pra uma Natasha com o olhar assustado e cheio de água.

—Steven?

P.o.v Natasha

Meus ouvidos não conseguiam acreditar no que eu tinha acabado de ouvir, aquele homem lindo na minha frente, alto, forte, ele era o Steven?

—Você é o Steven? Você não é o Steven- , eu falava confusa e ele sorria aquele sorriso que fazia minhas pernas tremerem.

—Sou eu Naty, o Steven, o seu Steven-, ele falava calmo mas eu não conseguia acreditar.

— Mas como? Olha pra você, olha, está alto, forte, você era menor do que eu, como você ficou assim? Não tem logica- , eu estava incredula, no fundo eu sabia que algo me ligava a ele desde a primeira vez que eu o vi, algo nele me atraía, mas ele estava diferente demais.

—O soro, lembra da proposta que eu recebi no exército, quando seu pai te levou eu tomei o soro do super soldado, eu queria deixar de ser o zuado, o mais fraco, eu queria ficar forte e grande pra poder resgatar você onde você estivesse, mas infelizmente eu não pude, eu caí no oceano e fiquei congelado todo esse tempo, e quando eu acordei a primeira coisa que lamentei foi não ter conseguido salvar você, não ter conseguido te poupar de toda a dor que te causaram-, ele se explicava e as lágrimas rolavam no meu rosto.

Me aproximei calmamente colocando meus dedos no rosto dele, eu olhava naqueles olhos azuis e toda minha alma se refletia, eu sentia a luz da minha vida se ascender outra vez.

—Eu pensei que eu tivesse perdido você, foi a pior dor que eu já senti na minha vida-, falei calma e ele colocou sua mão sobre a minha q ainda estava em seu rosto.

—Como eu queria ter te salvado de tudo isso, te poupado desse sofrimento-

Respirei fundo, me afastei ficando de costas pra ele enquanto secava as lágrimas e tentava me recompor.

—Mas não salvou-, falei ainda de costas pra ele e saboreei um pouquinho do silêncio enquanto um sorriso brotava no meu rosto.

—Mas você pode me salvar agora!- , falei puxando ele pra um beijo, um beijo calmo, parecia que nossas almas estavam se reconectando, eu acariciava seu rosto enquanto ele segurava na minha cintura e com a outra mão fechava a porta.

Nós afastamos por poucos segundos e nós olhamos, mas o que tava dentro de mim não tava muito afim de beijo calmo não.

—Eu quero você!- , falei empurrando ele na parede e o beijei, mas esse era um beijo quente, desesperado, dei um salto e ele envolveu minhas pernas na sua cintura enquanto o beijo não parada de esquentar.

Ele foi andando procurando meu quarto enquanto continuávamos a nos beijar, mas o quarto parecia longe demais, então ele passou a mão jogando no chão tudo o que tinha em cima da mesa da cozinha e me colocou sentada em cima dela.

Eu o beijava ainda mais intensamente enquanto tirava sua camisa, meu deus que corpo era aquele, todo traçado, as veias pulsando, virilidade na sua forma mais pura, desci as mãos e abri o zíper da sua calça, ele me inclinou pra traz e levantou meu vestido carinhosamente enquanto beijava meu pescoço puxando com uma das mãos o meu cabelo fazendo eu me inclinar ainda mais.

—Você não faz ideia de quanto tempo eu esperei por isso-, ele falou sussurrando no meu ouvido.

—Eu faço, porque eu também esperei-, falei e ele tirou a alça do meu vestido, tirando um dos meus seios pra fora e o chupando, eu gemia de prazer, até que ele finalmente colocou minha calcinha pro lado e me penetrou, pelos deuses, o que era aquilo? Ele começou a colocar e foi a melhor sensação da minha vida, minhas pernas tremiam, ela tinha cuidado pra não me machucar e ia aumentando a velocidade enquanto me beijava e acariciava meus seios.

O prazer era de outro mundo, eu me sentia domada, possuída, eu poderia ficar daquele mesmo jeito pelo resto da vida que eu estaria satisfeita. Ele foi aumentando a velocidade e eu gemia igual a uma louca com aquele membro enorme dentro de mim, a velocidade e a intensidade eram tantas que eu sentia meu prazer chegando e gozei gritando o nome dele que logo também se derramou dentro de mim.

……

Já tinham se passado duas do momento em que o Steven tinha chegado na minha porta e eu já estava deitada em seu peito, jogada na cama, exausta de ter transado 2 vezes seguidas, estava cansada, mas satisfeita e sorrindo a toa, parecia que finalmente meu mundo caótico estava em paz, agora é torcer pra ele continue assim.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.