Cheguei mais perto de Hayley a ponto de sentir sua respiração se chocando contra minha pele. Eu sabia que ela tinha percebido aquilo, mas não tinha se movido, apenas continuava ali, de olhos fechados. Me aproximei mais um pouco, se é que isso era possível. Eu iria com calma, não que eu estivesse calmo, eu apenas não queria que ela saísse correndo como da última vez.

Eu já me preparava para acabar com nossa distância de uma vez por todas quando Hayley o fez. Ela segurou meu rosto, enquanto eu já tinha minhas mãos em sua cintura a apertando mais contra mim.

Mesmo estando em uma cama, e tão próximos, o beijo não estava rápido e urgente, estava calmo, sem pressa. Me sentei na cama, mas ainda sem separar nosso beijo. Agora Hayley tinha suas pernas em volta do meu quadril.

E ainda sim, o beijo continuava calmo, Hayley tinha suas mão em meus cabelos e eu ainda a apertava contra mim. Depositei beijos em seu pescoço e em sua clavícula quando nos faltou ar. Como eu sentia falta dela. Então, ela levantou um pouco minha blusa. Wow, ela tinha lido meus pensamentos? E, naquele momento, tive a completa certeza que ela estava disposta a esquecer tudo. Isso fez brotar um sorriso em meus lábios.

Então, a ajudei a tirar a minha blusa. Retomamos o beijo, agora, claro, muito mais rápido. Hayley arranha minhas costas de leve, o que me fazia soltas uns gemidos baixos, e a fazia sorrir satisfeita.

“Assim você me mata, Hays.” Disse sussurrando em seu ouvido enquanto beijava e mordia sua orelha de leve.

“Quem disse que não era essa a minha intenção?” ela disse rindo baixinho. A deitei na cama e tirei sua blusa por completo. Fui depositando beijos por todo o seu corpo o que a fez arrepiar.

Me coloquei sobre ela me apoiando com meus braços na cama para não colocar meu peso todo sobre ela. E então “perguntei com o olhar” se ela tinha certeza daquilo. Eu não precisava de palavras, sabia que ela iria me entender. Ela apenas me puxou para mais um beijo enquanto desabotoava minha calça.

[...]

Qualquer pessoa em sã consciência falaria “foi a melhor noite da minha vida.”. Mas, aquela foi a melhor tarde da minha vida.

Ficamos cobertos nos lençóis enquanto eu brincava com o cabelo de Hayley. Hays me olhou com aqueles olhos verdes hipnotizantes, e ficamos assim por um tempo, apenas nos encarando.

“E agora?” ela perguntou ainda olhando para mim, mas agora sem aquele sorriso bobo que ela mantinha no rosto. Suspirei.

“Agora a gente segue em frente.” Entrelacei nossos dedos. “Juntos.”

“Juntos.” Ela sorriu e me deu um selinho de leve.

Ouvimos um barulho de chaves.

“Josh, é a minha mãe!” Hayley sussurrou nervosa.

Saí da cama em um pulo. Coloquei minha calça o mais rápido que pude, e peguei minha blusa. Dei um selinho rápido em Hayley e pulei pela janela. Hm, seria bom, ates de pular a janela, eu ter lembrado que o quarto da Hays fica no segundo andar! Caí me apoiando no meu pé esquerdo. Droga! Que dor! Caí de cara na grama, porque não tava conseguindo ficar em pé direito.

Me levantei me apoiando no pé direito que estava melhor que o esquerdo. Fui pra casa alternando entre pular em um pé só e mancar feito um bêbado. Não sei qual era o pior. As pessoas me olhavam como se eu fosse um anormal.

“Eu caí do segundo andar, poxa!” eu gritava enfurecido toda vez que me olhavam torto, o que deixava as pessoas mais assustadas.

Eu tava me lixando para aquilo, nada estragaria minha felicidade, nem mesmo ter que andar pra casa com o pé quebrado.