Entrei no meu quarto e fechei a porta atrás de mim, andei até minha cama e me joguei nela. Ainda bem que a Alice iria dormir na casa de uma amiga não queria que ela ficasse ali para me encher o saco queria ficar sozinha no meu quarto pelo menos uma vez na vida. A festa do Marcy estava ótima até que eu me diverti bastante, tirando as vezes em que eu vi o Bernardo com a Duda e também das diversas vezes que ele sísmava em continuar em meus pensamentos me atormentado.
Tinha bebido um pouquinho a mais, mas eu estava bem e lúcida. Assim que ele tirou a Bia da festa daquela maneira só porque ela estava ficando com o Théo. E daí se ele era amigo do Bernardo, do mesmo jeito que ele podia ficar com todas as amigas da irmã dele e também com qualquer uma a Bia também tinha esse direito.
Eu não tinha ficado com ninguém não porque ninguém não me quis, mas porque eu não quis ficar com ninguém tinha que manter minha fama de durona ainda mais depois do Bernardo fazer o que fez. Agora eu sabia realmente quem era o Bernardo, na verdade desde sempre eu soube só não quis acreditar. Mas agora a minha ficha já tinha caído e ele nunca gostou de mim, muito menos me amou. Se é que ela saiba o que é amar de verdade!
***
Acordei assustada com o despertador e me levantei em um pulo da cama. Fui rapidamente para o banheiro, eu ainda estava com a roupa da festa e com a maquiagem que estava linda, toda borrada. Me despi e abri o chuveiro, tomei uma ducha rápida e voltei para meu quarto mais rápido ainda. Coloquei meu uniforme, peguei minha mochila e sai do meu quarto.
Encontrei - me com André no corredor e depois de comprimenta - lo déssemos as escadas e fomos até a cozinha, papai já estava de saida para não perdemos a carona pegamos uma fruta e fomos atrás de papai.
Entramos no carro e papai da a partida, ele deveria está atrasado porque não demorou menos de dez minutos para chegarmos ao colégio. Saltamos do carro e nos despedimos cada um seguindo seu caminho. Viro a esquerda e dou de cara com Maria Fernanda.
– Oi Jú! - Diz ela sorridente.
– Oi! - Digo um pouco sem graça.
– Como você pode ver o meu plano deu certo! - Ela diz apontando a cabeça para o portão principal de onde Bernardo entrava naquele exato momento de mãos dadas com a Duda.
– Pois é! - Digo com raiva.
– E o seu querido Bernardo não presta! - Ela diz com ironia.
– Nem sua querida amiga Eduarda! - Digo com ironia.
– É verdade!
Começo a rir, como a Maria Fernanda era idiota, meu Deus! O sinal toca anunciando que as aulas estavam começando. Vou andando junto de Maria Fernanda até a sala de aula, lá nos separamos e fomos cada uma nos assentar em nossos lugares. Vejo Duda entrar na sala e me lançar um olha que dizia: " GANHEI! ". E pelo jeito ela realmente tinha ganhado.
***
POV Bernardo
As três primeiras aulas estavam mais que entediantes estavam péssimas. Mais eu tinha algo muito melhor para pensar do que naquelas aulas chatas. Encostei minha cabeça no encosto da cadeira e fiquei me lembrando da noite anterior na festa do Marcy. Mas eu ainda continuava com a mesma pergunta insistente na cabeça porque eu estava tratando a Duda daquele jeito, ela pra mim era só mais uma como qualquer outra. E meu coração, eu ainda não sabia explicar mas nele parecia que só existia lugar para uma garota e essa era a Anna Júlia! Mais eu ainda estava muito confuso para dizer o que realmente estava acontecendo comigo.
O sinal para o intervalo toca e eu espero todos da sala saírem para que depois eu saísse, não gostava de sair no meio da multidão. Quando todos sairam me levantei e sai também, na porta da minha sala eu dei de cara com a Maria Fernanda, o que ela queria agora? Era só o que meu faltava!
– Oi Be! - Ela diz com um sorriso leve.
– O que você quer? - Pergunto descendo um degrau da escada.
– Nossa, quanta gentileza! - Ela diz com cara de deboche.
– Fala logo não quero perder meu tempo com você! - Digo.
– VI que você está bem interessado na Duda! - Ela diz e sorri.
– Sim! Agora me deixa em paz! - Digo e desço o resto dos degraus.
– Mas eu não posso dizer o mesmo dela. - Ela diz com ironia.
– O que você quer dizer com isso? - Digo começando a ficar nervoso.
– Que tudo não passou de um armação, um plano e você caiu direitinho. A Duda nunca quis nada com você, nunca, entendeu! - Ela começa a rir.
Aproximo - me dela e a seguro pelo braço, a encosto na parede e a olho fixamente nos olhos. Ela ria sem parar de mim.
– Aí! Para com isso você está me machucando seu idiota! Ninguém mandou você se interessar por quem não deveria! - Ela diz me olhando com ironia.
– Cala sua boca! Idiota é você que armou tudo isso e acho que iria cair. Minha filha eu não amo ninguém, não gosto de ninguém. As vezes acho que nem de mim mesmo eu gosto. Então me deixa em paz e vai se ferrar você e suas amiguinhas. - Digo e a solto.
A deixo sozinha e desço o restante dos degraus, escutando em alguns minutos depois um grito alto de estridente.
– Aí!
Vejo Maria Fernanda passar por mim rolando e batendo no portão de ferro bem na minha frente. O que teria acontecido? Eu tinha certeza que não tinha feito nada!
Com o barulho algumas pessoas se aproximaram para ver o que tinham acontecido. Alguns saíram logo em seguida a procura da direção do colégio e eu continuei lá parado a olhando apavorado!
– O que houve? - Escuto Anna Júlia dizer.
– Não sei! - Diz Grazi.
– Meu Deus! - Ela diz com os olhos cheios de lágrimas.
– Por favor gente peço que vocês se afastem dela a ambulância já está chegando! - Diz uma mulher que trabalhava na direção do colégio.
Todos nos afastamos da Maria Fernanda a deixando sozinha com a mulher da direção. Onde aquilo iria parar heim? Tomara que ela não me culpasse pelo ocorrido porque eu não tinha culpa alguma, ela tinha caído sozinha e eu só tinha visto ela caída quando ela bateu com as costas no portão.