POV Anna Júlia
O pátio principal do colégio estava cheio. Todos conversavam juntos fazendo com que ficasse um barulho chato com tantas vozes juntas. Maria Júlia ainda não tinha voltado para o colégio, mas já estava em casa ainda bem. Em pouco tempo com certeza ela já estaria de volta.
– Aí não vejo a hora das férias! - Diz Bia com desânimo.
– Mais as aulas mal começaram! - Foi a vez da Grazi.
– Por isso! - Diz Bia.
Bia para de fala e olha para um ponto fixo, eu acompanho o olhar dela, e o meu também para fixamente em alguém. Alguém que eu não esperava ver ali, não estava nem acreditando no que estava vendo parecia até mentira mais infelizmente não era. Marcy havia acabado de chegar no colégio com Sarah pendurada em seu pescoço. Pelo jeito eles já tinham voltado, ou talvez, nunca tivessem terminado. Pobre Maria Fernanda!
– Eu não acredito nisso! - Digo. - Pelo visto todos garotos desse colégio são farinha do mesmo saco!
– Verdade! - Diz Bia revoltada.
– Vamos para nossa sala! - Digo me levantando irritada.
Não era comigo! O Marcy não era nada meu, ainda bem, mais ele era namorado da minha amiga e ela podia ser o que fosse ter feito o que fosse mais ela era minha amiga, mas o Marcy não tinha o direito de fazer isso com ela. Era sacanagem! Entramos na nossa sala de aula e nos assentamos perto uma da outra. Ficamos conversando.
De repente vejo uma cena super falsa, me deu até nojo. A Sarah entra em sala acompanhada da Eduarda no maior papinho e risadanhas. Reviro os olhos e volto a conversar com as meninas, fazendo o possível para não me levantar e ir até as duas e enfiar a mão na cara delas.
O professor de Geografia entra na sala de aula e eu viro - me para frente e começo a prestar atenção na aula, que estava super chata e desinteressante. Eu não via a hora daquela aula acabar para que eu pudesse ir embora, melhor para que eu pudesse ir até a casa da Maria Fernanda! Precisava contar para ela.
***
POV Maria Fernanda
Respirei fundo e me ajeitei em minha cama. Era a primeira vez depois que havia me machucado que o Marcy vindo me ver. Estava super ansiosa e nervosa. Ouvi batidas na porta e autorizei a entrada. Vejo Marcy entra, ele me olha e sorri sem jeito. Ele se aproxima de mim e se assenta na beira da minha cama, ele me olha profundamente nos olhos e em seguida abaixa a cabeça e diz baixinho:
– Preciso conversar com você!
– Sobre o que? - Digo.
– Sobre nós! - Ele continua dizendo baixinho.
– O que tem a gente? - Digo séria.
– Precisamos acabar com o nosso namoro! - Ele diz e me olha.
– Por que? - Digo brava.
– Eu não quero ser injusto com você Maria Fernanda. Eu não quero sair como errado mesmo eu não estando certo. Mais eu estava fazendo coisa errada e não quero continuar dessa maneira. A Sarah está de volta e eu vou ficar com ela. É isso! Tchau! - Ele diz curto e grosso.
Marcy se levanta e anda rápido até a porta, saindo em seguida. Uma raiva absurda toma conta de mim, e eu começo a chorar desesperada. Como ele podia ter feito isso comigo? Eu tinha feito de tudo para conseguir ter ele. Como assim ele ir me trocar pala idiota da Sarah, e ainda por cima tinha vindo até a minha casa para falar na minha cara que iria me trocar por aquela vaca. Tento levantar - me, mais era um pouco complicado por causa do gesso na minha perna.
***
POV Anna Júlia.
Toco a campainha da casa de Maria Fernanda com insistência. E com muito custo alguém resolve abrir a porta.
– Hoje estamos cheios de visitas! - Matheus diz.
– É. Mais quem estave aqui? - Pergunto.
– Marcy. Ele acabou de ir embora. - Ele diz.
Escutamos um barulho vindo do andar de cima e eu entro na casa dele. Matheus fecha a porta e subimos rápido as escadas. Entramos correndo no quarto de Maria Fernanda que estava caída no chão.
– O houve? - Diz Matheus se aproximando dela.
Escutamos os soluços dela e Matheus com um pouco de dificuldade consegue colocar ela de volta na cama. Ela chorava muito. Nos aproximamos dela que continuava chorando e eu digo:
– O que aconteceu? Porque você está assim?
– Porque o Marcy me largou para ficar com a Sarah! Eu não acredito que ele me deixou por causa dela! Como ele pode ter feito isso comigo. - Ela diz chorando muito.
– Calma amiga! Olha vai ficar tudo bem e...
– Você já sabia que ela tinha voltado? - Ela torna a dizer.
– Bem... Saber eu não sabia, mais hoje ela chegou no colégio acompanhanda pelo Marcy! - Digo.
– Meu Deus! E agora o que eu faço? - Diz Maria Fernanda chorosa.
– Segue sua vida, e aprende a viver sem ele! - Diz Matheus se levantando e saindo do quarto.
E bem nesse momento ela volta a chorar muito. Ela estava desesperada. Eu estava com muita pena dela, sabia o que ela estava sentido eu tinha passado pelo mesmo com o Bernardo e hoje eu vejo que não valeu a pena todas as lágrimas que havia derramado por ele. Na verdade ele não merecia nenhuma! Maria Fernanda coloca a cabeça em me ombro e fico fazendo cafuné nos cabelos dela.
Um tempo depois Matheus entra no quarto dela junto da empregada, ela trazia o almoço.
– Bom já está na minha hora! Vou ir embora! - Digo.
– Não Jú! Não vai embora por favor fica comigo. - Diz Maria Fernanda segurando uma das minhas mãos e me olhando igual cachorrinho que tinha caído do caminhão de mudanças. - Por favor!
– É... Tá bom, eu fico! - Digo um pouco sem jeito.
– Então vamos descer. Você almoça comigo! - Diz Matheus sério.
Eu não sei por que um cara tão gato igual o Matheus tinha que está sempre com aquela cara brava dele. Saio do quarto da Maria Fernanda e vou para o andar de baixo com o Matheus. O acompanho até a sala de jantar.
– Odete coloque mais um prato na mesa, tenho visita! - Ele diz para uma das empregadas.
Querido para sua informação eu era visita da sua irmã e não sua. Ele se assenta e faz um sinal com a cabeça para que eu me assenta - se em uma cadeira de frente para ele. Sento - me e fico o observando. Depois de sermos servidos começamos a comer, eu estava com bastante fome mais tentei ser o mais delicada possível para que ele não pensasse que eu era uma louca esfomeada.
Depois que acabando de comer espero com que ele se levante para que eu posso também me levantar, o que não demora muito para acontecer.
– A Maria Fernanda dormiu! - Diz uma das empregadas.
– É... Então eu acho melhor eu ir embora! - Digo sem jeito.
– Tudo bem! - Diz Matheus.
Ele me acompanha até a porta principal e depois de nos despedimos sigo o caminho para minha casa.