Spider-Two

Capítulo 01 – Quando a aranha me picou. Parte 1.


“Muitos podem ter visto ou ouvido falar sobre este momento. E a maioria deles pode estar enjoada de tanto que este mesmo momento tem se repetido.
Entretanto, toda história possui seu começo; e sem ele, não se pode ter uma história.
Este, porém, será ‘o começo’ bem diferente do esperado; ou nem tanto.
O que importa é que todo início tem seu fim; e todo fim, tem seu começo.
Eis o tal começo, que levou ao fim...”.
***
Peter Parker, um estudante comum. Um garoto cheio de sonhos, ou caraminholas na cabeça. Isto fica a seu critério para decidir. Este jovem vive com seus tios, e ele é sempre atencioso e obediente; um ótimo exemplo de pessoa...
Infelizmente, quanto ao seu círculo social, isto nem chega perto de ser o suficiente. Ele é constante e completamente ignorado ou intimidado por eles. Muitos o consideram um “mané”. Ou retardado. Ou inútil... E eles o julgam por seu jeito de agir e pelo seu visual NERD. Um grave erro à sociedade dos jovens adolescentes populares.
Não que realmente tenha algo de errado em como Peter se veste ou a forma como ele age no cotidiano. O que realmente está errado é a forma de pensar tão maldosa e distorcida da sociedade; comumente atribuída aos jovens “descolados”. Essas pessoas que pensam assim dele seriam os colegas de classe do mesmo.
Claro, não é esse o foco aqui. Mas isto serve para entender um pouco de como Peter vive e de seus pensamentos “vagos”.
É óbvio que fica difícil interagir com gente assim, que prefere olhar para aparência e não para o coração. Certo... Um rapaz franzino que nem mesmo tem grana. O que mais interessa em alguém assim?
Ótimo, este diálogo fica cada vez melhor.
Mas se você olhar de outra forma, Peter Parker não é tão “ruim” assim.
Ele está longe de ser um inútil, ou um ignorante. Muito pelo contrário. O jovem é muito esperto, inteligente e sabe muito bem como agir e o que falar. Muitos anos de intimidação o ‘ajudaram’ nisso. Já que o mesmo é reconhecido como um NERD, não lhe resta muitas saídas, além de “correr e se esconder”, ou “adaptação”. A lei da sobrevivência do mais forte.
Mas Peter também não é um completo antissocial, e possui amigos; mesmo neste colégio. Tudo bem que não são muitos, mas isso já é um começo.
Seu primeiro amigo chama-se Harry. Um “playboy” riquinho e filho de um dos maiores empresários; que também é dono da maior rede de corporações que esta cidade já viu. Okay que a palavra “amigo” seja encaixada somente em “vantajosas situações”, mas isso não retira a premissa de que Harry Osborn é o garoto mais próximo de um "amigo" que Peter tem no colégio.
A outra pessoa mais próxima dele é uma amiga de infância, que há muito tempo está ao seu lado. Não que ela seja uma pessoa "descolada" ou que esteja em melhores “termos” que o Peter, em relação aos demais colegas, mas com ela o pessoal pega mais leve. Seu nome é Gwen Stacy.
Ah...! Não podemos esquecer, de forma alguma. Existe outra pessoa que é um grande amigo para Peter; tal pessoa era do mesmo colégio que ele faz pouquíssimo tempo. O calouro da universidade, Eddie Brock. Ou como Peter sempre o chama: irmão.
Porque falar sobre tudo isso de um garoto comum e que ninguém se importa realmente?
Bom, seria porquê o tal de Peter Parker é este que vos fala? É isso, mesmo. Este sou eu. Não é a melhor das apresentações, e está tão longe de ser algo feito com orgulho. Mas "isso" é o meu mundo.
Eu gosto de ciência, do estudo dos átomos; do quão complexa é a interação entre as moléculas. O real propósito de nossa existência... A base de nossos genomas. Tudo quanto é possível, o que somos e o quanto a matemática está enraizada em nossa vida. E isso não é tudo.
Por eu ser assim, não sou do tipo “popular”. Mas, não tem problema. Pelo menos é isso que eu tive que dizer a mim mesmo todos os dias ao me levantar.
Estou no último ano do fundamental. E hoje promete ser um fascinante passeio pelos edifícios dos laboratórios das Indústrias Oscorp. Sempre tive vontade de conhecer um espaço tão bem preparado e cheio de recursos. Estou curioso e motivado para ir a esta excursão. O microscópio de Elétrons mais moderno de toda essa região vai estar lá. E isso é muito incrível. Eu só espero que o Flash e seu “grupinho” não estraguem esse meu momento. Tudo que eu sempre quis foi levar minha vida sem esses aborrecimentos. Mas a vida não facilita para mim.
Nunca facilitou.
E é isso. Estou prestes a me levantar dessa cama e dar “bom dia” ao meu mundo, que já acordou. E, é claro, para a tia May e o tio Ben.
#Continua...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.