Artemis tinha pensado em como seria beijar Holly Short antes, varias vezes na verdade, ele culpava a puberdade por isso.

Ele gostava daqueles em que lhe dava um beijo de despedida logo antes de fazer um grande sacrifício que salvaria a sua vida (embora se censurasse e se surpreendesse que houvesse um lado dele que tivesse atração por cenários tão melodramáticos e românticos).

Ele gostava também daqueles sem nenhuma trama, que era apenas ela e ele sozinhos em algum quarto qualquer com seus lábios contra os dela e seus braços envolvendo o seu corpo pequeno e o trazendo cada vez mais próximo do dele.

Mas mesmo em seus devaneios juvenis havia uma voz cínica em sua mente que dizia que tais cenários não eram nem um pouco realistas, e os poucos que lhe pareciam realistas eram aqueles em que ele não gostava de pensar, os que não conseguia se controlar e acabava beijando a capitã e ela o empurrava para longe o olhava para ele enojada, ou que não respondia ao beijo e olhava para ele com tristeza e pena.

Mas apesar da sua grande capacidade de imaginação nunca lhe ocorreu um cenário em que Holly o beijasse primeiro, um que ela dissesse que não poderia continuar sem ele, um que as lágrimas de seus olhos fossem de pura felicidade por saber que ele estava vivo.

E ocorreu para Artemis pela primeira vez que talvez realidade podia ser bem melhor do que qualquer cenário que ele poderia criar em sua cabeça, oque de certa maneira era insultante as suas faculdades mentais geralmente tão brilhantes e criativas, mas ali deitado com Holly em cima dele ele estava feliz demais para se importar com isso.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.