Um dos principais objetivos de Angeline Fowl sempre foi que seu filho tivesse uma vida normal, esse foi o motivo pela sua insistência que seu marido legitimasse os seus negócios e passasse a agir do lado certo da lei.

Mas conforme Artemis crescia ficava cada vez mais claro pra ela que a normalidade não era impedida tanto pelo seu ambiente mas sim pela própria personalidade natural de seu filho.

Não era normal um garoto usar ternos o tempo todo ao invés de jeans e camisas largas com desenhos de grafites e números semelhantes aos usados nas camisas de jogadores de basquete. Mais do que isso não era normal um garoto descobrir a existência de uma nova espécie inteligente no planeta e a sua primeira reação ser pensar um jeito de como extorqui-la. E embora ela estivesse um tanto orgulhosa do recente interesse de Arty pela conservação do meio ambiente não era normal um garoto dedicar a maior parte do seu tempo em um projeto cientifico ao invés de sair com amigos para ir ao cinema. E ter uma queda por alguém que sequer pertencia a sua espécie definitivamente não era normal. Angeline tinha objeções quanto todos os riscos e missões, mas para a sua surpresa não tanto com a última parte.

Artemis até que era razoavelmente bom em manter as suas afeições discretas e para a grande maioria até completamente despercebidas, mas tem algumas coisas que uma mãe simplesmente sabe.

Quando Holly aparecia na residência dos Fowls mesmo com o seu costumeiro terno formal ele parecia mais relaxado do que Angeline o via desde sua infância, ele parecia satisfeito de um jeito que não ficava nem após a perfeita execução de um de seus planos. Angeline passou a considerar que talvez normalidade fosse superestimada porque vendo seu filho feliz do jeito que Holly o fazia não havia mais nada que ela poderia querer.

Embora ela ainda mantivesse seus planos de lhe dar jeans no seu próximo aniversário.