Sozinhas sob a mágica

Cosima pensa que talvez haja algo em seu DNA que a impila constantemente a fazer as barreiras pó, a não deixar pedra sobre pedra. Ela sabe que isso é besteira e Delphine — e Sarah, mesmo Sarah — riria se a ouvisse, mas Cosima não consegue evitar. Na tela do seu celular cabelos loiros esvoaçam como gaivotas, e então ela leva seu dedo e move. Um sorriso malicioso como se tivessem acabado de compartilhar uma piada indecente e então é Sarah. Kira descansa nos braços dela.

Pelas duas fotos Cosima sente uma tão forte, avassaladora onda de amor que pensa — há algo de violentamente diferente, mas é amor mesmo assim. E ela sente algo como agridoce liberdade porque é, sim, amor, especial e liberto amor.

Delphine desesperadamente destruindo todas as linhas pela sua vida, lutando por ela; Sarah e seus olhos preocupados da maneira dela, a decisão brilhando de que faria tudo que fosse preciso. Até mesmo — e aí a culpa que Cosima experimenta é borbulhante — colocar Kira em risco.

Tem algo de resplandecente no sentimento. Como a tatuagem que ela, Cosima, mostrou para Sarah, na cama de lençóis vermelhos da casa de Felix, enquanto mal podia respirar. Afinal, Delphine e Sarah são suas Mona Lisa, perfeitas na razão de ouro, misterioso olhar e suave, confortável curvar de lábios.

Porque é genuíno, brilhante, puro amor o que Cosima sente.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.