Castiel: - Charlote, espera por favor.

Eu seguir em frente sem olhar para trás, entrei e fui direto para o “meu” quarto, fechei a porta e minha mãe tinha ido para a empresa que ela trabalha. Deitei na cama, e logo depois Castiel bate na porta do quarto.

Castiel: - Charlote, por favor, abra a porta eu sei como vocês está se sentindo.

Charlote (abrindo a porta): - Não Castiel, você não sabe, você sempre foi rico, viajou, teve tudo do bom e do melhor e eu não, eu me acostumei com o meu canto simples, sem nada tão grandioso, no interior, eu gostava, esse sim era o meu mundo e não a vida de luxo que você quer me dar.

Castiel: - Eu só queria que você compreendesse que eu não escolhi nascer aqui Charlote, eu sei que você está chateada, mas por favor tenta me compreender.

Eu não respondi nada, fiquei calada, entrei no quarto e fechei a porta, deitei na cama e fiquei pensando e acabei dormindo. Acordei e estava tudo escuro, minha mãe entrou no quarto e sentou na minha cama.

Francine: - Filha, já está na hora do jantar, você estava dormindo?

Charlote: - Sim, estava.

Francine: - Pela sua cara aconteceu alguma coisa, brigou com Castiel não foi?

Charlote: - Infelizmente, como a senhora sabe?

Francine: - Eu já passei por isso filha, por que vocês brigaram?

Charlote: - É essa casa mãe, esse estilo de vida, essas coisa não são para mim e eu vou ter que aguentar a cara feia da mãe dele.

Minha mãe me abraçou e disse:

Francine: - Filha, tudo isso é passageiro, eu vou conseguir financiar outra casa com o seguro, vai demorar só um mês, vocês vão se acertar, agora vamos jantar.

Ela deu um beijo em minha cabeça e desceu. Eu a seguir para a sala de jantar e estavam só Castiel na mesa, sentei do lado dele e deu um beijo em sua cabeça, ele olhou para e mim e continuou comendo.

Castiel: - Está melhor?

Charlote: - Estou sim.

Comemos calados, minha mãe ficou olhando para nós nos observando e falou:

Francine: - Não sei o que está se passando, mas não desistam do relacionamento de vocês, essas coisas fazem parte da vida, já passei por isso e eu sei o que vocês estão passando.

Charlote: - Obrigada, mãe, pelo conselho.

Terminamos de comer, minha mãe estava muito cansada e subiu.

Francine: - Olha, desculpe-me, mas eu estou muito cansada vou deitar-me, beijos para vocês dois, juízo está bem?!

Castiel: - Boa noite, senhora Francine.

Ficamos sozinhos, ele olhou para mim e acariciou meu rosto:

Castiel: - Você está bem mesmo?

Charlote: - Estou sim, tenho que estar

Castiel: - É como sua mãe disse, “Isso faz parte da vida”, não se preocupe com isso, tudo vai ficar bem.

Charlote: - Eu sei, só não estava me sentindo à vontade.

Castiel: - O que eu posso fazer para você se sentir à vontade?

Charlote: - Não precisa fazer nada, sou eu que tenho que me acostumar com essa ideia de você ser rico.

Castiel: - Mas se eu puder fazer algo que possa te deixar à vontade, é só falar, está bem?

Eu dei um sorriso, para dizer que sim. Ele me deu um abraço. Subimos e fomos para o quarto dele, deitei e ficamos abraçado, ele ficou acariciando meu cabelo e disse:

Castiel: - Nunca pensei, que eu iria encontrar alguém que eu pudesse amar tanto, como você.

Eu levantei um pouco e disse:

Charlote: - Eu que digo o mesmo, sabe aqueles sonhos de menininhas pequenas, que sonham em encontrar o amor de sua vida, o “Príncipe encantado”?

Castiel: - Sei!

Charlote: - Eu era uma dessas menininhas, que sonhava com esse lindo sonho, que eu pensava que tinha morrido. Quando alguém parte os nossos corações, desejamos que não encontremos mais ninguém, e até mesmo ficamos frias, mas quando eu comecei a me envolver com você, e percebi que te amava, o sonho simplesmente recomeçou a viver dentro de mim e eu vi que você é o amor da minha vida.

Eu nunca tinha visto Castiel chorando, e esse foi o dia. Ele sorriu, a lágrima caiu, ele me abraçou e me beijou várias vezes, deitei, ele envolveu seu braço por cima de mim e caímos no sono. No dia seguinte, eu acordei e Castiel ainda estava dormindo, quando me levantei ele acordo.

Castiel: - Oi, bom dia.

Ele me cumprimentou, pegou meu pulso e me deu um beijo.

Charlote: - Bom dia! Você vai descer agora para ir tomar café?

Castiel: - Não, eu vou primeiro tomar um banho, porque estou com muito calor, porque você não desce primeiro? Depois eu vou!

Charlote: - Está bem, eu vou.

Sai do quarto dele e fui para o meu, mas minha mãe já tinha saído para trabalhar, a cama estava arrumada, então decidir descer, chegando lá estava o pai e a mãe de Castiel, eu sentei.

Charlote: - Bom dia!

O pai de Castiel me respondeu e sorriu, mas a mãe dele como sempre estava de cara feia para o meu lado, apenas balançou a cabeça, fiquei lá peguei pão com geleia, suco, fiquei tomando café até que Castiel apareceu.

Castiel: - Bom dia!

Os pais deles responderam e ele sentou perto de mim, a mãe dele terminou e saiu da mesa.

Benjamim: - Charlote, desculpe-me pela minha esposa, ela é assim de manhã.

Charlote: - Não senhor Benjamim, tudo bem.

O senhor Benjamim tinha terminado seu café e ficou eu e Castiel a sós na mesa.

Charlote: - Tenho que me acostumar com o jeito da sua mãe.

Castiel: - Mas tenha calma que ela vai mudar.

Terminamos de comer, e eu fui para o meu quarto, fiquei lá na varanda olhando a rua e avistei a menininha ruivinha brincando de bicicleta, quando olhei ela brincando lembrei do meu pai me ensinando a andar de bicicleta, levei muitas quedas. Eu não toquei mais no assunto sobre o meu pai para minha mãe, pois ela ainda está se recuperando do acidente, mas nada tira da minha cabeça que ele foi assassinado. Eu lembrei que eu tinha o número do celular do capitão Mackinder, amigo do meu pai, então resolvi ligar.

Cap. Mackinder: - Alô?

Charlote: - Capitão? Sou eu, Charlote.

Cap. Mackinder: - Charlote, minha querida, quanto tempo, como está você e sua mãe?

Charlote: - Estamos bem, senhor Mackinder.

Cap. Mackinder: - Então, Charlote, no que posso te ajudar?

Charlote: - Então, eu nunca perguntei ao senhor sobre este assunto.

Cap. Mackinder: - Prossiga!

Charlote: - Podemos falar pessoalmente? Por celular é mais difícil.

Cap. Mackinder: - Claro, quando prefere?

Charlote: - Hoje à tarde? Na padaria do centro?

Cap. Mackinder: - É claro, estarei lá.

Eu estava ansiosa, eu iria encontrar o homem em que meu pai confiava, eu sei que ele sabe alguma coisa, ele vai ter que me dizer.