Eu tive um susto, foi um grito horrível. A mãe de Castiel estava desesperada, em prantos, eu não sabia o que estava acontecendo. Corri, corri muito rápido em direção ao quarto onde Castiel estava, ele já tinha voltado da cirurgia e eu não sabia. Quando cheguei um enfermeiro estava segurando a mãe de Castiel, parei na porta do quarto onde havia médicos e enfermeiros. Eu olhei em direção a ele que estava tendo convulsões, o aparelho começou a indicar vários pips, um dos médicos gritou “parada cardíaca” eu comecei a chorar muito e corri até ele mas um enfermeiro me segurou também.

Ele se debatia os médicos, preparavam para usar o desfibrilador. O que estava utilizando falou “carrega em 200” e nada, “carrega em 300” o outro disse “não está reagindo mais uma carga” eu não me aguentei e corri até ele mas o enfermeiro me puxou, Helena também correu.

Charlote: - Meu amor não faz isso comigo, não me deixa por favor.

Helena: - Filho, não filho, mamãe está aqui.

Helena estava muito desesperada um enfermeiro retirou ela do quarto. Ela sentou na sala de espera e ligou para o pai de Castiel, e eu estava olhando ele naquela situação e não conseguia parar de chorar, o enfermeiro que estava me segurando também me retirou do quarto.

O médico veio em minha direção e disse:

Médico: - calma minha jovem ele irá ficar bem, conseguimos fazer com que ele reagisse, aplicamos um sedativo e daqui a algumas horas ele irá acordar.

Charlote: - está bem doutor, e como foi a cirurgia?

Médico: - a cirurgia correu bem, demorou um pouco porque ele perdeu um pouco de sangue mas ele irá ficar bem não se preocupe.

Olhei para Castiel e ele estava sedado, com tubos e aparelhos, fiquei muito instável meu coração estava acelerado por medo de perde-lo.

Sai do quarto e fui em direção a sala de espera onde estava a mãe de Castiel. Lá ela estava sentada, com as mãos na cabeça baixa. Sentei do lado dela, alisei seus cabelos, ela olhou para mim com o rosto borrado de rímel, ela parou e me abraçou e disse:

Helena: - Meu casamento está desmoronando, meu filho levou um tiro, meu Deus o que eu faço?

Charlote: - Calma senhora Helena, tudo vai se resolver, tenha fé.

Fiquei consolando ela quando Benjamim chegou.

Benjamim: - O que aconteceu? Cadê meu filho?

Helena se levantou e correu para abraçar Benjamim. Ele a abraçou secamente e disse:

Benjamim: - eu voltei não foi por você helena, repense em tudo o que você fez. Voltei pelo meu filho.

Helena recuou triste com o que ele disse e sentou novamente na cadeira da sala de espera. Benjamim veio em minha direção:

Benjamim: - Charlote onde está meu filho e o que aconteceu com ele?

Charlote: - Ele voltou da cirurgia e teve convulsões seguidos de uma parada cardíaca, mas ele está bem, o médico aplicou um sedativo e disse que daqui a algumas horas ele iria acordar.

Benjamim ficou parado, sentou na cadeira e colocou as mão na cabeça e disse:

Benjamim: - Meu filho gosta muito de você Charlote, pelo que eu vi ele pode fazer qualquer coisa por você, não coloque ele em perigo, nunca o abandone, ele é meu único filho.

Charlote: - não senhor Benjamim não vou abandonar Castiel, a não ser que ele não me queira mais.

Benjamim começou a chorar, eu olhei para Helena e acenei a cabeça para ela ir em direção ao marido dela, ela olhou com receio se ajoelhou perto do marido e o abraçou, ele ficou parado como se estivesse surpreso mas retribuiu o abraço dela, olhei para eles e sorrir porém estava muito aflita querendo ver Castiel. Olhei para o relógio e eram 20:46pm e nada de notícias dele. Helena estava sentada ao lado de Benjamim com as mãos dadas, fiquei muito feliz por eles terem se acertado. Olhei para o relógio novamente e eram 20:48pm, meu Deus essas horas nunca passam. Minutos depois um médico veio em nossa direção eu saltei da cadeira juntamente com os pais dele. Ele nos disse:

Médico: - Vocês estão com Castiel?

Respondemos todos que sim.

Médico: - Está tudo bem com ele porém ele irá ficar alguns dias aqui no hospital, ele já saiu do quarto pós operação para o quarto normal, vim aqui perguntar quem irá ficar responsável por ele.

Os pais deles responderam juntos: - Eu irei ficar.

Olhei para eles e disse:

Charlote: - eu fico, vocês estão cansados, estão perdendo trabalho, eu fico.

Eles olharam para mim e concordaram. Eles foram embora e liguei para minha mãe avisando que não iria para casa por alguns dias. Depois fui em direção ao quarto de Castiel, ele estava deitado dormindo, havia uma poltrona do lado dele, sentei nela e fiquei observando ele, minutos depois ele acordo, olhou para mim e sorriu, eu levantei feliz. Sentei na cama ao lado dele e dei um abraço.

Castiel: - aaaiii (risos) calma estou sensível.

Comecei a chora e ele me abraçou forte e colocou as mãos no meu rosto e ficou olhando para mim.

Castiel: - Ei, ei não precisa chorar, eu estou aqui não estou?! Calma, eu sei que sou uma peça rara e que ninguém quer me perder.

Charlote: - Você é convencido até doente. (risos)

Castiel: - eu te amo sabia?!

Charlote: - Foi minha culpa, você está nesse estado é minha culpa.

Castiel: - Charlote, entende nada disso foi sua culpa, o que aconteceu comigo já aconteceu e ninguém vai mudar, não se preocupa tudo está se resolvendo. Agora deita aqui do meu lado.

E deitei ao lado dele, ele colocou o braço em volta de mim, acabei cochilando e ele também.

Não sei quanto tempo se passou mas acordei com a enfermeira, uma mulher baixa, forte, grossa mas ao mesmo tempo engraçada.

Enfermeira: - Ei mocinha, está achando que aqui é um hotel 5 estrelas? Sai da ai criatura, quer fratura alguma coisa dele?

Castiel: - relaxe tia, foi eu que pedi.

Enfermeira: - tenho cara de ser sua tia garoto? Ainda estou na juventude para ser sua tia.

Ele olhou para meu rosto e sorrimos, ela olhou e disse:

Enfermeira: - Vamos trocar seu soro e descansar, amanhã vamos fazer exame em você bem cedo. Agora ver se você garota não usa ele de colchão de novo.

Ela saiu e ficamos rindo dela.