Narrado pela autora

A medida que o carro se aproximava do local o coração de Regina parecia que ia perfurar seu peito de tão feroz que batia. Era a primeira vez que desobedecia uma ordem direta, que saía da linha ou que contrariava algo imposto por sua mãe. Sempre seguia a risca os desejos de sua genitora e jamais a contrapunha no que quer que fosse. Não lhe era permitido.

Ela saiu não um dedo, mas sim, o corpo inteiro da linha. Seus olhos varriam a paisagem que passava pela janela do carro fazendo sua mente quase explodir de adrenalina. O taxista seguia com o veículo alheio a toda revolução que acontecia no banco de trás de seu taxi e nem se quer reparava nos olhos aflitos da menina que carregava.

Nessa hora, era para Regina estar na fazenda de férias só para moças do internato onde passara a maior parte de sua infância e adolescência, onde iriam aplicar as habilidades que desenvolveram no decorrer do ano e se preparar um pouco mais para suas universidades. Sua mãe prezava a boa educação e disciplina e deixou bem claro para suas filhas, desde sempre, que não era qualquer escola que proporcionaria isso a elas. Por esse motivo as trancafiou naquelas paredes cinzas tão imensas e assustadoras capazes de afogar os desejos do mais tolo sonhador.

Mas no mesmo instante que a limusine de sua família a deixou nos portões que estavam abarrotados de meninas, com suas saias plissadas azul marinho e camisas de botão tão brancas e bem passadas despedindo-se de seus pais, e seu motorista de muitos anos curvou a esquina depois de muito custo, o taxista contratado por Regina chegou.

Não foi difícil para a adolescente fingir sorrisos e entrar sorrateiramente naquele carro amarelo. Entre tantas meninas iguais, ninguém teria tempo de perceber o que ela fizera. Depois do voo de algumas horas para a Califórnia que transcorreu milagrosamente bem, já que ninguém percebeu a falsificação da assinatura de Cora, Regina pegou outro taxi que já estava lhe esperando.

A garota olhava pela janela do veículo, as árvores iam passando pela sua vista depressa. Um embrulho subiu pelo seu estômago. Eram suas últimas férias antes de entrar na universidade e ela queria ter a experiência que qualquer típico adolescente americano tinha, férias de verdade. Alguns dias de diversão sem o peso do seu futuro que estava por vir e das expectativas de sua mãe.

Só de lembrar-se de sua mãe seus estômago doía, ela provavelmente a mataria quando descobrisse, mas como Zelena era um caso completamente perdido para Cora, ela sabia que todas as expectativas estavam sobre ela, ela receberia uma boa bronca, talvez um castigo ou mais restrições, nada muito diferente do que ela já vivia.

Ela seria a responsável pelas firmas de Advocacia Mills. Um futuro brilhante, glorioso, grandioso e provavelmente mais solitário do que ela poderia imaginar, seu maior castigo já havia nascido com ela.

Ela vinha armando essa fuga há meses e completamente sozinha, pois não queria colocar ninguém em apuros. Dinheiro não foi seu problema, ela tinha de sobra. Coragem é o que a atrapalhara mais. Mesmo agora, há quilômetros de distância de onde deveria estar uma parte dela se coçava para pedir ao taxista que desse a volta e voltasse ao aeroporto.

Regina suspirou balançando a cabeça para espantar esses pensamentos. Ela iria para essa colônia de férias. Ela havia pesquisado bem, era a melhor dos Estados Unidos, era só para adolescentes e recebia pessoas do mundo todo. A morena sorriu, conhecer pessoas diferentes, ambientes diferentes era seu maior sonho.

Desde criança sua mãe só lhe permitia brincar com os filhos dos sócios de seus pais, pois eram de sua mesma classe social. Quando adolescente esse contato era mais restrito ainda. Sua escola não incentivava interações sociais, somente o aprendizado. A única coisa lá que lhe salvara depois da saída de Zelena, era sua melhor amiga Ariel, a filha de sua governanta a quem seu amado pai era imensamente grato e prometeu cuidar dos estudos da menina. Era a única exceção para todas as regras impostas a Regina, não que Cora aprovasse, tampouco.

Porém, nem mesmo Ariel sabia de sua última travessura, e olha que a ruiva sabia de cada detalhe da vida de Regina, incluindo sua paixão por tudo referente ao mundo do hipismo, dos cavalos e montarias. Era a única que sabia que o grande sonho de Regina era ser veterinária, e era a única que sabia que a morena fazia aula de hipismo na escola.

E claro, a ruiva também sabia de seu maior segredo, sua reprimida e proibida preferência por garotas.

Regina foi praticamente prometida em casamento a Neal Cassidi depois que Zelena se recusou a casar com ele e saiu de casa. Por muito tempo a garota tentou entender como alguém aceitava ser forçado a casar com uma pessoa que mal conhecia, mas o pouco tempo de contato que teve com o rapaz pode perceber que nada importava para ele além de dinheiro, status e álcool. E no fim, entendeu que ele tinha tanta escolha quanto ela, ou seja, nenhuma.

Só o fato de lembrar-se de Neal fez Regina querer colocar todo seu café da manhã para fora, mas isso lhe deu um animo a mais, ela encararia essa colônia de férias como seu breve grito de liberdade, sua rebelião particular, e nessas oito semanas ela se permitiria viver a Regina que sempre quis ser. E que Cora não a encontrasse antes.

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Emma inspirou profundamente o cheiro do mar, enquanto abria os braços e sentia a brisa amena de Santa Monica rodear todo seu corpo. Era a última vez que viria à colônia que foi alvo dos seus sonhos durante toda infância. O resort ficava a vinte minutos da cidade, metade dele era tomada pelos chalés no meio da mata, lagos e atividades típicas de qualquer acampamento de férias, de outra parte havia o parque aquático e a frente era o lugar preferido da loirinha.

A praia da colônia, com sua areia branca e quente, algumas formações rochosas e os deques maravilhosos tomavam a memória de Emma a maior parte do ano. Para uma garota do Maine, onde a única estação do ano se dividia em fria e muito fria, cujo mar era extremamente gelado e o sol raramente era visto aquele lugar era sua versão de paraíso.

A menina sorriu enquanto tentava gravar na memória cada canto daquela paisagem antes de mudar-se para a selva de pedra que era Nova York e começar a faculdade. Seus pés descalços esfregavam a areia morna. Ruby iria amar estar aqui, pensou. Mas sua avó a obrigou ir para o Canadá com ela. Ia sentir falta de sua melhor amiga essas oito semanas. Nunca ficaram tanto tempo longe. Seu coração deu uma batida diferente, por mais triste que estivesse por sua amiga não estar ali, algo em seu interior lhe dizia que essas seriam as férias de sua vida.

O vento bagunçava seus cabelos loiros os jogando na frente do seu rosto, mas ela não ligava, pelo contrário, fechou os olhos e deixou a sensação de plenitude a preencher.

Deu um sorriso antes de se virar e voltar para o acampamento, Belle já deveria ter chegado e estaria aflita esperando pelas amigas, mas a menina ficará arrasada quando descobrir que Ruby não havia vindo. Ruby era a professora graduada em safadezas e as meninas adoravam suas “aulas” de sexo e ficavam espantadas com tudo que a morena falava, mal sabiam que metade daquilo era pura invenção, mas era diversão garantida, principalmente nos dias de chuva.

Emma passou pelo parque, muitas pessoas já estavam aproveitando o sol. Cumprimentou alguns pelo caminho. Seu chalé ficava em uma parte alta e tinha que passar pelo pátio de entrada que estava uma tremenda confusão de gente chegando, se despedindo dos pais, carregando malas. Estava louca para saber quem dividiria o quarto com elas no lugar de Ruby, e pedia aos céus que fosse alguém bacana porque ela não queria ter que usar seu arsenal de soníferos em ninguém além do necessário, obviamente.

Caminhava distraidamente quando a avistou, saia azul marinho plissada, meia calça, blusa branca bem engomada, duas malas enormes em volta e o mapa do acampamento em mãos, Emma teria rido bastante se o cenho franzido em claro sinal de confusão não estivesse tão bem firmado em seu rosto cor de oliva, e não tivesse tocado profundamente a loira.

Alguém passou com uma mala sobre seus pés e ela saltou assustada juntando os braços ao corpo em sinal de proteção, olhou para os sapatos agora sujos de areia, aquele par de sapatos pretos deve ter custado mais do que a mesada de Emma do ano inteiro e do seu pequeno salário que recebia ajudando Ruby na lanchonete da avó. A loira balançou a cabeça rindo levemente antes de caminhar em direção à garota.

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—Suponho que é a sua primeira vez por aqui. – Uma voz firme e levemente divertida se dirigiu à morena que levantou os olhos do sapato marcado pelas rodinhas da mala de alguém e deparou-se com uma garota loira, cabelos ondulados e um pouco selvagem no meio das costas, olhos verdes zombeteiros, e um sorriso completamente doce.

—Posso saber como descobriu? – Perguntou colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha, seu tom de voz era meio arrogante e deveria ter ofendido a outra, mas a diversão nunca abandonou os olhos verdes.

—Você está aqui parada como se estivesse considerando pra que diabos de lugar você veio – ela olhou nos olhos de Regina e abriu um sorriso mostrando seus trinta e dois dentes abusados - e vestida como alguém que acabou de fugir do convento. – apontou para a morena a olhando dos pés à cabeça - acertei?

—Noventa e cinco por cento certa! – Respondeu contrariada. Resolveu que não queria mentir ou assumir uma postura igual a de Cora Mills, afinal era para o completo oposto que estava ali e no fim das contas ela estava realmente pensando tudo aquilo.

—O que eu errei? –perguntou Emma cruzando os braços presunçosa.

—A parte do convento. – Emma riu e Regina pensou estar começando a adorar o sorriso dela – Isso aqui – apontou para sua roupa – é parte do uniforme do meu colégio, o que devemos usar nas férias.

—Deus me livre e guarde se minha escola me obrigasse a vestir isso e ainda mais nas férias, acho que eu preferia a coisa do convento. – Regina quem riu dessa vez. – Então, em que chalé vai ficar?

—Vinte e dois, mas não tenho ideia de que lado fica como você brilhantemente já percebeu é minha primeira vez aqui.

—Então hoje é seu dia de sorte, porque você está no meu quarto e eu estava justamente indo para lá me perguntando quem ficaria no lugar da minha amiga Ruby que não pode vir esse ano. – Respondeu tirando o casaco fino xadrez que vestia e amarrando na cintura.

—O que está fazendo? – Perguntou a morena arqueando a sobrancelha com curiosidade para o gesto dela.

—Vou te ajudar a levar essas malas, sou uma garota legal. – Disse pegando a mala maior e Regina pode reparar nos músculos de seu braço e rapidamente sentiu suas bochechas corando por isso. – Além do que, você não tem cara de quem costuma carregar suas próprias malas e resolveu trazer todo seu quarto para o acampamento.

—Eu carrego minhas malas tá. – Respondeu muito na defensiva e lá estava aquele sorriso zombeteiro – Ao menos hoje eu carreguei do avião ao taxi. – Regina sentiu-se corar de novo e Emma gargalhou começando a andar.

—Vamos lá fancy girl.– pegou também a outra mala sem dificuldade alguma.

—Você não precisa carregar minhas duas malas. – Disse tentando pegar uma de volta.

—Esse seu sapato não lhe permitirá caminhar e carregar malas sem que você caia ou vire o pé ou qualquer coisa parecida, temos que passar pela floresta e é subindo garota.

—O que tem de errado com meu sapato? – Perguntou ofendida.

—Além dele provavelmente ter custado três meses de mensalidade da faculdade e não ser o mais adequado para andar no meio da mata? – Regina sabia que exibia seu meu melhor bico de contrariada e Emma riu novamente caminhando a frente dela, a morena acabou a seguindo sem discutir mais – a propósito meu nome é Emma.

—Muito prazer Emma, sou Regina Mills. – Respondeu a morena e Emma gargalhou.

—Sério mesmo? Muito prazer, Regina Mills. – Ela continuou rindo da outra e a simpatia que a morena estava sentindo por ela estava quase indo embora – A gente está no meio da mata em um acampamento de férias, não em uma reunião de negócios Regina Mills. – Falou seu sobrenome quase cantando e ela parou de andar. – O que foi? – A loira se virou para a morena quando percebeu que ela não a acompanhava.

—Foi você quem me ofereceu ajuda, você quem quis me mostrar o caminho, e você quem quis pegar minhas duas malas, eu não pedi nada disso, agora, você não tem o direito de ficar zombando de mim. Pode deixar que eu acho o caminho sozinha com as minhas malas. – Pediu autoritária fazendo Emma arquear as sobrancelhas para ela, a garota agia e falava como uma mini senhora de negócios muito mandona.

—Tudo bem. – Ela soltou as malas como se não se importasse nem um pouco com elas. – Eu não estava zombando de você, mas se na sua escola não ensina a ter senso de humor, a culpa não é minha. Se você quiser se enturmar por aqui tem que começar a agir como uma adolescente e não como uma mini senhora de negócios. Esquentadinha. – Pôde a ouvir dizer antes de virar e Regina podia jurar que ela ainda disse algo parecido com ter que usar seu estoque de sonífero, mas a morena podia estar enganada.

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Regina

Mais uma vez naquele dia Emma estava certa. Meus sapatos não eram para caminhar naquele terreno acidentado, eu mal consegui dar três passos antes de encontrar o chão junto com as minhas malas. Minha saia estava cheia de folhas e as mangas da minha blusa branca cheia de terra, praguejei baixinho tentando me limpar e levantar ao mesmo tempo antes de ver uma mão estendida para mim.

Era ela, de novo.

Peguei a mão de Emma e ela me ajudou a me levantar sem dizer uma única palavra ou expressar qualquer reação, ela pegou minhas duas malas novamente e voltou a andar. Várias pessoas passavam por nós carregando suas malas, algumas delas cumprimentavam Emma que respondia animada e depois voltava a ficar em profundo silêncio enquanto andávamos. Afinal, onde fica esse chalé que não chega nunca? O silêncio da loira estava me matando, o que é no mínimo surpreendente, já que prefiro a ele do qualquer conversa fiada.

—Por que voltou? – Perguntei sem poder me conter.

—Sou legal, já disse. – Me respondeu dando de ombros, sem se quer, me olhar.

—Perdoe-me por antes, eu só não estou acostumada com pessoas sendo legais comigo por vontade própria além de minha irmã ou minha amiga Ariel. Geralmente são obrigadas, ou querem alguma coisa. – Tentei me explicar e acabei me embolando nas palavras. Eu não sou uma pessoa muito comunicativa.

—Tudo bem. – E novamente balançou os ombros para mim e eu queria arrancar aqueles ombros fora.

—Eu estou falando sério. – Não sei por que, mas sentia a extrema necessidade de ouvir que minha grosseria tinha sido perdoada, afinal a garota estava carregando minhas malas.

—Estou falando sério também, está tudo ok. – Ela finalmente voltou sua cabeça para trás sorrindo ates de parar em uma varanda e colocar as malas no chão, e eu nem tinha reparado que essa construção estava a nossa frente antes da loira parar. – Bem vinda ao chalé vinte e dois, o melhor chalé desse lugar. – Falou antes de abrir a porta.

Emma

Não sei por que voltei para ajudar aquela garota mal agradecia, talvez seja porque eu realmente tenha exagerado nas implicâncias. Eu devia aprender a segurar minha língua com minhas piadinhas, estava acostumada com Ruby e nós sempre implicamos com as garotas do tipo de Regina na escola. Mas aquelas garotas já eram acostumadas a isso também e às vezes tentavam responder a altura, o que só tornavam as coisas mais divertidas, mas Regina não. Ela realmente se ofendera.

Quando escutei o grito contido de surpresa dela e o leve baque de coisas caindo tive que voltar. Até para cair a garota era graciosa e não fizera muito estardalhaço. E quando a vi tentando limpar aquela saia cheia de folhas fiquei realmente com pena da menina, terminantemente ela não pertencia aquele lugar. Ajudei-a se levantar e carreguei suas malas novamente e acabei por perceber que ela poderia ser uma pessoa legal, afinal ela realmente pediu desculpas, não são todas mini senhoras de negócio que fazem isso.

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Regina

Assim que Emma abriu a porta do chalé uma massa de cabelos castanhos efusiva pulou em seu colo quase a derrubando.

—Sua vaca loira que saudade. – A garota disse agarrada a ela – Estava começando a achar que alguém com seu péssimo gosto para comprar malas estivesse em seu lugar. – Soltou Emma e deu-lhe um beijo estalado na bochecha fazendo a garota corar, Emma não parece ser uma pessoa que demonstra carinho em público. A menina tinha um sotaque completamente carregado, que eu não reconhecia, mas elas pareciam ser amigas. Ao menos a intimidade parecia ser bem grande. Então ela se virou para mim.

—Você não é a Ruby. – Disse olhando para mim me avaliando e eu quase me escondi atrás de Emma. – Ela não é a Ruby. – Disse olhando para a loira parecendo realmente indignada.

—Nossa como você é esperta, se você não tivesse me dito eu nem repararia. – Emma respondeu dando um tapa na testa da outra antes de puxar minhas malas para dentro, e eu pude perceber que as piadas saíam daqueles lábios finos e rosados sem a dona deles ao menos perceber. – Ruby não vem esse ano, a avó dela a carregou para o Canadá – ela disse e a menina ficou visivelmente chateada - Essa é Regina Mills. – A garota voltou seu olhar para mim como se eu fosse a culpada pela tal da Ruby não vir.

—Belle - disse simplesmente sem se demorar muito em mim e eu não sabia se esse era seu nome mesmo, se era abreviação de Isabelle ou qualquer outra coisa, e ela nem disse muito prazer por me conhecer. Não, ela virou para Emma com um olhar de quase pânico que eu não deixei escapar – Vocês já se conhecem?

—Não. – Emma respondeu - Acabei de encontrá-la perdida lá fora e coincidentemente descobri que ela estava em nosso chalé.

—Malfoy? –Perguntou e eu não entendi simplesmente nada.

—Mais para Granger antes do trasgo montanhês. – Emma coçou seu pescoço por entre seus cabelos como se estivesse constrangida e se desculpando ao mesmo tempo. A garota de cabelo castanho somente suspirou. Eu posso não ter entendido nada do que elas disseram, mas entendi que não era bem eu quem elas queriam ali.

—Qual a minha cama afinal? – Perguntei autoritária e meio impaciente, se elas não estavam felizes comigo ali, paciência. Ambas arquearam suas sobrancelhas surpresas para mim e foi Emma quem apontou minha cama, peguei minhas malas e as empurrei até lá com elegância. Sentei na cama a tempo de ver Belle puxando Emma para sair sem me chamar para ir com elas, quando a porta fechou ainda escutei a garota de cabelos castanhos falar, fala sério, que azar. Senti um nó subindo pela minha garganta, parabéns Regina, você e sua incrível capacidade de fazer novos amigos.