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Two worlds (Tarzan) – Doctor Who/ Sherlock


— Você já ouviu falar no grande Sherlock Holmes, não é mesmo? – Clara indaga encarando o Doutor.

— Sherlock Holmes não passa de um personagem fictício criado por um nobre que não tinha nada para fazer. – O Doutor a responde de forma rude.

— Robin Hood também era apenas um personagem fictício, não era? – a garota lhe lança um olhar que só ela sabe, aquele olhar de quem sabe que tocou no ponto fraco do Doutor, ser contrariado e não saber como responder.

— É um caso completamente diferente. Robin Hood só apareceu, porque você o imaginou e seu maior sonho era conhece-lo. – o escocês rebate, mas sabe que a morena não vai parar até conseguir uma visita marcada com o londrino detetive consultor. E ele também sabe que Clara conhece a primeira regra sobre ele. O Doutro mente.

— Eu quero muito conhecê-lo, por favor. Você já deve ter pousado numa época próxima a dele, talvez dessa vez tenhamos a sorte de pousar no apartamento 221B na Baker Street. – os olhos de Clara brilham só de pensar na cena, a TARDIS pousando no meio da sala dele e saindo duas pessoas de lá de dentro. Aquilo com certeza deixaria Sherlock Holmes curioso.

— Ele é rude com as pessoas. – O Doutor tenta um último argumento mesmo sabendo que não irá vencer aquela discussão. Quando Clara Oswald coloca uma ideia em sua mente não há ninguém que a faça mudar de ideia.

— Você também e nem por isso eu viro as costas para você ou te abandono. – dizendo isso ela ruma para os botões da TARDIS os apertando e implorando para que cheguem no meio do apartamento de John e Sherlock.

A verdade era que o Doutor sabia que Clara era uma garota impossível e por isso, muitas vezes, o conseguia deixar sem palavras ou argumentos. Ele sabia que era rude com ela e pensou que se talvez a tivesse tratado melhor, então ela ficaria com medo de encontrar alguém tão rude quanto Sherlock Holmes.

Entretanto ele sabia que ainda assim, ela iria querer ir atrás de William Sherlock Scott Holmes e não havia nada que ele pudesse fazer para impedi-la de ir atrás do único detetive consultor que já existiu.

Seu único medo é cruzarem com o décimo primeiro doutor, acha que isso pode mexer com ela mais do que ele gostaria. Ele teria acabado de se regenerar e iria encontrar Amy Pond pela primeira vez, talvez não fosse uma boa ideia pousar na Baker Street, torce para que a TARDIS resolva mudar a rota.

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— Sherlock! – John grita chamando o amigo.

— O que foi? – Sherlock responde ainda deitado no sofá com as mãos apoiadas no queixo.

— Você já ouviu falar no Doutor, certo? – o ex-soldado de guerra indaga.

— Doutor quem? – o detetive consultor devolve a pergunta.

— Não que o nome dele importe, porque na verdade não importa. Você precisa aprender mais sobre a nossa cultura, Sherlock. Ele é o personagem de uma série que começou em 1963. Mas com tantas coisas impossíveis que nos rodeiam, seria possível que o Doutor existisse? – John divaga um pouco e antes que Sherlock possa responder, uma cabine se materializa no meio da sala tampando a visão que um colega tem do outro.

Sherlock se levanta e anda em volta da cabine de policial, nunca viu essa cabine em Londres, apenas em fotos dos anos 60. Lembra do que John disse e fica imaginando se seria possível, mas para que isso acontecesse, esse tal de Doutor teria que viajar no tempo, o que é impossível, certo?

Holmes e Watson param em frente à porta esperando qualquer movimento, eles já deveriam ter aprendido a correr quando algo assim acontece, mas essa tarefa é do Doutor, ele é quem corre atrás do perigo para salvar a todos. Holmes, apenas corre atrás da aventura.

Quando ouviram um click, se afastaram a tempo de ver uma porta sendo aberta, quem desceu primeiro foi Clara, estava usando uma saia xadrez com uma meia calça preta, uma camisa branca e por cima um suéter preto também. O Doutor saiu logo em seguida, usando um terno e um sobretudo da mesma cor que a calça.

John e Sherlock ficaram os encarando por um tempo, Holmes sabia dizer que ele não era desse mundo e que a menina que estava ao seu lado, era sua amiga. Analisar Clara foi muito mais simples, conseguiu deduzir que ela era professora e que vem acompanhando esse homem há um bom tempo em suas aventuras.

— Me chamo Clara Oswald, prazer. – diz estendendo a mão e cumprimentando os dois rapazes que ainda não tinham dito nada. — Sinto muito por termos pousado em sua sala, mas a TARDIS nem sempre para onde gostaríamos que parasse.

— TARDIS? – Sherlock indaga olhando para aquela cabine. Quem é que dá um nome a uma cabine telefônica? Pergunta a si mesmo.

— Time And Relative Dimensions In Space. – Oswald e Watson respondem juntos, fazendo com que os dois homens usando ternos se encarem por um momento e foi ali que o Doutor percebeu que Sherlock Holmes era mais parecido com ele do que gostaria de imaginar, tinha até mesmo um companheiro que andava junto com ele o tempo todo e o parava antes que fizesse uma grande besteira.

— Doutor esse é o Sherlock, Sherlock esse é o Doutor. – Clara diz alternando o olhar entre os dois.

— Espero que tenham um ótimo motivo para me interromper, senão peço que se retirem e não voltem mais a minha casa. – Holmes responde sem nem pensar duas vezes e John os olha com um pedido de desculpa na face.

— Na verdade, eu queria te ajudar a resolver um mistério. – Oswald responde.

— Você? Olhe só para seu tamanho! E o que é que uma professora poderia fazer para ajudar num caso? – é irônico e ríspido. — Além do que, acho que seu cérebro iria explodir com tanta informação que lhe serão apresentadas. – continua a provocando.

— Não me importo, vou com vocês e depois me diz se meu cérebro explodiu. – dá sua palavra final e John e Sherlock trocam um olhar que diz que não importa o que digam, ela irá com eles.

Clara ruma para a cozinha e fica olhando todos os aparelhos que estão espalhados pela mesa, se direciona a geladeira e antes que possa abrir John vem ao seu encontro e a impede que a abra, ele não quer que a garota veja o saco de olhos que o amigo guarda no congelador, seria um tanto quanto embaraçoso e ainda mais difícil de explicar.

Mas a menina se assusta mais por saber que os dois estão sozinhos na sala, do que com o saco de olhos dentro da geladeira ou as amostras de sangue em cima da mesa da cozinha. Nem mesmo liga para os pacotes de nicotina que estão espalhados pelo balcão da pia.

— Olha, eu não sei quem você é, mas não quero que sua amiga se meta nos meus casos. – Sherlock diz.

— Boa sorte com isso, ela não dará o braço a torcer. Você acha mesmo que eu gostaria de estar aqui? Tentei avisá-la que você não passa de um detetive drogado que não se importa com os outros. – O Doutor responde na mesma moeda.

— Saiba que eu tenho um cérebro extremamente avançado e consigo deduzir tudo que vejo pela frente. — se acha superior.

— Me diga, como é viver com apenas um coração? E eu não posso morrer, sem falar que meu cérebro trabalha três vezes mais rápido do que o de um ser humano comum. – responde com seu típico tom rude, ele podia morrer sim e o cérebro dele não trabalhava três vezes mais rápido, mas em sua opinião aquele detetive metido não precisava saber.

Os dois estavam quase se matando quando Clara e John entram na sala e os separam, antes que possam dizer algo, um homem entre na sala e se senta na cadeira. Diz que sua irmã mais nova desapareceu e que precisa de ajuda para encontrá-la.

Sherlock olha para o homem à sua frente e vê que suas mãos tremem, possivelmente é bêbado, os nós de seus dedos estão roxos e tem uma cicatriz em sua sobrancelha direita, provavelmente já se envolveu mais de uma vez em brigas.

Enquanto isso o Doutor tenta ver se ele não pode ser uma espécie de alienígena que por acaso parou na Terra para tentar conquista-la e veio falar com a pessoa que mais poderia o ajudar a conseguir esse feito. Porque como ele disse antes, Sherlock Holmes não se preocupa com as consequências de seus atos. Mas para ser sincero, nem ele se importava quando estava na nona regeneração.

Talvez seja por isso que não goste da presença do homem de cabelos pertos e cacheados, ele lembra de si mesmo e consequentemente de Rose, o que deixa extremamente chateado, mesmo depois de tanto tempo, ainda dói pensar nela e dói mais ainda saber que ela provavelmente já está morta ou com uma idade bem avançada. Ele não sabia nada sobre o funcionamento daquele Universo Paralelo, talvez o tempo passasse mais rápido ou mais devagar, ele não tem como saber.

— Quando foi a última vez que a viu? – O Doutor quebra o silêncio.

— Que pergunta mais estúpida de se fazer, eles não se falam há muitos anos. Talvez se não fosse pela herança que ela deixaria para ele, esse rapaz nem se importasse com a irmã. A pergunta certa é: onde foi a última vez que a viu? – Sherlock diz.

— Em Brixton. – o homem responde dando de ombros e se levanta para ir embora quando os dois aceitam o caso e dizem que quando terminarem entrarão em contato com ele.

— Não são muitas pistas, não é mesmo? Tudo o que sabemos é que ela estava em Brixton, não fala com a família e tem um irmão bêbado que só importa com a herança dela. Poderia ser qualquer uma, certo? – Clara diz. — E talvez ela nem esteja mais em Londres, correto? – por mais que a dupla odiasse admitir a si mesmos, a garota tinha uma rápida linha de raciocínio.

— Sim, ela poderia estar em qualquer lugar, até mesmo na nossa frente, mas algo em você me diz que é filha única. – John diz.

— Filha única com certeza, mas se ela desapareceu na noite anterior não deve ter ido muito longe, estava um temporal com direito a granizo e vendaval, os aeroportos estavam fechados, barcos e automóveis também estariam fora de cogitação. E os trens não saem e chegam a toda hora, o que significa que ela ainda deve estar aqui. Só precisamos pensar em que lugar. – a morena fala e todos a olham, talvez eles pudessem se tornar um trio.

— Se eu tivesse problemas com a família como ela tem, iria procurar algum lugar em que pudesse relaxar e na mente dessas pessoas, o melhor lugar, são as casas abandonas onde há drogas de muito fácil acesso. – Holmes fala. — Talvez devêssemos começar por lá.

— O nome dele é Andrew Hooper. Será que a irmã dele não pode ser, bem você sabe de quem eu estou falando. – John suspira.

— Impossível, Molly nunca me disse que tinha um irmão mais velho. – o mais alto fala.

— Você também não se lembrava que tinha uma irmã. E se, na verdade ele tiver se esquecido que ela cresceu e já saiu de casa há muitos anos? E se ele tiver alguns problemas de memória por causa do álcool ingerido? Minha irmã tinha. – John discursa.

— O que estamos esperando? É só procurarmos todas as mulheres que tem esse sobrenome, que moram aqui, são mais novas do que ele e chamarmos elas para uma conversa e então perguntamos se elas têm um irmão mais velho chamado Andrew. – Clara lança a ideia e todos, mesmo que a contragosto, concordam.

Eles saem do apartamento depois de terem feito uma rápida pesquisa e descobrir que haviam apenas cinco garotas com esse sobrenome. Cada um vai para um endereço, o Doutor vai atrás de uma tal de Mia, Clara vai falar com a Rose (depois de muita discussão, já que esse era o nome da filha da já falecida esposa , algo que tinha sido recente, do John e o Doutor não iria suportar olhar para uma garota com aquele nome sem se lembrar da sua humana rosa e amarela e Sherlock insistiu em falar com a Molly, ele disse que era de suma importância que fosse ele a conversar com a garota que trabalha no necrotério). John cruza a rua e então chega na casa da garota chamada Amy (o Doutor também se recusou a falar com ela, diz ele que esse nome o lembra de uma ruiva).

— Olá, tudo bem? – John diz assim que a garota loira abre a porta e o convida a entrar, pelo que ele lembra do homem que foi na casa dele, o cabelo dele era preto, mas talvez ela pintasse.

— Claro, a que devo a honra John Watson? – indica o sofá para ele que nega gentilmente.

— Eu queria saber se por acaso, você tem um irmão mais velho. – é direto, o plano era reunir todas elas na sala, mas acharam que perguntar direto seria mais fácil. Se todos obtivessem uma resposta negativa, daí sim as reuniriam.

— Bem, na verdade não. Só um irmão mais novo. – diz e sabe que a conversa se encerrou por ali. Ela vê John levantando, caminhando até a porta, cruzando a rua e entrando em casa.

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— Rose? – Clara indaga assim que bate na porta e vê uma garota ruiva, mais ou menos da sua idade. — Posso entrar? – ela pergunta usando sua melhor expressão de garota pidona, geralmente a usa com o Doutor e funciona.

— Como você sabe o meu nome? Quem é você? – ela faz a menção de fechar a porta, mas a morena não deixa.

— Que falta de delicadeza a minha, me chamo Wendy e já ouvi falar muito sobre você. – a garota sorri e torce para que a dona da casa tenha acreditado em sua mentira.

— Ah, é claro! E o que gostaria de saber. – dá um espaço para que Clara entre em sua casa.

— Só algumas coisas básicas. De quem você puxou a cor dos cabelos? E que idade tem seu irmão? Ele também é ruivo? E seus pais, onde eles moram atualmente?

— Da minha mãe, eu não tenho irmão e meus pais moram nos Estados Unidos. – responde e antes que possa se sentir confusa Clara estende a mão para ela e a aperta.

— Muito obrigada, por hoje é só isso. – se direciona a porta e assim que Rose a fecha começa a correr em direção ao apartamento, que se localiza há três quadras de distância. Nunca sentiu tanta adrenalina de uma só vez e o que ela faz de melhor é correr, em poucos minutos já está sentada na sala fazendo companhia ao John.

— E então? Como foi? – John indaga.

— Filha única e você?

— Irmão mais novo, espero que um dos dois tenham sorte.

— Eu também, mas por que seu amigo só falaria com a Molly?

— É algo complicado, depois que a irmã fez um jogo emocional com ele, ele disse que a amava e ela o respondeu, porém nós sempre soubemos que ela era apaixonada por Sherlock Holmes. E seu amigo, por que ele não quis entrevistar nem Rose nem Amy?

— Também é complicado, digamos que as duas foram arrancadas a força de sua vida e que ele sofre com essas perdas até hoje.

— Acho que somos como uma família então. – John ri do próprio pensamento.

— Uma família de dois mundos completamente diferentes, a única coisa que temos em comum é um amigo mais alto, um tanto quanto rude, inteligente e que adora confusões. – Clara completa.

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— Eu sou o Doutor e tenho uma pergunta rápida para te fazer. – ele diz enquanto a mulher de cabelos castanho-claros está saindo de casa.

— Diga rápido que eu estou com pressa. – diz fechando a porta rapidamente e batendo o pé no chão, como quem mostra um claro descontentamento e pressa.

— Você tem um irmão mais velho? – indaga.

— Só uma irmã gêmea. – ela diz e o empurra para passar, ele pega o primeiro táxi que para e vai para a Baker Street 221B.

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— Molly? – Sherlock indaga enquanto bate na porta de seu apartamento. — Posso entrar?

— Depende, veio aqui para acabar de vez com a minha vida? Porque se for esse o motivo, pode dar meia volta e me esquecer para sempre. – Molly diz.

— Não é por isso. E quando eu disse que te amava, estava falando a verdade. – fala entrando no apartamento da amiga.

— Eu não acredito em você. Sherlock Holmes não é capaz de amar e muito menos de mostrar os sentimentos, aliás você nem sabe o que é isso. Por que me disse aquilo? Foi algum tipo de teste. Eu deveria saber. – responde com raiva e fechando as mãos para socar ele, mas o homem é mais rápido e segura seus pulsos.

— Então eu vou provar que estava falando a verdade, talvez eu tenha demorado para entender o que era que estava sentindo, mas eu entendi. – e terminando de fazer o comentário quebra a distância entre eles e a beija. Molly coloca suas mãos no cabelo que ela tanto desejou tocar e Sherlock leva suas mãos a cintura da moça, é um beijo urgente, mas cheio de novas sensações para ambos, era algo que eles ansiavam por muito tempo. Quando se separam ele diz:

— Tenho uma pergunta para te fazer e por favor não me mate. Você tem um irmão mais velho? – o rosto dela se contorce e ela perde a cor rapidamente, a resposta ele já tinha.

— Te-tenho, mas ele f-foi pre-preso há muitos anos. – gagueja antes de responder e suas mãos estão tremendo.

— Ele veio me procurar hoje dizendo que a irmã dele havia sumido, acho que é o caso de um tratamento psicológico. Obrigado por me ajudar. – ela não sabe o que estranhou mais, ele agradecendo a alguém ou dando um selinho antes de ir embora.

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Quando chega no apartamento os outros três já estão reunidos na sala debatendo quem poderia ser a irmã mais nova do sujeito que havia entrado ali pela manhã. Clara estava dizendo que a mulher que ela entrevistou, não queria dizer nem o nome nem a cor do cabelo, definitivamente não poderia ser a irmã perdida daquele rapaz.

— Podem parar de gastar o seu tempo com isso. Eu já sei quem é e o que deverá ser feito a seguir. Vocês dois já podem ir embora. – Sherlock diz ao Doutor e a Clara.

Mas antes que alguém possa responder algo, um barulho irrompe até a janela e todos se direcionam até lá. O Doutor está parado do outro lado da rua e entrando na casa, algo devia estar errado.

Clara tem vontade de gritar, mas não pode fazer isso. Ela já viajou muito ao seu lado para saber que, se ela o chamar, toda a linha temporal entrará em colapso e ela pode acabar destruindo o universo todo. Talvez valesse apena só para dizer um “adeus” de verdade ao homem que a apresentou ao universo.

— Você sabe que não pode fazer isso. – O Doutor diz enquanto uma lágrima solitária rola por suas bochechas.

— Mas eu sou a garota impossível. – tenta argumentar.

— Não mais, eu, quer dizer a minha décima primeira regeneração a salvou e se você morrer, bem desta vez não poderá voltar. O que a torna uma humana que, se for vista por ele, vai acabar com todo o espaço-tempo.

— Somos uma família, lembra? – John diz tentando acalmar a garota.

— Sim, uma família com dois cabeças duras e dois companheiros, de dois mundos diferentes, mas uma família. Acho que temos mais em comum do que poderíamos imaginar. Acho que está na hora de irmos. Obrigada pela oportunidade.

E antes que qualquer um dos dois moradores da Baker Street pudesse dizer algo, os dois viajantes do tempo já haviam entrado na cabine telefônica que é menor por fora do que por dentro e partido. Os dois foram deixados para trás com o barulho da TARDIS se desmaterializando e o espaço vazio.

Já haviam se acostumado com a nave ali e ainda mais com a presença dos dois, seria difícil esquecer aquelas duas pessoas que pisaram naquele apartamento e os ajudaram a desvendar aquele mistério. A verdade é que eles eram mesmo muito parecidos e que, se saíssem todos juntos na rua, seriam confundidos com uma família. Uma família bem diferente, mas ainda sim uma família.