"Load up on guns, bring your friends, it's fun to lose and to pretend. (...) I'm worse at what I do best, and for this gift I feel blessed."

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Tate tinha acabado de se mudar para a nova escola, foi expulso da outra e de mais uma antes daquela. Sua mãe estava com ele, o levando até o portão.

–Eu poderia ter vindo sozinho.

–Já calsou problemas demais! Espero que dessa vez, só dessa vez, você saiba usar as suas capacidades, ser um garoto normal. - Ele a olhou com um olhar vazio e colocou as mãos nos bolsos do seu sobretudo preto.

–Dessa vez, eu vou fazer a diferença. - Ele disse entre um meio sorriso sombrio e entrou na escola.

Ele percorreu o corredor olhando para todos os lados. Tinha planos para algumas pessoas ali, mas ainda nem as tinha escolhido. Todos os olharam enquanto passavam, alguns curiosos, alguns com maldade no olhar, outros com simpatia. Ele encostou no armário que tinham dado para ele e guardou suas coisas.

–Olha, parece que a Sarah encontrou companhia. - Ele ouviu uma voz feminina dizer enquanto se aproximava e ria. Se virou, mas a garota passou por ele rindo, como se ele não pudesse a ver. Parece que essa escola é mesmo tão podre quanto as outras.

Quando foi para a sala, sem interesse algum, se sentou no lugar mais distante possível. O professor pegou a lista e começou a fazer a chamada.

–Anne.

–Presente.

–Alice.

–Presente.

E assim todos foram respondendo. Ele olhou no rosto de cada um deles e tentou se lembrar dos nomes. Não que se importasse, mas tinha que saber quem ele iria escolher.

–Sarah. - O professor chamou. -Sarah? - De repente a porta se abriu e uma garota entrou. Ela usava lápis preto em volta dos olhos e um batom vermelho queimado, vinho, a verdadeira cor do sangue. Ela usava calça jeans e uma blusa de frio escura, uma bota preta de couro, sem salto, simples. Seus cabelos eram ruivos e ondulados até a cintura, seus olhos eram verdes. O professor a olhou e a chamou novamente, ela apenas levantou um braço e depois se dirigiu para um lugar no canto da sala, no fundo, ao lado de Tate. Essa é a Sarah de quem a garota que passou por mim falou hoje? Decidiu que talvez ela fosse uma das escolhidas. Seria uma pena empapar aqueles belos fios ruivos de sangue de qualquer forma, mas ele só iria terminar com o sofrimento daqueles que gostava, dos que considerava bons o bastante para sair da podridão. E os que estivesse em volta, só para não correr risco.

–Tate. - O professor chamou e ele respondeu com um aceno.

Mais tarde, naquele dia, Tate também decidiu que já compraria as armas. Não sabia quando faria o que queria fazer, mas não demoraria muito, afinal de contas, também iria acertar as contas com o padrasto e mal conseguia olhá-lo, não aguentaria muito mais tempo, mas tentaria esperar.