Capítulo 23.

Pov. Atena.

Estava em meu quarto lendo quando percebi Poseidon entrando. Ele passou para o quarto e parou alguns segundos para me observar. Como não levantei os olhos, o mesmo entrou no banheiro para tomar banho e nada disse. Cecília passará o resto da tarde trancada no quarto e não queria sair de maneira alguma.

Ele demorara a sair como sempre fazia quando pensava. Quando saiu veio direto para a cama, mais rápido que de costume, e se deitou ao meu lado. Não demonstrei que percebi que ele estava aqui e senti seus olhos em mim. Me manti o mais concentrada possível no que lia.

Segundos depois senti mãos em volta de minha cintura e o cabelo castanho de Poseidon apareceu de baixo de livro que lia. Ele me olhou com seus olhos pidões, como Cecília fazia, e tirou os livros de minhas mãos, o depositando no criado mudo.

- Eu estou lendo. – protestei e tentei pegar meu livro de volta.

- Não, eu quero conversar. – retrucou fazendo bico e segurando o livro para que não o pegasse. – Tô carente.

- Você devia ter pensado nisso antes de ter discutido com a Cecília. – briguei colocando as mãos na cintura, o que fez com que Poseidon afundasse o rosto em minha barriga.

- Eu não quero que ela namore. – falou sem se levantar.

- Você a trata como se fosse à caçula, mesmo ela sendo gêmea. E não foi nenhum pouquinho justo ter deixado que a Alice namorar e a Cecília não.

- A Ali me disse que foi fácil proibir a Cici de namorar. – começou levantando o rosto. – Mas não foi nenhum pouquinho.

- O que você esperava? Que ela continuasse como uma criança inocente? – ele assentiu para mim com os olhos suplicantes. Sabia o que ele queria e resolvi afagar seus cabelos. – Você tinha que ter certeza que isso aconteceria, eu também não queria que elas crescessem, mas um dia elas vão ir embora, talvez voltem, mas a sua atitude pode fazer com que a Cecília vá embora antes e nunca mais volte.

- Não quero que aquele moleque tire minha filha de mim, nem um dos dois. – Poseidon retrucou levantando a voz.

- A sua atitude vai fazer com que ele a leve, ou até mesmo que ela peça para que ele a leve. – respondi e Poseidon afundou a cabeça em minha barriga mais uma vez. – Você tem que falar com eles.

Ele não me respondeu e afundou mais o rosto.

- Poseidon eu estou falando sério, se você não tomar uma atitude eu tomo.

- Tá bom. – ele decidiu com a voz abafada. – Eu falo.

Pov. Cecília.

Já não agüentava mais. Desde que briguei com meu pai não sai mais do meu quarto. Alice e minha mãe vieram quinhentas vezes me pedir para descer e, pelo menos, tomar alguma coisa, mas recusei todas.

Eu não sentia fome e meu estomago embrulhava só de pensar em comida. Sentia muita falta de Jake. Alice me dissera que falará com ele e o mesmo ficará muito preocupado.

Nunca havia sentido isso antes e pelo que minha irmã me contará sobre a reação dele, ele também nunca sentira isso e nada me fazia pensar o contrario. Ouvi uma batida na porta e me afundei mais no travesseiro, cobrindo a face com outro travesseiro.

- Vai embora. – gritei com a voz abafada.

- Você querendo ou não, eu não vou embora. – uma voz grossa e conhecida falou.

Não acreditei que seria verdade. Não podia ser quem eu estava pensando. Eu levantei o travesseiro devagar e deixei uma pequena fresta, só o suficiente para ver o moreno parado à frente da porta fechada.

Imediatamente joguei o travesseiro para longe e corri até Jake, que também veio até mim. Pulei em seu colo e o mesmo me apertou em seus braços. Minha cabeça estava em seu ombro e a dele estava em meus cabelos.

- Não deixa ele nos separar, por favor? – pedi me agarrando mais ainda em seu pescoço.

- Nunca. Demorei muito pra descobrir que você me amava e agora não vai ser seu pai quem vai nos separar. Sua mãe me contou que você não comido utimamente.

- Eu não tenho fome. - retruquei.

- Mas eu quero que você coma.

- Não. - protestei levantando o rosto para encarar Jake e fazendo bico.

- Se alguma coisa acontecer com você, só por que não quis comer, eu enfio a comida sua garganta abaixo. - ele falou semi cerrando os olhos.

- Você é um exemplo de namorado. - reveirei os olhos.

- Gostei dessa palavra vindo de você. - respondeu dando um sorriso de lado.

- Eu te amo. – falei levantando o rosto e beijando os lábios que tanto senti falta.

O beijo não foi muito lento, tinha desejo, saudade e principalmente amor. O amor que eu nunca senti antes. Nosso momento foi interrompido quando alguém abriu a porta violentamente.

- Ah! Ama mesmo? – meu pai falou avançando para cima de Jake e o mesmo me soltou para ir de encontro com o deus. – Quero só ver você provar pra mim.

- Eu não preciso mais provar esse amor pra ninguém, a Cecília já sabe disso e isso é o suficiente pra mim.

- Você pode até tentar iludi-la, mas eu não vou cair nesse seu papo furado. – meu pai falou apontando para a face de Jake.

- Não é de hoje que eu sinto isso.

- Você já disse isso pra quantas?

- Você não vai nos separar.

-Ah! Não é? Então vamos ver. – meu pai falou e avançou para cima de Jake, o mesmo não recuou e também partiu para cima.

- Para! – eu gritei e pulei na frente de meu pai. – Você não precisa acreditar que ele me ama, eu acredito nisso.

- Mas você precisa da minha permissão para ficar com esse trouxa.

- Basta Poseidon! – minha mãe gritou na porta. – Eu não quero saber o que esta acontecendo aqui, vocês três vão se calar imediatamente. – ela falou firme.

- Quem deixou esse moleque entrar aqui? – meu pai falou se virando para minha mãe.

- Eu deixei. E você não vai mais dizer nenhum ai. – retrucou minha se aproximando perigosamente de meu pai.

O->

Já deu! Não vou contar mais nada, daqui pra frente só depois. Bjs e vejo vocês no próximo capítulo. Bjs Bêaah.