Capítulo. 19

Pov. Cecília.

Estávamos em casa eu, Alice, meu pai, Lionel, Jacob, Paul e Hefestos. O deus das forjas e os filhos ainda estavam decepcionados, angustiados e magoados pelo fato de terem deixado Calipso com Circe.

Meu pai me colocou sentada em uma poltrona e começou a examinar o corte que estava em minha testa. Ele ergueu a minha franja e começou a olhá-lo.

- Você tem que ir para a ala hospitalar, agora! – ele falou preocupado.

- Mas eu não gosto de médicos. – disse fazendo manha. – eles me apalpam.

- Não interessa. Você vai! – retrucou me pegando no colo mais uma vez.

- Ai! Cuidado. – falei segurando meu braço.

- E você ainda diz que não precisa de um médico.

- Eu disse não gostava de médicos, não que não precisava de um. – ele riu da minha resposta, depositou um beijo em minha testa e foi me levando pelos corredores até a ala hospitalar.

Quando chegamos lá á recepção do lugar estava vazio. A única pessoa que se encontrava era uma ninfa vestida de branco mexendo compulsivamente em seu computador, uma recepcionista que nem pareceu notar que estávamos ali. Meu pai se aproximou do balcão e disse:

- Ei!- chamou a atenção da ninfa, que ergueu os olhos por cima dos óculos. – Ela precisa de um médico agora! – ele deu um de pai preocupado mais uma vez.

- Só um minuto Lorde Poseidon, eu já volto com ele. – ela respondeu e deixou o que estava fazendo entrando por um corredor.

Minutos depois ela apareceu novamente, sem fôlego, se apoiou na soleira da porta e disse:

- Por favor, me acompanhem.

Meu pai não pensou duas vezes e a seguiu. Ambos davam passadas largas pelos corredores até que chegamos a frente à sala 14. A ninfa abriu a porta, deu espaço para que entrássemos e voltou a seus afazeres.

-Por favor, a coloque na maca. – O médico falou para meu pai. O mesmo não hesitou e fez o que doutor pediu. – O que aconteceu com ela?

- Ela foi seqüestrada. – Meu pai falou hesitante.

O médico arregalou os olhos e escreveu algo em uma prancheta.

- Vamos ter que fazer alguns exames e, com certeza, vamos demorar– o doutor falou para meu pai.

- Tudo bem. Eu vou avisar para sua mãe que chegamos e depois eu volto. – ele disse, depositou um beijo em minha testa e saiu.

O médico se aproximou de mim, começou a me perguntar onde doía e, conseqüentemente, a me apalpar. Isso era abuso, eu tinha sido seqüestrada, vim ao médico para me cuidar e ele me apalpava, bulling com a minha pessoa.

O doutor pegou uma caixa de primeiros socorros que estava ao lado e limpou todos os meus ferimentos expostos. Era um testa, outro no um palmo abaixou do meu ombro e um dois dedos abaixo das minhas costelas. E nada dos meus pais super preocupados chegarem. Pô eu estou surtando aqui!

Ele disse que me levaria até a sala de radiografia para checarmos se eu não tinha nada quebrado. Dois sereianos empurraram a minha maca até a tal sala, se colocaram em outro tipo de maca, aquelas de tirar raio-x e me radiografaram inteira, dos pés a cabeça.

Esperei uns vinte e as radiografias ficaram prontas. Eles me colocaram novamente em cima da minha maca e fizeram o mesmo percurso até a sala do médico que me atendera. O mais engraçado é que não havia nenhum paciente naquela ala.

Chegando à sala meus pais estavam lá a minha espera. Minha mãe chorava silenciosamente nos braços do meu pai. Ela ficou aliviada quando meu viu e também veio depositar um beijo em minha testa.

- Ela não teve nenhuma fratura. – o médico começou após ter examinado as radiografias. – Mas tem acumulado poderes que não são dela. Se não me engano, são feitiços. Ela ficará sonolenta por algumas horas e precisa beber muita água para melhorar.

O doutor deu as ultimas instruções e me levaram direto para meu quarto.

- Você não quer comer nada? – minha mãe falou.

- Não, eu quero dormir um pouco e depois eu como. – falei com os olhos pesados e me aconchegando na minha cama. Só me lembro de ter recebido mais beijos e adormeci.

Pov. Calipso.

Mais uma vez eu estava presa. E na mesma gaiola que eu fiquei da primeira vez que Circe prendeu a mim, Percy, Annabeth, Thalia e Nico. Só que dessa vez sozinha. Aquilo, tirando o lado trágico, era irônico. A terceira vez em que aquela víbora me prendia e eu fazendo o papel da donzela indefesa. Completamente irônico.

Alguém entrou pela porta, silenciosamente. Não identifiquei devido à luz fraca do lugar. Quando a pessoa chegou mais perto percebi que se tratava de Luca.

- O que você quer. – falei secamente.

- Te ajudar. – ele me respondeu inocente.

- É cúmplice da mulher que esta tentando acabar com a minha vida mais uma vez e ainda tem a cara de pau de vir me dizer que só quer ajudar. Tsc, eu não nasci ontem moleque.

- Como assim, mais uma vez? – ele perguntou se apoiando na gaiola.

- É longa história. E eu não tenho a mínima vontade de te falar.

- Tudo bem então. – respondeu se distanciando da gaiola. – Isso é pra você. – completou jogando um pequeno frasco em meu colo.

- O que é isso? – disse pegando o objeto e o analisando.

- É uma poção de cura. Circe já usou o que precisava e eu peguei para você. É o suficiente para melhorar até amanhã.

- Você acha que eu vou cair nesse seu jogo sujo. – só não joguei o frasco no garoto, por que estava sem forças.

- Você é quem sabe se vai tomar ou não. Eu estou tentando te ajudar, mas não posso te obrigar a fazer nada. – Luca respondeu indiferente e saiu da sala em que estava.

Fiquei observando o frasco em minhas mãos. Como posso acreditar que ele está falando a verdade sendo que traiu os próprios pais. Abri o objeto e cheirei o liquido, para checar se era mesmo uma poção de cura.

O->

Há, vão ficar só na curiosidade. Eu confesso, o Pov. Cecília foi só enrolação, sem inspiração aqui.

Tenho novidades para vocês. Eu estou escrevendo uma fic nova, só que essa é só minha. Vou deixar o link para vocês e depois quem quiser vai lá dar uma olhada, e por favor comentem. Bjs Bêaah.

http://www.fanfiction.com.br/historia/160652/Trust_Me.