Capítulo 12

Pov. Calipso.

Senti minha cabeça doendo e algo escorrendo pela minha testa. Abri os olhos, minha visão estava escura e tudo girava. Pude perceber que algo me mantinha suspensa no ar. Fechei os olhos novamente. Quando os abri tudo voltará ao normal.

Olhei a minha volta percebendo que não estava mais em casa, muito menos no Olimpo. Era um lugar que me parecia familiar, tinha uma vaga lembrança de que já estivera lá.

Ergui minha cabeça e vi meus braços presos por correntes, pude sentir que estava ajoelhada em um gramado.

A minha direita um rebanho de carneiros pastava, uma garota, de pele morena e cabelos negros, tomava conta dos animais. Outra menina, muito parecida com a que olhava os carneiros, andava com um cesto em mãos em direção a uma arvore, onde algo grande e escamoso estava. A minha estava frente uma nascente com uma bebida dourada.

Abaixei minha cabeça e fechei meus olhos com força, como se aquilo tudo fosse um sonho, como se, quando eu abrisse os olhos novamente, tudo teria voltado ao que era antes. Onde estou? O que aconteceu comigo?... Meus pensamentos foram interrompidos assim que senti que a luz do pôr-do-sol que me atingia sumiu.

Abri os olhos e levantei a cabeça. Uma mulher estava a minha frente com um sorriso satisfeito nos lábios, ela estava às mãos na cintura, me olhou de cima abaixo e disse.

- Olá querida! – ela disse “querida” entre dentes – Não nos vemos há algum tempo e olhe em que situação você chegou. Que decepção. – ela falou balançando a cabeça negativamente.

Pov. Jacob

- Poseidon, você sabe se Calipso está aqui em Atlântida? – Meu pai falou fitando desesperado Poseidon e Atena.

- Não. Eu não senti a presença dela por aqui, mas por quê? – ele respondeu franzindo o cenho.

Meu pai não respondeu nada. Ele passou as mãos no cabelo demonstrando preocupação e se sentou a uma poltrona. Alice e Cecília entraram no escritório sem entender o que acontecia. Eu e Paul estávamos em pé ao lado de nosso pai.

- Hefestos, o que aconteceu com Calipso? – Atena falou pausadamente, mas sua fisionomia continuava calma.

- Ela sumiu – ele respondeu apoiando o braço na poltrona. – Nós a procuramos em todo lugar. Ela não está no Olimpo, até falamos com Hades, mas ele também não a viu. Só nos sobrou aqui.

- Há quanto tempo ela está desaparecida? – Poseidon falou também demonstrando preocupação.

- Hoje à tarde. – meu pai respondeu.

- Eu posso tentar te ajudar a procurá-la, mas não garanto que a acharemos tão rápido. – Poseidon respondeu se sentando e pegando um mapa.

- Acho que vamos demorar a encontrar alguma pista. – Atena falou – Se vocês precisarem de alguma coisa podem falar com Zachary ou Annie.

Eu e Paul assentimos e resolvemos que talvez fosse melhor sairmos e deixar que eles resolvessem o que seria melhor. Eu conhecia o palácio de meu tio, já estivera lá algumas vezes e Cecília me mostrará alguns lugares. Fui direto para os jardins, precisava tomar um ar.

Andei por entre as flores que haviam lá (n/a: Gente eu sei que isso ficou muito gay, mas ele está num jardim, não julguem o coitado, ele já está sofrendo de mais não acham?) até um pequeno caramanchão e sentei-me em um banco. Queria que tudo que estava acontecendo fosse um sonho, em que eu tinha que acordar. (n/a: não o julguem de novo, ele está sofrendo.)

- Jake. – ouvi alguém me chamar.

Virei-me e vi Cecília parada na entrada do caramanchão com os braços cruzados. Ela ficava linda quando a luz do por do sol, refletida na água, a atingia.

- Eu posso conversar com você? – ela falou olhando em meus olhos.

- Sim. – falei.

Ela andou até mim e se sentou ao meu lado no banco.

Pov. Cecília

Sentei-me ao lado de Jake. Estava com um nó na garganta precisava muito falar com ele, mas não sabia que palavras usar.

- Desculpe. – falei por fim de cabeça baixa. Não conseguia olhá-lo nos olhos,mas sabia que ele me olhava.

- Te desculpar pelo que? – ele falou.

- Por ter falado o que eu disse mais cedo. – eu ainda estava de braços cruzados e não conseguia encará-lo. – Eu não pensei muito bem antes de falar. Não queria tomar uma decisão do nada, muito menos com a Afrodite me pressionando. Também não tenho certeza do que eu estou sentindo e não quero te magoar.

- Ei! – Jake disse segurando meu queixo, me obrigando a olhá-lo nos olhos. – Eu te desculpo por ter dito tudo o que você falou, eu também não queria tomar uma decisão daquele jeito.

Aquilo foi o suficiente. Ele não precisava me dizer mais nada. Minha única reação foi abraçar seu pescoço e beijá-lo. No começo ele não correspondeu, por estar surpreendido com a minha atitude.

Naquele momento, éramos só eu e ele. Eu só prestava atenção nos seus lábios macios, no seu abraço quente, onde me sentia protegida, e na batida acelerada em que estava seu coração, assim como o meu.

- Eu acho que te amo. – eu disse depois que nos separamos por falta de ar.

Jacob não respondeu nada. Só sorriu. E seus olhos estavam brilhando de uma maneira que era impossível de descrever, parecia feliz e aliviado, e ao mesmo tempo preocupado. Ele me pegou em seus braços e me colocou sentada em suas pernas, para que nós nos beijássemos mais uma vez.

- E agora? O que nós fazemos?- ele falou quando nos separamos.

- Talvez, seja melhor nós não contarmos para ninguém e ai descobrimos se estamos fazendo a coisa certa. – falei colocando a mão em seu rosto e acariciando sua bochecha.

- É. Você tem razão.

- Eu sinto muito pela sua mãe – falei me lembrando do que tinha acontecido.

- Vamos fazer de tudo para achá-la o quanto antes. – ele me respondeu suspirando.

Eu não disse nada e o abracei o mais forte que pude.

- Acho melhor nós irmos, antes que comecem a nos procurar. – sussurrei em seu ouvido.

- Eu não acredito que vamos ter que entrar separados. – ele se lamentou me colocando no chão.

- É só por um tempo, fica calmo. – disse saindo do caramanchão. – Daqui a pouco nós nos vemos de novo.

Quando ia saindo senti Jake pegar em minha mão e me puxar de modo que nossos corpos se chocaram. Ele abraçou minha cintura e me beijou, eu só consegui levantar minha mãos até sua nuca e puxá-lo cada vez mais para mim.

- Eu vou voltar e nós só vamos nos ver de novo lá dentro. – eu disse empurrando seu peito para sair de abraço.

- Vê se não demora. – ele me respondeu me soltando.

Nós fomos cada um por um caminho. Jake voltou pelo mesmo que veio e eu fui por trás. Não conseguia tirar o sorriso bobo do rosto. Só conseguia pensar em nós dois juntos. Quando dei por mim já estava no palácio andando pelos corredores sem direção.

De repente senti um braço passar pela minha cintura e um pano úmido tampando minha boca e meu nariz com força. Tentei protestar batendo com meus braços contra o corpo que me segurava.

Mas minha força foi diminuindo, minha visão foi ficando turva, minhas pernas bambearam e meus olhos foram ficando pesados. Repentinamente eu não tinha mais forças para lutar e acabei apagando.

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Eu admito, o pior capítulo de todos.

Ah! Eu já ia me esquecendo mais uma vez. No capítulo em que foi anunciado os poderes da Cecília, da Alice, da Melanie, do Paul, do Jacob e do Lionel, a Rafa esqueceu um dos poderes do Jake e do Paul, eu já coloquei lá viu! Se quiserem, podem ir lá dar uma checada. Bjs. Bêaah.