Capítulo 6

Seu Hermes então começa a falar sobre a TerraModa
— Então, doutor a empresa que o senhor criou está evoluindo bem?
— Sim, seu Hermes. A Betty me mostra os relatórios atualizados da empresa, vocês estão fazendo um ótimo trabalho.
— Somos pagos para isso, doutor Mendoza. E eu faço pela Betty, porque ela trabalha o dia todo, fazer ela trabalhar em casa seria injusto, o senhor não acha? Nicolas diz ironicamente. Ele está se sentindo incomodado com o Armando ali na casa de Betty.
— Sim, Nicolas você tem razão. Que bom que ela tem um ótimo amigo, que a ajuda em tudo, até em assuntos pessoais. Armando devolve a alfinetada de Nicolas.
— É meu dever proteger ela, afinal de contas ela é como uma irmã para mim, mesmo que muitas pessoas não acreditem e magoem ela. Nicolas olha diretamente nos olhos de Armando e vê que o mesmo se assustou.
Armando ficou em choque, não sabia se era uma ironia ou se ele realmente sabia do plano. Ficou branco, nervoso e demorou a responder, até que seu Hermes se manifesta.
— Não estou entendendo o seu mau humor, Nicolas. Está agindo assim com o doutor por que? Ele que paga seu salário, seu saco sem fundo. Se ele te mandar embora, como você vai fazer? A padaria da sua mãe não te paga o suficiente. Ainda mais para aquela secretaria loira que você é apaixonado. Nessa hora, Nicolas fica vermelho de vergonha como o seu Hermes fala de Patrícia na frente de Armando? Armando ao contrário, fica vermelho para conter a risada
— Seu Hermes, o senhor também não sabe ficar quieto. Sempre fala demais. Diz Nicolas comendo e tomando seu suco.
— Eu já vi você beijando essa foto várias vezes, até parece que ela ficaria com você se você ficasse mais pobre ainda jajaja. Armando se diverte com a cena
— Ela é meu sonho e eu ainda vou realizar, vou realizar. E beija a foto, sem se importar com a presença de Armando.
— Mas essa é a Patrícia Fernandes, secretaria da ecomoda. Ela que é seu amor platônico? Pergunta Armando caindo na gargalhada, seu Hermes também não fica atrás e também ri.
— Sim, ela mesma. Minha Paty. Diz Nicolas olhando para a foto dentro de seu paletó
— Nicolas, essa mulher não ama a si própria, só ama o dinheiro das pessoas. Ela é melhor amigo da minha no.. noiva e eu nunca vi ela sem estar com dívidas. Ela traiu o meu melhor amigo com o meu cunhado. Fingiu estar grávida para pegar dinheiro dos dois. Armando diz para zoar Nicolas, mas no fundo fica com pena.
— Mas comigo vai ser diferente, porque eu sou o homem da vida dela. Diz com muito orgulho.
— Mas ela nem te conhece, buraco sem fundo jajaja. E se conhecer não vai te querer, ainda mais depois de ver como você come. Diz seu Hermes encarnando o menino.
Nesse tempo, dona Júlia já tinha se levantado e ido falar com Betty e os deixou conversando.
— Betty, você já está bem para ir com seu chefe a essa reunião? Pergunta preocupada pois vê que a filha não está bem
— Sim, mamãe. Essas reuniões não demoram tanto, depois devemos almoçar e o doutor me traz em casa. Fica tranquila.
— Então tá minha filha, eu vou descer faça ideia o que esses dois estão conversando na frente do doutor.
— Eu também vou mamãe, já estou pronta.
As duas então descem e vão para a sala de jantar, lá encontram Armando e Hermes zoando o Nicolas por causa da Patricia.
— Imagina a cara dela quando ver que você anda com uma foto dela com você. Vai te achar um tarado jajaja. Diz seu Hermes rindo e Armando ri também, então Betty diz:
— Não acredito, Nicolas. Que você mostrou essa foto para o doutor Armando.
— Seu pai que fez isso, Betty. Ele ficou falando da loira que eu sou apaixonado, ficou me zoando. Então não aguentei e beijei minha foto. Diz isso e beija a foto novamente. Betty abaixa a cabeça e fica sem paciência, sabe como o amigo é apaixonado pela oxigenada.
— Doutor, já podemos ir estou pronta.
— Claro Betty, vamos então. Dona Júlia, muito obrigado pelo café estava uma delícia. Muito obrigado seu Hermes pelas risadas. Tchau Nicolas, cuidado com o coração e com a foto ajajajaja. Diz isso, cumprimenta os três e sai com Betty em destino ao seu carro.
No carro, Armando começa a falar:
— Betty, desculpe ter que mentir para seus pais mas eu estava preocupado com você não ter ido, fiquei com medo de ter acontecido algo com você. Quero muito conversar com você, olhar nos seus olhos, ser sincero, te demonstrar que eu mudei que isso tudo não passou de uma confusão que eu te amo.
Betty estremeceu perante essas palavras, sentiu que Armando estava sendo sincero mas estava confusa, magoada.
— Não precisa mentir, doutor. Já lhe disse que sua empresa está a salvo. Não a vou tomar e muito menos o Nicolas.
— Falando nisso, você contou a ele sobre nós? Ele parecia estar com bastante raiva.
— Sim, contei mas ao contrário do senhor eu não contei nossas intimidades, somente disse o que o senhor e seu amigo fizeram comigo.
— Betty, vamos a um lugar tranquilo distante da cidade, para podemos conversar, por favor sim?
— Está bem, doutor.
Armando dirige para fora da cidade, Betty não sabe para onde estão indo e se assusta. Quando vê que Armando está indo para uma zona mais longe da cidade fica curiosa e o pergunta:
— Para onde vamos, doutor?
— Para um lugar que eu sempre ia quando queria esquecer os meus problemas, Beatriz.
Betty apenas olhou para frente e continuou observando o caminho que passavam. Quando Armando estacionou o carro, e disse que eles poderiam descer, Betty ficou encantada com a vista do lugar. Dava para ver Bogotá quase toda, era um mirante um lindo mirante.
— Aqui é lindo não é, Betty?
— Sim, doutor. Maravilhosamente lindo. Disse sem tirar os seus olhos de sua cidade.
Armando então vai ao carro e tira uma toalha para que eles possam se sentar e conversar. Põe no chão e puxa Betty para que ela sente ali junto a ele.
— Betty, o que Mário escreveu naquela carta não é verdade. Há muito tempo eu não conto nada para ele, na primeira vez que.. que fizemos amor, eu não contei nada a ele. Não tinha porque eu contar de algo tão íntimo nosso. Você tem que acreditar em mim. Senti ternura nesse dia, me senti completo nunca tinha me sentido assim nem com, você sabe Marcela tanto que desde nossa primeira vez juntos, nunca mais eu a toquei, nem nela e nem em outra mulher. Só em você.
— Doutor, não precisa mentir mais eu conheço o senhor, sua fama. O Senhor não sentiu pena de mim nem depois de eu te contar a tragédia da minha vida? De que aconteceu comigo?
— Betty, naquele dia eu ia te contar mas você não deixou. Eu ia te contar que não era quem você imaginava, que eu também era um porco com você, um mal caráter. Mas, depois disso minha vida mudou por completo. No início, eu realmente não queria começar com isso.
— Claro, quem gostaria de beijar e se deitar com uma feia?
— Não, Beatriz! Não é por isso! Você era minha amiga, minha companheira, minha confidente eu não queria fazer isso com você. Não queria te magoar. Confesso que naquela noite que saímos com o Mário, eu não queria te beijar, eu tinha bebido muito. Mas quando te beijei, senti algo diferente, uma sensação diferente, tanto que depois que você foi embora, eu fiquei com as mãos nos meus lábios. Depois, a cada beijo que dávamos eu me sentia melhor, eu fui me apaixonando aos poucos, meu amor. Você tem que acreditar. Beijar você é a melhor coisa do mundo, eu poderia ficar horas beijando seus lábios tão macios, tão doces...
Conforme Armando ia falando, ia se aproximando mais de Betty, e ela no fundo estava acreditando em tudo pois ele estava sendo sincero dava para ver em seu olhar. Então, em um simples movimento colocou suas mãos em seu rosto e a beijou. De início um beijo suave, somente um roçar que passou a ser de língua com uma abertura que Betty deu em sua boca e assim foi sendo mais intenso, mais apaixonado. Só se soltaram porque precisavam respirar.
— Doutor, nunca mais faça isso! Disse com a respiração entrecortada pois esse beijo tinha despertado sua excitação.
— Desculpe, Betty. Mas não pude resistir aos seus lábios, só você faz isso comigo. Por favor, acredite em mim. Vamos ir devagar, vamos ir nos conhecendo saindo para jantar, eu quero e vou te demonstrar o quanto te amo.
— E..eu nao sei, doutor estou muito confusa. Não sou o tipo de mulher para o Senhor, não sou uma 906090, não uso roupas da moda e muito menos um penteado.
— Betty, você é linda. Linda para mim, eu te amo pelo o que você é, não pelo o que você veste.
— Não era isso que estava escrito naquela carta, doutor. Não era isso que o Senhor achava, me achava feia tinha asco em me beijar.
— Betty, já te disse que as coisas não são assim. Você tem que confiar em mim, pelo menos mais uma vez, pela última vez. Se você não quer por causa do seu jeito de se vestir, eu posso te ajudar.
— Ajudar? Ajudar como?
Armando então pega seu celular e faz uma ligação
— Alô, Cata? Preciso de uma ajuda sua!

Continua...