Armando deixou Betty em casa e foi para sua casa, assim que pisou em seu apartamento, seu celular tocou. Ele pegou e viu que era Marcela.
— Estava bom demais para ser verdade, que Cruz! Alô, Marcela.
— Armando Mendoza, aonde esteve o dia todo? Trabalhando que não foi, pois saiu cedo da ecomoda e não voltou.
— Sua amiga não perdeu tempo, né Marcee? Imita a Patrícia. Estava resolvendo alguns problemas na rua, com os bancos.
— A claro, e eu tenho que fingir que acredito? Só eu viajar e você aproveita para ficar o dia todo com sua amante.
— MARCELA, PELO AMOR DE DEUS EU ESTAVA TRABALHANDO. SE NÃO ACREDITA, JÁ NÃO É PROBLEMA MEU!
— Está bem, Armando, está bem tenho que confiar em você. E me diga, o que você fez em relação a sua assistonta? Já sei que ela não foi trabalhar hoje.
— Ela não foi com minha permissão, está passando mal. Sua amiga não te falou como ela saiu da empresa ontem?
— Sim, falou. Mas, não sabia que era grave assim. Armando virou os olhos, que mulher insistente, sabia que errava com ela, mas essa maneira possessiva dela, o estressava.
— Era só isso? Para me questionar?
— Como só isso? Vamos nos casar daqui a pouco meses, Armando. Ou você não quer?
— Marcela, estou cansado só isso, o dia foi longo. Amanhã nos falamos, boa noite!
— Boa...
Armando desliga o telefone, e vai para o seu quarto.
— Betty, falta pouco para ficarmos juntos.
Vai ao banheiro toma uma ducha, põe seu pijama e se deita. O cheiro de Betty ainda está em sua cama, ele fica cheirando o lençol e pega no sono.

Em Palm Beach, Marcela está furiosa, tem certeza de que Armando estava com a outra, e também porque ele desligou o telefone na sua cara. Resolve descer até o bar do hotel para beber um drink. Chegando lá encontra Mário, e resolve ir falar com ele, tentar tirar dele quem é a amante de Armando.
— Boa noite, Mário.
— Oi, Marcela boa noite. Achei que já estivesse deitada.
— Sim eu estava, mas resolvi descer um pouco distrair a cabeça.
— Entendi. Conseguiu falar com o Armando?
— Sim, consegui. Ele disse que teve que resolver alguns problemas nos bancos, já que a Beatriz está doente. Teve que fazer o trabalho dela também.
— A Betty está doente? Com o que?
— Eu não sei. Parece que ontem ela saiu da empresa pálida, estava chorando. Mas, não sei o que houve, as vezes o namorado acordou pra realidade e terminou com ela.
— Não fale isso, Marcela. As vezes foi um mal estar, ela tem trabalhado muito.
— Até você vai defender ela agora? Igual teu amigo?
— Marcela, não estou a defendendo nem sabemos o que aconteceu. Ela deve estar doente.
— É, mas não deixou de marcar o encontro do Armando com a amante dele, você sabe quem é né? Vocês dois são tão confidentes.
— E..eu? Claro que não, o Armando não tem amante, Marcela de onde você tirou isso?
— jajaja, me faça rir, Mário. Me conte quem é, eu não falo com o Armando que você me contou.
— Marcela, eu não sei do que você está falando eu não sou esse tipo de pessoa que apoia traição.
— Sei... fique sabendo desde já, Mário se eu descobrir quem é a pessoa vai pagar. Provavelmente é uma dessas modelos da ecomoda, como aquela Claudia Bosch. Se for, nunca mais ela trabalha como modelo em toda a Colômbia.
Marcela sai, pede um drink no bar, toma e sobe para seu quarto. Mário, fica a observando e pensando “É meu irmão, que encrenca que você está. O que você vai fazer com a Marcela e com a monstrete? Não queria estar na sua pele agora.” Nisso passa uma mulher muito bonita e Mário vai atrás.
O dia amanhece em Bogotá, e Betty desperta. Acorda ansiosa, hoje é o dia de sua mudança está ansiosa. Levanta e vai para o banheiro, toma banho, escova os dentes e desce para tomar o seu café.
— Bom dia!
— Bom dia, filhinha. Como está se sentindo?
— Bem, mamãe. Estou ansiosa com meu novo trabalho.
— Vai dar tudo certo. As duas se abraçam. Nisso chega seu Hermes com seu humor de sempre segurando seu jornal.
— Bom dia! E esse abraço? Alguma comemoração?
— Aí Hermes, não vê que a menina está nervosa porque vai trabalhar em outro lugar hoje.
— Ela vai se sair bem, é uma Pinzón e nós nos saímos bem em tudo que fazemos. Dona Júlia olha para seu Hermes e revira os olhos.
— É que é um ambiente diferente, papai. Lá não tem números, não tem contas só por isso estou nervosa.
— Então, mais fácil ainda. Você vai se sair bem como sempre.
— Tomara, papai, tomara.
Nisso, os três começam a tomar o café da manhã, quando alguém toca a campainha dona Júlia abre a porta e nisso o Nicolas entra.
— Bom dia, mas que educação hein, nem me esperaram pra tomar café.
— Você nem mora aqui, seu paspalho. Por que não toma café na sua casa?
— É que na minha casa não tem as coisas gostas gostosas que a dona Júlia faz. Se serve do suco e começa a comer. – E aí, Betty? Como foi a reunião com seu chefe ontem? Diz ironicamente, Betty percebe e fica vermelha.
— A foi boa, Nicolas. Tivemos alguns problemas, mas deu tudo certo.
— Problemas, sei quais são..
— Como sabe? Se ela não te contou? Seu Hermes diz e bate no Nicolas com o jornal.
— É que, eu imagino os problemas que essas grandes empresas tem, seu Hermes. Muitos sérios, ficam em divisas com os bancos, tem que fazer empréstimos.
— A Ecomoda está com dívidas, Betty? Betty engasga com o seu café.
— C..claro que não papai. Seu Armando sabe administrar a empresa.
— Jajaj, sabe sim... ele ou você?
— Aí Nicolas, o doutor Mendoza confia na menina. Não diga bobagens
— Estou dizendo, esse saco de fundo só sabe dizer asneiras.
A campainha toca novamente e nesse momento Betty já sabe quem é e seu coração começa a bater mais forte, fica nervosa. Dona Júlia mais uma vez vai abrir a porta e fica surpreendida com a visita do chefe de Betty.
— Bom dia, Dona Júlia a Betty está?
— Claro, doutor entre.
Armando entra e vai em direção a sala de jantar. Chega e cumprimenta a todos.
— Bom dia!
— Doutor Armando, que surpresa tê-lo conosco novamente. Em que podemos ajudar?
— É que como hoje a Betty vai ajudar a Catalina achei que poderia levar ela até o escritório dela. Afinal, preciso ver com a Cata quantos dias ela vai precisar da Betty, já que ontem não deu tempo.
— Entendi, doutor. Muito bondoso da sua parte não se importar que a Betty trabalhe para outra pessoa.
— Claro que não, seu Hermes. A Betty é uma ótima profissional. Olha para ela com ternura, que não passa despercebido para Nicolas e também para dona Júlia que observa calada.
— Vamos então Betty?
— Mas já, doutor? Não tomou nem um café sente-se.
— Eu agradeço, seu Hermes mas eu já tomei café e eu não posso chegar tão tarde na ecomoda, e nem a Betty no seu primeiro dia de trabalho.
— Está certo. Compromisso é compromisso. Foi uma honra, doutor.
— Muito obrigado, seu Hermes. Bom dia, dona Júlia, Nicolas.
— Bom dia, doutor.
Betty se levanta, pega sua bolsa e sai em direção a porta.
— Bom dia, mamãe, papai. Tchau Nicolas.
— Tchau filinha.
— Tchau, minha filha.
— Tchau, Betty. Cuidado na rua.
Armando o encara e quase o mata só com o olhar. Nicolas retribui o olhar.
Os dois então entram no carro, Armando da a partida e sai. Para depois de 3 quadras.
— O que aconteceu dou..
Betty não consegue terminar de falar, Armando se aproxima e a beija.
— Bom dia, meu amor. Agora sim um bom dia decente, estava doido para fazer isso, mas com seus pais e o Nicolas olhando não dava.
— Bom dia, doutor. Que susto que levei quando o vi lá em casa de novo jajaja
— Achou que você fosse sozinha? Eu disse que vou estar contigo. Aparecia seu rosto. – Vamos então, a Cata já deve estar no salão.
— Sim, vamos.
Armando então dirige até o salão de beleza onde marcaram de encontrar a Catalina. Quando chegaram lá, Betty estava nervosa, suas mãos estavam geladas. Armando percebeu, pegou em suas mãos e disse que daria tudo certo.
— Bom dia, achei que não viriam mais. Disse Cata abraçando os dois.
— É que tivemos alguns problemas no caminho, mas estamos aqui.
— Eu imagino o tipo de problemas. Está preparada Betty?
— Aí dona Catalina, tem certeza que eu tenho jeito?
— Claro que tem Betty, tenho certeza que debaixo dessa franja tem uma mulher escondida. Vamos entrar?
— Vamos.

Continua....