-Roberta, por que nós estamos aqui? – Diego falou se sentando em uma cadeira e analisando a sala de música.

-A professora falou que éramos para terminar o texto e construir algo “grande” sobre o amor, ou seja, nota baixa, porque se depender de você né...

-Ei, quem disse que você entende mais de amor do que eu?

-Você namorou com a Jena, isso já responde tudo. – Roberta falou, sentando-se no chão.

-Roberta, tem algumas que chegam na alma, outras que apenas nos fazem bater palmas, como Jena, e outras que chegam no coração.

-Palmas! – Roberta falou batendo palmas. – Que poético, isso foi para o texto?

-Não, mas pode ser, nós podíamos fazer algo diferente, como se fosse uma letra da música, algo do tipo.

-Diego, aquilo que você disse, você já tinha feito?
-Na verdade sim, eu comecei a escrever uma música, mas a inspiração parou ali. Mas eu já fiz todo o instrumental.

-Você toca?

-É a minha maior paixão.

-Em alguma coisa você se parece comigo.

-Por que?

-A coisa que eu mais amo na minha vida é a música, eu acho que com você é a mesma coisa, tipo, a gente se apega às pessoas, às situações, mas a gente sabe que tudo um dia vai embora, e a música é a única coisa que não abandona a gente.

-E você faz o que? Toca, canta, dança?

-Eu só canto e dança.

-Você dança? Hm... Já sei, pra nos dar inspiração ao texto, vem cá. – Ele ajudou Roberta a se levantar do chão. – Fecha os olhos e fica aí em pé.

-Ai Diego, o que foi?

-Fica caladinha e não abre os olhos! – Ele falou colando uma música para tocar. – Pronto, pode abrir. Dança comigo, só uma?

-Mas essa música é tão... Lenta.

-E qual é o problema? – Ele falou, se ajoelhando e estendendo sua mão como um cavalheiro. - Me concede essa dança?

-É melhor não! A gente vai acabar sem fazer o trabalho de novo, e... – Diego a interrompeu tapando sua boca.

-Shh! Apenas feche os olhos, fique em silêncio, e deixa acontecer. – Ele falou, murmurando no seu ouvido, fazendo com que ela involuntariamente deitasse sobre o seu peito, colocando uma de suas mãos na nuca dele. E ele, uma de suas mãos em volta de sua cintura. E as outras duas mãos entrelaçadas. Ao final da música, ele perguntou. – E então, se inspirou?

-Na verdade sim! Agora vamos fazer.

-O que você pensou?

-É como um complemente para o que você já tinha feito, você já anotou aquilo que você disse?

-Já sim, agora fala.

-Tem uns que a gente precisa, outros que nunca se esquece, que fazem desperatar paixões.

-Ouvindo uma canção.

-Para você, para mim.

-E nos chega o pensamento.

-Para viver e expressar.

-Tudo o que sinto hoje.

-Quero te ter.

-Você quer me ter, Roberta?

-Não é pra você, idiota!

-Eu anotei tudo, e acho que poderia dar uma ótima música, canta comigo?

-Eu não sei o ritmo.

-Faça como o seu coração mandar, deixa eu pegar o violão. - Diego falou, indo pegar um violão, afinal, estavam na sala de música Coloquem play na música, por favor, é importante:

http://www.youtube.com/watch?v=XH7UzMEdn2s

-Nossa, nós cantamos no mesmo ritmo... -Diego disse.

-Diego, quer saber? De verdade, eu acho que ficou muito bom! Nós podemos mostrar ao Michel, que edita as músicas da Mia e da Lupita, para ele editar essa também?

-Claro! E depois nós damos à professora de filosofia!

-Isso, agora nós temos que finalmente fazer esse texto, a música foi a tal "grande coisa`` que a professora pediu.

-É... O amor não é algo que se encontra, é algo que se constroi. - Diego falou, olhando em seus olhos.

-E que nos constrói por dentro. É algo que faz com que o nosso coração se acelere apenas em ouvir falar o nome da tal pessoa.

-E essa tal pessoa, nem sempre imagina o que está acontecendo, e quem sabe ela sente o mesmo?

-Mas então, vem a questão da coragem, será que você tem coragem para admitir isso para você? E será que tem coragem de engolir todo o seu orgulho, e ir falar para ela?

-Mas isso vem com o tempo, e só o coração pode guiar. É como uma música, tudo depende da harmonia.

-Diego, eu acho que já está bom...

-É, mas e a música, qual vai ser o nome?

-Una cancion.