Solangelo Moments
About Early Mornings
Assim que despertou, Nico deslizou o braço pela cama, mas o espaço ao seu lado estava vazio.
— Acordou cedo?
Nico piscou os olhos e viu seu namorado entrando com uma caneca fumegante nas mãos e um sorriso radiante como o sol da manhã.
— Chocolate quente. Você quer?
Nico fez que não e deu batidinhas no espaço ao seu lado.
Will tomou mais um gole de sua xícara, que ele deixou no criado-mudo antes de voltar para a cama com a empolgação de uma criança, mesma empolgação com a qual trouxe Nico para perto de si e beijou sua testa.
— Bom dia.
Nico grunhiu o que deveria ser a resposta enquanto se aninhava mais junto a ele. Depois de uns segundos, conseguiu dizer:
— Nunca vou entender como você pode ter tanta energia tão cedo de manhã...
Will comentou com certa seriedade:
— Você já parou para pensar no tempo que as pessoas perdem dormindo? São horas e mais horas desperdiçadas... Quero dizer, sim, o corpo precisa do repouso, mas é um tempo que não volta mais e que você passa praticamente se fingindo de morto.
Nico voltou a grunhir. Não bastava acordar junto com o sol como se fosse a coisa mais animadora do mundo, Will agora também ia querer filosofar àquela hora?
— Não é exatamente como se tivéssemos dormido muito...
Detalhes sobre a noite anterior voltaram à cabeça de Nico como um filme proibido para menores, fazendo seu rosto esquentar.
— É justamente disso que estou falando! – Will declarou. – Somos obrigados a dormir quando há coisas muito melhores com que preencher o tempo...
Seguiram-se uns segundos de silêncio até Nico decidir admitir que não tinha como negar.
— Ok. Você tem um argumento.
— Haa, eu tenho! Tenho sim! – Will comemorou a vitória e Nico acabou rindo junto com ele.
Mais um tempo de silêncio depois, Will voltou a falar:
— Nico?
— Hm?
— Eu estou faminto... Não consigo mais parar de pensar naquela pizza que não pedimos ontem.
Nico se afastou e tentou terminar de acordar.
— Você quer comer pizza no café da manhã? – ele perguntou apoiado num cotovelo, com a testa franzida.
— Por que não? É para isso que inventaram a entrega vinte e quatro horas.
Nico deu de ombros.
— Se o meu médico diz que tudo bem...
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