As tardes passadas a correr no quintal extenso de Emily, que era aquela enorme floresta das traseiras, junto com Jake, Claire e Quil. As noites passadas na fogueira na clareira.


Eu sabia que um dia iria voltar, e tudo seria como antes. Ou melhor, porque já não teria que me preocupar se alguém me visse sair de casa, ou porque todos ficavam a olhar para mim.


Senti o seu cheiro. Amadeirado, quente, suave. Era Jake. A minha cabeça ficou completamente cheia. Como lhe iria falar?


De certeza que quando o visse iria desatar num choro incontrolável e amarrar-me a ele para nunca mais o largar. Ainda não tinha ido e já tinha saudades dele. Parecia que o meu mundo ia acabar, de tão frágil que estava.



Fui a janela e avistei-o ao longe, lindo e musculado como sempre. Não queria ir, não queria. Só de pensar que teria de deixar o meu melhor amigo, o meu Jake. Passado uns segundos ele já se encontrava dentro da minha casa. Fui a correr dar-lhe um abraço.


- Oh Jake, vou ter imensas saudades tuas. - Disse-lhe eu, contendo as lágrimas nos meus olhos. Ainda não o tinha deixado e já estava com tantas saudades que me sentia sufocar.


- Eu também, minha querida Nessie. Mas não te preocupes, eu vou fazer-te visitas. Tu sabes minha linda.


Abraçámo-nos um ao outro, tão forte que nenhum de nós queria parar. Entretanto toda a família chegou, a sala da minha pequena casa ficou cheia.


Estávamos prontos para partir. O momento pelo qual eu e o Jake temíamos, chegou. Abracei-me ainda mais a ele, e ele a mim. Quando eu o soltei, notei que ambos chorávamos e que não queríamos ficar um sem o outro. Havia algo que nos unia de uma maneira tão forte, que eu sabia ser inquebrável.


Olhei fixamente para ele e disse-lhe:


- Bem Jake, vou ter de ir. Promete-me que me vais visitar sempre que poderes, e eu juro que farei o mesmo.


Jake olhou para mim durante muito tempo sem dizer nada. Passado uns minutos ele respondeu, ainda chorando:


- Eu prometo que vou visitar-te sempre que poder, agora anda cá minha pequena! - E puxou-me para ele dando-me um beijo na face e o seu típico abraço de urso, murmurando no meu ouvido - Amo-te pequena. Por favor, não te esqueças de mim.