Era com essa negação,que a moça de cabelos negros e olhos tempestuosos e cinzas como um dia de tempestade,atravessava a uma pequena ponte que havia num pequeno parque natural do Cairo Egito,olhava para os pés,encobertos pela bota que antes fora branca e agora estava marrom e gasta,enquanto em uma das mãos seguravas fortemente uma Scarlet Carsons,uma rosa de cheiro nobre sem medo de se machucar com os espinhos,sangue...era isso que a incomodava,porque tanta mentiras em pouco tempo?Por quanto tempo mais seu pai teria de sustentar a mentira sobre a morte de sua mãe?Agora não havia chances de perguntar!Ele havia sido morto por algo horrendo e assustador,algo que por fora parecia um humano,mas podia ver nos olhos dele,vermelho como sangue,como a rosa que segurava nas mãos,ele era um animal.As ultimas palavras do pai ainda rondava sua mente “Mantenha o Segredo”,mas qual segredo?Ela Não estava racional,não se sentia racional.Mas sua inteligência,na qual impressionava a todos e até deixava os mais velhos bravos, que tanto dizia:”uma mulher não deveria pensar tanto,deveria ser para cuidar da casa e dos filhos”.Agora ela era só uma adolescente normal,era o que ela sentia,correndo por meio das plantas,rasgando o vestido caro,com medo de algo,com medo de algo a atacar,isso era covardia,ela não deveria ser covarde,tanta indecisão!ela se sentou em um pequeno tronco que havia por ali deixando a rosa ao seu lado e abraçando-se enquanto se acomodava no tronco frio,seus pés doía e não respirava,algum grampo parecia perfurar seu crânio,”Malditos penteados”, Miranda,esse era o seu nome,Miranda Wolff Harker McGrenne. Sentou-se ereta e buscou no pequeno bolso de seu vestido uma caderneta de capa dura preta e de folhas amareladas que carregava sempre,onde anotava tudo que deveria,em uma língua diferente,uma língua de códigos na qual inventará junto ao seu pai,para pode se comunicar,para poder escrever em paz,sem problemas de errar palavras ou alguém ler. “Numero 1 “ ela anotou “ Meu pai está morto” escreveu com uma certa relutância,enquanto sentia um vento frio bagunçar seus cabelos negros e lisos graças a diversos artifícios de beleza que usava para os manter assim,para facilitar os penteados da moda,segurava uma lagrima enquanto escrevia a o código que significava a palavra morto,o caderno esta apoiando em seu colo,e ela o olhava,era cheio de anotações,sonhos que ela queria realizar,mas no momento significava para ela anotar os fatos,significava para ela entender o que estava acontecendo “Numero 2” ela escreveu forte “algo está atrás de minha família” ela passou para a próxima linha em branco,e nem percebia se ela escrevia rápido e ou se ia ficar terrível de entender o que ela escrevia “Numero 3” segurava a caneta com tanta força,que a ponta dela já começará a trincar “Eu sou britânica” sim,ela descobriu isso,o demônio,vulgo vampiro,havia lhe falado,antes de dizer que iria matar,por algo do passado!“O tio Van não era um louco afinal” por dentro ria com o que acabará de escrever,pelo menos algo a alegrou. “Numero 4” parou ai,não conseguia escrever mais,”Encarar a verdade Miranda,e tão difícil quando blefar e acreditar em si mesmo” era o que seu pai dizia,então era isso que ela deveria enfrentar “Eu sou a ultima desdente dos Harker!” escreveu,rápido,sem olhar para os códigos,quando sentiu uma brisa leve e gostosa passar,sentiu-se bem,sentiu-se renovada,era como receber um abraço quando mais precisa-se,”Numero 5.Eu tenho medo ” escreveu convicta “da morte” escreveu ela dando o que parecia uma risada misturada a um pouco de soluço e dor de garganta pelo choro engolindo,mas isso não contrariava o fato dela estar sozinha ali,não tinha amigos,já que era uma pessoa impulsiva e controladora além de um pouco a frente de seu tempo, tinha pouco dinheiro,muito pouco,apesar de ser rica,mas não ousava mexer no dinheiro,mordeu o lábio inferior enquanto fechava o caderno com força,não podia dormir ali,e se o vampiro volta-se?guardou o pequeno caderno e apoio sua cabeça com as mãos,deveria achar algum lugar para ficar,o stress já havia passado,pelo menos agora estava conformada,ou parecia estar deitou-se no tronco,e olhou para uma árvore,e para as estrelas,nem notou que olhos a olhavam,olhos que não eram humanos,ele estava se aproximando lentamente,estava tudo pronto,parecia tão fácil!Uma jovem indefesa para ele,grande coisa!Mais uma morte,só que essa teria um gosto especial,foi se aproximando com cautela,mas cometeu um erro,seu pé pisou em graveto,o que o fez quebrar e assim fazer barulho,o que a assustou e fez se levantar num solavanco,e olhar para os lados onde uma coruja a observava -Xô!Vá embora!Xô! - Disse ela cansada enquanto tentava afastar o animal,na qual apenas deu um piu e levantou vôo,seu coração havia disparado,e tinha quase certeza que foi a Coruja,apesar de seus instintos dizer ao contrario,colocou a mão sobre as orelhas e pressionou,tudo ficou silencioso.E nas sombras o homem a observava,como se assustara com um simples animal “Humanos” resmungou ele e se aproximou da moça,os olhos dele então se arregalaram quando viu ele surgir,ali,estava com uma mascara,negra que lhe cobria todo o rosto,deixando apenas o buraco para os olhos,vermelhos,sentia seu corpo tremer,iria cair,iria desmaiar,iria deixar tudo tão fácil....Fechou os olhos com força, e pressionou as mãos sobre as orelhas com mais força e ele apenas a encarou,a achava cômica,o jeito em que pressionava as orelhas,como se o barulho fosse o inimigo,o jeito que franzia os lábios até transformar eles em um pequeno risco vermelho,como a rosa,que ele ligeiramente reconheceu,era a rosa que deixava em cima de suas vitimas,pois achava o cheiro dela tão doce e leve,como a morte,sentia algo por aquela menina,só não sabia se aquilo era bom o ruim,com um gesto repentino,apenas fez uma mesura a moça

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