A face de Akaashi ainda estava vermelha do tapa que recebera de sua mãe.

Suas notas haviam caído, e a culpa era dos treinos de vôlei.

Os pais de Keiji eram restritivos em demasia. Sempre cobrando boas notas, boas maneiras e que ele treinasse violino com frequência; amava música e violino, mas, com o tempo, passou a odiar.

Eles queriam o filho perfeito, perfeição que tentava em vão alcançar. Tudo o que fazia não era o suficiente, seus esforços eram sempre desvalorizados.

O vôlei acabou por tornar-se o seu refúgio.

As horas que passava jogando ao lado de seus amigos, principalmente Bokuto, eram as que ele mais apreciava.

Não demorou para que se apaixonasse, e tivesse seus sentimentos correspondidos.

Acabou por contar a verdade para seus pais, contou-lhes que gostava de outro homem. Apanhou mais uma vez, não só fisicamente como psicologicamente. Segundo seus progenitores, ele era uma desgraça, uma aberração.

Precisava encontrar seu homizio, um lugar onde pudesse ser ele mesmo. Sabia que só existia um lugar no mundo assim, e esse lugar era ao lado de Koutaro.

Pegou seu smartphone e ligou para o número de Bokuto, que não demorou para atendê-lo.

"Bokuto, você poderia me encontrar?"