Sobrado Azul
Capítulo XVII
Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são meus e eu não ganho nenhum centavo com eles.
SOBRADO AZUL
Chiisana Hana
Beta-reader: Nina Neviani
Capítulo XVII
Rozan, China.
– Certa vez, você me disse que Deus sabe o que faz – Shiryu diz para Shunrei. – O que aconteceu comigo não parece obra de um ser que saiba alguma coisa. Por que destruir a vida de alguém assim?
– Não diga isso, Shiryu – Shunrei responde, quase chorando. – Tudo que acontece está escrito. Deus quer nos mostrar alguma coisa. Eu tenho certeza disso.
– Mostrar que somos inúteis e que Ele brinca conosco. Por favor, Shunrei, faça o que eu disse. Volte para casa. Eu prefiro ficar aqui... é só o tempo de eu ter coragem para...
– Nem pense numa coisa dessas! – ela interrompe, irritada. – Eu não vou deixar você tirar a própria vida!
Shiryu se exaspera.
– Vá embora, Shunrei! Vá embora logo de uma vez! Vai ser melhor pra nós dois!
– Não vou sem você! Ainda que você esteja fazendo esse papel de garotinho mimado ao invés de ser aquele homem corajoso que eu conheci meses atrás. Não é hora de abaixar a cabeça e se entregar, Shiryu! Você tem que lutar! Você está vivo! E tem que ser grato por isso!
– Mas estou cego, Shunrei! Cego!
– E quantas pessoas cegas devem existir no mundo? Quantas? Me diga! E elas vivem, estudam, trabalham, amam.
– Não se trata só da perda da visão, trata-se de não perder a vontade de viver e eu a perdi. Será que você não pode entender isso?
– Sinceramente, eu não entendo. Minha vida sempre foi difícil e mesmo assim eu sempre tive esperanças de que tudo mudaria, como de fato mudou.
– Por alguns meses... mas agora, como você pode ver, tudo desmoronou de novo.
– Não pra mim! – ela responde convicta, e sai do quarto à procura o médico responsável por Shiryu. Ao encontrá-lo, informa do quadro depressivo em que o noivo se encontra, inclusive do pensamento sobre suicídio. O médico diz que pode ajudar com alguns medicamentos, mas que o melhor mesmo é ter paciência.
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Munique, Alemanha.
– Foi inacreditável o que aconteceu lá em casa – Pandora comenta com Radamanthys, enquanto ele dirige. – Confesso que eu mesma cheguei a pensar em aborto no começo, mas hoje a simples ideia de matar meu filho me deixa horrorizada. Sinceramente, não esperava que meus pais reagissem daquela forma. Achei que os conhecesse.
– E eu pensei que ficariam felizes por eu vir espontaneamente falar de casamento.
– Pois é! Isso também! Imagine se eles soubessem que você não é o pai? Meu Deus, não quero nem pensar nisso.
– Agora somos só nós dois, Pand – ele diz terno, e segura a mão de Pandora. Depois, completa: – Nós três, na verdade. Eu, você e o bebê. Seremos uma família.
– Seremos – ela concorda. Sente-se protegida ao lado do inglês, mas pensa em Ikki. "O que será que ele vai pensar de tudo isso? Certamente não vai ficar nada feliz por ver o filho ser criado pelo Radamanthys... Aquele azulão sem alma, apesar de tudo ainda sinto falta dele."
– Rada, preciso pedir uma coisa... – ela diz.
– O que você quiser, minha querida.
– Você e o Ikki precisam se entender. Pelo bem do bebê.
Radamanthys grunhe algo incompreensível, que Pandora supõe ser um palavrão dos piores.
– Não vou dizer que estou contente com isso – ele começa –, mas ok, pelo bem do meu filho é melhor que eu me entenda com o sujeito que o fez.
– Ainda bem que você entende – ela diz, contente por Radamanthys referir-se ao bebê como seu.
Ele sorri.
– Que tal um passeio, para esquecermos a tensão dos momentos na sua casa?
– Acho ótimo. Aonde vamos?
– Hum... estou pensando em um restaurante muito simpático que conheço, que tal?
– Por mim está ótimo!
Pouco antes de chegarem ao restaurante, o celular de Pandora toca.
– Oi, Ikki – ela atende. Radamanthys dá um muxoxo de insatisfação e não tira os olhos da moça. – É... está tudo relativamente bem... Sim... Meus pais não reagiram exatamente como esperava... Não, Ikki, eles não vão me forçar a nada, não se preocupe. Está tudo bem... De verdade... Sim, eu prometo.
Radamanthys espera que ela fale sobre o casamento, mas ela desliga o telefone sem mencionar o fato.
– Por que não disse logo a ele sobre nós?
– Porque eu quero falar pessoalmente, Radamanthys.
– Tudo bem, Pand. Não vou implicar com isso. Vamos almoçar em paz.
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Atenas, Grécia.
Saori acaba de descer de sua limusine em frente à mansão Solo, cujo jardim estava enfeitado e iluminado para a festa. Usa um vestido azul-marinho, com um decote profundo que ressalta os seios.
"Estou me sentindo quase nua", pensa amargurada, "mas se a questão era de peitos eu também os tenho".
– Seja bem-vinda, senhorita Kido – diz um jovem loiro, alto, de pele bronzeada e postura elegante. – Julian Solo, a seu dispor.
– Obrigada, senhor Solo. É um enorme prazer conhecê-lo.
– Não mais que o meu prazer em conhecê-la. Confesso que estava ansioso por vê-la e saber se era realmente tão bela quanto disseram...
– Ah, é? Não sabia que tinha essa fama. Então, o que achou?
– Ora, a senhorita é ainda mais bela do que eu esperava.
– Mas olha, estou diante de um galanteador profissional!
– Há talentos que nascem conosco – ele diz, e sorri sedutor. Saori sente-se envaidecida com os galanteios do rapaz. Julian conversa mais um pouco com ela, depois se dirige a outros convidados, deixando-a livre para circular pela festa. Ela nota que, ainda que procurem ser discretos, inevitavelmente os olhos de vários homens pousam em seu bendito decote.
"Homens", ela pensa. "Todos iguais."
A milionária passa a noite inteira movimentando-se pelo jardim, interagindo com os membros da sociedade ateniense, ouvindo tanto conversas de empresários sobre a cotação do ouro e do barril de petróleo, como informações sobre o cirurgião plástico da moda e o balneário de verão que estava em alta. Eventualmente Julian se aproxima dela e conversa um pouco, sempre cavalheiro e galanteador.
– Finalmente consegui me livrar dos outros convidados e suas conversas entediantes – diz Julian, conduzindo Saori à pérgula.
– Hum... também tive de ouvir algumas coisas. Infelizmente, não tenho tempo para me dedicar aos assuntos do meu conglomerado como gostaria.
– Suponho que sim, ouvi dizer que a senhorita é estudante de medicina.
– Sim, é verdade. E a faculdade me consome muito...
– Não seria mais interessante fazer administração?
Saori riu.
– Talvez, mas como também tenho um hospital, me interessei pela medicina.
– Hum, sim... Deseja especializar-se em quê?
– Penso em oncologia infantil, mas ainda não estou muito certa.
– Acho uma excelente escolha.
– E você, o que faz, senhor Solo?
– Estou terminando engenharia naval. Meu pai é armador, você deve saber. Quero seguir o caminho dele e expandir a empresa.
– Quem sabe não acabo encomendando um navio projetado pelo senhor.
– Seria uma honra. Mas, veja, voltamos a falar dos negócios!
– É, parece que é inevitável...
– Pois vamos mudar. A senhorita vem sempre a Atenas?
– Algumas vezes por ano. Tenho uma casa aqui. Além disso, me interesso por história e mitologia gregas.
– Há uma lenda que diz que sou descendente de Poseidon, o deus dos mares.
Saori dá uma gargalhada nada discreta, que deixa Julian indignado.
– O quê? Não acredita?
– Quantas vezes você usou essa cantada? – ela pergunta, ainda rindo. – E, mais importante, funcionou alguma vez?
– Estou falando sério – ele diz e seu tom não é de brincadeira.
Julian aproxima-se de Saori, ficando a uma distância muito pequena dos lábios dela.
– Está ficando tarde – ela diz, esquivando-se. – Preciso ir.
– Nos veremos outra vez, senhorita Saori?
– Ficarei aqui até o fim do mês. Me ligue e combinamos alguma coisa.
– Certamente ligarei.
Saori deixa a mansão Solo sentindo-se estranha. Sim, o aniversariante não tinha a graça natural e o humor singelo de Seiya, pelo contrário, parecia afetado e artificial, mas era indubitavelmente belo e tinha um sorriso quase irresistível.
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Espaço aéreo da Grécia.
No avião, Seiya vai ao banheiro e tem um desagradável encontro com Shaina, que está no mesmo vôo.
– Muito obrigado por ferrar com a minha vida – ele diz, ao passar por ela.
– Seu moleque! – ela retruca. – Você bem que gostou!
– E você também, vagabunda. Estamos quites.
Shaina levanta-se da poltrona e tenta partir para cima de Seiya. Afrodite segura a amiga, que grita:
– Vagabunda é a senhora sua mãe, seu moleque ordinário!
– Shaina, querida, olha o escândalo... – Afrodite diz, tentando fazer com que Shaina se sente. – Somos pessoas educadas, bem-nascidas, finas, ricas, lindas. Não somos lavadeiras e...
– Dane-se! Não vou deixar esse moleque me chamar de vagabunda.
Seiya continuou:
– É vagabunda mesmo! Você me seduziu!
– Criancinha inocente você! Passou a vida com os olhos nos meus peitos!
– Shaina! – censura Afrodite, puxando Shaina energicamente. – Senta aí nessa poltrona, cala a boca e fica assim até chegarmos a Tóquio!
Seiya vai para sua poltrona e, ainda resmungando, senta-se.
– Tomara que caia esta merda de avião e eu morra logo de uma vez – ele diz.
– Ei, vá rogar praga em outro lugar! – o homem na poltrona vizinha diz. – Eu pretendo chegar a Tóquio são e salvo.
Seiya deu de ombros.
– Pois pra mim tanto faz.
– Por que tanta revolta, rapaz? Você parece bem jovem.
– Porque eu sou um imbecil e arruinei minha vida por causa daquela vagabunda lá.
– Mulher, sempre mulher... Também estou viajando por causa de mulher, sabe? Minha namorada mora lá no Japão e eu em Atenas.
– Não sei como vocês conseguem... é longe demais.
– É, também não sei... por isso vou fazer uma surpresa para ela e mudarei para Tóquio de vez.
– Legal. Seria bom se a minha namorada me perdoasse...
– Hum... entendi... você e a moça lá adiante... – ele diz e faz um gesto obsceno.
– É... – Seiya admite envergonhado. – Só uma vez. Uma só. Umazinha.
– E ela descobriu?
– Não, eu mesmo contei.
– Não sei se teria essa coragem...
– Eu não conseguiria mentir. Bom, deu no que deu, e agora estou na merda e provavelmente estou sem emprego também, porque minha namorada também era minha patroa.
– Bela confusão, hein, rapaz?
– Belíssima.
– Deixe a raiva passar um pouco, depois engula o orgulho e procure a moça. Quem sabe ela não acaba perdoando você?
– Procurá-la? Só se for para ela soltar os cachorros em cima de mim.
– Pelo menos tente. Mas esteja preparado para correr bastante caso ela solte mesmo os cachorros...
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Kanazawa, Japão
June telefonara para Shun assim que entrara no ônibus para Kanazawa. Ele então fora esperá-la na rodoviária perto do provável horário de desembarque.
Na hora esperada, ela chega. Os dois abraçam-se e beijam-se vigorosamente.
– Meu lindinho! – ela exclama, acariciando os cabelos dele.
– Como foi isso, Ju? Você simplesmente chutou o balde e fugiu?
– É, mais ou menos isso. Eu vi que você estava certo e que eu também precisava dar meu grito de liberdade.
Shun ergue-a nos braços e gira. June ri.
– Estou muito feliz por termos finalmente feito isso! – ele diz. – Acho que começa agora uma nova fase pra nós dois, não é mesmo?
– Sim! E é tão excitante, Shun! Aonde vamos?
– Hum... como já está perto do almoço pensei em comprarmos uns bentôs e almoçarmos no parque. Tenho feito isso sempre e é ótimo.
– Então vamos, ora essa!
Depois do almoço, os dois descansam um pouco no parque e, durante a tarde e parte da noite dão uma volta pela cidade, conhecendo os pontos turísticos. Por fim, param num barzinho e somente ao final da noite vão para o hotel.
– Hum... meio desconfortável – June constata ao deitar-se no futon. – Mas tudo bem! O que importa é estarmos aqui, juntos, livres.
– Sim... – Shun afirma e rola para o lado de June. Ela o beija e o clima começa a esquentar, mas o celular de Shun toca bem na hora em que June mordisca a orelha dele.
– Espera, Ju, pode ser importante...
– Mais que isso? – ela diz, e faz uma carícia atrevida, colocando uma mão dentro da calça do rapaz. – Deixa tocar – ordena, e Shun sente-se incapaz de ir contra essa ordem.
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Vladivostok, Rússia
Sentindo-se ligeiramente melhor, o pai de Hyoga manifesta vontade de jantar na companhia do filho e da futura nora. Auxiliado pelo enfermeiro, ele desce à sala de jantar, onde Eiri e Hyoga esperam-no.
Assim que todos se acomodam, o velho mordomo serve a comida. Yujiro começa a comer, mas tem um acesso de tosse que preocupa Hyoga.
– O senhor não devia ter se esforçado para vir – diz o rapaz. – Melhor descansar, não é, pai?
– Seu filho tem razão – concorda o enfermeiro. – Vamos voltar para a cama, descansar um pouco, e mais tarde o senhor tenta comer de novo.
Enquanto os dois levam Yujiro para o quarto, Eiri aproveita para telefonar para Minu.
– Garota, essa viagem tá tão boa assim que você não pôde dar notícias?
– Minu, você nem imagina aonde eu vim parar...
– O quê? Não está mais em Okinawa?
– Não.
– Então onde?
– Na Rússia. Na casa do pai do Oga.
– Não acredito! Como foi isso?
– Não posso falar muito, mas resumindo: o pai do Oga está doente – ela diz, e completa num sussurro: – Pelo menos é o que parece.
– Como assim parece?
– Eu estou achando tudo muito estranho, Minu – ela continua sussurrando. – Muito estranho mesmo... mas me conte, como estão as coisas aí? E o Ikki?
– Acabou de sair daqui! Prepare-se para a notícia do ano: estamos namorando!
– Uaaaaaaaaaaaau! – Eiri exclama, mais alto do que gostaria. – Isso sim é novidade! Finalmente você me ouviu e investiu nele!
Minu dá um suspiro.
– Amiga, ele é qualquer coisa assim fenomenal!
– Ai, ai! Toda boba com o azulão! Fico muito, muito feliz por você, querida.
– Eu sei, mas ele não é mais azulão, viu? Pintou os cabelos e agora está um morenão super lindo!
– Olha, quantas mudanças! – Eiri ouve passos descendo a escada. – Agora vou ter que desligar. Fiquei feliz por ter boas notícias. Ligo de novo quando puder.
– Ok, se cuida.
– Você também!
Ela desliga o telefone bem na hora em que Hyoga aparece.
– Estava falando com alguém? – ele pergunta.
– É, meu bem, dei uma ligadinha rápida para a Minu. Espero que seu pai não se importe.
– Ah, claro que não. Foi bom mesmo você ligar, afinal saímos de Okinawa sem avisar ninguém.
– Pois é. E seu pai, como está?
– Ainda tossiu bastante... estou realmente preocupado com ele, Eiri.
– Não seria o caso de ver outro médico? – Eiri sugere, com um leve tom de desconfiança na voz, que passa despercebido por Hyoga, mas não pelo mordomo, que furtivamente ouve a conversa deles .
– É, talvez seja bom. Vou falar com ele outra hora. Agora vamos terminar de jantar, sim?
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Tóquio, Japão.
No orfanato, Ikki comenta com Minu sobre a conversa que tivera com Pandora.
– Ela estava esquisita...
– Talvez ela simplesmente não quisesse falar com você – ela diz, tentando parecer natural, ainda que se sinta insegura diante da preocupação do namorado com a ex-quase-namorada. No entanto, ela resolve esforçar-se para aceitar que o contato entre ele e Pandora será para sempre inevitável.
Os dois logo se esquecem da breve conversa e aproveitam a bela noite de verão para jogarem uma animada partida de futebol com as crianças: time dos meninos contra time das meninas. As meninas esforçam-se tanto quanto podem, mas são massacradas pelo imbatível time de Ikki.
Depois do jogo, Ikki ajuda Minu a dar banho nas crianças e colocá-las na cama. Então, os dois ficam namorando um pouco, até que Ikki finalmente volta para casa. Com todos viajando, o sobrado é só dele.
Enquanto navega na internet, ele se pergunta como todos estarão, se Shun sobreviverá aos sogros, se Seiya e Saori estão se engalfinhando na Grécia, se Hyoga e Eiri estão curtindo Okinawa como se deve e se Shiryu e Shunrei já saíram do zero a zero...
O telefone toca, assustando-o. Àquela hora da madrugada só podia ser notícia ruim. Do outro lado da linha, a voz de Shunrei.
– Olá, Shunrei – Ikki cumprimenta. – Parece mentira, mas eu estava pensando justamente em você e no cabeludo. Como estão as coisas?
Shunrei dá um suspiro.
– Não muito bem, Ikki. Nós sofremos um acidente...
– Mas vocês estão bem?
– Estamos vivos, mas Shiryu perdeu a visão – ela diz sem hesitar. Decidira que o melhor é enfrentar a situação de frente, sem meias palavras.
Ikki engole em seco.
– Lamento muito, Shunrei – ele diz, consternado. – Vocês estão precisando de alguma coisa? Se eu puder ajudar...
– Não, Ikki, obrigada. Por enquanto estamos bem. Shiryu deve ter alta amanhã e voltaremos ao Japão o mais breve possível. Vamos precisar muito de todos vocês quando voltarmos. Ele está tendo dificuldades para aceitar o que houve, tem falado até em suicídio...
– Pode deixar, Shunrei. Quando chegar aqui, ele vai aceitar nem que seja debaixo de porrada – Ikki diz, tentando mostrar-se brincalhão, embora se sinta perturbado com a notícia. Para ele, é inevitável lembrar-se do acidente em que perdera Esmeralda.
"Mas é um bocó mesmo", Ikki pensa. "Como é que o Shiryu pode pensar em suicidar-se, quando a mulher que ele ama está bem e totalmente disposta a continuar com ele do jeito que for? Ah, ele que se prepare, pois assim que chegar em casa, vai ouvir umas boas verdades."
Continua...
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