Small Bump

Capítulo 12 - Final


Abri meus olhos lentamente e escutei um baque, como que se algo de madeira caise. Fechei os olhos novamente. Escutei um grito de uma voz bem conhecida por mim.

Era o Ed. Eu tinha certeza.

Foi como que se o meu coração fosse até a minha garganta em um segundo e no outro segundo caisse bem no meu estomago. Abri meus olhos. Me vi em um lugar desconhecido. Era um quarto completamente branco com poucos moveis. Tinha uma cama onde eu estava, um par de poltronas e uma mesa. No chão estava Nigel e um caderno. E em uma das poltronas um moletom que eu conhecia muito bem. Não soube onde eu estava, primeiramente, mas depois eu senti um cheio. Era cheiro de hóspital. Olhei para o lado e vi que tinha uma máquina que levava um tubo até o meu nariz.

Ed voltou. Ainda sentia muita raiva dele.

– Porque eu estou aqui? - perguntei tirando o cobertor de cima de mim.

– Você sofreu um acidente, mas... - ele pensou nas palavras. Vi como ele parecia cansado e aliviado. - Vai ficar tudo bem. - ele forçou um sorriso. Parecia que fazia dias que ele não sorria. - É melhor você ficar deitada por enquanto.

– Não. - eu me levantei e arranquei o tubo que estava no meu nariz. - Eu quero ir embora. cadê a minha mãe? - eu parecia uma criança de 7 anos de idade que tinha se perdido da mãe em um shopping center.

– É melhor você ficar deitada. O médico já esta vindo. - Ele disse calmamente. Mas ele mesmo não parecia estar calmo.

– Não. - Eu estava confusa. Em um minuto nos estavamos brigando e eu ia embora e no outro eu estava em um hospital com o Ed. A ultima que pessoa que eu queria que estivesse naquele quarto.

Sentei-me na cama e coloquei a mão na cabeça. Eu presisava me lembrar do que tinha acontecido. Ed estava me olhando,curioso, do outro lado da sala com o Nigel na mão.

– Nós estavamos brigando... - disse baixo para mim mesma, mas Ed conseguia escutar o que eu dizia. - Ai... Eu atravessei a rua correndo. - As coisas começavam a se clarear. - E vinha um carro em minha direção. - Tirei a mão da cabeça e disse mais alto para Ed. ele me olhava curioso e assustado. - Eu não tinha reparado que ele estava vindo. Eu estava desesperada demais. - fiz uma pausa e me levantei até ele. - Eu... - Parei de frente para Ed e pus a minha mãe sobre a minha barriga. - Ed, o que aconteceu?? - Eu estava assustada e pensava no pior. - O que aconteceu comigo?

Ele arregalou os olhos para mim e gaguejou. - É, o... o medico... o medico tá chegando. - Ele saiu de perto de mim. Ele parecia estar nervoso com algo.

– Ed, o que aconteceu?! - Eu estava com medo da resposta.

– Hum... - Ele olhou para o chão.

– Quando tempo eu estou aqui? - disse devagar.

– Três dias. - ele perecia tenso.

– TRÊS DIAS? - Eu me espantei. Eu estava três dias desacordada?! - Ed, me conte logo o que aconteceu! - Assim que eu terminei a frase um homem loiro entrou na sala. Ele usava um jaleco branco. Parecia que era o medico que ele falava.

– Eu vou deixar você com ela. Conte-a tudo. Eu acho que não vou conseguir. - Ele disse bem vagamente para o loiro que eu não sabia a nome. Antes do Ed sair eu vi que ele tinhas os olhos umidos. Aquilo me assustou de tal forma que eu não consegui falar nada.

– Acho que seria melhor você se sentar. - Disse o loiro. Eu o obedeci sem dizer nada. Ele se sentou ao meu lado. - Meu nome é Leonard. Você é Luna, né? - Ele perguntou enquanto ele me asaminava.

– Sou sim. - Disse o olhando. Estava assustada demais para falar mais alguma coisa. - Seu namorado te ama muito, sabia? - Disse Leonard. Pensei em dizer que Ed não era mais meu namorado. Mas mudei de ideia. Apenas dei os ombros. - Ele não saia daqui em nenhum momento. Sua mãe o pedia para comer algo mas ele continuava do seu lado, tocando uma musica para você.

– Minha mãe esta aqui? - disse sem pensar.

– Está sim. - Ele tinha acabado de ver se eu estava bem, se levantou e anotou algo em um papel. - Parece que a música que ele tanto tocava funcionou. Nem parece que você fez uma cirurgia!

– Eu tive uma cirurgia? - Estava confusa e com medo do que tinha acontecido.

– Parece que o Edward não te disse nada, né? - Fiz um sinal negativo com a cabeçae ele se sentou do meu lado de novo. - Acho que vou ter que te contar tudo.

– Seria bom. - Pensei alto demais. Ele suspirou e continuou.

– Bom... Então você teve um grave acidente. Um carro te atropelou e você quebrou o braço. - Eu olhei para o meu braço engessado. - Nem eu tinha reparado no que tinha acontecido com o meu braço. - Mas, você estava grávida. - Pus a outra mão na minha barriga e me assustei com a palavra "estava". Senti as lagrimas chegarem a borda dos meus olhos e tentei segurar as lagirmas ao maximo. Segui ouvindo-o atentamente. - E você teve uma cirurgia longa e complicada. E, infelizmente, seu bebê não sobreviveu.

Eu fiquei em estado de choque, sentada naquela cama. Não conseguia pensar em mais nada além da ultima frase de Leonard. Eu não conseguia acreditar em nada daquilo. "Isso tem que ser um sonho. Eu ainda estou dormindo e quando acordar eu e Ed vamos voltar a nossa vida normal. Eu vou vou voltar ao nosso apartamento com o nosso filho." Fechei os olhos e tentei acreditar naquilo, como se eu fosse acordar naquele momento. Deixei as lagrimas cairem, se esforso. Abri os olhos e torcendo para voltar ao nosso quarto com aquele bebê no meu ventre.

Mas, isso não aconteceu. Eu ainda estava sentada em uma cama de hospital com quele medico de cabelos claros. Não disse nada. Apenas olhei para a janela e deixei as lagrimas cairem.

– Vai ficar tudo bem. - disse Leonard tentando me acalmar. Ele me abraçou pelo lado. - Vocês ainda são novos, podem ter outros filhos juntos. Fingi não escutar o que ele tinha dito.

– Cadê minha mãe?- disse sem emoção.

– Vou chama-la pra você. - Disse Leonard gentilmente. Ele se levantou e abriu a porta e saiu do quarto.

Deitei na cama ainda chorando. Tudo que eu tinha passado, todos os meses com aquela criança dentro de mim, tinham acabado. E era tudo culpa do Ed. Pensei com raiva dele.

Ouvi a porta se abrir. Olhei, com os olhos embaçados. Não queria mais ver Ed.

Mas, felizmente era minha mãe. A pessoa que eu mais queria naquele momentento.

– Ai, filha. - Ela disse ao me ver chorando. - Você já sabe de tudo? - Ela perguntou me abraçando deitada comigo. Fiz sim com a cabeça. Tinha o meu polegar na boca tapando os soluços. Ela me abraçou mais forte. - Eu sinto muito.

– Você não está com raiva de mim, não? - perguntei entre o choro me virando para olha-la nos olhos.

– Mas é claro que não! - Ela disse doce. - Eu sei que não foi culpa sua! - Ela deu uma pausa e esperou alguma reação minha. - Nem do Ed.

– Não! - Eu me levantei. - É tudo culpa do Ed!! - Falei com raiva.

– Você acha mesmo que ele queria que você perdesse o filho de vocês dois?? - Ela me perguntou sentando comigo. Pensei por um monento no que ela tinha dito. - Ela esta sofrendo tando como quanto você! Ele não sai daqui ele esta arrependido e com medo. Você tem acreditar no que ele diz. - Ela disse calmamente. Ela nem parecia que era a mesma pessoa que tinha falado que o Ed ia me trocar.

Fiquei olhando para ela. Eu não conseguia acreditar o motivo de primeiro ele me trair, mudar e depois passar o tempo todo dele comigo mesmo eu estando desacordada. Meu pensamento estava a 1000 por hora.

– Não, é que ele me traiu, mãe! - Eu a olhava procurando um "Eu te avisei."

– Eu sei disso. - Ela parecia com raiva dele, mas calma ao mesmo tempo. - Ele me contou tudo. E espero que ele te conte tudo também. Você vai entender. - Ela rui baixinho. Eu não conseguia acreidtar que ela estava rindo.

– Seria muito bom. - Disse olhando para a janela.

– Ok, acho melhor vocês conversarem. Vou chamar Ed. - Ela me deu um abraço forte e se levantou. - Não se preocupe, vai dar tudo certo. - Ela se virou e abriu a porta. Por mais que todo mundo me dizia que ia dar tudo certo, que ia ficar tudo bem eu não conseguia acreditar.

Me levantei e segui até as poltronas. Vi que tinha um caderno com uma música. "Deve ser essa que o Leonard me contou. " Pensei. O peguei e vi que a pagina que estava aberta sobre a mesa estava completamente escrita e no topo estava escrito Small Bump. Antes de eu começar a ler ouvi a porta se abrindo e me virei para ver se era Ed. Ele entrava e mantia aquela expresão cansada mas estava um pouco melhor.

– O que achou? - Perguntou vendo que eu estava com o caderno na mão.

– Não sei. Eu não cheguei a ler ainda. - Disse um pouco timida.

– Você quer ouvir? - Eu nem respondi e ele já pegou Nigel e começou a dedilhar os primeiros acordes.

" You're just a Small bump in four months you're brought to life, You night be left with my hair but youll have your mother's eyes, I'll Holt your body in my hands, be as gertle as I can..."

As lagrimas cairam dos meus olhos ao ouvir ele tocar para mim. Mesmo sem fazer esforça nenhum as lagrimas caiam rapidamente.

Ao fim da musica ele me olhou e eu continuava a chorar silenciosamente. Ele largou o violão no chão e me abraçou. Eu sentia falta daquilo. Sentia falata do seu abraço. De como ele era quente e acolhedor. Sentia falta do cheiro dele e do seu sorriso. Naquele momento eu não tinha mais raiva dele.

– Luna, me desculpe por tudo. - Disse ele ainda me abraçando. Sua voz estava embargada. - As pessoas falaram coisas e eu fui um idiota de acreditar. Eu te amo, Luna. - Ele havia me soltado e olhava nós olhos. - Eu sei que tudo que esta acontecendo é confuso e horrivel e que é tudo culpa minha. - Ele me olhava fixamente.

– Não, eu sei que não é sua culpa! - Exclamei. Eu acreditava nele e sabia que ele me amava. Sabia que ele não queria perder no nosso filho.

Ele me abraçou mais uma vez e me beijou. Perecia que era o nosso primeiro beijo. E eu sabia que era o era o começo mais uma vez.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.