O encontro

Não consegui dormir esta noite, estava pensando qual é a do Kyo-kun, por que um cara rico com ele iria se interessar por mim? E logo quando tem uma namorada tão bonita? Não falei com o Hikaru até agora, será que ele vai ficar chateado comigo?

O despertador tocou mas não me levantei, ouvi Kotoko-san pedir a Hikaru para me chamar ou ia ficar atrasada, quando ele bateu na porta eu me cobri rapidamente deixando só o rosto pra fora, ele bateu novamente e eu fiz uma voz bem dengosa.

-entre

Ele entrou e encostou a porta, veio me beijar e eu virei o rosto ele ficou meio desconfiado.

- o que foi desta vez?

- ah oni-chan não é nada, acho que fiquei gripada, estou com uma moleza e não me sinto bem.

- você quer que eu faça companhia?

- não, não hoje não é o seu teste de aptidão para o time de softball?

- mas eu posso fazer depois, e...

- não pode ir, se acontecer algo eu te ligo ok?

Ele me deu um beijo na testa e saiu. Fiquei esperando todos saírem e fui tomar banho, quando ia entrar na banheira ouvi a campainha tocar, me enrolei na toalha e desci pra ver quem era, quando abri à porta a surpresa:

- sabia que você iria faltar a aula então resolvi vir te buscar pessoalmente e olha só o que encontrei, hum tá me saindo melhor que encomenda.

Era o Kyo-kun, ele tinha descoberto meu endereço e veio aqui me procurar que cara cínico.

- quem te deu meu endereço? Perguntei surpresa.

- isso não vem ao caso, agora que estamos aqui e sozinhos que tal se você me convidasse pra entrar?

Não tinha outra escolha, deixei que entrasse e pedi que sentasse no sofá, quando ia subindo as escadas pra terminar o banho ele me puxou pra trás de forma que a toalha caiu e eu fiquei nua na frente dele.

- você é perfeita, ele veio em minha direção e eu fiquei estática, me abraçou e cheirou meus cabelos, começou a passar a mão no meu corpo e eu de tão assustada não conseguia me mover, ele me puxou pra perto de seu corpo e me deu um tapinha na bunda, eu o olhava sem saber o que fazer e ele se aproveitava disso.

-Que tal se nos fossemos para seu quarto, aqui na sala é meio desconfortável não acha? Ele me puxou escada acima e eu apenas olhava, entramos no quarto e o celular dele tocou aproveitei o momento e corri para o banheiro, tranquei a porta e ouvi ele falar:

- o que aconteceu Bea?

- eu quero saber onde você está?

- eu sai a negócios já já te encontrarei na escola não se preocupe

- você está mentindo pra mim, eu estou aqui fora em frente a casa que você entrou, o que você está fazendo ai?

- vim visitar um dos sócios do meu pai, por que você está desconfiando de mim?

- por que eu te segui até aqui eu acompanhei todos os seus passos eu sei que nessa casa mora aquela moça que você não tirou os olhos no festival.

- ela é a filha do sócio do meu pai, ora é natural ela morar aqui não acha?

Coloquei a camisola e a calcinha e sai do banheiro corri até a porta e ele veio atrás de mim, eu abri a porta da sala com ele me puxando, consegui mesmo assim ele me soltou e eu sai correndo para o portão a menina entrou e esbofeteou a cara dele.

- você é um covarde. e deu meia volta e saiu sem nem olhar em mim.

Ele saiu e entrou no seu carro e eu entrei em casa e fechei a porta na chave, entrei no meu quarto e tranquei a porta também ele ligou no meu celular e começou a esbravejar.

- não pense que isso vai acabar assim, eu ainda quero ver você de avental só pra mim, mas primeiro tenho que resolver as coisas fique na espera eu vou te ligar de novo. E nem pense em mudar de numero. Até.

E assim eu passei o resto da tarde trancada em casa.