Singularidades em Ruínas

O vento certo vai soprar do mar


Draco contemplou a imensidão do mar a sua frente. Ele, que nunca teve uma paixão genuína, apreciou o sabor do sal sob a própria pele, o cheiro da maresia e o som das ondas que balançavam ao favônio. Essa oscilação do mar não levava apenas as pedrinhas da areia, mas também memórias de um passado que ele estava muito empenhado em esquecer. A guerra, e toda desgraça que a acompanhou convertia-se em lembranças, e agora ele estava focado em sua nova vida.

Retornando ao apartamento refletia, distraído, sobre dias infinitos e todas as suas possibilidades, quando repentinamente sentiu alguém esbarrar.