Silly Girl

Helter Skelter



Uma semana se passou desde que Paul e eu, bem, não estamos namorando, mas já fez uma semana que nós resolvemos demonstrar o que sentimos. E como sinto... É como se estivesse sonhando, ainda não acredito que tudo isso seja real. Eu nunca fui de acreditar em amor ou coisas do tipo. Sempre achei que fosse só mais uma ilusão para tornar a vida mais agradável. Nunca acreditei, até conhecer Paul McCartney.

Eu não sei se ele me ama como eu o amo, até porque autoestima nunca foi um ponto forte da minha personalidade. Consegui meu primeiro emprego, na biblioteca um dos melhores lugares para trabalhar. O tempo continua passando rápido, mas tudo anda bem.


**

15 de Junho de 1963

Eram oito da manhã e Martha acordava a todos sorrindo, no sábado.

– Bom dia, Lucy! - Disse abrindo a janela do quarto e fazendo o Sol brilhar em meu rosto.

– Bom dia, Martha. Sabia que são oito da manhã de um sábado?

– Sabia, mas eu não trabalho.

– Mas eu sim.

Nós rimos.

– Hoje nós vamos sair, faz tempo que não fazemos isso,

– Oba! Faz tempo mesmo, mas aonde nós vamos? - Disse eu rindo.

E era verdade, fazia um grande tempo que nós não saímos os seis juntos.

– Vamos andar por Liverpool, entrar em alguns pubs, ir pro Cavern e voltar quando o Sol estiver perto de nascer. – Disse Martha com empolgação.

– Uou, parece divertido! Mas por que acordar agora?

– Por que vamos tomar café da manhã juntos, quero um dia feliz.

– Ok, Martha.

Levantei-me, abracei Martha e fui para o banho. Tomei um banho rápido coloquei um vestido, razoavelmente bonito e passei uma maquiagem leve. Depois disso nós tomamos café em um café perto dali. Rimos e conversamos por horas.

A tarde passou muito rápida e quando vi já estávamos no Cavern Club.

– Essa banda que eu não sei o nome é boa. – Disse John.

– Os caras são bons mesmo. – Disse George.

– Hoje eu vou beber. – Disse Paul cortando a conversa.

– OK, mas desde quando precisa avisar? - Disse John rindo.

– Desde que minha namorada não bebe.

– Não bebia hoje eu vou beber. – Disse eu sem pensar, que merda.

– Tem certeza? - Perguntaram Martha e Paul.

– Absoluta.

– Ok. – Disse Martha.

Martha saiu por uns minutos e voltou com vodca e whisky, previ que iria fazer merda.

– Lucy é melhor começar com vodca. – Disse Paul.

– Ok.

Eu já bebi champagne, mas uma quantia muito pequena, na casa de Martha no ano passado. Vodca era quente, mas não era tão forte, pelo menos não depois de quatro copos.

– Paul, acho que estou bêbada.

– Estamos todos bêbados, Lucy.

– Me leve pra casa.

Eu não estava bem, minha cabeça parecia girar.

– Vamos todos.

Que caos! Todos estavam absolutamente bêbados, formando uma confusão. Ringo caiu, John ria completamente bêbado, George ria, Martha era a menos bêbada. Já Paul estava falando bobagens, tropeçando e quase me levando junto.

Pegamos um táxi e fomos para casa de Martha, no momento casa de todos nós.

– Vocês não querem uma rodada extra? - Perguntou John na sala.

– Não! - Respondemos em coro.

Ficamos falando coisas sem sentido até às 6:30 da manhã, logo pegamos no sono ali na sala mesmo.

Acordei com uma batida na porta.

– Psiu! Martha, alguém está batendo na porta. – Sussurrei.

– Ah, vou abrir. Mas nossa, são nove horas da manhã.

Martha levantou tropeçando nos móveis e foi abrir a porta.

– Olá, Paul McCartney está aí?

– Sim, só um momento.

Martha entrou carrancuda na sala, todos já haviam sido acordados.

– Paul e Lucy, temos uma vadia na porta. – Disse Martha irritada