Silly Girl
Cavern Club
Assim que entramos no Cavern Club os garotos foram se preparar para subir ao palco, alguns minutos depois eu e Martha ouvimos:
''Senhoras e senhores, com vocês, os The Beatles"
E o garotos tocavam maravilhosamente bem, ouvi algumas meninas falando do modo como John tocava gaita.
''Love, love me do
You know I love you
I' ll always be true
So please, love me do
Oh, love me do''
Os garotos tocaram 4 músicas, afinal outras bandas também tocariam na mesma noite. Algum tempo depois eles apareceram na mesa em que eu e Martha estávamos sentadas. George sentou ao lado de Martha, como já era esperado, Paul sentou ao meu lado, isso não era esperado, John e Ringo estavam fazendo piadas.
Martha e Ringo eram os únicos bebendo.
– Martha, cuidado com a bebida. - Alertou George.
– Só hoje, eu quase nunca bebo, pare de frescura, Joj. - Respondeu Martha já com certa alteração na voz.
– Lucy? - Falou Paul.
– Olá Paul. - respondi com uma voz meio trêmula.
– Vamos para a outra mesa? Essa aqui parece cheia.
– Vamos.
– Huuum Paul, mesa cheia, hum. - Debochou John.
Martha conversava com George e Ringo continuava bebendo
Eu e Paul nos levantamos e começamos a conversar. Após algumas palavras o silêncio chegou. Percebi que nós dois estávamos olhando para George e Martha.
– Eles formam uma espécie de casal? - Perguntei quebrando o silêncio.
– Uma espécie, é... eles não assumiram ainda, mas quem não percebeu?
– Ah, eu só pensei que houvesse algo, mas não entendo nada sobre amores e essas coisas.
– Eu falo de amor pra tentar entender. Mas então, como é a sua família? Você fugiu, certo?
– Minha mãe é uma das tradicionais, cheia de regras, queria que eu arrumasse um marido rico e essas coisas. Eu fugi sim.
– Foi por isso que você fugiu?
– Não, eu fugi porque nada vai mudar meu mundo, eu quero coisas acontecendo na minha vida. E sobre isso de maridos, eu não ligo pra anéis, pra nada, dinheiro não pode comprar meu amor... mesmo que eu nunca tenha amado ninguém.
– Eu penso assim também, Lucy, nada pode comprar meu amor. Mas eu já amei, eu tinha 16 anos, o nome dela era Michelle, mas ela me traiu.
– Deve doer muito ser traído, sinto muito. Mas você nunca mais amou ninguém mesmo? - Que merda que eu estava prestes a fazer? Martha e Ringo bêbados, os únicos com um pouco de bom senso, o que eu faço agora?
– Na verdade amei sim, amo, na verdade, mas ainda não consegui demonstrar pra ela o quanto a amo...
Paul parecia querer dizer algo, mas foi interropido pelos gritos de Ringo:
– Cala a boca John, você que é um babaca!
– Mas não sou eu que estou bêbado!
– Hoje né? Por favor, não seja hipócrita, eu quase nunca bebo...
– Dá pra perceber o motivo! - interrompeu John.
– John seu marica - disse Ringo indo em direção a John e lhe dando um soco.
– Mas o que é isso?? - Perguntou George.
– Duas maricas, George. - Disse Martha bêbada.
– Paul, você não vai fazer nada? - Perguntei nervosa.
– Ok, vou lá.
– CHEGA! PAREM AGORA! SEUS NARIGUDOS MARICAS!
Imediatamente Ringo se virou para replicar Paul, mas George o carregou com muito esforço para dentro do carro.
– Venha John, seu nariz está sangrando. - Disse Paul.
Levantei e fui ajudar Paul a cuidar do nariz de John.
– Esse anão narigudo me paga. - Disse John com um guardanapo estancando o sangue do nariz..
– Calma. Parece até que você nunca fez besteira bêbado. Lembra quando você jogou Ringo numa piscina? - Disse Paul.
– Lembro, haha.
– Então, estão quites.
Olhei para o lado e vi George se aproximando de nós.
– Ringo está pedindo desculpas, chorando dando uma de bêbado deprimido lá no carro, babou a roupa da Martha, inclusive. - Disse George.
– Acho melhor pegarmos um táxi, eu, Lucy e John. Nos vemos depois, George.
– Até mais, Paul.
Paul saiu por uns minutos para chamar um táxi, enquanto isso fiquei falando com John, seu nariz já havia parado de sangrar e ele nem estava bravo com Ringo. Paul voltou e após alguns minutos nós entramos e um táxi e fomos rumo a casa de Martha.
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