Capitulo 10: O que sinto é.... Amor?!
Sakura e Un voltavam para casa. A mente da rosada estava a mil por hora, tudo por causa dos acontecimentos da tarde.
"Flash-back on:
Depois de tirar Umi do refeitório, Sakura e Kuroi foram até a sala do diretor, onde com certeza, teria no minimo uma gota de chá.
–-Pai! Você está aqui?! - disse a menina, adentrando a sala do diretor.
–-Acho que ele deu uma saída - disse Kuroi.
–-EI VOCÊ! - ela apontou um dedo acusador para o garoto - NÃO SENTE NA CADEIRA DO DIRETOR!!
–-Olha só quem fala - disse ele, com deboche na voz - você está sentada em cima da mesa.
–-Eu posso! Sou filha do diretor!
–-Pode ficar assim por um tempo? - a menina fez uma cara confusa - É que você está com as pernas cruzadas, então dá pra ver tudo que está debaixo da saia.
Sakura corou violentamente e deu um tapa na cabeça do garoto. Ela saltou da mesa e parou de frente para ele.
–-M-m-mas você é um c-c-completo p-p-pervertido mesmo!! Como se a-a-atreve?!
–-É que eu tive um ótimo professor.
Ela simplesmente ignorou ele e encostou na parede. Ainda estava muito vermelha e se sentia estranha. Desde que tive-rá aquela conversa com Umi, ela se sentia diferente. Seu coração tinha dado saltos quando Kuroi disse aquilo. Mas ela não sabia o por que disso... Ou sabia??
–-Você realmente não vai sair da cadeira do meu pai??!
–-Não - ele respondeu.
O estresse explodiu dentro dela. A rosada desencostou da parede e começou a puxar Kuroi pelo braço, na tentativa de tira-lo da cadeira, o que não deu muito certo. De alguma forma, Sakura escorregou em algo e caiu no chão, mas como ainda segurava Kuroi, levou o mais velho junto com sigo.
Ele havia caído por cima dela, deixando a garota sem a possibilidade de se mexer, mas mesmo que ela quisesse sair dali, ela não podia. Seus rostos estavam muito próximos, tanto que ambos podiam sentir a respiração um do outro. Ela estava mais vermelha que a saia do uniforme, ele, também estava um pouco corado.
Kuroi levou uma mão ao rosto dela, e começou a tirar alguns fios de cabelo rosa do rosto da garota. Ela ficou ainda mais vermelha com o ato do mais velho, e por algum motivo, Sakura fechou os olhos. Agora o menino acariciava o rosto dela, se aproximando lentamente. Ela abriu um pouco os olhos e viu que os dele estavam fechados.
''O que você está esperando Sakura!'' - ela pensava - ''Não está vendo o que vai acontecer! Empurre ele agora''
Ela estava muito, como diria, surpresa para empurrar o garoto. Mas por sorte, ou não, dependendo do ponto de vista, a maçaneta da porta começou a girar. Isso acordou a garota, que empurrou Kuroi com toda a sua força. O mais rápido que pode, Sakura se levantou e arrumou o uniforme assim que a porta se abriu, revelando Tadase.
–-Sakura-chan? Tsukiyomi-kun? O que fazem aqui?
–-P-pai! Estávamos te p-procurando! P-por acaso você tem... O que era mesmo... Ah, lembrei! V-você tem chá sobrando aqui?
–-Chá? Pra que?
–-A Umi surtou no refeitório e chá pode acalma-lá - disse Kuroi.
Tadase pensou um pouco. Ele não tinha chá ali, mas se Umi fosse como Rima, a falta de chá seria motivo para o começo de uma guerra.
–-Aqui eu não tenho. - ele disse, colocando a mão no queixo - Mas quando era guardian, alguns dias antes de nós formarmos, descobri uma porta secreta onde a Mashiro-san guardava chá somente para ela. Talvez tenha lá.
–-Onde fica?
–-Na sala de arquivos do Royal Garden.
As crianças saíram correndo, deixando Tadase com um ponto de interrogação na cabeça.
Flash-back off ".
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–-Sakura-chan, você está bem? - Perguntou Amu, na hora do jantar.
–-O-o que?? Perguntou algo?? - Disse a garota, acordando de seus pensamentos.
–-Eu perguntei se você está se sentindo bem? - perguntou Amu preocupada.
–-Sim... Estou bem sim... Já acabei aqui, vou dar uma volta - a garota se levantou da mesa e se encaminhou para a porta da frente.
–-Mas você nem comeu nada...
–-Amu-chan - disse Tadase, segurando o ombro da mulher, que já ia se levantar - Deixe ela. Acho que aconteceu algo entre ela e o Tsukiyomi-kun.
Amu ainda preocupada, se sentou na mesa de volta e voltou a comer.
.................
–-Hayato! Coma mais devagar! - gritou Utau para o filho - A comida não vai fugir!
–-Mas eu estou com muita fome! - disse o valete.
–-Deixa o menino Utau! Você implica demais com ele! - disse Kukai, que comia com a mesma velocidade que o filho.
Kuroi observava a cena quieto. Ele andava pensando no que tinha acontecido essa tarde. Estava quieto até ouvir a campainha tocar.
–-Kuroi-kun, pode atender? - disse Utau, que tentava socorrer o filho e o marido, ambos engasgados.
–-Claro tia Utau.
Kuroi se levantou, abriu a porta e seus olhos, que estava meio tristes, se encheram de felicidade. Parada a sua frente, estava uma mulher de longos cabelos castanho escuros, olhos negros e pele branca como a neve. Ela sorria para o menino.
–-Como você cresceu, Kuroi-kun.
–-Mãe... Mãe!!
O menino, sem se importar com a idade, pulou no colo da mãe e a abraçou. Fazia dois anos que ela e o pai aviam viajado em uma turne mundial. Matsumura Ayumi começou a sufocar o filho.
–-Ayumi, deixe ele respirar.
Kuroi soltou a mãe e viu atrás dela um homem muito parecido com ele. Os cabelos azuis escuros, sempre espetados.
–-Pai!
–-A quanto tempo garoto! - Disse Tsukiyomi Ikuto bagunçando os cabelos do filho.
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–-Sakura! O que faz aqui a essa hora? - perguntou Rima, atendendo a porta.
–-Boa noite. A Umi está?
–-Hai. Ela está no quarto dela, pode subir - disse Rima, dando passagem para Sakura entrar - A proposito, Amu sabe que está aqui?
–-Bem... Na verdade, minha mãe não sabe não.
–-Vou avisar ela.
Sakura subiu até o quarto de Umi. Encontrou a rainha, já de pijama e fazendo tarefas.
–-Sakura! O que faz aqui a essa hora garota?
–-É a segunda vez que ouço isso em menos de 10 segundos. - disse a coringa com uma gota na cabeça - O motivo de eu estar aqui é porque... Eu preciso...
–-Você precisa?
–-Eu preciso de... Desabafar com alguém!
–-Ora! Vejam isso - disse a rainha em tom de deboche - A tsundere do grupo pedindo ajudar! Que milagre! - ela percebeu que a coringa estava séria e parou de fazer piadas - Ei. O que foi?!
Sakura sentou na cama da amiga e contou toda a historia daquela tarde. Ela fazia pausa em certas partes, pensando que Umi fosse dizer algo, mas como a amiga não dizia nada, Sakura continuava.
–-E foi isso que aconteceu.
–-Como você se sente, ou se sentiu na hora?
–-Eu nunca tinha me sentido assim. Meu coração disparou rapidamente e meu rosto começou a esquentar muito rápido. Quando ele tocou na minha bochecha, e eu senti como se o mundo desaparece-se. Umi... acha que estou ficando louca?
–-Louca, doente, com um parafuso a menos. Mas vou te contar um segredo, as melhores pessoas são assim.
–-Sem brincadeiras por favor Umi! - Sakura começou a se irritar.
–-Ok. Me desculpe, li um livro com essa frase eu queria usa-lá alguma hora e... - ela percebeu que Sakura já estava ficando vermelha de raiva - Ok. Quer minha resposta sincera?
–-Sim.
–-Você gosta do Tsukiyomi-kun - ela disse, como se fala-se do tempo.
Sakura a encarou por alguns minutos, não acreditando no que ouvira. Como se apaixonara de repente?
–-Impossível. Como eu me apaixonaria por alguém conheço faz só duas semanas?!
–-Calma. Sentimentos amorosos não podem ser controlados. Eles surgem do nada, assim como desaparecem. Você só se sente assim quando estão sozinhos, certo?
–-S-sim... Acho que sim...
–-Então só está no começo. Eu sinto a mesma coisa pelo Souma-kun, só que é mais forte.
–-Isso não vem ao caso - Sakura se levantou e se encaminhou para a porta, com Umi a seguindo.
Na porta da frente, Nagihiko disse que levaria Sakura para casa, mas a garota recusou, dizendo que preferia ir sozinha. Elas se despediu de todos e saiu pela rua, junto com Un.
–-O que vai fazer agora, Sakura-chan?
–-Tenho duas alternativas Un. - ela disse seria - Ou esse sentimento vai embora, ou vou faze-lo ir a força.