Wander não se importava de estar daquela forma assombrosa. Ele sabia que estava a caminho de entrar no lugar da sua amada. Mas mesmo assim ele desejava ressuscitar quem ele mais amava e nada iria fazê-lo parar.

– O próximo inimigo é... Barba. Vive num lugar fechado. Terás de usar tal lugar para derrotá-lo. - diz Dormin iluminando todo o templo dr adoração.

Wander escuta atentamente as instruções de Dormin e percebe como aquele ser lhe ajudara em todas as batalhas. Não era um amigo, mas um auxilio. O jovem guerreiro estava muito desejoso de saber o porquê daquele deus mitológico ajudá-lo. Em breve, ele viria a descobrir tudo.

O jovem guerreiro corta seus pensamentos com relação a Dormin e monta em Agro, saindo do templo. Ele levanta sua espada bem alto e percebe que a mesma indicava que o colosso estava exatamente no meio do lado leste da terra proibida, mas que teria de passar pela floresta ao nordeste do templo de adoração.

Wander segue seu caminho em direção a floresta, passando por ela. Ele lembra que aquela era a floresta na qual ele havia passado rumo ao encontro de Phaedra, quando estava deitado na grama. O rapaz tinha de ter muito cuidado naquela floresta, visto que a mesma era muito escura e o risco de Agro torcer a pata numa trotada em falsa era muito grande.

Com muito cuidado, Wander desvia dos grandes troncos de árvore que não permitiam que a luz aparecesse. Felizmente, ele consegue ver o caminho para levar onde havia luminosidade, a fim de poder levantar a espada, indicando o caminho do sexto colosso. O rapaz consegue entrar numa espécie de viela, saindo por um deserto muito extenso, onde a luminosidade batia em excesso e o calor tornara-se muito escaldante.

O bravo rapaz levanta sua espada novamente e percebe que o colosso estava muito perto. Seu inimigo não ficava muito bem no quente deserto, mas sim perto dali, precisamente à direita do lugar arenoso. Wander segue a orientação da espada e a visão de um grande deserto dá lugar a uma gigantesca espécie de masmorra.

Wander para de longe e observa a masmorra. Era muito grande mesmo e boa parte dela estava coberta de areia, com apenas um pequeno buraco disponível. Não tinha como descrever a parte de fora daquele lugar, visto que tudo estava coberto e era impossível de saber. No pequeno buraco onde dá acesso a masmorra, háviam blocos que impediam a passagem, tornando difícil o acesso.

– E agora? Pergunta Wander para si.

Ele olha para os blocos repetidas vezes, ate que percebe um buraco não muito grande, mas suficiente para se passar. O rapaz desce de seu fiel amigo, sobe no primeiro bloco, e se pendurando no segundo, projeta seu corpo caindo certo no buraco, entrando na masmorra.

Dentro da masmorra, Wander percebe que haviam tochas acesas, o que era muito estranho visto que nenhum ser humano havia pisado em tais terras há quase milênios. Ignorando esse fato, ele continua correndo, virando numa sequencia de corredores, até que ele chega numa espécie de gigantesco anfiteatro. Era impressionante como as civilizações da terra proibida possuíam tais tecnologias e desenvolvimentos. Wander até mesmo desconhecia aquele tipo de lugar. Lugar no qual a humanidade criaria por volta do século XIV.

Wander ignora aquele tipo de lugar e começa a procurar uma forma de descer. Ele estava no ultimo andar de uma grande arquibancada do anfiteatro e necessitava descer para que pudesse ir de encontro ao colosso. Ele percebe que as escadas estavam quebradas e resolve descer até a parte onde estava mais próxima do chão. O rapaz pula, consegue amortecer a queda, porém torce o tornozelo, causando uma dor descomunhal. Ele leva mão ao foco da dor, não conseguindo quase se manter em pé.

Enquanto tentava se levantar apesar da dor, Wander escuta um barulho e olha a sua frente. Uma enorme porta de metal começava a descer sozinha, sem ter sofrido nenhum comando aparente. De trás da porta sai a criatura na qual o rapaz procurava: BARBA! o colosso possuía aparência semelhante a de Valus, com a exceção de que não possuía tacape.

Assim que sai de trás da enorme porta, Barba mostra que era um ser poderoso e dá uma pisada fortíssima no chao, provocando tremor. Wander rapidamente se levanta e tenta fugir do colosso, mancando fortemente. Ele avista uma três pequeninas muralhas (que provavelmente eram usadas para dividir os espetáculos um dos outros) e pula numa altura media, conseguindo se agarrar na ponta. O guerreiro projeta seu corpo para cima, passando pela primeira muralha. O rapaz continua correndo em direçao a segunda, tentando se manter o mais distante de Barba.

Quando Wander está chegando na segunda muralha, o colosso quebra a primeira, dando um chute fortíssimo. O rapaz passa pela segunda muralha. A cada vez mais que ele corre, mais seu tornozelo doía.

Mesmo com tais adversidades, ele corre mais rápido e consegue passar pela terceira muralha, enquanto o colosso quebrava a segunda. Wander avista outra arquibancada, e entra na parte térrea da mesma, escondendo - se e tenta aliviar sua dor. Barba quebra a terceira muralha e fica a procura do guerreiro, enquanto que o mesmo apenas observava o pé do colosso se movimentando a sua procura.

O gigante escuta alguns ruídos vindos do térreo da arquibancada e se abaixa para procurar Wander, deixando a mostra sua gigantesca barba (motivo no qual origina - se seu nome). O rapaz percebendo sua chance de subir no colosso, corre rapidamente e pula, agarrando - se no monstro.

Barba balança sua barba e sua cabeça para frente e para trás. Nesse balançar, Wander escorrega e quase cai no chão. Mas ele se agarra nos pêlos do peito do colosso. Ele sobe o gigante até seu ombro. Ali, o rapaz tenta se manter de pe, mas o mesmo se sacode muito, quase projetando o pobre jovem no chão. Felizmente, ele consegue se aproximar da cabeça do colosso e crava sua espada repetidas vezes, deixando a criatura irada e bem violenta.

Wander consegue deixar o colosso bem irritado. Se aproveitando dessa situação, o rapaz salta de cima da cabeça do gigante e acaba caindo nas costas do mesmo. Mas Barba balança muito seu corpo e consegue repelir o jovem heroi, lançando - o no terceiro andar de uma das arquibancandas.

Cair nas arquibancadas poderia ser fácil para Wander, aparentemente. Ele precisava apenas pular, que cairia perfeitamente na cabeça do colosso. Mas, de forma imprevisível, Barba dá um soco podelroso e quebra todo o lugar onde estava o bravo guerreiro, fazendo - o despencar do terceiro andar e cair certíssimo na mao direita do gigante, que o leva a sua outra mão a fim de esmaga - lo. Mas Wander é inteligente e crava sua espada na mão do colosso, que grita de dor, facilitando para que o rapaz corresse pelo ante - braço do gigante que estava com seu braço inteiro parado devida a dor.

O jovem destemido estava nas costas do colosso e avista o ponto vital do mesmo, desferindo golpes consecutivos, até que a agitação de Barba é substituída por uma pausa repentina. O monstro semelhante a Valus, acabara de ter o mesmo destino que seu 'irmão'. Ele cai para frente, expirando.

Na queda do 'segundo minotauro', Wander é jogado para frente e bate com a cabeça numa coluna de sustentação das arquibancadas e cai no chão totalmente desnorteado e muito tonto, sem conseguir olhar qualquer coisa próxima da sua mente. Ele provavelmente havia sofrido um traumatismo craniano e não conseguia manter a visão perfeita. De repente, ele sentiu que sua cabeça começava a sangrar fortemente, começando pela ponta da sua testa e finalizando na nuca. Sua cabeça havia sido aberta de forma um tanto trágica. O rapaz, após sentir o sangue escorrendo por sua cabeça, começava a ver as coisas apagarem diante da sua vista, rapidamente. E um pouco antes de tudo apagar de vez, Wander pensou em sua amada e em seu íntimo pedia desculpas por não ter conseguido cumprir o que ele estava determinado a fazer. Ele sentia suas forças saírem de si e via tudo escurecendo mais rápido ainda. Por fim, ele veja os olhos e apaga. Não dava para saber quanto tempo mais o rapaz restava de vida, mas que sua jornada estava para terminar ali, isto não podia negar.