Frieza.

Meu pai chegou com os cobertores e se juntou a mim e minha mãe. O barulho começou a piorar, os gemidos também. Minha mãe me abraçou com força enquanto meu pai colocava os cobertores em nós. Eu tremia, mas não de frio, eu tremia de medo. Aquelas coisas horrendas estavam batendo na porta do primeiro andar, deixando seu cheiro horrível no ar.

Meu pai pegou sua besta e a deixou sobre a mesa, para assim poder pegá-la a qualquer momento. Assim que o sol nasceu eu fui acordada por alguns barulhos, barulhos de tiros. Eu levantei em um pulo, ficando um pouco tonta.

— Fique ai, coisa fedorenta! — Uma voz familiar falou brincalhão, mas ao mesmo tempo bravo.

— Pai? — Meu pai falou, tomando cuidado ao abrir a porta e descer as escadas.

— Vocês estão ai! Graças a Deus! — A porta do segundo andar se fechou, o piso de madeira fez um barulho alto enquanto vovô corria. — Me agradeçam por eu ser um colecionador de armas! — Ele jogou sua mochila na minha cama, eu corri para o abraçar.

Algumas armas estavam naquela mochila. Eu me lembro da primeira vez que meu avô me fez usar uma arma, foi um dia bem interessante.

— Eu notei uma coisa: essas coisas estranhas e gosmentas, só “morrem” se acertarmos sua cabeça. Eu descobri isso da pior maneira.

— Certo. — Meu pai assentiu.

Eu me desenrolei, ajeitei minhas roupas e desci para tomar o café da manhã. Não acho que meu pai deveria estar tão calmo.

— Vocês precisam guardar suas coisas. Rápido! — Meu pai falou enquanto mexia na cortina do quarto.

— O que aconteceu? — Minha mãe perguntou.

Ela não teve resposta

— Daryl?

— Eles são muitos.