AGORA...

Era sim o que Inês via em sua porta, era um maldito oficial de justiça e naquele momento ela sabia que seu inferno estava começando de verdade no momento em que agarrou aquele papel e leu que o maldito estava pedindo a guarda de seu filho. O desespero tomou conta de seu corpo e ela começou a chorar, não ia permitir que aquele maldito ficasse com seu menino e o telefone tocou no mesmo momento em que o homem se foi e a empregada veio entregando a ela que apenas colocou no ouvido sabendo quem era.

— Pronta pra negociar Inezita?

— Maldito filho da puta! - xingou como nunca tinha feito em sua vida com ninguém e o ouviu rir.

Inês estava tão transtornada que nem conseguia respirar direito com o telefone no ouvido e ele ria do desespero, era como injetar vida em suas veias e ele respirou com ainda mais prazer a deixando ainda mais nervosa do que já estava.

— Fala logo seu maldito! - berrou mais uma vez.

— Acho que você não está pronta pra negociar, meu amor! - falou rindo mais.

— Eu vou matar você! - berrou e tacou o telefone no chão não conseguia mais ouvir a voz daquele imundo.

Passou a mão no rosto e tentou respirar, mas todo seu corpo doía e ela sentou no sofá com as mãos no rosto sem saber o que fazer e Frederico entrou com o filho nos braços e sorriam com Emiliano com um cavalo na mão e eles riam com ele fazendo sons de bicho enquanto fazia o cavalinho caminhar no peito do pai. Olhou seu amor daquele modo e soltou o filho no chão e o mandou ir pegar água para os dois e foi até seu amor.

— Inês? - falou com calma e ela o olhou com os olhos banhados de lágrimas. - O que foi, meu amor?

Inês levantou e o agarrou chorando e ele nada entendeu e a segurou em seus braços já bem preocupado, acariciou as costas e o cabelo dela querendo que ela se acalmasse para que pudesse contar a ele o que tinha acontecido.

— Meu amor, você esta me deixando preocupado! - tentou afastá-la, mas ela não permitiu. - Inês...

— Ele quer meu filho, ele quer! - falou com desespero em meio as lágrimas.

Frederico sentiu seu sangue ferver e a pegou em seus braços e sentou a forçando olhar para ele, Frederico não iria permitir que aquele maldito vagabundo pegasse seu filho, não iria mesmo porque antes ele o mataria com suas próprias mãos. Inês o olhou nos olhos soluçando seu choro enquanto ele limpava suas constantes lágrimas.

— Ele não vai se quer chegar perto de nosso filho! - sentenciou. - Nunca!

— Ele vai... - procurou o papel e mostrou a ele. - Ele quer negociar e eu sei o que ele quer! - falou com medo de ter que voltar aquele inferno.

— Vamos falar com o advogado e ele vai resolver tudo! - falou com certeza. - Ele não tem nem chance de conseguir a guarda de Emiliano porque ele é um agressor e você pode provar! - beijou o rosto dela.

— Eu estou com medo! - o abraçou.

— Não precisa, eu estou aqui e você... Nós vamos continuar com nosso menino porque ele é nosso! - beijou o ombro dela a confortando, mas estava com tanto ódio por não ter conseguido achar aquele maldito em lugar algum.

— Papai... - Emiliano gritou segurando o copo de água e o cavalo junto quase derrubando tudo no chão, a roupa já estava molhada de tanto balançar o copo com o andar.

Frederico o olhou e sorriu assim como Inês que secou as lágrimas já que não gostava que seu menino a visse chorar, ela sentou no sofá e ele veio entregando o copo já quase vazio de água já que estava todo molhado e eles riram muito, mas ele bebeu o que sobrou e ele sorriu muito sentando no colo de seu paizinho.

— Meu amor, está todo molhado! - Inês falou sorrindo.

— Aguinha mamãe! - falou rindo e ela o encheu de beijos o pegando em seus braços e ele reclamou porque ela o apertava. - Azuda papai, azuda!

Para Frederico era tão maravilhoso ouvir aquelas palavras que ele sorriu mais e mais sabendo que nunca permitiria que Loreto encostasse em seu filho porque antes ele o mataria com suas próprias mãos. Ele sabia que Inês estava desesperada e a deixou ali com o filho e foi para o escritório e ali ligou para seu advogado e pediu que anulassem aquele papel, cobrou favores e meia hora depois saiu do escritório e os chamou para um banho.

Inês levantou com o filho apenas de cuecinha e foram para o quarto com o filho rindo e brincando com o pai e pedindo muita espuma, Inês ria dos dois, mas sua cabeça não parava de pensar na risada de Loreto e no que ela tinha certeza que ele queria porque ele a queria e não desistiria nunca. Entraram no quarto e Frederico foi encher a banheira com o filho e Inês sentou na cama para tirar as botas e ele veio com apenas sua calça posta no corpo.

A puxou para ele e a beijou na boca com sofreguidão, não a queria daquele modo e já estava cuidando de tudo, queria ela relaxada e curtindo a tarde com o filho, ela o beijou e o arranhou nos braços sentindo que o corpo respondia mesmo àquela situação tão ruim em torno deles. Ele sorriu e arrancou a blusa dela e disse todo amoroso.

— Aquele papel em menos de 24 horas estará anulado e ele nunca se quer vai encostar em nosso filho ou em você! - falou com certeza.

Ela o olhou com o coração acelerado e cheia de amor.

— Eu acredito! - o abraçou.

Frederico a encheu de beijos e depois a levou para o banheiro e ficaram ali brincando com o filho por longas horas, depois comeram e subiram para descansar um pouco e logo pegaram no sono os três, deixando assim que a noite chegasse... E Inês despertou ouvindo a porta bater olhou para o lado e os dois dormiam agarrados o que a fez sorrir, mas com aquele barulho todo eles iriam acordar já que ventava e ameaçava chover e ela se levantou indo até a porta e ao afastar a cortina deu de cara com Loreto e uma arma apontada para ela...