Será que somos mesmo tão diferentes assim?

Alícia, a Rebelde e Carmen, a Sonhadora


Anteriormente:

Fui atrás de Jaime.

Nesse segundo:

Jaime, eu só estava dançando com o Daniel, ok?

— Dançando, sei...

— É verdade, a gente estava só dançando, você sabe que eu gosto de você, pois se eu não gostasse eu namoraria o Daniel e não você.

Magoar o Jaime, não dá, o Daniel teve a chance de namorar comigo e não quis, agora eu que não quero, pelo menos por enquanto, por que o destino ninguém sabe.

— Você tem razão, desculpa.

— Está tudo bem, porque que você demorou tanto para chegar na festa?

— Por eu tive que resolver umas coisas para o meu pai.

— No fim de semana?

— Que isso? Ficou ciumenta de repente.

— Só fico ciumenta quando tenho motivos.

— Então pode parar de ficar com ciúmes, pois você não tem motivo nenhum, eu estava só resolvendo um negócio para o meu pai da oficina.

— Ok, eu acredito, vamos para a festa.

— Sim, mas você vai dançar só comigo.

— Depois eu é que sou ciumenta.

Nós rimos e depois voltamos para a festa.

Eu dancei várias músicas com o Jaime e após isso eu fui conversar com a diretora Helena e os professores, depois fui conversar com a Bibi, a Laura e a Valéria.

Eu estava conversando com a Bibi, a Laura e a Valéria quando Luiza e Marce se aproximaram de nós

— Vocês combinaram vir de branco estampado? – Valéria perguntou para mim e Luiza e eu senti vontade de dar um soco nela.

— Hun... Nem me avisam. – Marce continuou a brincadeira sem a menor graça.

— Mas é claro que não. – Eu respondi com um certo ódio no olhar.

— Não. – Luiza respondeu rindo.

Ridícula! – Eu pensei.

— Achou engraçado, é? – Eu perguntei para Luiza.

— Sim, você, não achou, não?

— Claro que sim. – Eu respondi sendo totalmente falsa e ainda soltei um riso forçado.

A Valéria e suas piadinhas sem graça.

Dei uma desculpa qualquer e me afastei delas, por que não quero mais ouvir piadinha da Vale.

Voltei a dançar com Jaime.

As horas passaram voando e logo a festa terminou.

Após o termino da festa eu excluí o grupo: ´´Você foi convidado´´.

Maria Joaquina off

00:30

Alícia:

Entrei em casa e lá estava a minha mãe me esperando, pensei que ela já estava dormindo.

— Chegou tarde, hein? Mocinha.

— Mãe, é meia noite e meia ainda. A sua sorte foi que os pais da Majo só deixaram a festa rolar até meia noite, porque se tivesse festa até as seis da manhã nunca que eu voltava para casa antes disso.

— Alícia Gusman... me respeita que eu sou sua mãe.

— Por que você não casa de novo? E me deixa em paz. – Eu perguntei e fui correndo para o meu quarto e ia fechar a porta quando ela segurou a porta e entrou no meu quarto.

— O que você quer?

— Nada, filha, eu te desculpo por chegar tarde.

— Você não tem que me desculpar, eu não fiz nada.

— Eu sei, agora vamos conversar sobre você não querer uma festa de quinze anos, eu sempre sonhei em fazer uma festa dessas para você, tão bonita quanto foi a minha.

— Isso mesmo, você sempre sonhou, eu não.

— Então pelo menos uma viagem para Disney você vai querer, assim como suas primas.

— Também não, acho muito chato parque de diversões.

— Outro lugar internacional, Miami, podemos fazer muitas compras por lá.

— Odeio fazer compras.

— Você quer viajar para onde então?

— Para lugar nenhum.

— Você não quer festa, não quer viajar, vai deixar seu aniversário de quinze anos, que na minha opinião é o mais importante da vida de uma mulher passar em branco? Você vai fazer quinze daqui a dois meses.

— Passar em branco também, não. Talvez podemos fazer alguma coisa aqui em casa mesmo.

— Que tal se for em um salão de festas, que tal o mais bonito, mais caro e mais elegante da cidade, o Crystal Palace?

— Não. Aqui em casa.

— Tudo bem, mas vai ter príncipe e cerimonial, não é mesmo?

— De novo te respondo que não.

— Vai ter o que então?

— Podemos afastar o sofá e fazer tipo uma pista de dança na sala, terá um bolo... – Minha mãe me interrompeu.

— Um bolo lindo de quinze anos, rosa.

— Não um bolo simples, branco.

— Mais Alícia...

— Ou é assim ou nada.

— Tudo bem, como quiser.

— Agora sai que eu quero tomar banho para dormir.

— Ok, boa noite, filha.

— Boa noite, mãe.

Minha mãe saiu de meu quarto e eu fui para meu banheiro.

Um dia antes do início das aulas:

Estávamos todas as meninas na casa da Majo.

— A sua festa foi incrível, Majo.

— Grata, Alícia.

— É, foi totalmente demais! – Marcelina concordou.

— A minha festa de quinze então, será muito melhor. – Maria Joaquina, falou.

— Eu queria ter uma festa também, mas os meus pais não podem pagar. – Carmen, disse.

— Sério? Que triste, a minha mãe queria pagar uma para mim, mas eu não quis. Já sei Carmen, minha mãe pode pagar a sua festa.

— Imagina, Alícia, meus pais nunca aceitariam isso e nem eu.

— Não seja orgulhosa, Carms.

— Não é orgulho, é realidade.

— Posso dar um palpite? Eu acho que eles aceitariam se vocês fizessem a festa juntas, a sua mãe ia amar organizar e pagar uma festa para vocês duas e os pais da Carmen não teriam nenhuma despesa. – Luiza, falou.

— Ótima ideia, Lu, minha mãe vai aceitar com certeza.

— É mais meus pais, não. – Carmen, disse.

— Vamos lá conversar com a minha mãe e depois nos vamos conversar com seus pais.

— Mais agora? – Carmen me perguntou.

— Já, pois a festa é daqui há dois meses.

— Mais vocês fariam a festa na data do aniversário da Alícia ou da Carms? – Maria Joaquina perguntou.

— Na data da Carmen, porque eu não faço questão.

Eu e Carmen fomos até minha casa e minha mãe amou a ideia de pagar e organizar tudo. Depois fomos na casa da Carmen.

— De jeito nenhum, deixarei sua mãe pagar pela festa da minha filha. – O pai da Carmen nos disse após termos contado para ele a ideia.

— Não é bem assim, Frederico, as meninas disseram que a mãe da Alícia fará a festa para ela e a Carmen só vai comemorar junto, eu acho muito legal, amigas comemoram juntas, a minha festa eu comemorei junto com cinco amigas e os meus pais não pagaram nada só os das outras meninas. – A mãe de Carmen argumentou.

— Eu entendi sim, não quero caridade. – O pai da Carmen estava irredutível.

— Pai, você nunca fez uma festa legal para o meu irmão Eduardo e ele já tem doze anos e nem para mim que vou fazer quinze e quando eu tenho a chance de ter uma festa legal você me priva disso. – Carmen deu a cartada final

— Tem razão, você pode comemorar os quinze anos com sua amiga.

— Obrigado, pai. – Carmen abraçou o pai.

Alícia off

Carmen:

Eu nem acredito que eu vou mesmo comemorar meus quinze anos em grande estilo, do jeitinho que eu sempre sonhei, graças a Alícia e a Luiza, a Alícia porque aceitou a ideia da Luiza e Luiza porque deu a ideia de comemorarmos juntas nossos aniversários.

Agora eu vou ficar ansiosa até o dia.

Carmen off

No dia do início das aulas:

6:30

Luiza:

Minha avó foi me buscar cedinho em casa para me trazer na escola e chegamos rapidinho lá.

Na frente da Escola Mundial:

— Veio me trazer para a escola só para ver o Firmino, né? Vó.

— Que isso, menina?

— Estou só brincando, vó, vamos entrar.

— Vamos.

Assim que a minha avó viu o Firmino seus olhos brilharam e os dele também, parece que a minha avó esqueceu o meu avô bem rápido.

— Vou entrar vó.

— Vai lá. – Minha avó falou muito distraída.

Entrei na escola e logo vi a Marce.

— Vou te apresentar a única pessoa da turma que você não conhece. – Marcelina me informou.

— O Mário?

Luiza off

Enquanto isso na frente da Escola Mundial:

Bibi:

— Vocês podem me deixar aqui mesmo, parents [pais].

— We want to take you up there, daughter [. Nós queremos te levar até lá dentro, filha]. – Minha mother [mãe], falou.

— I came back just for that [. Eu voltei só para isso]. – Meu father [pai] me disse.

— Really? [Sério? ] Eu pensei que você estivesse com saudades de mim e da mamãe.

— I was [eu estava].

— Relaxa, father [pai] estou só brincando.

Abracei meus parents [pais] e depois que saí do abraço eu falei para eles:

— Vou entrar, bye [tchau].

Eles entenderam que eu queria entrar sozinha e então eles disseram together [juntos]:

— Okay [ok].

Eu entrei na school [escola].

— Good morning, quer dizer bom dia, Firmino.

— Bom dia, menina, Bibi.

Eu vi uma lady [senhora] que parecia que estava conversando com o Firmino e eu sei quem ela é.

— A senhora é a Grandma [avó] da Luiza, né? – Eu falei com a lady [senhora].

— Sim, sou Elisabeth.

— A Lu falou muito de você e mostrou para mim e para minhas friends [amigas] uma foto sua, por isso eu reconheci a senhora.

— A Luiza é muito querida.

— É same [mesmo].

Bibi off

Alguns minutos antes:

Luiza:

— Ele mesmo, vem comigo. – Marcelina me respondeu.

Segui a Marce até ver um menino que eu não conhecia e não sei porque minhas pernas começaram a tremer, minha boca ficou seca, fiquei gelada e minhas mãos começaram a suar e não posso esquecer também das borboletas no meu estômago, aí eu entendi tudo eu estava tendo o que os meus livros chamam de amor à primeira vista e não sei se foi minha imaginação, mas os olhos de Mário pareceram brilhar ao me ver.

— Você deve ser a Luiza? A Marce e o Paulo falaram muito de você, prazer sou, Mário Ayala.

— Sim, eu sou a Luiza, igualmente.

— Finalmente nos conhecemos.

— É.

Após isso eu e Marce fomos falar com as meninas, mas o sorriso daquele menino não saía da minha cabeça.

Luiza off

Carmen:

Grupo meninas:

— Vai ser muito legal a festa de vocês. – Luiza, falou.

— Não vai ser melhor que a minha. – Maria Joaquina, disse.

— Obrigada por ter nos dado a ideia de comemorarmos juntas, Luiza.

— É, obrigado. – Alícia concordou.

— Que nada, meninas, eu só espero ser convidada.

— Vai ser com certeza.

— Isso. – Alícia concordou de novo.

— E ficou em qual data? – Marce perguntou.

— Uma semana depois do aniversário da Carmen.

— Ah.... Legal! – Marcelina, falou.

O sinal tocou e fomos para a sala de aula.

Carmen off

No recreio:

Luiza:

As meninas foram pegar lanche, Marce se ofereceu para pegar o meu e Carmen se ofereceu para pegar o de Alícia e então ficamos eu e Alícia conversando.

— Eu soube que o seu pai faleceu também.

— É foi muito ruim, mas eu acho que agora já passou, afinal ele deve estar em um lugar melhor agora junto com o seu, não é?

— Com certeza, eu também penso assim.

— A minha mãe vive pegando no meu pé desde que meu pai morreu.

— E a minha me mandou estudar no exterior me afastando do meu país, dos meus avós e de outras pessoas muito queridas.

— Desculpa, Luiza, eu...

— Tudo bem, Alícia.

— Eu vou lá encontrar as meninas e pegar meu lanche, estou morrendo de fome.

— Ok, eu espero aqui.

Alícia concordou e foi encontrar as meninas.

Eu peguei meu celular e fiquei vendo notícias nele.

Luiza off

Maria Joaquina:

Eu havia acabado de pegar meu lanche, eu tive que pegar da escola, porque não deu tempo de a minha cozinheira providenciar e estava voltando para o local onde as meninas estavam antes quando vi a Luiza mexendo no celular e quando vi que aparelho era eu precisei falar com ela, o que eu normalmente não faria, a gente senta juntas, mas eu raramente falo com ela.

— Como você tem o fs 5.0? Se eu tenho o mais novo que foi lançado no ano passado o fs 4.0, o 5.0 só será lançado daqui há três meses. – Eu perguntei.

— Eu já tenho há muito tempo e tenho porque o meu pai é o criador da Felicidade Simples.

— Seu pai é o Victor Stilman Bragança, o que morreu?

— Se diz tão fã da minha mãe e não sabe que ela é viúva dele e se ela é viúva dele é claro que ele é meu pai, pois a minha mãe não é do tipo que tem filho fora do casamento ou sem casar.

Como eu fui burra nem pensei nisso, acho que na verdade eu sabia o tempo todo, mas não queria admitir que alguém como a Luiza pudesse ter uma mãe tão linda e perfeita e um pai tão belo e inteligente, não que a minha mãe não seja linda e perfeita, mas ela nunca foi modelo e não que o meu pai seja burro, porém ele não criou uma empresa super como o pai da Luiza.

— É mesmo, falha minha.

— Falha mesmo ou é por que você achou impossível eu ser filha dele? Como quando você não acreditou que a sua diva Lavínia Laví era minha mãe.

— Não é nada disso, Luiza. – As meninas chegaram me salvando de mais perguntas.

— Aqui seu lanche, Lu. – A puxa-saco da Marcelina falou para Luiza.

Maria Joaquina off

Luiza:

— Obrigada, Marce.

— De nada, amiga.

Depois um tempo o sinal tocou e todos voltamos para a sala.

Luiza off